A primeira coisa que senti pela manhã foi algo em cima de mim. Após abrir os olhos demorei um pouco para me acostumar com a claridade do quarto e identificar o peso como sendo Kimi tentando me acordar.
Provavelmente era tarde e ele estava com fome.
Virei para o lado, ignorando os miados e planejando dormir mais alguns minutos, quando um pensamento nada agradável cortou minha cabeça: era segunda-feira. E infelizmente eu não poderia me dar ao luxo de passar mais alguns agradáveis momentos em minha cama.
Sem pensar muito mais, ou eu sabia que acabaria cedendo e continuaria ali debaixo dos lençóis, levantei-me e me estiquei, bocejando e quase tropeçando no gato que tentava desesperadamente chamar minha atenção.
Talvez ficar acordado até tarde no telefone não fosse tão saudável.
Mas eu tinha que admitir, enquanto tomava meu banho e fazia minha higiene matinal, que passar horas conversando com Yuu havia sido agradável.
Eu não sabia porque tinha agido daquele jeito na noite de sábado, mas sabia que tinha sido bom. Quer dizer... Eu costumava ser mais atirado antes do meu último namoro, porém, há algumas semanas atrás eu provavelmente acharia que nunca poderia me aproximar de alguém novamente daquela maneira.
Mas isso se provou extremamente errado quando finalmente provei daquela boca que tanto me tirava o sono. O moreno tinha conseguido algo que eu mesmo achava que nunca mais conseguiria.
Claro que eu ainda estava relutante em ceder aos meus desejos. Por mais que eu estivesse... Apaixonado, não poderia simplesmente jogar tudo pro alto como tinha feito da última vez. Eu queria saber se valeria a pena me envolver com ele.
Depois da promessa de sairmos sozinhos domingo ir por água abaixo quando um cliente seu ligou com uma emergência, veio um telefonema cheio de desculpas a noite, e uma madrugada repleta de histórias.
E talvez fosse por isso que eu estava sorrindo abobadamente enquanto seguia para minha loja, após ter tomado um café rápido e alimentado Kimi. E falando no Kimi... Ele andava meio magro ultimamente. Talvez eu devesse falar com Yuu sobre isso.
Meu sorriso aumentou enquanto eu abria a porta dos fundos. Ultimamente tudo me levava a ele.
Não tinha como negar que aquele dia no parque tinha mudado minha vida. Eu não me arriscaria dizer que a tinha mudado completamente, afinal, ainda não sabia exatamente que rumo estava seguindo agora.
Mas mesmo que com Yuu não fosse tudo o que eu esperava, ainda tinham Taka-chan, Sou-kun e Miyavi-kun.
E, ou eu estava realmente abobado, ou as flores pareciam mais vivas hoje.
—☆—
— Bom dia, Kou! — Larguei o arranjo que preparava ao ouvir a voz tão conhecida, indo cumprimentar Yu que, como sempre, carregava um sorriso lindo no rosto. — Trouxe seu almoço.
— Oba! Comida?! — Miyavi veio do quarto dos fundos, e não consegui controlar o riso ao ver a expressão assustada de Yutaka. Acho que ele não era bem o tipo de funcionário que o moreninho tinha imaginado.
— Yu-kun, esse é Miyavi. Ele é meu novo funcionário. Miyavi, esse é Yutaka, meu amigo.
— Então esse é o famoso Yutaka! Prazer fofinho, Kou-chan falou maravilhosamente bem de você. — O mais velho falou se aproximando do moreno, que quase recuava de tão assustado que estava. Apenas neguei com a cabeça sorrindo. Miyavi era mesmo uma figura. — Quer dizer, da sua comida. Aquele bolo estava uma delícia! Promete que vai cozinhar pra mim também?!
— E-eu... B-bem... Kou...?
E eu poderia rir de sua expressão completamente assustada, os olhos me pedindo ajuda. Uke era extremamente adorável.
— Aposto que Yu-kun não se importaria em fazer dois bentôs, Meev. Você está precisando dar uma engordada mesmo. — Brinquei, e logo o tatuado começava a falar num tom falsamente ofendido, dizendo que ele não era magro e que tinha muita carne pra apertar, caso eu quisesse saber.
Era seu primeiro dia ali, mas em apenas uma manhã ele já tinha transformado todo o ambiente. Eu sabia que não tinha errado na escolha do meu funcionário. Miyavi era, sem dúvidas, perfeito para o cargo.
E logo Yutaka não estaria tão assustado em conversar com ele.
—☆—
— Kou?
— Sim? — Fechei a torneira da pia após enxaguar o último copo, voltando-me para o moreninho sentado a mesa, comendo os biscoitos que ele mesmo fizera.
— Você... tem certeza que Miyavi é o que diz ser?
Franzi o cenho, não entendendo a pergunta.
