Mallorca - Espanha
Sai da ducha e coloquei um biquíni preto e por cima um short jeans e uma regata. Eu não queria muito no início, mas tenho o melhor marido do mundo.
Depois do nascimento de Maria, meu corpo havia mudado e às vezes me sentia insuficiente para Marco, que continuava lindo como sempre. Mas como sempre, ele dizia palavras lindas olhando nos meus olhos e me deixava confortável novamente.
— Amor? Está pronta? – escutei sua voz e saí do banheiro, vendo Marco com uma bermuda curta azul e uma regata preta.
— Estou quase – ele sorriu e me deu um beijo rápido.
— Você fica linda com o cabelo assim – ele disse passando a mão pelo meu simples rabo de cavalo. Agradeci dando um beijo em sua bochecha.
— Cadê eles?
— Lucca está brincando com as crianças e Maria no colo de alguém – deu de ombros, rindo.
— Senta aí, vou passar o protetor – pedi e ele se sentou na cama.
Passei em seu rosto e nos braços, ele tirou a camisa e passei em todo seu tronco. Quando terminei, Marco me puxou e me deixou sentada em seu colo. Ele enlaçou minha cintura e sorriu me deixando toda boba com aquele sorriso. Acariciei seu rosto, passando pelas covinhas.
Ele sorriu novamente e iniciou um beijo carinhoso acariciando minhas coxas.
— Ei, casal! Olha o fogo – ouvimos a voz de Marcelo passando pelo corredor. Demos risada e me levantei do colo de Marco depois dar um selinho — Vamos? Só faltam vocês.
Íamos a praia, particular de Mallorca, onde Igor tinha uma casa. Asensio tinha contratado um organizador de eventos para não ter dor de cabeça. A festa mesmo seria amanhã, hoje era só uma “introdução”, como Isco disse. Na praia tinha quiosques de bebidas e comidas, caixas de som e alguns lençóis espalhados na areia branquinha. Não tinha nada de mais espetacular, era só nossos amigos então foi algo íntimo e simples.
Quando chegamos de mãos dadas recebemos muitas palmas e assobios. Rimos e logo Lucca veio correndo e pulou no colo de Marco.
— Você sumiu o dia inteiro hein, mocinho – toquei seu nariz e ele riu.
— Estava jogando com o Enzo – explicou.
Nós caminhamos e fiquei procurando Maria, logo a vendo no colo de Clarice. A pequena era tranquila, como diria o pai, “muito dada” e ficava quietinha no colo de todo mundo.
— Oi, meu amor – tentei pegar minha filha, mas Clarice não deixou.
— Me deixem. Ela é tão linda e fica quietinha – ela disse admirada — Tô muito apaixonada, Alina.
— Ela é – sorri boba arrumando seus cabelos que agora estavam mais claros.
— Vocês precisam fazer o de vocês – Marco disse quando Marcelo chegou.
— Bora fazer mais um, amor – o brasileiro disse e eu ri da cara da mulher.
— Mas eu quero uma menina – ela disse.
Marcelo brincou com Maria, que abriu um sorriso banguela. Eu ficava tão apaixonada quando ela sorria abertamente e mexia as perninhas. Peguei ela no colo e Marco fez cócegas em sua barriga, o que a fez gargalhar.
— Coisa linda do papai – ele beijou a testa dela.
[...]
— Estamos casados, amor – Marco disse como quem não acreditava.
— Estamos. Eu nem acredito – sorri e ele beijou minha mão — Casados e com dois filhos. Uma família.
— Tudo que sempre quis – ele disse acariciando os cabelos de Maria no meu colo.
— Cadê minha netinha? – seu Gilberto perguntou quando chegou perto — Lucca já dormiu, estava cansado.
— Ele brincou demais hoje – sorri dando Maria a ele, que estendia os braços. Era um vovô babão.
— O senhor vai ficar com ela? – Marco perguntou ao pai.
— Já quer fazer outro filho, bro? – Igor chegou por trás e eu gargalhei.
— Não seria uma má ideia… – Marco, que estava sentado atrás de mim, disse beijando minha bochecha.
