Deitada em sua cama, com um sorriso de orelha a orelha, Yerim segurava o celular para o alto, de forma que pudesse enxergar a tela do aparelho. Soltava risinhos e batia os pés na cama, em mais um de seus surtos de amor, vendo o cara mais perfeito que já existiu no planeta terra — em sua humilde opinião.
Na porta de seu quarto, com um careta desgostosa no rosto e braços cruzados, Jeno olhava a irmã como se estivesse observando um ser de outro planeta, cheio de tentáculos e uma gosma nojenta.
— Garota... o que cê 'tá fazendo? — se escorou na porta, ganhando a atenção da menina.
— Como assim? — o sorriso largo deu lugar a uma expressão confusa, mesmo que parte de seu sorriso ainda existisse ali.
— Você 'tá rindo e dando gritinhos igual uma doida, da cozinha se escuta. Olha, eu sei que você nasceu com uns parafusos faltando na cabeça, mas não precisa deixar tão na cara, sabe? Tem visita na sala!
Yerim revirou os olhos e bufou baixinho, mostrando o dedo do meio ao maior. Tão meiga.
Depois disso, voltou a prestar atenção em seu celular, suspirando demorado, o sorriso voltando a enfeitar a face.
— Eu 'tô vendo coisa do meu namorado, bocó!
O garoto arqueou as duas sobrancelhas, encarando a irmã. Entrou de vez no quarto e se jogou na cama ao lado dela, ignorando as reclamações e tapas recebidos.
— Namorado?! — expressou sua surpresa, rindo debochado ao final. — Yerim, você não pega nem gripe. Quem é o louco que ficou com você?!
Tentava ver o conteúdo na tela de celular, mas ela se esquivava e tampava com a mão antes que pudesse enxergar o que diabos tinha ali. Aquilo só aumentava sua curiosidade.
— Me deixa ver!
Segurou os pulsos finos da garota, a imobilizando, e aproveitou para pegar o celular com a mão livre, saindo da cama e fugindo da menor.
Ela pulava e até mesmo o chutava, querendo recuperar seu telefone, mas ele apenas ria de sua raiva e estendia o celular no alto, longe do alcance da irmã.
— Jeno!
— Calma, porra!
Ainda rindo, o garoto prestou atenção no que se passava na tela, uma mão na cabeça de Yerim para a impedir de chegar mais perto de si.
— Mas, esse não é... — novamente aquele olhar, Jeno questionando se a irmã, de fato, era doida. Talvez só muito iludida. — Yerim, esse não é seu namorado. É o Xiumin do exo!
Gargalhou alto, se curvando e segurando a própria barriga, achando hilaria a situação. Yerim aproveitou a oportunidade para pegar de volta seu celular, as bochechas vermelhas de vergonha.
— É como se fosse um namorado, pra mim...
— Claro! Mas sem a parte dos beijos, toques e o amor recíproco. Praticamente casados! — ironizou, ainda rindo da cara de Yerim.
Novamente, recebeu o dedo do meio da garota, que se sentou ao meio da cama de solteiro, emburrada.
— Você não entenderia, é tonto demais para isso. — resmungou, voltando a assistir o compilado de momentos fofos do idol. — Ele é tão pitico, Neno! — usou o apelido do irmão, suspirando de amores pelo cantor em sua tela.
— Pitico?! O cara tem trinta e poucos anos, é um homem formado e já até serviu no exército!
Yeri deu de ombros, não ligando para o que seu irmão dizia.
— Ele continua sendo adorável, não importa a idade.
Jeno encarou a menor por alguns segundos, o cenho franzido e a boca torta, negando com a cabeça.
— Garota esquisita... — murmurou baixo.
Então, já tenho se esquecido de seu propósito inicial no quarto da garota, deu as costas e saiu do cômodo, voltando para a sala onde seus pais estavam com as visitas.
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