História Enigma - 03- Sonho

– Mostarda? - Ele me olha com nojo - Não tinha coisa melhor? Talvez um queijo mas, mostarda, eu odeio mostarda – O grupo ri da cara do tal de Denki

– Cara, o que é isso? Parece código morse - Perguntou o cabelo de fogo intrometido 

– É trabalho da escola - pego meu caderno e coloco na bolsa 

– Você ainda vai pra escola? - Mina pergunta achando estranho 

– Eu reprovei sabe faltei demais 

– Você reprovou 3 vezes? - Katsuki me olha sabendo que é mentira

– Sim, infelizmente - O cara de vermelho me encara – Nossa olha a hora se eu voltar pra casa e capaz de ser assaltado

– Quer que a gente leve você? - diz o Denki 

– NÃO digo não - Dou um sorriso e entro na sorveteria e pago a atendente e saio correndo pegando minha bolsa 

Essa foi a coisa mais vergonhosa que eu já fiz espero nunca mais ter que falar com nenhum deles 

Mydoria entrou em casa casa e foi deitar estava cansado de tanta correria e sabia que cedo iria ter que levantar 

O cansaço consome ele é poucos minutos depois ele já está dormindo tendo um sonho bem estranho 

SONHO

— Izuku acorda está não hora de levantar – uma voz muito conhecida por Mydoria 

— Ah mãe deixa eu durmo mais um pouquinho 

— Eu fiz macarrão – Inko gritava da sala de jantar

— Macarrão?! – Midorya se levantou rápido e saiu correndo porém percebeu que seu corpo estava menor 

— Não corre que você vai cair – Inko avisou porém já era tarde demais Izuku havia acabado de cair de cara no chão antes mesmo de chegar na cozinha 

No instante que ele havia percebido que estava no chão começou a chorar e berrar pedindo ajuda para a mãe 

— Mãe me ajuda – gritou o Izuku ele não sabia ao certo porque estava chorando ele caiu porém não estava sentindo dor 

— Para de chorar nem doeu – Disse uma voz de criança atrevida

— Doeu sim se não ele não estaria chorando – uma garota loira falava 

— Levanta Izuku a mamãe já tinha avisado você várias vezes – uma criança de cabelo pretos dizia olhando para o pequeno Izuku 

Ele se levantou sem entender Inko não havia tido outro filho apenas Izuku ele não se lembrava de outra pessoa 

Talvez ele só não lembrava mas Inko havia adotado Tomura Shigaraki quando Izuku fez 8 anos os dois não era muito amigos mas também não era inimigos eles se davam bem mas não eram como toga e Izuku ou kachan e deku 

Toga era amiga de Izuku a garota amava bagunçar os cabelos esverdeado do pequeno brócolis totalmente ao contrário de Izuku que gostava de arrumar o cabelo da loira eles eram amigos se encontraram na volta da escola Katsuki não esperou Izuku e foi na frente deixando ele sozinho porém Himiko Toga estava brincando com um pássaro morto e Izuku viu a cena mesmo que ele achasse estranho a garota ele chamou para limpar as mãos dela em casa é ela contou a Izuku sobre como era a vida dela e os dois começaram a ter laços porém o Izuku não percebia que a toga não agia normalmente nenhuma criança comum mata animais por diversão porém por Izuku ser uma criança ele era muito inocente e não percebeu que sua amiga não era tão boa como ele pensava 

— Izu? Tá tudo bem? – Um garoto com marcas de machucados perguntou 

— To…Touya? – Izuku não conseguia dizer uma frase nunca penso que veria Touya na sua frente 

— Tá com gagueira? Tá difícil levantar se quiser eu posso te ajudar 

— Não eu consigo levantar – falou baixo enquanto levantava encarando assustado o garoto em sua frente 

— Parece que você viu um fantasma por acaso teve um pesadelo? – Touya colocou as mãos no ombro do Izuku e balançou ele — Tá melhor agora? 

