< Jennie >
Assim que a Lili ergueu meu corpo, após o último passo da valsa, entrelacei minhas mãos na sua nuca e selei nossos lábios rapidamente antes de ser puxada novamente pelas minhas madrinhas muito animadas. Entrando no banheiro ainda ouvindo os aplausos e gritos animados dos nossos amigos com a Rosie e a Bae, desfiz minha trança, deixando meu cabelo completamente solto e ondulado. Enquanto a Rosie tirava seu vestido e a Irene separava nossas roupas que estavam dentro do saco preto, eu encarava meu reflexo no espelho um pouco nervosa.
- Como está se sentindo?
Rosie perguntou colocando sua calça de couro preta com um cinto embutido de brilho e um mesh crop hoodie com mandas de látex. Eu ainda me surpreendia como minha linda irmãzinha havia se tornado uma mulher ainda mais bonita e.. muito sexy. Não muito diferente, Bae vestia a mesma calça, mas com um cropped de látex sem mangas e com decote no vale dos seios. Chu e Bear podiam encomendar os caixões...
- Nervosa?
Sorrindo, tirei o meu vestido, ficando apenas de lingerie enquanto a Bae me entregava minha roupa; a mesma calça de couro e cinto de brilho, porém, um top branco com uma modificação – ao invés de ter uma parte jeans, teria uma parte de látex.
– Eu só dancei assim uma vez.. e apenas para a Lili.
- Vai dar tudo certo, J, ensaiamos por quase dois meses.
Mesmo sabendo que meu nervosismo não iria passar, que minha mente não iria parar de pensar em vários cenários que tudo daria errado, ou que meu corpo provavelmente não iria me obedecer, assenti. Desde o dia que a Rosie deu essa ideia, eu não me senti confiante nos ensaios e, aceitando o óbvio, não me sentia confiante agora. Eu estaria fazendo uma dança muito sexy para a Lili, o que eu não me importava, pelo contrário, queria presenteá-la. Porém, não estávamos no nosso quarto ou na nossa casa, estávamos em um salão com nossos amigos, convidados, crianças e familiares. Como deixaria minha timidez de lado? E o que achariam de mim?
- Jendeukie, ainda dá tempo de cancelar.
Encarando os olhos castanhos da Rosie e de todas, que estavam prontas e muito lindas, me lembrei de como ensaiamos muito, e como nos divertimos. Não seria justo cancelar depois de tanto esforço por causa das minhas paranoias ou timidez. Eu sabia que independente de qualquer coisa, minha esposa iria gostar.. não, a conhecendo muito bem, Lili iria amar.
- Eu acho que deveríamos tirar as crianças.. e meus filhos, por favor. – falei sorrindo.
- Não se preocupe com isso!
Com suas mãos nos meus ombros e com as meninas no nosso encalço, Nayeon me levou de volta para o salão, que tinha luzes verde e vermelha predominantes, e as vezes branca. No andar de baixo, as crianças brincando e atacando a mesa de doce com a minha.. mãe!? No meio da pista de dança, Lili e seus padrinhos; sentadas nas cadeiras com certa distância uma da outra, distância que nos permitia fazer alguns movimentos no chão, sorri ao perceber que estavam apreensivas e boquiabertas enquanto caminhávamos até elas. E, claro, gritaria, aplausos, assovios e até mesmo alguém gritando: “só não pode morrer, Lisa.”
Assim como eu havia me arrumado nas costas da Lili, Irene se arrumou nas costas da Seulgi, Rosie nas costas da Chu, Somin nas costas da Jiwoo, Miyeon nas costas do Matt, Camila nas costas da Lauren e Nayeon nas costas da Momo - que estava muito animada, afinal, ela nos ensinou cada passo a passo com toda calma do mundo. E assim que as primeiras batidas da música ecoaram pelo salão, deixei que meu corpo entrasse no automático. Eu sabia que se ficasse pensando muito, poderia errar ou até mesmo sair correndo. Então, sincronizadas, eu e as meninas dançávamos no chão enquanto nossas parceiras tinham uma bela visão privilegiada do nosso corpo. Ao me sentar no seu colo, sorri quando suas mãos vieram de encontro com a minha cintura; sua expressão tinha uma mistura de surpresa, felicidade, aérea e que estava tendo pensamentos obscenos. Seus lábios entreabertos, seu coração disparado, seus olhos em cada movimento que fazia no seu colo... Deixando-a confusa, me levantei e parei ao seu lado, deixando meu tronco cair no seu colo. Subindo na cadeira, no pequeno espaço entre suas pernas, me esqueci completamente dos últimos movimentos que deveria fazer e me sentei, sentindo seus braços me envolverem e a intensidade que me olhava.
