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História Encontrados - Muro de Névoa - História escrita por PrincesaDoFogo - Spirit Fanfics e Histórias
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História Encontrados - Muro de Névoa


Escrita por: PrincesaDoFogo

Notas do Autor


Olá. Estou postando essa fanfic bem curta porque me inspirei depois de assisti Frozen 2. Aconselho a assistirem antes de virem ler. Mas se quiserem ler mesmo assim, vocês estão no livre árbitro.
Espero que gostem.

Capítulo 1 - Muro de Névoa


"Pai!"

Acordou assustado, com a respiração ofegante e um pouco de suor na testa coberta pela franja loira. Percebeu que não estava mais naquela floresta. O jovem se encontrava em seus aposentos, com o fogo da vela na escrivaninha a sua frente sustentando a luz numa noite escura. Não conseguia se lembrar quando foi que chegou aí. Ao pouco, as lembranças do último evento entraram em sua cabeça: um lugar encantado, cheio de vida; várias pessoas alegres; criaturas fantásticas expressas por elementos da natureza; uma garota voando e se divertindo… 

Seu pai morto. Como? Ele não sabia dizer.

Ouviu o barulho da porta de quarto ranger, e mirou os olhos para o objeto. Um dos mordomos apareceu lá, e esboçou um largo sorriso.

- Está bem, alteza! Que alívio!

Mas o menino não parecia bem. Pelo menos, não da forma como o mordomo expressou a palavra.

- O que aconteceu? Onde está o meu pai? - perguntou, e o sorriso do mordomo desapareceu.

Depois de um recuperação de tudo o que aconteceu, um velório marcante para todo o reino. Ele não entendia como, entre todas as coisas, aquilo estava acontecendo. Sem mãe, sem pai. Até mesmo perdeu um amigo muito querido por ele.

Ele agora tem um reino para governar e ele não sabe o que fazer. Não atingiu a idade para herdar o trono ainda. A pressão de ser um futuro monarca já era estressante para o príncipe, com a ausência de um pai para ser orientado tornava aquilo ainda mais frustrante. E solitário.

Mas ele sabia que a floresta tinha ligação com a morte do rei, e ele vai descobrir o porquê.

Quando as luzes se apagaram e o reino dormiu, o menino viu a oportunidade perfeita. Saiu de seus aposentos e, cuidadosamente, foi andando pelos corredores do castelo até chegar ao térreo. Viu um dia guardas de vigia dormindo e aproveitou para pegar a arma de flecha dele (balestra). Foi ao local onde os soldados guardam os cavalos e pegou um. Com muita calma, acariciou o cavalo branco para saber que ele era um amigo e que podia confiar nele, algo que aprendeu nas aulas de hipismo. Depois disso, subiu no cavalo e sinalizou para galopar, saindo de terra.

Demorou um tempo até chegar ao que acreditava ser a entrada da floresta. O jovem príncipe lembrou do caminho quando fez a primeira com seu pai, antes da fatalidade. Porém, ele não lembrava de uma névoa cobrindo toda a entrada como um muro ou um alçapão.

Saiu de cima do cavalo e, carregando a balestra nas costas, aproximou da névoa. Era estranho como cobria a entrada e nada mais, e então pensou em aproximar a mão para ser se podia atravessar. Recebeu uma descarga de energia que o incomodou, retirando imediatamente a mão.

- Mas o quê…

Um estilhaço de folhas foi ouvida por ele, e então entrou em estado de alerta. Ele não estava sozinho, tinha mais alguém ali.

Pegou rapidamente a balestra das costas e se armou com ela. Apontou para o que estava a frente do seu campo de visão.

- Vamos! Apareça!

Não ouviu mais nada, e então pensou que era bobagem. Já estava colocando a arma revolta nas costas quando ouviu mais um estilhaço da folha no chão, e o príncipe voltou a sua posição de armado.

Pensou que não tinha ninguém, até ver uma pequena mecha ondulada atrás da pedra. Era uma pessoa, e talvez esteja assustada.

- Revela-me quem é agora mesmo.

Não se via mais o cabelo. Foi para atrás da pedra. Pensou que tivesse a assustado e logo imaginou que não se tratava de um inimigo. Então ele tentou uma outra abordagem que o ajude.

- Desculpe pelo susto. Venha, por favor. Não vou te machucar. - disse guardando a balestra, confiando de que estava seguro.