— Como assim, Yu? — Perguntei enquanto secava as mãos no pano de prato, sentando-me a sua frente.
— É que... ele tem tantas tatuagens, aquele cabelo... ele parece mais um fugitivo da policia, um membro da Yakuza, do que um floriculturista!
E eu pude apenas rir alto diante a expressão do mais novo, que mexia as mãos desesperado enquanto falava, o que acabou fazendo com que ele ficasse bravo comigo.
— Isso, vai rindo, vai. Desculpa se eu me preocupo com você. Só não quero amanhã ou depois receber uma notícia ruim e...
— Desculpa, Yu-chan. Miyavi não é um marginal nem nada do gênero. Afinal, foi Sou quem me indicou ele, e ele é primo do Ban. — Parei pra pensar. Tudo bem que Ban não era o exemplo de sanidade... E pela expressão de Uke ele parecia achar a mesma coisa. — Mas se isso lhe deixar mais tranquilo, amanhã mesmo vou ligar para a última floricultura em que ele trabalhou, ok?
— Ok... — Suspirou, dando-se por vencido. Eu sempre me esquecia de como Yu podia ser “mãe” em alguns momentos. Mas eu podia apostar que eles se dariam bem assim que se conhecessem melhor. Um sorriso divertido brincou em meus lábios.
— Acha que pode cozinhar pra ele?
—☆—
— Kiiiimiii... — Chamei o peludo pela terceira vez e nem sinal dele. — Aonde esse gato se meteu?!
Era estranho Kimi não aparecer imediatamente após ouvir o barulho da ração caindo em seu prato. Era o que faltava, depois de velho querer virar um gato festeiro...
Desisti de esperá-lo aparecer quando o telefone tocou. Praticamente corri para a sala, quase caindo no processo antes de pegar o aparelho sem fio e me jogar no sofá, aquele sorriso bobo já presente em meus lábios.
— Moshi moshi.
— Olá, é da floricultura? — Ouvi a voz rouca já conhecida soar do outro lado, e tive que morder o lábio para conter o riso. Os telefonemas ao final do dia haviam se tornado um hábito que já durava duas semanas após aquele domingo.
— Sim, em que posso ajudá-lo?
— Gostaria de saber qual é o preço pro dono da loja aceitar sair comigo.
Dessa vez não segurei o riso, e ouvi Yuu rir junto do outro lado da linha.
— Você é um bobo, sabia? — Murmurei quando parei de rir.
— Sim, mas aparentemente você gosta desse bobo. — Corei ao ouvir as palavras, tentando não ficar ainda mais eufórico. — Mas então, qual é a resposta da minha pergunta?
— Que pergunta?
— O que eu tenho que fazer pra você aceitar sair comigo amanhã.
— Yuu... Amanhã é sábado.
— Exatamente. E nós vamos sair.
— Eu tenho que trabalhar... E você também.
— É pra isso que eu pago o Sou e você o Miyavi. Falando nele, sua loja ainda está inteira?
— Está sim, bobo. — Yuu era mesmo impossível. — Mas não posso deixá-lo sozinho amanhã. Sabe como o movimento é maior aos fins de semana.
— Sim, e também sei que você me disse não fim de semana passado pelo mesmo motivo. — Mordi o lábio inconscientemente ao ouvir sua voz perder aquele tom divertido. — Kouyou... se você não quiser sair eu...
— Não! Não é isso, Yuu... — Repreendi-me por tê-lo deixado pensar isso. — É que... Eu realmente fico receoso por deixá-lo aqui sozinho.
— Se quiser posso pedir pro Taka ficar ai também. Aposto que ele não se importaria, ainda mais estando tão perto do Akira-san. Seu amigo mal-humorado te contou que eles estão saindo?
— Taka passou aqui ontem e me contou. Se dependesse do Aki eu só saberia que eles estavam juntos quando o chibi aparecesse grávido... — Yuu riu do outro lado da linha, e fiquei feliz por aquele clima gostoso ter voltado. — Mas não quero incomodá-lo. Até porque sei que a folga do Aki é nesse sábado, então provavelmente ele vão sair. Nós... podíamos sair no domingo.
— Oh não, não mesmo. Já viu como os lugares lotam aos domingos?! E eu pretendo pegar a sakura mais bonita do parque para nós.
— Sakura?
— Claro! Kouyou, assim você me envergonha... Estamos no início da primavera, as cerejeiras estão incrivelmente belas, você deveria saber disso. E... Bem, eu tinha pensado que poderíamos ir juntos até o parque aproveitar isso.
E o sorriso que estava em meu rosto era, com certeza, o mais abobado desde o começo de tudo aquilo.
— Você quer dizer um piquenique? — Perguntei divertido, mas ainda assim tentando controlar minha ansiedade.