Lili sempre teve um jeito único de me olhar, assim como ela tinha uma jeito único de me amar com seus gestos e trejeitos, mas, tinha momentos que seu olhar me dizia muito mais que uma declaração após um sexo incrível ou um passeio que nos fazia recordar do passado. E, nesse momento, que existe apenas ela e eu, Lili me amava com tudo que existia nela: suas mãos deslizando no meu corpo como se eu fosse algo muito precioso, algo que poderia ser quebrado a qualquer segundo. Suas pupilas dilatadas.. seu olhar.. era tão nítido seus sentimentos; amor, paixão, afeto, desejo, zelo, luxúria, fogo.. adoração.. Lili me olhava como se eu fosse a única mulher no mundo, como se não houvesse nada mais no seu mundo particular além de mim e nós duas. Era raro as vezes que me mostrava tudo isso de uma vez e, quando o fazia, estava me dando a certeza que para ela, eu era única, assim como para mim, ela sempre será a única.
- É uma pena que eu não possa te roubar da nossa própria festa...
Não me deixando responder ou achar uma solução para esse impasse, Lili selou nossos lábios tão necessitada quanto eu. Nossas línguas ao contrário de outras vezes, não lutavam pelo controle, apenas trabalhavam juntas, em sincronia. Minhas mãos na sua nuca vez ou outra puxavam alguns fios que estavam se desvinculando do seu penteado. Suas mãos acariciavam e apertavam minha cintura ou coxa, me fazendo gemer entre nosso beijo. Normalmente eu ficaria com vergonha, me repreenderia ou tentaria me segurar o máximo, mas era o nosso casamento e eu desejava tanto minha esposa.
{...}
Após horas de muita: dança, bebidas, conversas, gritaria, animação, fotos, brincadeiras e, até mesmo Lili e eu fugindo algumas vezes para aproveitarmos a companhia da outra, havia chegado um dos momentos mais esperados e tradicionais de todo casamento. E, que (in)felizmente seria o fim da nossa noite.. pelo menos para Lili, eu e os lobos.
- Preparadas?
Perguntei pegando o buquê ao meu lado. Assim como minhas madrinhas e algumas convidadas estavam animadas, tinha algumas não muito animadas para esse momento e outras que estavam por diversão. Me virando de costas para todas, fingi que jogaria sem contar até três, fazendo todas reclamarem e resmungarem, e eu, rir.
- 1..2..3!
Ao jogar o buquê, me virei no mesmo instante para ver quem seria a sortuda e provavelmente a próxima noiva. Não que essa superstição.. se posso chamar assim, realmente valia de algo. Mas.. sorrindo, gritei animada ao ver que estava nas mãos da minha irmãzinha, que tinha os olhos arregalados e encarava uma Jisoo um tanto.. nervosa? Talvez. Quem olhasse de fora, poderia imaginar que nunca iria sair o pedido ou que as duas não queriam isso, mas as conhecendo, aposto que estão preparando uma surpresa sem a outra saber.. claro.
Parada ao lado da Lili, nos despedíamos dos convidados que haviam feito uma fila única. Assim como eles nos desejavam felicidades e elogiavam o casamento, nós duas agradecíamos sua presença. Chegando a vez das nossas amigas e madrinhas, Lili e eu não seguramos a vontade de chorar a cada declaração, principalmente das nossas irmãs que estavam tão felizes quanto nós duas.
