História Entre A Espada E O Amor - Supercorp AU (G!P) - First Season: Chapter One - Daily Battle

A chuva caia do céu como uma resposta de Rao à princesa Kara. O fogo que dominava as casas do povo do reino de Albion, começa a se apagar enquanto a princesa e o exército de Krypton continuam a lutar contra os seus inimigos.

Inimigos de reinos distantes ameaçavam o reino de Albion, reino esse que tem como aliado, Krypton, o maior reino dentre todos os outros, então, não é surpresa que o Rei Zor-El tenha mandado seu exército sob liderança da princesa Kara, para dar fim aos inimigos.

Kara é cercada por cinco soldados inimigos, esses que acham que tem vantagem contra a princesa por estarem em maior número, mas, mau sabem eles que isso não significa nada, dado o fato de Kara ser conhecida como a maior e melhor guerreira dentre todos os reinos por te facilidade em derrotar seus oponentes com o menor número de golpes.

Então o primeiro soldado parte pra cima da princesa, mas, sua guarda estava em aberta, pior erro que poderia ter cometido, já que Kara da um único golpe, porém, mortal em seu coração. Os outros quatro partem pra cima da princesa ao mesmo tempo. Kara empurra um e bate com o cabo de sua espada em sua cabeça o deixando desorientado, enquanto se abaixa desviando do golpe da espada do outro soldado e fincando a sua própria espada no estômago do mesmo, em um movimento rápido, a princesa leva sua espada em direção ao pescoço do terceiro soldado e o passa ali com certa força, logo sangue começa a jorrar, o outro que vinha por trás já pronto para abater a princesa, é impedido quando a Herdeira ao Trono chuta o estômago de seu oponente e sem dar tempo do mesmo reagir, finca sua espada em seu peito, o último soldado que havia levado a coronhada, se recompõe e parte pra cima da princesa, mas, a mesma logo o abate também.

A batalha termina com a vitória do exército de Krypton. Os soldados gritam o nome da princesa, sua futura rainha e também sua comandante em comemoração, mas, essa sabe que não teria conseguido sem seu exército.

Depois de ajudar como pôde o povo e a família Real de Albion, Kara junto de seu exército marcham de volta à Krypton. Todo o caminha os soldados foram cantando músicas que declaravam sua vitória no dia de hoje, sempre era assim depois que venciam uma batalha, todos Alegres e ansiando voltar pros braços de suas famílias e esposas.

Mas, por mais que Kara ame sua família e queira voltar para eles, não há todo essa animação em voltar para casa. Afinal, o que há espera? Tudo que ela amava lhe foi tirado de forma dolorosa.

Lembranças on

Enquanto caminhava pelo enorme castelo distraída, Kara esbarra em alguém. Quando a princesa ergue o rosto e olha para a pessoa à sua frente, sente seu coração acelerar, seu corpo estremece e suas mãos suam.

- Me perdoe princesa! - Fala se curvando.

Kara perde a fala, tudo que ela consegue fazer é admirar a linda Lady à sua frente.

- N-não, não, sou eu quem deve se desculpar Milady... estava distraída e não a vi. Perdoe-Me! - Agora é Kara quem se curva perante a Lady protegida de seus pais.

- Me chame de Sam, por favor... e está perdoada princesa - fala com um sorriso que faz o coração de Kara errar uma batida.

- Fico imensamente grata pelo seu perdão - fala curvando sua cabeça e com um sorriso sincero nos lábios - e por favor, me chame de Kara! - Depois desse dia, ambas as jovens sabiam que suas vidas estavam entrelaçadas, que mais cedo ou mais tarde uma faria parte da vida da outra para sempre. O que é para ser, seria e ninguém iria impedir.

E a partir daquele dia, Kara passou a ter o maior motivo para voltar para casa todos os dias. Sua vida finalmente passou a fazer sentido e, a maior razão da sua vida nasceu ali.

Lembranças off

Um dia e meio se passou quando finalmente o exército de Krypton chegou ao seu grandioso reino. De longe pode-se ouvir a comemoração do povo, as músicas tocando, pode ser visto as moças dançando e o nome da princesa ser gritado em um estridente "VIVA A PRINCESA!" e "VIDA LONGA A RAINHA".

Por mais que Kara ainda não seja a rainha de Krypton, todos os povos de todos os reinos a vêem já como sua rainha, sua líder que faz de tudo pelo seu povo. Kara dentre todos os reis, príncipes e governantes que há no seu país e dentre os mais distantes, a princesa é a que mais luta pela seu reino, é a que mais ama seu povo e a que morreria por eles se preciso for.

