Eugênio encarou Violeta com as sobrancelhas franzida e uma cara de incrédulo
- Foto sua ?_ Perguntou torcendo a cabeça de lado para tentar ver. Violeta na intenção de ajuda ainda sentada em seu colo, tirou o colar e o entregou.
- Minha._ Mostrou
- Virgem Santa... Como que... Como isso é possível?_ Perguntou ele chocado, olhando a foto
- Eugênio pelo amor de Deus, eu é que tinha que estar perguntando isso. A foto da sua finada esposa, Dirce, sumiu. Quer dizer... Sou eu aí, eu e as meninas, como isso é possível?
- Ta perguntando pra mim ? Estou tão chocado quanto você!_ Comentou com as mãos tampando a boca aberta_ A gente precisa falar com a Margô
- O QUE ?! Mas nem morta! Eu volto lá.
- Ah mas você vai estar morta mesmo daqui uns dias não se preocupe. Nós vamos voltar lá sim, e vai ser agora!
- EU NÃO VOU LÁ EUGÊNIO!_ Esbravejou saindo de seu colo
- VIOLETA! A gente precisa saber o que está acontecendo_ Falou num fio de voz, colocando as duas mãos na cintura.
- Você acha mesmo, que depois das bofetadas que eu dei na cara daquela bisca, ela vai querer me receber ?
- Claro que vai! Ela quer tanto nos mandar de volta, vai precisar lidar com você até isso acontecer.
- Falando assim, parece até que eu fiz algo de errado_ Cruzou os braços emburrada, fazendo birra
- E não fez mesmo ? Voou igual uma onça no pescoço da mulher!
- Ela mereceu Eugênio!
- Ta tá! Tá bom! Vai, pega o casaco e vamos!
- EU JA DISSE QUE NÃO VOU!_ Sentou na cadeira de sua penteadeira ainda de braços cruzados, agora cruzando também as pernas
- Ah não vai ? Tá bom então, eu vou sozinho. Pelo horário ela deve estar se apresentando, então terei que esperar enquanto tomo uma bebida no bar ou... Aposto alguns cruzeiros
- VOCÊ NÃO SE ATREVERIA!_ Se levantou da cadeira batendo o pé
Com um sorriso sacana no rosto, Eugênio agarrou Violeta pela cintura com força, a fazendo bambear as pernas
- Então se eu fosse você, ia comigo_ Disse beijando seu pescoço_ Não vai deixar seu marido lá sozinho, não é?
- Não..._ Respondeu sorrindo a contra gosto e foram.
Ao chegar no Cassino de fato a vedete ainda se apresentava, de longe viu Eugênio entrando e sorriu, mas logo o sorriso foi se apagando quando atrás dele sendo segurada pelas mãos do homem, Violeta vinha com um sorriso de poucos amigos para a vedete, que estremeceu lembrando que sua cara ainda ardia e a boca ainda doía pelo soco da mulher. Escolheram uma mesa um pouco afastada do palco, num cantinho da parede para não serem vistos por ninguém nem incomodados. Eugênio pediu um uísque e Violeta uma dose de vodka
- Vodka ?_ Perguntou o homem
- Sim, algum problema?
- Nenhum... Só não quero que fique bêbada e saia batendo denovo na vedete_ Comentou rindo
Violeta se aproximou mais do homem que estava ao seu lado e disse num tom baixo
- Quando eu bebo, doutor Eugênio, não fico agressiva, fico... de outro jeito_ O encarou na última fala
- Que jeito?
- Só observe.
Violeta sorriu maleficamente o que assustou Eugênio, mas ele preferiu não comentar nada. O uísque de Eugênio chegou, a dose de vodka que ao lado havia um belo drinque de saquê de morando também. Este último o delegado nem havia percebido que Violeta tinha pedido.
- Saúde!_ Desejou Violeta erguendo o pequeno copo de vodka e o bebeu de uma só vez
- Benzinho..._ Chamou com a voz preocupada_ Eu sei que está triste pelo seu pai mas...
- Eugênio!_ O interrompeu_ Você disse que era para termos fé, e acreditarmos que papai iria voltar, não foi?_ Eugênio concordou com a cabeça_ Então pronto.