Observando os lobos saírem animados, sabia que nossa festa ainda não havia terminado. Deixando um beijo nos meus bebês e pedindo pela décima segunda vez que a Rosie ficasse de olho nos quatro, deixei que Omma me envolvesse em seus braços carinhosamente. Me desejando uma ótima caçada, Omma também se despediu temporariamente da Lili. Era realmente incrível o zelo que as duas tinha uma pela outra.. Ouvindo a voz da Taeyeon me chamar, corri em sua direção e pulei nas suas costas, fazendo-a me carregar e apostar uma corrida com; Jiwoo e Somin, Momo e Nayeon, e para minha não tão surpresa, Matt e Lili. Em meio a gargalhadas e brincadeiras, voltamos para a floresta que tinha muitas histórias importantes e, hoje, teria mais duas; meu casamento incrível com a mulher que amo de todo meu coração. Nossa caçada como uma e minha caçada com as lobas, mostrando que sou para elas o que sou para os meus filhos, para a Rosie e para a Lili.
Enquanto Lili e os lobos marcavam o local que iriam se encontrar, eu me mantinha um pouco afastada – após marcar o local que eu iria me encontrar com as lobas – observando nossa floresta com brilho nos olhos. Eu podia ver todo vestígio da primavera; as cores vivas, flores que eu não conhecia ou apenas não sabia o nome, as árvores volumosas etc.. Talvez tenha sido uma das decisões mais certas que eu tive, me casar nessa época do ano. Mesmo sendo vampira e automaticamente não sentir algumas sensações físicas, eu amava as estações do ano; Verão, o sol parece estar mais quente e os dias parecem ser mais longos que as noites. Outono, como nos filmes, as florestas de Nightingale apresentam tons amarelado e alaranjados, e as folhas costumam cair, indicando mudança de estação. Inverno, preciso dizer mais alguma coisa além de neve? Bom, diferente do verão, o inverno apresenta dias mais curtos e noite mais longas – o que particularmente eu prefiro para passear com a Lili, as crianças ou nossos cachorros. E, claro, a minha favorita, primavera.. Flores.. “Floração de diversas espécies de plantas. As paisagens enchem-se de cores, deixando ruas, campos, parques e jardins com o aspecto alegre e vívido” e eu não podia concordar tanto com algo.
- Tudo bem?
Me abraçando por trás, Lili deixou um beijo na minha bochecha antes de arrumar seu queixo no meu ombro. Deslizando minhas mãos por cima dos seus braços, me alinhei mais no seu corpo sorrindo feliz.
- Tudo perfeito. – me virando, encarei seus lindos olhos pretos. – Vamos?
Assentindo, Lili entrelaçou nossas mãos e me conduziu para adentrar ainda mais a floresta. Por um segundo enquanto caminhávamos em silêncio, imaginei como seria para nós duas se eu fosse uma loba.. como iríamos nos conectar ainda mais enquanto corríamos ou caçávamos, como eu faria parte da matilha.. Porém, talvez nossa história fosse diferente, talvez não estivéssemos aqui, agora.. E, para mim, bastava a nossa conexão e tudo que vivemos.
Sentindo sua mão se desvencilhar da minha, sorri ao senti-la no meu rosto e seus lábios nos meus em um beijo demorado. A observando se afastar e tirar seu conjunto moletom – que havia vestido antes de sairmos – enquanto eu prendia meu cabelo em um coque bem apertado, me encostei em uma árvore ao ouvir seus ossos se quebrarem e, ficando na sua forma canina, uivar para sua matilha, que em sincronia, uivaram de volta.