— Se você quiser... Acho que devo ter alguma toalha xadrez aqui em casa.
— Xadrez é brega, não me faça passar vergonha. — Brinquei, ganhando mais uma risada em resposta.
— Tudo bem, tudo bem... Vou levar uma branca então. Você cozinha ou passamos num supermercado antes?
— Mercado. — Respondi rápido. Eu nem tentaria me aventurar na cozinha...
— Ok. Almoce cedo e não coma muito. Amanhã passo ai lá pelas duas, pode ser?
— Estarei esperando.
— Boa noite, Kouyou.
— Boa noite, Yuu.
— Kou?
— Sim?
— Eu... Estou ansioso por amanhã.
— Eu... Também. Muito. – admiti, corando em seguida, mesmo que ele não estivesse pessoalmente ali.
— Boa noite.
—☆—
— Acha que seu amigo vai ficar bem com o Miyavi? — Yuu perguntou enquanto estacionava o carro.
Eu ligara para Yutaka pedindo se ele poderia ficar na floricultura no sábado durante a tarde. Eu realmente não queria tirar o sábado livre do moreninho, ainda mais sabendo que ele e Nao-san estavam com alguns problemas, mas... Não era desconfiança de Miyavi, de maneira alguma, mas só eu sabia como era passar um tarde de sábado sozinho naquele lugar.
As pessoas pareciam brotar no meio das flores, e eu ficava quase doido para atender todo mundo.
Só que pelo jeito eu não estava paranoico, já que o moreno ao meu lado também percebera como Uke ainda estava desconfiado e nada confortável perto do tatuado alto.
Quem sabe uma tarde juntos não mudasse isso...
— Ele vai sobreviver. — Respondi sorrindo, logo tirando o cinto e descendo do carro. Yuu já abria o porta-malas e ia tirando de lá uma cesta, olhando-me divertido.
Só agora eu tinha reparado que não tínhamos passado no mercado.
— Você não queria chegar aqui com sacolas de plástico depois de dizer que toalha xadrez era brega, não é mesmo? — Perguntou sorrindo, e não resisti em me aproximar e roubar um selinho seu, impressionando um pouco o moreno.
Era nosso primeiro beijo desde aquela noite no carro.
— Obrigado. — Sorri, saindo andando enquanto ele continuava parado no mesmo lugar, até perceber que eu já estava a sua frente.
Não trocamos mais nenhuma palavra enquanto andávamos pelo parque já meio cheio, o chão repleto de pétalas rosa-claro dando a impressão de pisarmos sobre algodão. Demoramos alguns minutos até acharmos uma árvore vazia e sentamos ali, aproveitando sua sombra.
Yuu estendeu a toalha — branca, como ele dissera no telefone — e aos poucos fomos colocando tudo o que ele trouxera sobre o pano. O que não era pouco.
— Antes que você pergunte: não, não fui eu quem fez tudo isso. Sou uma negação na cozinha. — Falou depois de arrumarmos tudo, olhando-me como quem cometera uma travessura.
— Bom... Iríamos comer comida de mercado. — Respondi rindo, ganhando seu sorriso como resposta. — Mas posso saber aonde arranjou tudo isso?
— Naquela confeitaria que Taka nos recomendou. Não sei se é tão boa como a comida de Yutaka-kun, mas...
— Só comendo pra descobrirmos, hum? — Disse enquanto pegava uma bomba de chocolate com um morango em cima, levando-a logo a boca.
— Posso saber pra onde vai todo esse doce?! — O mais velho perguntou, fazendo-me rir.
— Por que acha que faço as entregas de bicicleta? — Respondi depois de limpar minha boca, que tinha ficado suja com o recheio do doce. — É boa.
— Pois o mocinho deveria começar comendo um salgado. Sinceramente, não sei como você e o Taka conseguem ingerir tanto açúcar. — Ia abrir a boca pra retrucar quando Yuu continuou: — E nem ouse me chamar de salgado ou algo do gênero.
Apenas pude rir, enquanto o moreno sorria e pegava um folheado.
Passamos um bom tempo conversando enquanto comíamos. Quer dizer... Eu comia. Yuu tinha sido muito mau e comprado uma variedade enorme de doces, e eu era quase que obrigado a provar de todos. Não tinha como resistir ao pedaço do bolo de chocolate, ou então a fatia de torta alemã que me olhava tão sedutoramente.
Eu deveria bater nele por me fazer engordar daquela maneira.
Agora já passavam das cinco, e as pessoas — na sua maioria as famílias — já começavam a deixar o parque e ir para suas casas, restando assim vários casais no local.
E... Eu não sabia dizer exatamente se éramos um ou não.