Ela é a líder que todos clamam. Não que seu pai, Zor-El, e os demais reis e rainhas dos reinos distantes não amem seu povo ou não lute por eles, não mesmo, mas, a princesa Kara é diferente, ela realmente nasceu para governar, ela luta pelo que acredita, vive para seu povo, é uma verdadeira líder. Não teme aos inimigos, luta com justiça e honra, é alguém que todos admiram por ser quem é e podem confiar de olhos fechados.

Pela princesa ser tão amada não só pelo povo de Krypton, mas, também pelo povo dos demais reinos, Kara já sofreu atentados que quase a levaram à morte. Muitos reis inimigos pensam que a futura rainha de Krypton pode invadir seus reinos e toma-los para si, sabem que se Kara realmente fizesse tal coisa, não teria objeção do povo ou do exército, dado o fato de ser a líder que todos os reinos precisam e querem. Mas, não é isso que a princesa quer, Kara quer paz entre os reinos.

Krypton pode ser o maior e mais forte reino dentre todos, pode também estar à cima de todos os outros reinos, mas, Kara é justa, não entra numa guerra a menos que seja necessário, como a última batalha que travou, um reino inimigo invadiu um reino na qual Krypton mantém uma forte aliança, claro que nem o rei Zor-El e muito menos a princesa Kara iriam deixar inimigos tomarem reinos amigos, então, ela fez o que foi preciso para manter seu (também) povo seguro.

Ao longe ela pôde ver a entrada do castelo. Já não chovia mais, pelo contrário, o dia estava ensolarado, perfeito para um passeio ao campo em família. Bom, Kara faria isso se sua família ainda estivessem viva, e só de pensar nisso, a dor se torna mais implacável e insuportável ainda.

A saudade é tamanha e o sofrimento bate na cara da Herdeira, mostrando que ele ainda está ali e que não vai embora, fazendo-a sentir-se a mais miserável dentre todos.

[...]

Kara caminha pelos corredores do castelo da casa de El, por onde a princesa passa, servos e soldados se curvam e parabenizam a futura rainha por mais uma grande vitória.

Logo as enormes portas que dão acesso à sala do trono é vista, os quardas as abrem e ao longe Kara vê toda sua família reunida. Alexandra/Alex - a princesa e irmã adotiva de Kara - o rei e a rainha Alura e Zor-El, Kal-El - príncipe e filho do irmão falecido de Zor - sua esposa Lois junto de sua filha recém nascida Elizabeth, e o indesejado Maxwell Lord, marido de sua irmã, Alex, a quem Kara não sente nada além de desprezo.

Mas, para a surpresa da princesa, também estão presentes a família Luthor de Auradon. O rei e a rainha Líllian e Lionel, o príncipe Herdeiro ao Trono Alexander/Lex I e, sua esposa Lana junto de seu filho de 3 anos Alexander ll e... a princesa Lena.

Ao se aproximar, Kara se curva perante seus pais e os reis amigos de Alura e Zor-El.

- Filha! - Alura desce do trono e tenta abraçar a princesa, mas, a mesma se afasta.

Desde que entrou para o exército de Krypton, sempre que voltava das batalhas, Kara nunca se permitiu ser tocada pela sua mãe ou por Alex. A princesa diz que nunca permitiria que elas se sujassem com o sangue imundo dos inimigos do reino que está impregnado em seu corpo, Diz que Alura e Alex tem que permanecer limpas das imundícias que a guerra trás.

- Mãe, sabe o que eu penso sobre me tocar depois que chego da batalha! - fala ao ver o olhar perdido de sua rainha.

Alura bufa, acho o cúmulo a negação de sua filha, mas, respeita sua decisão.

- Está ferida? - pergunta agora passando os olhos por todo o corpo da filha em busca de algum ferimento.

- Não se preocupe, não estou, estou bem. E isso... - Ergueu a mão e exibi a coroa do rei inimigo que carregava consigo desde Albion. O Rei foi tolo o suficiente por achar que Albion estaria lutando só e por isso foi junto, mas, teve sua cabeça arrancada pela própria Herdeira - É a prova da nossa vitória contra aqueles bastardos - Um sorriso presunçoso nasce nos lábios dos dois reis, Alura e Líllian sorriem orgulhosas, assim como Alex, Lex, Lana, Kal e Lois, já Lena, é difícil saber sua opinião sobre isso, dado o fato de seu rosto está inexpressivo.

- Qual o número de baixas? - Pergunta Zor-El.

- Fomos com cinco mil homens, uns se feriram, mas, todos voltaram para casa - O exército de Krypton é o mais conhecido dentre todos por nos últimos 5 anos em que a princesa Kara o lidera, não haver mortes. Não importa o número de homens que partem para a guerra, todos eles voltam para casa.