Nesses longos anos que estávamos juntas, eu já havia visto a Lili transformada algumas vezes e, sinceramente, eu deveria ter me acostumado com a sua beleza. Mas, a verdade é que eu sempre ficaria do mesmo jeito; boquiaberta com o quão grande ela pode ser, por ser híbrida e alfa. Encantada, apaixonada, boba e sorridente com seus pelos mais branco que a neve, seus olhos ainda mais pretos que a noite, seu rosto – que poderia amedrontar qualquer pessoa, mas que para mim, era um dos meus favoritos e mais bonitos que eu já havia visto... “A beleza está nos olhos de quem vê...” Eu acreditava fielmente nessa frase, principalmente se fosse referente a beleza exterior de uma pessoa, de uma pintura, uma roupa ou maquiagem. O que é bonito para você, pode não ser bonito para mim e vice-versa. Porém, também acreditava que certas belezas são universais, um consenso geral: a lua, as estrelas, o mar, as flores e a natureza. E, para mim, Lili deveria entrar nesse consenso tanto na sua forma humana quanto na sua canina. Sua beleza não podia ser real.. não podia existir alguém que a olhasse e pensasse: “ela não é tudo isso.” E eu poderia estar falando como sua esposa, como a mulher apaixonada que a namora todos os dias, mas, era a simples e pura verdade.
Me cutucando com seu focinho, sorri enquanto acariciava seu pelo macio e deixava um beijo no seu rosto. Se levantando de repente, deixei qualquer pensamento sobre sua beleza, nosso casamento ou como eu estava ansiosa para ficarmos a sós de lado, para focar na nossa caçada. Deixando que minha audição fizesse seu trabalho, sorri para a Lili antes de correr em direção a nossa presa, um servo que não estava muito longe da gente.
Deveria ser simples e rápido: acharíamos uma presa, atacaríamos e nos alimentaríamos juntas e, então, voltaríamos para a matilha separadas. Porém, vez ou outra atravessando meu caminho e me fazendo bolar no chão com ela como duas crianças, Lili acabou se esquecendo.. ou não se importando com suas próprias palavras: “não podemos demorar para que a matilha não fique com fome ou ansiosos.” E se eu achava que caçar com a minha esposa havia sido divertido, eu não sabia o que era diversão até chegar minha vez com as lobas. Assim como antes, corremos, bolamos no chão, brincamos e caçamos juntas, como família.
Abraçada ao corpo da Lili, um pouco cansada mas feliz, nos despedíamos dos lobos que voltariam para a reserva e das nossas amigas que iriam para suas casas. E, assim que ficamos sozinhas, Lili com toda sua delicadeza me pegou no colo, me fazendo envolver seu pescoço com meu braço e deixar minha mão no seu peito.
- Eu tenho uma surpresa para você. Está cansada?
Em uma mistura de: olhos curiosos, sorriso cínico e uma expressão de empolgação, eu não seria louca de assentir mesmo se eu estivesse morrendo de sono. Primeiro, longe de mim ficar cansada no meu casamento. Segundo, estava curiosa para saber qual era a surpresa. Terceiro, eu queria ter minha lua de mel. Sorrindo, Lili assentiu e caminhou em direção a entrada da floresta, aonde seu carro, Impala, estava.
{...}
Assim que estacionou em frente a casa do lago e abriu a porta para que eu descesse, franzi o cenho ao perceber que ela estava totalmente diferente. Bom, tinha a mesma aparecia, porém, ampliada e com cores mais vivas. Totalmente distraída observando as modificações e sem que eu estivesse esperando, Lili me pegou no colo sorrindo, me fazendo sorrir enquanto envolvia seu pescoço meu braço direito.
- Eu jamais deixaria de cumprir essa tradição.
Ao passarmos pela porta, sem nenhuma dificuldade, encarei seu rosto desacreditada. Descendo do seu colo, deixei que meus olhos vagassem atentamente pelo lugar ainda mais bonito que antes, porém, com algumas coisas exatamente no lugar. Como o piso de madeira clara, a mesinha de centro e a estante cumprida marrom. Na cozinha, haviam trocado apenas o fogão e geladeira que estavam pedindo rendição e as cores sujas das paredes.
Ao entrar no corredor – com as paredes agora pintadas de cinza claro e com alguns porta retratos da nossa família completa – arregalei os olhos percebendo que havia mais três portas, além das outras quatro que já existiam.
- O que..
