História Entre bolos de morango e declarações - 0.6 - O sorriso e a rosa

Jungkook gostava quando sentia o vento batendo em seu rosto, se sentia livre, como se ninguém pudesse o atingir, como se voasse para o lugar mais alto. Seus fios pretos estavam sendo jogados para trás, enquanto seu rosto estava para fora da janela do carro, dirigindo para a faculdade e preparando toda sua mente e corpo para entrar naquele lugar. Sorriu bonito, seus dentes avantajados mostravam-se e seu nariz ficou enrugado. Ninguém podia imaginar que um rapaz com um ar tão sério era na verdade uma cobertura de bolo de morango. Doce.

Entrou no estacionamento da faculdade, parou o vermelhinho, abriu uma pequena gaveta do carro, procurando ali uma foto de sua família, gostava de andar com a fotografia deles, acreditava que o daria mais forças para continuar com o que fazia. Beijou o rosto de sua mãe e depois o de seu pai. Não existem palavras para descrever o amor que ele tinha pelos dois.

— Eu sei pai que de onde estiver sente orgulho de mim — suspirou devagar, colocando a foto no caderno e saiu do carro.

Já via de longe os vários estudantes indo para dentro, qualquer dia era divertido para Jeon, mas hoje ele teria aula com os professores que gostava muito. As aulas de direção de arte e depois a de som, que era a que mais se comunicava, apesar de gostar de falar também na aula de direção.

— Jeon?

Jungkook virou para a voz de um dos colegas de sala e levantou a sobrancelha.

— Hum?

— Você vai fazer o trabalho de direção e criação de roteiro?

Jeon piscou os olhos devagar, ainda não tinha conseguido escrever um roteiro decente para fazer uma cena de direção. Suspirou frustrado e o outro à sua frente pegou no ar o sentimento.

— Eu estou tendo dificuldade em escrever o roteiro.

— Igualmente, ainda não encontrei algo legal pra fazer. — Jungkook colocou sua mochila na cadeira e cruzou os braços. — Queria algo diferente, sabe?

— Também, apesar que estou guardando a minha capacidade mental pro TCC — riu curto e Jungkook acompanhou. — Melhor rir do que chorar.

— Sim. — Jungkook sentou em sua cadeira.

— Eu vou te mandar umas ideias que eu tive, vai que você consegue ter inspiração dela. — Jungkook sorriu agradecido para o outro.

— Obrigado, Hoseok. — Tocou no ombro dele e ele mostrou o sorriso radiante que sempre tinha.

— Olá, alunos.

A voz do professor Kim ecoou na sala e os outros foram sentar em suas cadeiras.

— Um ótimo dia para todos, hoje tenho mais histórias para contar e, principalmente, vou fazer vocês trabalharem essa mente de lesma.

— Ofendeu, professor. — Era uma voz feminina e o professor Kim riu, colocando sua pasta na mesa e abrindo o botão de seu blazer marrom.

— É melhor você ouvir do seu professor uma crítica a sua arte do que os caras lá de fora, eles não têm pena na resenha do teu filme.

Disse sincero e depois bateu a mão com força uma na outra, fazendo todos da sala se assustarem, era assim as aulas com Namjoon, por isso, Jungkook gostava tanto dele.

Assim que a aula acabou, Jungkook ajeitava suas coisas na mochila e já começava a pensar em como seria o trabalho em grupo, não era tão social assim, por isso tentaria não se estressar com isso. Colocou a mochila nas costas e assim que virou viu o professor vindo em sua direção.

— Jeon. — Namjoon sorriu, mostrando suas covinhas na bochecha e ajeitou os óculos de grau quadrados. — Eu vi você na cafeteria do meu marido, gosta de lá?

— Oo... Senhor Kim, a cafeteria é do seu marido? — Jungkook disse surpresa e de cenho franzido.

— Sim. Lhe vi um dia lá, não falei com você, pois estava muito concentrado no que lia.

— Aaa, sim, gosto muito de lá e quando me ver pode falar comigo sem problemas, professor. — Sorriu simpático e Namjoon assentiu.

— Certo, rapaz. — Tocou em seu ombro e começou a andar para a sua mesa. — Seokjin me contou que você sempre compra doces lá.