O aspirante a empresário preferiu não contraria e começou a beber seu uísque. Após alguns minutos ali, o show das vedetes começara a ficar mais animado, Iolanda caminhava no meio da plateia interagindo com os telespectadores. Era um número de sedução e galanteios, sorriu para uns, sentou no colo de outros, não fazia distinções, homens e mulheres eram agraciados pelos talentos artísticos da moça. Ao avistar Violeta concentrada em sua bebida, Iolanda a reconheceu, olhou para trás para garantir que Margô estava distraída, e de fato estava, sentada no colo de um senhor fazendo piadas e gracejos. Iolanda pegou uma grande pena preta, e foi disfarçadamente, entre sorrisos e acenos para outros casais, chegando a mesa de Eugênio e Violeta. Ao se aproximar da morena, a vedete passou a pena por suas mãos, Violeta olhou para a pelugem e foi seguindo com os olhos, a mesma passando devagar por seus braços, ombros, cabelos e por fim por seu queixo fazendo com que erguesse a cabeça e encontrasse os olhos da atriz.
- Mas uau, que belo batom senhora Barbosa.
Violeta sorriu
- Adorei a roupa_ Elogiu gentilmente
- Uma bela dama com um belo senhor, casados a muito tempo ?_ Os dois não sabiam o tempo exato, mas acenaram a cabeça que sim_ Doutor...
- Eugênio Barbosa, você sabe _ Informou o grisalho rindo
- É verdade_ Sorriu_ Doutor Eugênio, o que mais admira na dama que carrega na mão esquerda, uma aliança com seu nome gravado ? Não pode ser esse belo decote hein!!_ Zombou fazendo todos da plateia rirem, enquanto corada ficava a bochecha de Violeta.
- Essa é fácil, apesar do decote_ Brincou _ Essa é a mulher mais forte, e sensível que eu já conheci em toda minha vida. Todas elas._ Piscou para Violeta.
- Ah mas que homem romântico hein, Palmas para ele_ A plateia vibrou_ E a bela senhorita, o que mais admira nesse homem, sem ser seus belos olhos castanhos, sim ?
- Posso pensar ?_ Zombou_ Você é um pai incrível, e um ótimo profissional também
- Tenho certeza que nossos filhos terão muito orgulho da gente_ Sussurou Eugênio se inclinando e beijando Violeta delicadamente com um selinho
O sussuro não fora só ouvido pela policial mas também, por Iolanda que, ao ver o quanto aqueles dois se amavam e faziam planos para o futuro quando voltassem a sua realidade, não pode conter a culpa que sentia em seu peito e a vontade de fazer o certo lhes contando a verdade, a verdade que Margô nunca lhes disse e que seria o fim do relacionamento dos dois. Abaixando-se devagar e se aproximando deles, Iolanda sussurou
- Eu sei de vocês dois!
- Que ?_ Perguntaram numa só voz
- Sei que não são dessa realidade, você é delegado e você policial...
- Na verdade ela é capitã_ Corrigiu o grisalho
- Cala boca Eugênio! Continua...
- Sei que vocês querem voltar para suas realidades, mas tem algo que vocês precisam saber...
- FALA logo criatura_ Exigiu Violeta
- Quando vocês tomarem essa "poção " que todo mundo aqui sabe que é veneno, e voltarem a sua realidade, vocês não vão...
- IOLANDA!_ Interrompeu Margô se aproximando, fazendo com que os três se afastassem e disfarçassem_ Eu sei que esse casal é de tirar o fôlego, mas que tal dar mais atenção aos casais com cara de quem não andam plantando chuchu hein ?!_- Zombou olhando para Julinha e Constantino
Iolanda acentiu com a cabeça e saiu, Margô pediu para que eles esperassem o show acabar para conversarem com ela. Após alguns minutos Violeta já tinha terminado o seu drink e bebericava disfarçadamente o uísque de Eugênio, que fingia que não a via fazendo isso. Com as pernas cruzadas Violeta balançava a que estava pendurada incessantemente, olhava o tempo todo pra um lado e pro outro, mexia no cabelo, batia os dedos na mesa, estava inquieta, entediada e irritada
- Esse show acaba nunca ?!