Me abraçando por trás, Lili conduziu meu corpo completamente desengonçada até o quarto que normalmente ficávamos. Sorrindo, adentrei o cômodo decorado com rosas no chão, no colchão e velas falsas. Minha maravilhosa esposa havia também planejava aproveitar nossa lua de mel. Tirando a cama medíocre, como a Lili gostava de chamar, que agora era uma king. E as paredes bege, que agora tinha um tom amarelo pastel, o quarto continuava tão simples quanto antes. O conjunto antigo, o guarda roupa e a cômoda, continuavam no mesmo lugar, assim como a tv antiga que nunca chegamos a ligar. Mesmo reformado, me fazia sentir em casa.. em paz.
- Eu pensei em algumas coisas que poderia te dar de presente, mas não consegui pensar em nada que realmente achasse perfeito.. não até receber o aviso que a casa estava a venda.
Desfazendo meu sorriso aos poucos pela informação, piscava deliberadamente tentando formular uma frase, até mesmo uma única palavra, mas nada.. Toda vez que fazia menção de falar algo, as palavras fugiam da minha cabeça como se eu não soubesse o que era vogal, consoante ou pronuncia-las. Lili havia conseguido me deixar completamente sem palavras.. Quando mencionou que queria me dar um presente, eu pensei que seria outro colar, uma pulseira, bolsas etc.. Nunca, nesses quase 7 anos juntas, pensei que ela me daria uma casa.
Se sentando na cama com as mãos apoiadas no colchão, Lili admirava o quarto com um sorriso orgulhoso. Me encarando com o mesmo sorriso, se endireitou e me puxou para sentar no seu colo.
- Amor..
Após longos minutos em silêncio, tudo que eu consegui foi chama-la em tom baixo e quase sussurrado. Lili realmente estava me dando essa casa? E o que faríamos com mais uma? Ela ficou louca! E provavelmente eu estava ficando louca junto conforme meus lábios se curvavam em um sorriso contente. Ao mesmo tempo que queria encher seu rosto de beijos, agradecer e demonstrar o quanto havia gostado do seu presente inusitado, eu pensava o quão doida sua ideia havia sido.
- Eu sempre gostei dessa casa.. Quando o antigo dono me disse que estava vendendo, eu pensei na possibilidade de nunca mais poder passar um final de semana, fazer uma festa ou apenas ter a certeza que teria esse lugar repleto de ótimas lembranças com meu pai, com a Sooya e com vocês intacto. Então, eu pensei: “por que não!?” Seria um presente perfeito e, assim como eu, vocês teriam essa casa a disposição.
- Você é completamente louca.. eu amei amor.
Sorrindo como uma boba, me joguei sobre seu corpo, fazendo-a deitar o tronco no colchão. Encarando seu sorriso, neguei com a cabeça. Quem dá uma casa de presente de casamento para a própria esposa? Sentindo seus lábios roçarem nos meus, não esperei que tomasse a iniciativa, muito menos escolhesse o ritmo, beijando-a para demonstrar o quanto havia gostado, aproveitava seus lábios no meu tempo; chupando, mordendo ou apenas mantendo-os entre meus dentes. Minha língua não precisava brigar por espaço, Lili havia cedido facilmente, me deixando no controle.
Me virando na cama assim que me afastei dos seus lábios, Lili se arrumou no meio das minhas pernas e tomou meu pescoço para si; beijando, chupando e mordendo sem pressa como se tivéssemos todo o tempo do mundo, gemi manhosa quando sua mão entrou em contato com minha intimidade. Quando ela tinha colocado dentro da minha calcinha? Eu não fazia ideia, mas seus ágeis dedos estimulando meu clitóris devagar e em movimentos circulares não me deixaram pensar sobre isso. Rendida ao seu toque, seus beijos e seus olhos pretos me desejando, deixei que meus gemidos rasgassem minha garganta e preenchesse nosso quarto.