— Nem um pouco 

— Vamos logo izu todo mundo já tá na sala esperando você pra comer comida – disse Tomura puxando Izuku para sala 

— Até o Shoto veio você nunca viu ele né? – Touya/Dabi dizia feliz – Agora você vai ver ele é da sua idade acredita? – Dabi dizia indo atrás das outras crianças 

Quando as crianças chegaram na sala viram toda a família reunida Eiji Todoroki, Rei Todoroki, Fuyumi, Natsu é Shoto 

Inko Mydoria estava ao lado de um homem de cabelos brancos a única família que faltava era de toga 

Porém a garota nem ligou para isso sentou ao lado de Tomura que estava próximo de Touya 

— Vem Izuku está na hora de almoçar – disse Tomura 

Izuku estava parado com muito medo a cabeça dele estava um turbilhão de pensamento

"Como não me lembro disso? Como eu conheci eles? Tomura era meu irmão?" 

Muito mais de coisa passava na cabeça dele e uma dessas coisas era o medo de Endevor

As lembranças vieram, em sua cabeça passava o sorriso de Touya desaparecendo quando tinha que voltar para casa dos seus pedidos de ajuda dos choros incessantes do pobre garoto muito novo 

—Ala o Izu mijou nas calças – toga ri mas leva um peteleco de Tomura 

— MAMÃE – Izuku grita 

— Ah era apenas um sonho – digo nervoso e me levanto jogando minha coberta no chão vendo se eu havia mijado na cama 

— Seria uma vergonha se isso tivesse acontecido 

Fico um tempo parado pensando em como eu conseguir esquecer boa parte da minha vida 

— Isso realmente aconteceu ou é tudo um sonho – pego meu celular tem que ter alguém que saiba de algo 

— Vou ligar para quem? Minha mãe tá com o celular todo fudido não tenho ninguém pra ligar a aquele pobre fudido do Katsuki deve lembrar de algo mas duvido ele me atender – disco os números dele e espero uns minutos

— Alô? – Diz uma voz manhosa 

— Olá bom dia Katsuki tá acordado? 

— Não tô dormindo seu idiota quem fala? QUERO SABER QUE CARALHOS ME ACORDOU DE MADRUGADA EM UM SÁBADO

— Haha sou eu Izuku ou pior Deku eu queria saber se você lembra de quando a gente era pequeno sabe 

— Pequeno você sempre foi – ele começa a rir 

— Não teve graça 

— Se não tivesse eu não estaria rindo 

— Nossa carinhoso que nem um cavalo mas você lembra de quando éramos criança e brincávamos com um povo estranho

— Lembro sim tinha um de cabelo verde chato pra caralho que era inteligente

— Vai tomar no c# – digo bravo já sem paciência e escuto mais risada 

— Você parece aquelas crianças com raiva mas eu me lembro de um povo estranho tinha um que parecia o napolitano ele tinha vários hematomas 

— Napolitano? Tipo sorvete? 

— É o Shoto filho do Endevor, garoto estranho 

— Muito obrigado Katsuki 

— Tá 

— Cadê o "de nada" 

— Tá na puta que ti pariu 

— AAAAA SEU VAGABUNDO — grito e desligo espero nunca mais ter que ver o Bakugou 

Mas sobre o Shoto isso é bem estranho, ele tinha o irmão dele o Touya e no código do Tomura falava sobre um Touya e se ele tá vivo? E se ele faz parte da Liga dos vilões? Acho que devo anotar para não esquecer pego meu caderno e anoto e coloco na linha bolsa 

É melhor eu me arrumar porque daqui a pouco já vou ter que ir trabalhar mas hoje irei fica até o meio dia como hoje é sábado os avós da Minako iram fazer uma visita e querem passar um tempo com ela então sairei mais cedo 

Um bom tempo depois já estava na casa de Ryoko cuidando de Minako ela era uma criança esperta e fofa então não tinha muita dificuldade com ela 

— Midorya você terá que vir amanhã trabalhar se importa? — claro que me importo eu queria e ficar em casa deitado assistindo Haikyuu 

— Não, mas porque assim do nada? Vocês iram para algum lugar? Desculpe ser muito intrometido

— Não tudo bem é que vai ter uma festa amanhã aqui em casa e como terá pessoas de classe alta quero que a Minako se comporte e com você aqui será mais fácil porque eu estarei muito ocupada para olhar ela e o pai dela nem se fala 

— Então e para eu estar com uma roupa bonita?