Não foi o suficiente. Depois de algumas insistência, a pessoa da mecha ondulada finalmente saiu de trás da pedra. Era uma menina de cabelos ondulados, com roupas escuras. Aparentava ter a mesma idade do príncipe, e estava visivelmente assustada quando o menino tentou se aproximar dela, fazendo com o que a moça se afasta dele.

- Não precisa fugir de mim. Não vou lhe machucar. - parou de andar.

Ela parou de se afastar na medida que ele parou. Uma aproximação brusca por contato não foi tão bem efetivo. Tentou outras formas, como tentar conversar.

- Você conhece aqui? Sabe como atravessar? Eu preciso muito!

Mas a menina não respondeu. Apenas olhava em seus olhos. Logo o jovem loiro percebeu que talvez ela estivesse incomodada por ser rude e não contar para ela quem era.

- Oh, perdoe-me por isso. - disse, e fez uma reverência - O meu nome é Agnarr. Qual é o seu nome?

Ela somente fitou o rosto do príncipe, sem dizer uma palavra. Começou a mexer no cabelo ondulado levemente vermelho escuro.

- Você não sabe falar? - ele perguntou, e ela não expressou nada, nem balançou a cabeça.

Para a surpresa da menina, ele esboçou um tímido sorriso. Ela franziu o cenho e tombou levemente a cabeça, sem entender aquele sorriso.

- Você parece ser uma pessoa boa. - falou, coçando a cabeça, e já sentiu o rosto queimar de vergonha. Talvez aquilo não tenha sido o melhor elogio, então tentou outro: - Seu colar é muito bonito!

Apontou para o pingente com a corrente que estava em torno do pescoço, e ela largou as mechas do cabelo para pegar o pingente e analisar. Um sorriso apareceu em seus lábios.

- Era da minha mãe. - falou, deixando Agnarr surpreso. - Ela me disse que me encontraria com ele.

Analisou o formato do pingente: uma estrela de quatro pontas, cada ponta representa um desenho específico que Agnarr não sabia descrever. Talvez seja algo da família dela.

- E você está com sua mãe agora?

Silêncio. O sorriso da menina desapareceu e seus olhos começaram a marejar, ameaçando derramar lágrimas. Depois encarou o muro de névoa que dividia onde eles estavam da floresta que o príncipe quer entrar.

- O que foi? Você não tem mais a sua mãe? - perguntou, e pensou que o silêncio dela fosse a confirmação de suas palavras, e tentou consolá-la: - Eu também não tenho mais a minha. Ela morreu quando tentou dar a luz a minha irmã. E meu pai…

Ficou em silêncio e encarou o muro, e a menina notou isso. Algo ligava o pai dele com o que estava atrás do muro de névoa. Então tudo fez sentido para ela, mas não ia dizer o que era.

- Meu nome é Iduna. - revelou, e Agnarr se virou para ela e sorriu. Finalmente conseguiu a confiança nela. - Por que quer saber a entrada da floresta?

- Por que preciso muito saber. - respondeu. - E você?

- Eu? Ah, bem…

Não tinha certeza se o menino era a pessoa ideal para contar isso. Depois de tudo o que aconteceu, talvez a odiasse por isso.

- Você está sozinha? - Agnarr perguntou. 

 - O quê? - mostrou semblante de confusa.

- Digo se você está sozinha, para estar aqui.

Essa pergunta a incomodou tanto que não aguentava mais. Lágrimas caiam e um aperto forte no peito. Sozinha, sem pai, sem mãe, sem seu melhor amigo.

Visto como aquilo a deixou, Agnarr ficou frente a Iduna e lhe estendeu a mão, e ela não entendeu.

- Quer me acompanhar? Eu estou sozinho também.

- Mas e a sua busca? - perguntou.

- Eu posso ver isso depois. Me incomoda muito ver uma pessoa que precisa de um lar.

Iduna ficou surpresa, mas apreciou sua atitude. Limpou as lágrimas e arriscou perguntar:

- E para onde vamos?

- Para Arendelle.


Notas Finais


Oi de novo.
Então, espero que tenham gostado.
Como viram em Frozen 2 (creio eu), a história dessas duas crianças é muito fofa, até quando cresce e suas vidas passam a ter um outro rumo.
Até mais.


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