— Sim, amo doces. — Os olhos dele chegavam a brilhar quando se falava em doce. A diabete grita de felicidade.

— Cuidado com a diabete, criatura. — Senhor Kim disse com pressa, fazendo Jungkook soltar uma risadinha.

— Não sabia que o senhor falava sobre seus alunos ao seu marido.

Os dois saíram da sala e caminhavam pelo corredor.

— Quando somos casados é bom conversar sobre tudo e ele gosta de ouvir eu falando sobre alunos brilhantes. — Sorriu de lado e piscou para Jungkook que sentiu suas bochechas queimarem um pouco. — Não fique com vergonha, você é um ótimo aluno.

— O-obrigado… — apertou a alça de sua mochila.

— Agora já vou indo, até logo Jungkook. — Acenou em despedida e saiu.

— Até, senhor Kim. — Viu o homem ir para o lado contrário ao seu e então foi para o vermelhinho.

[...]

Taehyung estava sentado na cadeira, em frente ao espelho de seu quarto, seus fios ruivos estavam bagunçados e seus cachos nada em forma, sorriu pequeno, gostava do seu cabelo, lembrava um leãozinho — como Jimin, sua mãe e seu pai gostavam de o chamar—. Buscou um pincel, mergulhado na tinta preta e levou aos olhos, começando a desenhar um delineado, tinha momentos que gostava de se arrumar com produtos de mulher e em outros momentos se vestia como sempre. O seu estilo era bem leve e ao mesmo tempo doce, suas roupas de cores neutras, tons que lembram a terra e às vezes em tons mais escuros.

Fez a linha nos dois olhos e sorriu grande para si mesmo. Sentia-se bem quando fazia esses seus desejos, não gostava de se rotular como algo e muito menos o que era, apenas sentia, nada além disso.

Seus dedos grandes de unha bem cortadas e bonitas, deslizou lentamente pelas marcações de seu rosto, do nariz grande que tanto gostava aos lábios da mesma forma. Taehyung não se sentia feio, ele se amava, mas em alguns momentos não se reconhecia de forma alguma. Olhou no fundo de seus olhos e perguntou-se o que era, quem era aquele na frente do espelho com um delineado feito para mulheres. Logo sorriu pequeno, ele apenas era um leãozinho ou um sol, nada mais que isso.

Circulou seu cacho no dedo e a cabeça tombou para o lado, adorável. A sua outra mão apertou o botão no rádio sobre a mesa que estava em sua frente e uma música calma começou a tocar, levantou da cadeira e movia seu corpo lentamente pelo quarto, sentindo-se livre e sem máscaras. Era seu lugar, seu conforto, ninguém poderia julgar ou apontar o dedo. Parou novamente em frente ao espelho e soltou uma risada.

— Você sempre parece que está apaixonado. — Taehyung ouviu a voz de sua mãe e olhou para ela ainda sorrindo. A mulher se aproximou, mexendo nos fios dele e sorriu também. — Vou sair com uma amiga, hoje vai fazer algo?

— Mais tarde vou para a cafeteria. — Taehyung fechou os olhos pelo carinho materno ao falar.

— Ok, leãozinho, fique bem e se cuide, mamãe te ama. — Depositou um beijo na bochecha dele e o rapaz abriu os olhos.

— Também te amo e tenha cuidado. — Taehyung disse para ela, vendo-a sair do quarto.

Moveu os olhos para o espelho e depois desviou, andando para o banheiro, tinha que ajeitar seus cabelos. Era verdade, ele sempre parecia estar apaixonado, olhava para tudo com um brilho nos olhos, um sorriso genuíno acompanhando em alguns momentos. Taehyung era um exemplo de amor incondicional vivo e poucos o entendiam. Poucos procuravam entendê-lo. Ele não tinha conhecimento sobre essa sua diferença e forma de viver, seria melhor assim, caso soubesse poderia se sentir inseguro quando algumas pessoas criticassem-o. Iria querer mudar isso apenas para agradar os outros. Era melhor assim.