- Caalma benzinho, achei que gostava de espetáculos, coisas artísticas
- E GOSTO! Mas não quando eu estou tendo que resolver um assunto "místico"_ Disse fazendo um sinal de aspas com os dedos. Eugênio riu mas não respondeu.
Passando as mãos na nuca por dentro do cabelo, Violeta se encostou mais no encosto da cadeira e olhou Eugênio debaixo a cima, suas coxas, a região da virilha, abdômen, braços, sua boca e seus olhos. Observando ao redor e percebendo que ninguém os olhava, até porquê estavam afastados demais e num canto relativamente mal iluminado, se ajeitou na cadeira a arrastando para mais perto do homem, que olhava distraido para o show no palco, rindo das encenações. Sorria gostosamente qusndo percebeu uma mão subindo devagar pela parte interna de sua coxa direita, ao olhar Violeta, notou que a mesma fingia que não estava fazendo nada, estava com o cotovelo apoiado na mesa, enquanto a mão segurava sua cabeça, e sua outra mão ali, agora masseagendo o membro dele por cima da calça. Olhando sua mão lhe acariciando, se ajeitou na cadeira abrindo mais as pernas e respirando fundo olhando pra frente. Tomou um susto quando sentiu as mãos geladas entrando por dentro da calça
- Ei!_ Chamou a atenção da morena_ Que mãozinha boba a senhora tem hein! Alguém pode ver!
- Tem razão_ Tirou a mão bruscamente, após isso inspirou e suspirou fundo soltando o ar_ Vou no banheiro.
Se levantou sem olhar para trás e saiu, Eugênio achou normal a atitude e ficou ali na expectativa de que ela logo voltaria, o que não aconteceu. Incomodado pela demora foi procurar pela mulher, entrou num corredor meio escuro a procurando, quando do nada foi surpreendido por uma mão que o puxou o fazendo entrar em um quartinho pequeno, onde havia algumas vassouras, baldes e panos.
- Violeta! Eu tava te procurando!
- Xiiiiiiiu! Quer que alguém nos escute?_ O repreendeu num sussuro
- Não mas... O que ce tá fazendo?_ Perguntou ao sentir a mulher abrindo seu cinto, enquanto o olhava mordendo o lábio inferior sorrindo
- O que acha que estou fazendo ? Lembra quando estávamos no banheiro e Heloísa nos interrompeu?
- Claro, como esquecer sua irmã nos atrapalhando?_ Disse revirando os olhos
- Pois é! Fiquei te devendo uma coisinha
Violeta já havia abaixado a calça do homem fazendo com que seu membro fosse colocado todo para fora, terminou a frase se abaixando e já o abocanhando com gosto. Seu lábios e sua língua estavam gelados pela bebida, e fizeram Eugênio se arrepiar e ter um leve calafrio por um instante, depois do arrepio logo veio o fogo, o tesão o consumindo fez com que entrelaçasse seus dedos nos cabelos de Violeta e debaixo pra cima os puxou com firmeza. Ela lambia, chupava, tudo que fazia Eugênio adorava e gemia, era como se ela o conhecesse a anos, conhecesse cada ponto fraco seu. Percebendo que o tesão estava forte demais Eugênio fez um sinal com as mãos que segurava o cabelo de Violeta, a fazendo subir. Quando a mesma chegou encima ficando cara com o homem, Eugênio a ergueu no colo e a apoiou sentada em um prateleira abrindo suas pernas com as duas mãos, ele se abaixou e começou a chupar a amada. Ela estava inclinada com o corpo para traz, cotovelos apoiados na madeira e gemia baixinho tentando se conter. Segurava a cabeça do homem com força, e se contorcia cada vez mais
- Isso isso... Assim.. Ai você quer me enlouquecer ?_Disse entre muitos gemidos, suspiros e sorrisos.
- Quem começou foi você..._ Levantou-se, a puxou pelo braço a fazendo ficar em pé, a virou de costas brutalmente pela cintura e a empurrou sem a machucar, contra a parede gelada_ Pois agora aguente...