Quer dizer... Um beijo e uma tarde no parque não fazem uma pessoa firmar compromisso com a outra. E por mais que eu já tivesse dito a mim mesmo para parar de se preocupar com aquilo e deixar tudo acontecer, estava se tornando quase impossível resistir ao desejo de perguntar o que Yuu sentia por mim, se estávamos começando algo sério ali ou se tudo era apenas uma diversão momentânea.
Porque pra mim não era apenas isso, e... Eu sentia que para o mais velho também não. Quer dizer... se quiséssemos só aquilo, teríamos ficado muito antes, provavelmente transado algumas vezes e por fim ele voltaria para seu consultório e eu para minha floricultura.
Mas eu não poderia dizer isso com exatidão, já que uma parte — bem grande — de mim dizia que eu queria aquilo. Queria acreditar que Yuu estava a fim de se relacionar comigo, não apenas no sentido físico da palavra.
E enquanto guardávamos tudo novamente na cesta, um silêncio estranho entre nós, eu desejava mais do que tudo estar como os outros casais dali, deitados juntinhos.
— Kouyou? — Yuu perguntou numa voz baixa, fazendo-me lhe encarar. — Acha que... Yutaka se importaria de ficar até o fim do expediente com Miyavi?
— Acho... Que não. — Franzi o cenho, estranhando a pergunta. — Por quê?
— Você... Não quer ver o pôr do sol? — perguntou, brincando com o piercing negro no canto de sua boca enquanto aguardava minha resposta.
Perguntei-me se poderia estar mais feliz no momento e sorri. Era como se simplesmente ele pudesse ler minha mente, sabendo de meus desejos.
— Adoraria.
E não demorou quase nada pra chacoalharmos a toalha para então arrumá-la e deitarmos em cima dela, aproveitando a sombra gostosa e o vento que soprava ao fim da tarde. E demorou ainda menos para eu me aninhar em seu corpo, sentindo-o tenso e logo depois relaxando, enquanto uma mão sua ia para minhas costas brincar ali.
Aquela poderia ter sido muito bem uma cena de um filme romântico, onde os atores principais finalmente se acertam, as pétalas vez ou outra caindo sobre nossos corpos. E ainda mais quando o fim de tarde foi avançando, o céu trocando sua tonalidade lentamente, sem pressa alguma.
E foi justamente isso que me fez parar para pensar em como nosso relacionamento se parecia com aquilo. Quero dizer... lento. Pois por mais que eu tivesse tentado negar, era mais do que claro que eu já tinha interesse no moreno desde a primeira vez que o vi. E, ao que me parecia, isso fora recíproco.
Mas nós simplesmente não ficamos juntos logo que percebemos isso.
Tudo bem que apenas algumas semanas não era um tempo enorme. Ainda existia muito do moreno que eu desconhecia, e muito de mim que ele também não sabia.
Não éramos como amigos que se descobrem apaixonados, muito menos do tipo que se conhecem e ficam jogando charme um pro outro até que alguém cede aos impulsos.
Tudo simplesmente... Aconteceu.
Talvez cedo demais pra quem vê a história de longe, e já tarde pra quem a acompanha de perto.
Eu só sabia que... Era bom estar apaixonado outra vez.
E eu queria me bater por me sentir assim, mas... Eu sentia que daquela vez daria certo. E esse sentimento era outro da série que eu não saberia dizer de onde, mas o fato é que eu o tinha dentro de mim, e queria apostar todas minhas fichas nele.
Porque era impossível me sentir de outra maneira enquanto estávamos deitados juntos, o céu alaranjado sobre nós, eu ouvindo as batidas de seu coração. Era como um sonho, que cada vez ficava melhor.
E eu não queria acordar nunca.
— Kouyou?
Levantei minha cabeça, apoiando-me em meu braço e o encarando.
— Você pode achar isso brega, mas... — Vi-o respirar fundo, seus olhos vacilando antes de encontrarem os meus novamente. — Quer namorar comigo?
Eu não sabia qual era minha expressão enquanto o encarava, provavelmente embasbacado. Mas meu coração estava disparado, minha boca havia secado, e sentia que meu braço não me aguentaria me segurar por muito mais tempo.
Seus olhos vacilaram novamente, antes de sua mão ir ao meu rosto, tirando uma mecha de meu cabelo e a arrumando atrás de minha orelha.
E a única reação que consegui ter no momento foi de juntar nossos lábios, não me importando com o local público. Deitei em cima de seu corpo, segurando seu rosto e o enchendo de beijos, tamanha minha euforia.
— Pensei que não fosse me perguntar nunca. — Sussurrei ainda com um sorriso no rosto, juntando rapidamente nossos lábios e rindo baixo de sua expressão aliviada. — Mas por que brega?
— Depois da toalha xadrez...
Ri mais uma vez, beijando-o novamente, aproveitando de sua boca e do contato entre nossos corpos.
E no momento eu só pensava que nada poderia ser melhor do que aquilo.
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