- Mais uma vez você é motivo de orgulho para mim e para nosso povo, Kara. Que Rao continue a nos abençoar - Comemora Zor-El e,  pela primeira vez naquele dia, Kara da um sorriso sincero, feliz por saber que tem se tornado uma grande líder e futuramente uma grande rainha.

- Parabéns pela vitória, princesa! - Lionel fala também orgulhoso da Herdeira, Kara curva a cabeça em reverência.

- Perdoe-me se estou sendo desrespeitosa, mas, o que vossas majestades fazem em Krypton? - Kara pergunta objetiva, apesar de apreciar a presença dos reis de Auradon, a presença deles em seu reino é um tanto inesperada, raras são as vezes em que eles vem à Krypton e, quando vem, é apenas para tratar de assuntos políticos.

- Veja bem, Kara, Lionel e eu fizemos uma nova aliança, para o bem dos dois reinos, mas, principalmente por Auradon já que ele vem sendo ameaçado por inimigos comum - Zor fala cauteloso.

- Mas, Krypton e Auradon já tem uma aliança, aliança essa que é antiga, muito antes do senhor ocupar o trono como rei, ambos os reinos ja eram amigos, não é preciso uma nova aliança para Krypton ajudar Auradon - Kara estranha tal decisão repentina de Zor-El, ela está apenas há 4 dias fora e quando volta seu pai, o rei já pensa em fazer uma aliança sem consulta-lá antes de tomar a decisão definitiva, algo que é incomum.

Alex, Lex e Lana engolem a seco já imaginando a confusão que vai dar quando Kara souber o fundamento dessa aliança, e o que vem junto dela. Lena não tem expressão nenhum por fora, mas, por dentro deseja que Rao permita que ela entre no paraíso naquele momento, ela guarda seu nervosismo e sua exitação só para si, ninguém precisa saber que a princesa está quase desfalecendo de medo pelo que está por vir, certo? Certo.

- Espera... em que se baseia essa nova aliança? - pergunta já sentindo seu coração dar saltos em seu peito. Kara sabe perfeitamente como é o andamento de uma aliança, ela não é tola, e se Zor-El estiver planejando fazer o que Kara está pensando, então eles terão grandes problemas, todos sabem que é muito mais fácil enfrentar um exército de cem mil homens do que enfrentar a própria princesa.

- Kara, entenda, você é a futura rainha e é necessário que... - Zor começa a falar, mas,é cortado pela princesa.

- Em que se baseia essa nova aliança? - pergunta novamente pausadamente, mas, alto o suficiente para todos saberem que ela já está irritada.

- Lena será sua nova esposa....

E o silêncio reina na sala do trono, Lena não queria aquilo, mas, não ousaria desobedecer seu pai.

O olhar de Kara escurece, raiva é o que todos vêem, ela não fala nada, apenas continua encarando seu pai, que mesmo sendo o rei e poder obrigar Kara a se casar, está apreensivo com o que está por vir, pois sabe que sua filha não dará o braço a torcer.

- Kara, calma! - Alex fala parando frente à princesa, a mesma está respirando tão forte, que é audível aos demais, seu rosto ganha uma coloração avermelhada, seus punhos e mandíbula estão cerrados, seu olhar intenso poderia matar o rei se a mesma pudesse soltar laser por eles.

Tudo em Kara mostra sua raiva, fúria, indignação e se observarem bem, poderão ver dor também.

- Você só pode estar louco! - Sua voz sai baixa, porém raivosa, muito raivosa.

- Kara, filha, escuta o que seu pai tem a dizer, porque esse casamento é para o bem dos dois reinos, como a futura rainha você não pode negligenciar nosso povo... - Alura tenta convencer Kara, usando sua maior fraqueza: seu total amor ao povo. Mas, nesse momento, essa foi uma péssima idéia.

- Eu nunca negligencie o povo... Krypton não precisa de uma nova aliança para ajudar Auradon - Kara com seu autocontrole quase não tão no controle assim, tenta se manter calma - Eu não vou me casar e vocês não vão me obrigar - Fala pausadamente, mas, firme.

- Isso não é uma pergunta ou uma negociação, Kara. Eu sou o seu rei e digo que você irá se casar com a princesa Lena daqui a 7 dias - Decretou usando sua autoridade de rei. Zor-El sabe que sua filha desobedeceria o pai, mas, não o rei. Porém, sua atitude teve efeito contrário ao esperado.