— Vamos embora, pai – Igor disse se virando e eu ri sem graça.
— Dois bestas mesmo – Seu Gilberto negou com a cabeça e eu concordei — Juízo vocês.
— Pode deixar, pai.
Seu Gilberto saiu falando com Maria em seu colo e nos deixou a sós. Estávamos sentados em um lençol na areia, vendo o pôr do sol. A maioria das pessoas estavam comendo ou dançando na casa, as crianças estavam dormindo ou jogando vídeo game.
— O que acha de termos outros? – ele perguntou roçando sua barba no meu ombro, me deixando arrepiada.
— De novo isso? – perguntei, rindo
— Eu gosto de casa cheia amor.
— Mas Maria ainda está muito pequena, quem sabe daqui um tempo… – disse.
— Uhum… – murmurou.
Acho que estava ocupado demais beijando meu ombro, deixando um rastro até minha orelha, onde mordeu. As mãos deles apertavam minha cintura, e eu estava totalmente a mercê dele naquela posição.
— Vamos entrar? – perguntei e ele riu no meu ouvido. Até pela risada rouca dele eu sinto tesão.
Entramos pelo fundo e ao entrarmos no quarto, nos deparamos com Lucca dormindo na cama ao lado. Marco soltou um suspiro frustrado e eu ri da cara dele de cachorro sem dono. Certo, eu também estava frustrada.
— Não ri – ele disse dando um tapinha no meu bumbum.
— Sua cara é a melhor – disse ainda rindo.
— Sei que também está frustrada. Eu já estava pronto… – ele me abraçou por trás e senti sua ereção pelo pano mole do short dele — Vamos no banheiro, você fica quietinha – disse ao me ver suspirar.
E sem forças alguma para resistir, fui caminhando até o banheiro, onde Marco me colocou sobre a pia.
[...]
Assim que tomamos nosso banho, ouvimos batidas na porta e eu fui abrir, vendo Igor com Maria no colo, adormecida. Sorri e peguei meu pacotinho de amor.
— Estava esperando vocês terminarem para trazê-la – ele disse e eu o olhei confusa.
— Terminar o quê?
— Acha que não escutei? Meu quarto é do lado do banheiro – Igor disse e senti minhas bochechas queimarem enquanto escutava a gargalhada de Marco — Isso é crueldade e ao mesmo tempo torturante. Cara, o Lucca estava no quarto.
— Saí daqui, Igor – Marco gritou para o irmão.
— Obrigada, engraçadinho – dei a língua a ele.
Igor deu um beijo em mim e Maria, depois fechou a porta.
— Será que alguém mais ouviu? – perguntei preocupada.
— Não sei – ele disse se aproximando e beijando Maria — Você é uma escandalosa, amorzinho.
— Marco! – dei um tapa nele, que riu.
Coloquei Maria no berço e cobri seu pequeno corpo, logo fazendo o mesmo com Lucca, que dormia jogado igual o pai. Marco estava na varanda, e caminhei até ele o abraçando por trás. Ele estava sem camisa e seu corpo era tão quente.
— Tudo bem? – perguntei deixando beijinhos em suas costas.
— Tudo maravilhoso – ele sorriu se virando — Estou tão feliz, amor. Estamos juntos, nossos filhos conosco, nossa festa de casamento amanhã… parece um sonho.
— Também acho que às vezes estou sonhando – sorri encarando o céu estrelado, Marco me abraçou por trás — Quero te agradecer por tudo, meu amor. Tenho filhos lindos e saudáveis, um marido que sempre sonhei. Você é um homem incrível, em todos os sentidos. Um pai maravilhoso, um marido maravilhoso e um filho maravilhoso. Todos nós temos orgulho de você. Obrigada por me fazer feliz, obrigada por cruzar o meu caminho há alguns anos atrás, criarmos um elo e aparecer depois para me fazer a mulher mais feliz do mundo. Eu te amo.
Nem esperei Marco responder, apenas me virei para beijar seus lábios, apenas pensando em sentir o gosto da sua boca.
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