Puxando seu moletom e jogando no não, namorei seu abdômen sarado e seus peitos cobertos pelo sutiã vinho com detalhes preto, enquanto humedecia os lábios. Virando-a na cama novamente, me arrumei no seu quadril e me inclinei para deixar beijos demorados no seu abdômen. Raspando meus dentes na sua pele até o cós da sua calça, a tirei devagar, sentindo seus olhos sobre cada movimento que eu fazia. Me arrumando novamente sobre seu quadril, tirei seu sutiã tão calmamente quanto sua calça e sua cueca.
Me endireitando, mordi meu lábio inferior enquanto decidia o que fazer; um lado queria fazer aquele sexo selvagem com arranhões, mordidas, tapas e gemidos descontrolados, mas, outro lado queria algo intimo, mãos entrelaçadas, beijos, muito contato corporal, contato visual, declarações etc..
- Nini, não pensa muito. – deslizando suas mãos nas minhas coxas, Lili apertou com vontade, me fazendo remexer sobre seu quadril pela forma que meu corpo reagiu. – Meu corpo será completamente seu por dois dias para fazer o que quiser, Nini.
Sorrindo de forma maliciosa, pensava unicamente nas maravilhosas formas, posições e lugares que faríamos muito sexo. Cravando minhas unhas no seu abdômen sem que estivesse esperando, sorri satisfeita quando seu corpo se ergueu e seu gemido saiu manhoso conforme arranhava sua pele com vontade. Me inclinando totalmente sobre seu corpo, abocanhei seu peito direito, o chupando de forma que a sucção ecoasse pelo quarto. Abocanhando o esquerdo da mesma forma que havia feito segundos atrás, mantive o direito na minha mão, o massageando e brincando com seu mamilo enrijecido.
Satisfeita de brincar com seus peitos, distribuí beijos do seu pescoço até metade do seu abdômen, e deslizei a ponta da minha língua da outra metade até chegar no seu pênis ereto e pulsante. O envolvendo com a minha mão, mordi meu lábio ao ver como seu corpo se arrepiou, ergueu e seu gemido saiu rouco, de forma que fez meu clitóris pulsar. Conforme o massageava e deslizava a ponta dos meus dedos na glande, Lili se rendia cada vez, perdendo a postura e deixando seus gemidos viciantes rasgarem sua garganta. Eu amava quando ela estava no controle me proporcionando de várias formas diferentes prazer, mas, eu amava mais vê-la dessa forma; cabeça inclinada para trás, corpo erguido, suas mãos no meu cabelo, lábios entreabertos, seu abdômen contraído, os diferentes gemidos de quando o envolvia com a mão fechada com força, deslizava devagar ou muito rápido, deslizava apenas as pontas dos dedos ou a ponta da minha língua, ou quando o tinha na minha boca. Para cada movimento, Lili tinha um gemido único, isso quando não estava rosnando, o que eu achava muito sexy e atraente.
Subindo a mesma trilha de beijos pelo seu abdômen suado, deixei uma mordida no seu queixo antes de ficar de pé no colchão. Tirando primeiro meu cropped de forma rápida, deixei um tapa fraco em sua mão quando tentou me puxar para sentar.
- Até que eu diga: “meu corpo é seu para fazer o que quiser”, estou no controle, Liz.
Chamando sua atenção para minhas mãos ao desabotoar minha calça, sorri quando assentiu lentamente. Ela realmente não se incomodava de me deixar no controle. Podia até dizer que ela tinha um fetiche em ser submissa, o que a deixava ainda mais sexy e me deixava ainda mais apaixonada. Jogando minha calça no chão, apoiei meus joelhos no colchão.
- Quer me ajudar com isso?
Acompanhando meu olhar até minha calcinha, Lili a rasgou antes que eu pudesse piscar, tirando os pedaços de cima do seu abdômen em seguida. Como esse lado dela me excitava... Encaixando a glande na entrada da minha vagina, fechei meus olhos conforme deslizava com facilidade. Com suas mãos na minha cintura, Lili não permitiu que eu sentasse de uma vez, deixando que meu corpo se acostumasse com seu tamanho e grossura, coisa que eu não estava ligando nem um pouco.