- Eu. Não. Vou. - decreta pausadamente - E não é você e nem ninguém que vai me obrigar a isso! - Kara responde firme, em nenhum momento a princesa abaixa a cabeça para o rei ou para qualquer outro ali presente.

- Sim, você vai, e como seu rei posso obriga-lá, mas, se ainda se recusar a me obedecer, será tratada como alguém fora da realeza e será castigada pela afronta a mim - Zor-El se exalta, sua postura é firme e dura.

- VOCÊS NÃO VÃO ME OBRIGAR A FAZER ISSO, E NÃO ME IMPORTA SE VOCÊ É O REI, PODERIA ATÉ SER UM DEUS... VOCÊ NÃO VAI ME OBRIGAR A CASAR COM LENA, NEM HOJE E NEM NUNCA! - Kara não liga mais para seu autocontrole ou para o respeito para com o rei, seu pai, ela grita com toda sua raiva. A única coisa que a princesa quer, é esquecer o que Zor está tentando obriga-lá a fazer. Kara quer correr da presença de seus pais, de todos que estão presentes naquela sala, mas, a princesa não abaixaria a cabeça por nada, não ela não abaixaria mesmo. "Uma verdadeira rainha não se curva para o homem". Era o que seu pai dizia quando Kara ainda era só uma jovem.

Casar-se contra a própria vontade, é o cúmulo do absurdo para Kara, mas, Casar-se com a princesa de Auradon e ainda quebrar sua promessa, é ultrapassar todos os limites.

- Guardas! - Zor levanta do trono enfurecido pela afronta que sofrerá pela sua própria filha, logo os guardas estão em volta da princesa, mesmo que contra sua vontade, afinal, Kara é apenas a princesa Herdeira, comandante do exército de Krypton, já Zor-El é o rei de um reino poderoso, o maior e mais forte que há dentre todos os reinos, obviamente que os guardas obedeceriam ao seu rei, protegido de Rao e escolhido pelos deuses para reinar, mesmo que Kara fosse a pessoa mais amada entre o povo, a realeza e os soldados, eles sempre obedeceriam ao rei.

- Pai, não precisa fazer isso.... por favor, se acalme... - Alex corre para frente de seu pai, ela e todos sabem que Zor não tolera afrontas, nem mesmo da própria esposa, não que Zor-El seja um mau marido ou pai, mas, diante do rei, todos sabem seus devidos lugares, afrontar Zor é o mesmo que afrontar os deuses. Totalmente inadmissível e intolerável.

- Desarmem a princesa - fala ignorando Alex e ainda enfurecido pela afronta e por toda cena que Kara está fazendo.

Na sua cabeça, está mais do que na hora da sua filha superar o que aconteceu, já se passaram cinco anos desde a guerra que infelizmente teve muitas perdas significativas, mas, dentre todos, a que mais perdeu foi Kara. Zor-El quer apenas que Kara supere sua perda, mas, ela mesma não está se permitindo superar, está apenas mergulhando em sua própria dor a cada dia que passa, e ele como pai, não rei, mas pai, fará tudo que estiver a seu alcance para ter sua filha de volta, mesmo que tenha que tomar medidas drásticas para isso. Como a que está prestes a fazer agora.

- Entregue sua espada aos guardas, pois pela afronta e desrespeito ao seu rei, eu, Zor-El, rei de Krypton, a destituo temporariamente do cargo de comandante do exército, você ficará em exílio e só voltará quando aprender a respeitar o seu rei e a agir como a princesa Herdeira ao Trono! - Não há uma única pessoa na sala do trono que não tenha ficado chocado - menos Maxwell, esse tem um sorriso convencido e cínico no rosto - com a decisão do rei, afinal, Kara nunca desobedeceu Zor-El, todos sabem o quanto o rei adora sua filha e faria qualquer coisa pela mesma, mas, agora ninguém sabe o que falar ou até mesmo pensar.

- Zor, o que você está fazendo? - Como todos ali, Alura acha um absurdo tal decisão de seu marido, é claro que ela apoia a idéia de casar sua Herdeira novamente, mas, não apóia isso que ele está prestes a fazer.

Kara não sabe nem o que falar, ela não encontra palavras para discordar ou até mesmo ir contra o rei de tão entorpecida que a princesa ficou com tal decisão.

- CHEGA! - Zor-El grita fazendo alguns se encolherem e outros o olhar mais surpresos ainda. O próprio rei desceu do trono e parou frente à Kara, está que o olhava com total devoção outrora, agora o olha com total decepção, porque qual o fundamento de tudo aquilo? Porque do seu pai estar agindo como um louco? Essas são perguntas sem respostas que rondam a mente da princesa Herdeira.