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O último cliente saiu do estabelecimento, Taehyung procurava alguns paninhos e produtos de limpeza para poder limpar o lugar antes de fechar, hoje era o dia de ficar no turno da noite. Suspirou lentamente, já movendo um pouco o quadril ao ouvir a música que começava a tocar no local, o ruivo deixou um sorriso grande crescer em seu rosto ao som de Twist And Shout – The Beatles. Deslizou pelo chão liso, movimentando o corpo ao ritmo da dança e depositando produto sobre a mesa, com agilidade a limpava.

— Iaaa.

Levantou a mão, apontando para a parede e riu sozinho, ainda acompanhando a música, era a parte que mais gostava. Movia o quadril de um lado para o outro no ritmo gostoso e divertido.

Segurou alguns potes na mão, indo até o lixo, enquanto ainda dançava colocou as coisas dentro da lixeira. Movia os pés de forma engraçada pelo lugar, como se tivesse sabão no piso e assim pudesse deslizar por ele. Parou no meio do local, já se preparando para o final da música, levantou a mão para cima, colocou a outra na cintura e cantou.

— Uau. — Ouviu o barulho de palmas e Taehyung virou rapidamente para trás, vendo ali Jungkook parado na porta da cafeteria — Você dança muito bem... Sorria como se tivesse cantando para muitas pessoas.

Taehyung queria se esconder naquele momento, sentia seu rosto ganhando tons de rosa ou melhor, de vermelho, desviou os olhos dele, aquele olhar o deixava nervoso de uma forma que não entendia. Engoliu a seco e Jeon percebia cada movimento nervoso do Kim. Jungkook colocou as mãos no bolso de sua calça preta e mostrou um sorrisinho satisfeito com o que via.

— Não fique envergonhado, como eu disse, você dançou tão bem e estava muito lindo.

Talvez Jungkook o elogiando não iria ajudar muito. Taehyung voltou a olhar vendo o sorriso suave dele, seus olhos automaticamente começaram a observar como Jeon tinha um rosto bonito. A cicatriz na bochecha, o nariz grande e bem desenhado, os lábios pequenos e algo que o chama mais atenção, os olhos tão intensos e escuros. Aquilo poderia deixar o Kim olhando por horas, tentando entender como era possível alguém ter os olhos tão profundos e mesmo assim brilhar tanto.

Ele é muito bonito, pensou Taehyung.

Taehyung piscou os olhos rapidamente, ainda sentindo o rosto queimando pela vergonha de minutos atrás. Jeon se aproximou mais, vendo o Kim colocar os produtos de limpeza dentro do balde que tinha trago consigo.

— Sinto que eu atrapalhei seu momento. — A voz de Jungkook saiu mansa e baixa. Como sempre o Kim o olhou brando.

— Não, está tudo bem. — Sorriu pequeno, caminhando para trás do balcão e colocou as mãos juntas na frente do corpo. — Você queria comprar alguma coisa?

— Sim. — Jungkook já olhava com seus olhos grandes para os doces, talvez Jeon morresse por causa de diabete, pois ele comia tanto doce que sua mãe puxava sua orelha em alguns momentos. — O bolo de morango.

Taehyung observou como Jeon parecia animado ao olhar para o bolo. Mentalmente fazia um lembrete de que ele gostava muito de doce, algo que era bem visível, todas as vezes que vinha comia muitas guloseimas.

— Você faz exercícios? — Perguntou distraído, enquanto fazia bico ao cortar a fatia de bolo. Jungkook sentava na cadeira e não tirava os olhos daquele momento que achava fofo do ruivinho. 

— Sim, faço — disse Jungkook, recebendo o pratinho. — Gosto de praticar.

— Hum.

Taehyung colocou a mão abaixo do queixo e ficou olhando para ele. Jeon cortou um pedaço bem guloso e levou até a boca, degustando de olhos fechados. O Kim ficou fixamente olhando para ele, observando as caretas de deleite que ele fazia e isso fez um sorriso pequeno aparecer e sumir bem rápido quando Jeon abriu os olhos.

— Por que a pergunta?