— Nada muito caro pra não parecer muito chique e nada muito simples para não parecer muito pobre 

— Ok – vou apenas fingir que compreendi – Eu vou ver a Minako  

Subo as escadas daquela grande mansão e vou direto para o quarto dela e vejo ela brincando com alguns brinquedos brincando não bagunçando ela tava jogando os brinquedos pro alto desarrumado tudo coitada da dona Janete a mulher já tem dor nas costas ter que catar esse tanto de brincadeira.

— Minako o que eu já disse sobre bagunça os brinquedos – a criança vira rapidamente 

— Tio Izukuuuuuu vem brincar comigo 

— Eu vou brincar porém quando acabar vamos juntar do jeito que eu ensinei 

— Ok mas vamos eu quero brincar com você depois podemos tomar iogurte

— Podemos 

Um bom tempo passou deu café da manhã para fiz um penteado e arrumei uma roupa para ela usar quando os avós dela chegar porque sei que a mãe dela tem um péssimo gosto da roupa 

11:57 

A campainha foi tocada umas 4 vezes e eu já gritei que já vou caralho não pode esperar um pouco 

—EU JÁ VOOOOOOOU – aí o fôlego – OOOOOOOOUU – eu gritava e a Minako ria ela andava do meu lado com as chaves nas mãos 

— Nossa demorou – a pelo amor eu não ia descer a escada correndo com uma criança

— Me desculpe senhorita – aí se não fosse parente da minha patroa 

— Desculpas nada quero ver minha netinha cadê minha netinha – essa ai e cega 

— Vó a senhora não tá me vendo? 

— A nossa tão grande última vez que te vi foi quando você era um bebezinho, lembra?

— Não né se eu era um bebê 

— A senhora Janete irá levar vocês para dentro de casa – digo mostrando Janete 

— Olá gostaria que vocês me acompanhassem 

— Tchau tio Izuku – ai que criança mais fofa dou um tchau e sai logo de lá 

Vou em uma lanchonete próxima e me sento no banquinho perto da porta 

— Não aguento mais abaixar pra pegar brinquedo daqui alguns anos vou ficar corcunda e com umas dores insuportáveis nas costas – sussurro pra mim mesmo 

— O senhor gostaria de algo?

— Um suco de maracujá apenas 

— Irei trazer – não demorou muito e ela voltou com o sujo me entregando uma anotação para pagar quando passa-se pelo caixa 

 Procuro minha carteira na bolsa e pego e vou logo entregar o dinheiro

— Eu queria ver quantos deu? 

— Deu 17,25 

— Que roubo tem o que nesse suco? Ouro me desculpa mas eu pedi um copo de suco não uma barra de ouro

— São só 17,25 – quem é o intrometido em me viro e vejo uma pokébola em forma de gente

— Cala boca pokébola da Shoppe eu sou pobre trabalhador o máximo que tem na minha carteira são 10 reais 

— Aqui mais 10 reais 

— Sério? De graça assim do nada? Olha meu jovem eu não vou pagar nada pra você 

— Não tudo bem eu tenho dinheiro de sobra – e esse aí gosta de ostentar – e eu gosto de ser humilde ajudar os mais necessitados 

Ele tá me chamando de pobre na cara dura que sem vergonha 

— Muito obrigado pela sua gentileza – entrego o dinheiro pra moça – Aqui o ó dinheiro quero meus 2,75 

— Aqui volte sempre – ela me entra o dinheiro e eu saio e o moleque estranho me segue é eu começo a andar mais rápido e paro em uma praça cheia de criança

Olho pra trás e ele tá parado me olhando 

— O meu jovem eu já disse eu não vou pagar nada pra você nem coisas maliciosas 

— E que você tá com o troco 

— Aí pelo amor em você falou que é rico se eu fosse um mendigo em? Você iria me pedir o troco?

— Você é mendigo? A me desculpa eu não percebi

— Tô tão acabado assim? Pra me chamar de mendigo 

— Não, me desculpe 

— Aqui seu troco 

— Shoto meu nome é Shoto Todoroki

— O que jovem você é o Shoto não me lembrava que você era assim quanto tempo 

— Eu te conheço?