Zor desarma a princesa ele mesmo, a espada que ganhou da mulher que amava, Kara iria pega-lá de volta, ninguém toca em tal espada senão a própria princesa, mas, agora Kara sabe que tem que engolir o próprio orgulho, toda essa confusão já está complexa demais, ir contra seu pai mais uma vez só faria toda a situação piorar mais ainda.

Zor ordena que os guardas levem Kara para o exílio, a última imagem que todos têm da princesa, é dela virando uma última vez e olhando com total desapontamento para o rei. Em todo o caminho Kara queria chorar, não pelo que acabou de acontecer, definitivamente não. Mas, pelo motivo que causou toda a confusão.

Zor-El prometeu que deixaria Kara escolher a própria esposa e no tempo em que julgasse já estar preparada para enfrentar um novo casamento, mas, definitivamente não foi isso que aconteceu, e ainda a quer casar justo com a princesa de Auradon, mesmo depois de tudo que aconteceu, isso não é justo. Esses e muitos outros pensamentos rondam a mente de  Kara enquanto caminha para o próprio exílio.

- Zor, porque fez isso? Porque mandou nossa filha para o exílio? Porque a fez passar por isso? - Alura está confusa e com raiva de seu marido, ela é a única a quebrar o silêncio, todos ainda se encontram surpresos e sem reação pelo que acabará de acontecer.

E não passou despercebido por ninguém o olhar de mágoa que a princesa lançou para o rei antes de partir, até Zor percebeu e sentiu seu coração ser esmagado por isso.

Não é sua intenção magoar Kara, mas, algo deve ser feito e ele fará. Mesmo que mais olhares como aquele sejam direcionados ao mesmo, Zor se importa é claro, mas irá suportar recebe-los, porque no final vai valer a pena, no final, ele terá sua garotinha de volta e é isso que o motiva a continuar com a proposta de casamento, Kara vai aceitar, pelo povo, e no final deve até agradece-lo por te-la forçado  a se casar novamente, com certeza ela vai.

- Não quero questionamentos, essa foi a minha decisão e ninguém tem que se meter - Fala rude, mesmo essa não sendo sua intenção.

- É da nossa filha que estamos falando, da mesma que acabou de voltar de uma batalha e ainda com sangue inimigo por todo o corpo, da mesma que te trouxe a coroa do nosso inimigo como todas as outras vezes em que saiu por ordens suas, então sim, eu me meto nesse assunto, porque também sou a rainha, mãe da princesa que você mandou exilar... - Fala aumentando a voz gradativamente - Porque você fez isso? Kara não fez nada que qualquer um na situação dela não teria feito e você sabe, nossa filha estava em seu direito de negar Casar-se e você simplesmente ágil como um rei bárbaro que não se importa com nada a não ser com o próprio poder... Kara não merecia isso, mande traze-la de volta - Não foi um pedido e o rei entendeu isso, mas, não faria nada a respeito.

- Não! - Responde simples, mas, objetivo a ponto de não ter discussão.

A princesa Lena estava estática no mesmo lugar e prendendo a respiração sem nem notar, ela não sabia o que pensar ou como agir depois do que presenciou.

Lena sabia que Kara não a aceitaria como esposa, isso já era mais que esperado, mas, viver essa realidade foi bem pior, ser rejeitada daquela forma na frente de todos foi o maior nível de humilhação que a princesa já passou.

Lena não precisa de Kara, a Herdeira nem se importou em ser exilada, talvez Kara prefira o exílio de fato à ter que se casar com Lena, porque, depois do que houve há alguns anos atrás, nem mesmo Lena iria querer casar-se consigo mesma. Mas, mesmo assim, presenciar aquela cena toda foi demais para a princesa de Auradon, ver a Herdeira de Krypton agir de forma desrespeitosa para com o rei, foi demais para ela.

Mas, a verdade é que Lena queria ter agido com Lionel, da mesma forma que Kara ágiu com Zor-El, ela queria te-lo enfrentado, queria ter exposto sua opinião sobre esse casamento forçado, queria ter se negado a passar por isso, mas ela não o fez, não mesmo. Seu povo precisa dela, Auradon está sendo ameaçada e só Krypton pode ajuda-los, e Lena faria qualquer coisa pelo seu povo, até mesmo passar por um casamento na qual ela sabe que nunca receberá amor, mesmo que o dê e sinta, e que será para sempre infeliz.

A princesa espera apenas que esse casamento seja tolerável e, que no final do dia ela saia viva, não fisicamente, mas, deseja que sua alma não morra ou se perca pelo sacrifício que está para fazer pelo seu povo.