Jungkook disse assim que engoliu, Taehyung desviou os olhos, mordendo o lábio inferior e seus olhos iam ficando longe conforme divagava em sua mente. Lembrou da vez que o viu apenas de macacão jeans, seus músculos bem visíveis e tatuagens no braço quase fechando o membro, algumas ainda faltavam terminar, outras estavam muito bonitas na pele clara do rapaz. Novamente e devagar suas bochechas ganharam tons rosados, ele estava lembrando de Jeon e seus músculos belos, isso era vergonhoso demais para ele.

— É que... você come muito doce e vai que não fizesse. — Falou um pouco atrapalhado e Jungkook sorriu com a boca cheia.

— Minha mãe também diz isso. — Levou a mão até os fios pretos, movendo-os para trás, Taehyung observava cada movimento dele. Jeon é muito atraente. — Ela reclama que eu como doce demais.

— Mas doce demais faz mal, Jungkook.

Jungkook já terminava de comer o bolo e olhou de boca cheia para o ruivo, as bochechas grandes, farelos ao redor da pele branca do rosto dele e os olhos grandes, Taehyung não segurou o sorriso que queria aparecer. Jeon apenas continuou olhando para ele ao ouvir a risadinha rouca dele.

— Você é muito fofo.

— Fofo?

Levantou uma sobrancelha, tensionando o braço na mesa, mostrando o bíceps forte. Taehyung olhou para o jeito que o homem estava em sua frente e começou a rir, pois ele estava engraçado.

— Como assim fofo? Eu não sou.

— É... é sim. — Dizia tentando parar de rir dele que estava fazendo aquilo de propósito apenas para ouvir a risada bonita do cacheado. — Músculos não tiram sua fofura.

— Tudo bem, você venceu, ruivinho. — Disse, ajeitando sua postura e colocando o garfo no prato. Ficou observando o ruivo parando lentamente de rir e o olhando de forma fixa.

O que esse ruivinho pensa tanto? Queria saber. Jungkook pensou.

— O que foi?

— Nada… — Sorriu sem jeito e pegou o prato para colocar na pia.

— Está sozinho?

— Sim. — Disse um pouco alto por estar longe.

— Quer carona? — Perguntou calmo, mexendo no bolso de sua calça à procura de sua carteira.

Taehyung o olhou pensativo, mesmo que conhecesse Jungkook a pouco tempo não se sentia desconfortável, muito pelo contrário, gostava de estar perto dele, da sua forma calma de falar e de seu olhar intenso, muitas vezes de suas palavras diretas que o davam vergonha, era uma coisa que o deixava pensativo. O rapaz era uma ótima companhia e estavam virando amigos.

— Hum, é que eu ainda não terminei, você-

— Não tem problema, eu ajudo. — Jeon se aproximou de Taehyung, pegando o pano de sua mão e o Kim ficou estático no lugar.

— Jeon. — Kim falou e o outro começou a cantar a música que tocava no ambiente, enquanto movia o pano sobre a mesa, nem ligando para o protesto dele. Taehyung suspirou e balançou a cabeça em negativo com um sorriso pequeno.

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O homem de fios verdes estava com uma sacola de pano em sua mão, tirando de dentro as plantas que comprou e pondo na cesta da sua bicicleta, foram apenas três novos tipos para levar para sua casa e colocar junto das outras que já tinha lá. Havia comprado rosas, apesar de não ser de comprar elas, prefere admirar a beleza, vendo-as no lugar delas que é junto da terra. Sorriu satisfeito, olhando para as suas novas lindinhas.

— Minhas queridas, eu vou andar um pouco de bicicleta e depois levo vocês para seus devidos lugares.

Subiu e começou a pedalar pela cidade bonita que era Londres, indo em direção a um parque aberto dali. Era noite, mas Yoongi amava andar pela noite, pois era o momento que podia ficar sozinho e pensar na vida.

Suas madeixas estavam sendo levadas para trás pelo vento e sentia-se tão livre quanto um pássaro, cada pelo de seu corpo se arrepiava quando sua alma era invadida por essa sensação doce de preenchimento e logo em seguida um sorriso genuíno aparecia em seus lábios. Um amador da vida, do mundo e da filosofia. O Min tinha um jeito atrapalhado de ser, mas todos que o conheciam muito sabiam como ele tinha uma energia semelhante onde sempre gostava de estar, na natureza.