— Via dizer que não conhece um velho amigo digo vizinho 

—Se bem que você bem familiar eu – antes que ele continuasse a conversa um ser dos infernos grita 

— SHOTOOO – nem precisava olhar pra saber que era 

— Ai meus tímpanos – Shoto sussurra 

— Porque seu pai tá aqui? – homem sinistro fica perseguindo o filho 

— Vem pro carro e para de conversar com esse moleque pobre 

— Pobre e a sua mãe – mostro o dedo do meio e chego na janela do carro junto com o Shoto – Endeavor? Quanto tempo não é mesmo? – bato na porta do carro e me encosto na janela 

— Desencosta do meu carro 

— Eu acho melhor você ir embora – Shoto disse 

— Não eu vou ter um belo papo com o seu paizinho – encaro Endeavor 

Se o olhar matasse eu já estaria morto 

— Eu nem te conheço 

— A mais você me conhece sim, não está lembrando? Pois eu me lembro muito bem do Touya 

— Eu sei onde está o Touya, eu poderia até te contar mas sei o que você iria fazer quando eu descobri onde ele está, então só quero deixar um recado eu posso te colocar você na cadeia, pois eu sou uma testemunha, também tem seus familiares tem câmeras por todo lado? Acho que você iria direto para cadeia após ficarem sabendo sobre os maus tratos mesmo que você saia da cadeia duvido muito a população acreditar em você 

— Rapaz você está brincando com fogo eu posso apagar você em segundos

— Não acho que você tenha coragem de fazer isso na frente do seu filho 

— E rapaz você está mexendo com a pessoa errado eu posso fazer da sua vida um inferno  

— Paredes tem ouvido Endeavor lembre-se que até a sua própria família pode te fazer mau assim como você fez com eles 

— Filho entre pro carro 

— Eu não vou com você eu vou com ele – Shoto está com uma cara séria eu acho que vou ter que explicar muita coisa pra ele 

— Eu quero você ainda em casa hoje em e sobre esse assunto conversamos mais tarde é você seu pobre não encoste um dedo no meu filho – Endeavor fecha o vidro e sai com o carro 

— Como você sabe essas coisas do meu irmão? 

— Vamos para um lugar mais reservado aqui qualquer um pode escutar 

Fomos andando até a minha casa e não demorou muito a gente chegou o papo tava até legal 

— Aí cadê minha chave, merda acho que esqueci dentro de casa – sento no meio fio 

— Você é bem estranho, sabia? – Shoto dizia olhando o celular 

— Estranho e nota de cem na minha carteira e vai colocando esse celular eu outro lugar porque não quero chamar atenção de ladrão 

— Tá bom mas aonde vamos conversar 

— Senta aqui que eu vou te contar as coisas – ele senta do meu lado 

— Bem quando você era pequeno o Touya ainda "estava" vivo porém segundo a sua família Touya morreu mas pela reação do seu pai parece que outra coisa aconteceu e me lembro que o Touya costumava a vim para a minha casa chorando ou muito machucado 

— Eu não me lembro muito de você e bem dessa época – ele sussurou colocando a mão na cicatriz 

— A gente quase que não se via você era muito calado e seu pai também é um babaca nem deixava eu conversar com você 

— Mas será mesmo que o Touya tá vivo 

— Eu tenho uma teoria só que não posso falar porque é confidencial

— Pode falar eu não vou contar pra ninguém – o Todoroki foi interrompido pelo celular o pai dele estava ligando pra ele 

— Pelo visto eu vou ter que ir 

— Ah eu esqueci de me apresentar meu nome é Mydoria Izuku e da próxima vez que você encontrar um estranho na rua não o siga, tá querendo aparecer no jornal? 

— Tá bom – ele vira e vai andando pro lado que vinhemos 

— O toma cuidado que o bairro aqui é perigoso tchau 

— Tchau – ele acena e vai embora

Agora sou apenas eu e a porta me jogo nela e acabo percebendo que estava aberta e a pior coisa deve ter acontecido roubaram minha casa 

Entro rápido para dentro e vejo que tudo está no lugar o alívio vem instantaneamente mas também vem a desconfiança eu me lembro de trancar essa porta e me lembro muito bem de colocar a chave na minha bolsa 

Vou devagar para o meu quarto e entro vendo se tem algo e bem na minha cama minha chave está lá junto de uma carta não tem como ser o Endeavor porque nós vimos a pouco tempo o único lugar que deixei minha bolsa foi na mansão dos Ryoko mas quem será que fez isso e o porque 

Quem será que está por trás disso? E porque?