Gemendo assim que me senti preenchida completamente, arrumei minhas pernas dobradas nas laterais do seu corpo e apoiei minhas mãos no seu abdômen. Rebolando para me certificar que estava realmente confortável para nós duas, me movimentei para frente devagar, então, para trás algumas vezes. E, não aguentando mais.. quase enlouquecendo para falar a verdade, peguei impulso, subindo e descendo rápido e com força. Nossos gemidos se atravessavam, o som da sucção preenchia o quarto, e o cheiro de sangue toda vez que arranhava seu abdômen emanava no ar.
Assim como a Lili estava entregue quando a massageava, eu estava entregue agora. Minha cabeça para trás e meus olhos fechados. Minhas mãos quando não estavam me dando apoio, deslizam pelo meu corpo; desde os meus lábios, peitos – que em algum momento ficaram expostos – abdômen, até meu clitóris.
- Liz..
Gemendo de forma fraca, sentia meu corpo no limite. Eu queria continuar no controle, queria experimentar mais coisas para deixar a Lili ainda mais excitada, queria mantê-la completamente rendida a mim, mas eu precisava dos seus lábios e das suas mãos no meu corpo. Queria que ela estivesse no controle agora.
- Meu corpo é seu..
Me virando na cama antes que eu pudesse terminar a frase, fechei meus olhos ao sentir seus lábios no meu pescoço, beijando, chupando e mordendo sem piedade. Assim como me penetrava forte, pressionando seus pênis dentro da minha vagina. Como estimulava meu clitóris sensível e pulsante de forma rápida, ágil. Como me beijava até o ar lhe faltar. Talvez eu prefira ela no controle..
- Eu pretendo deixá-la no controle do meu corpo a noite toda, Kim. – gemendo no meu ouvido, Lili mordeu o lóbulo da minha orelha provocativa antes de afundar o rosto no meu pescoço – Então, nada de falar essa frase até ter certeza que fez tudo que queria comigo.
Erguendo meu corpo conforme o sentia dar espasmos, meu abdômen se contrair como se algo pesado estivesse em cima dele, e uma pressão na minha vagina, deixei um grito de prazer rasgar minha garganta ao ter um dos melhores orgasmos da minha vida. Não muito diferente, Lili tinha a respiração ofegante, o suor escorria pelo seu lindo rosto, seu cabelo estava húmido, e seu peito subia e descia em uma velocidade surpreendente.
Retirando seu pênis com calma, Lili deslizou no colchão até ficar de joelhos no chão. Abrindo minhas pernas gentilmente, chupou meu clitóris com força, me fazendo erguer no colchão, agarrar o lençol e fechar minhas pernas automaticamente. Porém, as segurando no lugar, Lili se mantive concentrada em me chupar da forma mais prazerosa possível. Sua língua era tão habilidosa.. seus dedos..
- Porra!
Gemi quando introduziu sua língua na minha vagina, prolongando meu orgasmo. Deixando meu corpo cair no colchão, soltando o lençol e sentindo meu corpo relaxar instantaneamente, fechei meus olhos por alguns segundos. Que sexo. Engatinhando sobre meu corpo até que seus olhos se encontrasse com os meus, que a ponta do seu nariz tocasse o meu e seus lábios roçassem nos meus, Lili sorriu, me beijando da forma mais apaixonada que ela podia.
Me puxando para sentar no seu colo após se sentar com as pernas cruzadas, Lili envolveu meu corpo carinhosamente enquanto pincelava meu rosto com a ponta do seu nariz. Introduzindo seu pênis de forma lenta na minha vagina, sorri envolvendo seu pescoço sabendo que faríamos amor.
- Eu tenho uma conexão especial com a minha matilha, mas a que temos.. que simplesmente nasceu quando nos beijamos pela primeira vez e que aperfeiçoamos com o passar dos dias, meses e anos, é tudo que eu sempre busquei, Jennie Kim. As vezes eu penso que se você fosse loba, não teria dado tão certo. - inclinando levemente meu corpo para trás, gemi quando flexionou seu pênis. - Eu simplesmente amo saber que você tem e sempre terá meu coração nas suas mãos, Nini.
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