Parou a bicicleta ao lado da ponte na praça verde, descendo e já indo para próximo do lugar, com o intuito de admirar cada estrela no céu e de novamente sentir o vento gelado alisando seu rosto bonito. Sorria como nunca, fechando os olhos para deixar que a leveza do real o fizesse sentir-se vivo. Seus olhos pretos se abriram e ele olhou lentamente para o lado, algumas pessoas passavam pelo lugar, todas presas em seus próprios mundos e Yoongi apenas imaginando como era a vida deles.

Seus olhos afiados encontraram fios alaranjados, vendo lentamente o rosto marcado do dono e a sobrancelha franzida, enquanto olhava para seu caderno, concentrado demais para querer observar as coisas ao seu redor e muito menos para ver Yoongi se aproximar com as mãos para trás devagar.

— Boa noite, raposinha. — Yoongi colocou a rosa na frente do rosto dele, que rapidamente levantou a cabeça e o fitou assustado.

— Ooo... não me assuste assim. — Jimin exclamou, levou a mão ao coração e olhou sério para o rosto do Min. Lentamente Jimin foi vendo a rosa estendida, mesmo com o cenho franzido segurou-a.

— Vou sentar aqui. — Min sentou na cadeira todo despojado e cruzou os braços, olhou diretamente para frente e fechou os olhos por causa do vento gelado que passou por eles.

Jimin olhou para a rosa e de canto de olho olhou para Yoongi, depois voltou a olhar para a rosa, cheirando-a devagar e sorrindo minimamente com isso. Ouviu o suspiro de Yoongi ao seu lado e o fitou, vendo que ele tinha um brilho nos olhos enquanto olhava para o céu.

— Bonito — Yoongi falou sorridente e levantou a mão. — Ali tem uma uva, consegue ver?

— Ham? — Jimin olhou para o céu e não conseguia ver a uva que ele falava. — Eu vejo uma cereja.

— Engraçado. — Deixou a cabeça cair para o lado e olhou para o Park. — Gostou da rosa?

— É... sim, ela tem um cheiro bom. — Sorriu pequeno em forma de agradecimento e Yoongi continuou olhando fixamente. — Você gosta de plantas?

— Eu sou biólogo, gosto da natureza em si. — Disse suave e em seu tom de voz entregava toda sua admiração. — Sim, rosas tem uma linda cor e um bom cheiro.

Jimin desviou os olhos para a flor. Yoongi não parecia aquele que tinha encontrado no mercado e também muito diferente daquele que viu com Jungkook. Era calmo e educado. Todas as coisas que tinha pensado dele na hora da raiva o fez se arrepender muitíssimo por ser uma pessoa tão sem filtro e estressada. Talvez Jimin tivesse que mudar esse pensamento de si mesmo, tirar o que os outros dizem de si e se conhecer mais.

— Meu nome é Jimin, não raposinha. — Levantou os olhos para ele e viu o sorriso ladino dele aparecer.

— Sim, Jimin. E meu nome é Yoongi, não limão ou cabeça de grama. — Jimin não conseguiu segurar a risada, sorrindo até seus olhos fecharem e seus dentes bonitos ficarem a amostra, Yoongi piscou os olhos lentamente enquanto via aquele belo sorriso. — Seu sorriso é muito bonito.

— Aaa… muito obrigado. — Jimin devagar voltava ao normal e viu que ele o encarava fixamente novamente.

— Vejo que não é uma raposa raivosa.

Jimin franziu o cenho e Yoongi mordeu o lábio segurando a risada.

— O que? Está me chamando de raposa raivosa? — Yoongi balançou os ombros e Jimin inflou as bochechas. — Olha aqui.

— Retiro o que eu disse. — Min já levantava do banco, querendo sair fora da encrenca que se meteu, só que Jimin levantou junto, parando em sua frente.

— Ei! — Tocou em seu peitoral com a mão, mas mesmo que quisesse não iria conseguir falar, pois sentiu um súbito cheiro de cereja invadir suas narinas e isso o fez arregalar os olhos, enquanto olhava para Yoongi.