Eugênio se ajeitou de encostando nela, e a preencheu por completo com seu membro os fazendo gemer alto, no mesmo momento Eugênio se repreendeu e levou a mão até a boca de Violeta a calando. Ele dava estocadas fortes, o som o espetáculo foi ficando alto então parou de se importar com os gemidos da mulher e soltando a mão de sua boca, a levou até seu seio. Segurou com as duas mãos sua cintura e puxava cada vez mais a bunda delav contra a sua cintura. Violeta estava toda vermelha, encima no rosto e embaixo, com os tapas do homem. Estava suada, mas não Importava. Ela se virou e permitiu que o homem a erguesse no colo enquanto se beijavam
- Você é doida!_ Comentou ele entre gemidos, a prendendo novamente com força
Violeta sorriu com os lábios colados na boca do homem.
- Está reclamando doutor Eugênio?
- Reclamar porquê minha esposa me faz o homem mais feliz do mundo ? JAMAIS!
Continuaram ali por alguns minutos, até que o som do show parou bruscamente, fazendo eles se assustaram e ficarem mudos. Ao notarem a cara de susto um do outro gargalharam. Violeta se abaixou e voltou a chupar o marido, até ele chegar ao seu ápice. Ela já tinha chegado, umas três vezes. Os dois tentaram se recompor. Primeiro saiu Violeta disfarçando e indo até a mesa, depois Eugênio também apareceu com um sorriso bobo nos lábios. Violeta pegou sua bolsa e terminou o restinho de drink que havia em seu copo, Eugênio olhou em volta e viu que já não havia Mais quase ninguém naquela área do show e sugeriu que fossem atrás de Margô
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Alguns minutos depois
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- Desculpe mas.... Não sei o que pode ser essa mudança de fotos de seu relicário_ Comentou Margô entregando o colar nas mãos de Eugênio
- Como não? Achei que soubesse de tudo_ Provocou Violeta que foi ignorada por Margô, que apenas a olhou feio
Se aproximando de Eugênio e ajeitando sua gravata torta, sussurou
- Você deveria saber Doutor Eugênio, o fato de vocês ficarem juntos, faz com que as realidades se percam, se atrapalhem. Você tem um péssimo gosto pra mulher hein...
Violeta como um raio levantou e entrou no meio dos dois
- Da licença? Porquê não vai procurar um homem que esteja disponível hein ?
- Calma mocinha, calma. Tá muito estressada hein ?! Como eu disse, não sei exatamente o que há com o relicário, mas posso deduzir, vocês estão interferindo demais nas realidades e por isso, está tudo saindo do eixo. Mas não se preocupem, daqui uma semana vai ser o seu aniversário_ Olhou para Violeta_ E vão voltar para suas vidas.
O casal já sem paciência prometeram que só veriam Margô agora no dia do ritual e saíram sem respostas. Iolanda que colocava Tuninho para dormir se aproximou da vedete e a encarou indignada. Nem precisou falar nada, Margô já sabia o porquê daquela cara
- Nem adianta me olhar com essa cara de manga mal chupada. Eu não vou falar pra eles
- Margô eu não acredito! Você não pode interferir assim na vida de alguém, é o destino deles que está em jogo!
- Não me importo! Eles que começaram isso vindo para cá
- Não foi culpa deles, foi um acidente! Uma coincidência!
- Coincidências não existem, Iolanda!
- Margô, eles vão sofrer, estão achando que vão voltar e serem felizes. A Violeta não está vivendo o luto porquê acha que o pai vai voltar! Pelo amor de Deus!
- CHEGA! Eu não quero mais falar disso. Esses dois são problema meu e eu não aceito que você se meta nisso.
- Ah não?! Então tá bom!
Iolanda arrumou o bebê no carrinho, pegou sua bolsa e se dirigiu até a porta
- Ei! Aonde você vai? Ainda temos mais uma apresentação!
- Eu não vou compactuar com destruição de amores alheios. É um assunto seu, não é? Então daqui uma semana eu volto, pra ver o tamanho da culpa que você vai estar sentindo por ter destruído um amor verdadeiro.
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