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História Entre Chutes e Gols - 2Son - Chapter Six - História escrita por Anna_Belly - Spirit Fanfics e Histórias
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História Entre Chutes e Gols - 2Son - Chapter Six


Escrita por: Anna_Belly

Notas do Autor


Eu disse que até domingo saia n disse?
Voltei meus amoress, como foi o ano novo de vcs?
O bloqueio criativo me pegou de jeito nessa primeira semana do ano, mas felizmente eu consegui terminar esse capitulo dps de muito esforço. Confesso que eu acho que ele tá meio fraquinho mas tá aí

Lembrando que nada do que eu escrevo aqui se relaciona com a realidade, é apenas uma ficção criada por uma fã, sem o intuito de ofender nenhum dos citados.

Boa leitura monstrinhos
Apartamento do Son na imagem

Capítulo 8 - Chapter Six


Fanfic / Fanfiction Entre Chutes e Gols - 2Son - Chapter Six

🇰🇷

Son ainda estava pensando sobre o comportamento esquisito de Richarlison quando desceu do táxi e parou em frente ao condomínio que morava. Se sentia especialmente estranho vestindo as roupas que o brasileiro havia lhe emprestado com um olhar satisfeito no rosto, como se estivesse se divertindo às suas custas.

Tudo bem que, mesmo que não admitisse nem sob pena de morte, passou o caminho inteiro até sua casa sentindo o cheiro do brasileiro.

— Boa tarde — Son cumprimentou com um sorriso gentil o porteiro e andou a passos preguiçosos em direção ao elevador, torcendo para que chegasse lá o mais rápido possível.

Estava cansado da noite de farra que teve, pensando seriamente em parar de beber, nem que psra isso tivesse que se internar nos alcoólatras anônimos. Ele respira aliviado quando o elevador não demora mais que três minutos para descer, e agradece aos céus por não ter ninguém para subir com ele.

Não estava com humor para socializar.

Son se recostou no metal gelado quando as portas se fecharam, e encarou entediado o visor que indicava o andar que estavam. Idealizou na mente todos os passos que iria dar quando chegasse em casa, primeiro beberia um copo de água, depois iria comer algo porque as torradas que Richarlison lhe deu não foram suficientes para matar sua fome e, por fim, hibernar em sua caminha confortável, se possível até segunda-feira.

O prédio que morava tinha exatos doze andares, com apenas dois apartamentos em cada um deles, sua localização era bastante favorável para Son, que o escolhera justamente por ser próxima ao centro de treinamento. Até poderia ter escolhido algum dos apartamentos na cobertura, mas se veria bastante tentado a se jogar lá de cima para sanar a dúvida se morreria ou não, ou arremessar Harry de lá.

A lentidão que o elevador subia era irritante, se sentia como se estivesse andando em cima do casco de uma espécie de tartaruga, odiando a demora para chegar ao sétimo andar. Com outro suspiro cansado, ele se desencosta da parede gelada e se dirige para fora da caixa de metal, quando esta abre as portas para o corredor que levava para seu apartamento.

Assim que pisou no piso de cerâmica - com o pé esquerdo -, sentiu seus ombros caírem e uma sensação de desânimo quando seus olhos se fixam no final do pequeno corredor, especificamente, em frente a sua casa.

— Ah não cara, o que vocês querem agora? — choramingou ao ver cinco marmanjos parados em sua porta.

— Chegando só agora, Sr. Heungmin? — indagou Harry com uma falsa expressão rígida no rosto, ele estava com sua bolsa de treino pendurada no ombro e um óculos de sol ridículo prendendo os fios loiros para trás.

— Eu quero que você vá se foder — xinga o asiático sem paciência.

— Richy te estressou, Korean? — o inglês faz careta diante do humor azedo do amigo.

— Como sabem que eu vim de lá? — pergunta sem emoção, abrindo passagem entre eles para destrancar a porta de seu apartamento.

— Está vestido com as roupas dele — Sánchez aponta se desencostando da parede.

— E tem, literalmente, o nome dele escrito nas suas costas Sonny — reforça Emerson — E o cheiro do perfume dele em você — acrescenta ao fungar o ar, como um coelho, quando Heungmin passa por ele.

Son desce o olhar para o próprio corpo, encarando a parte superior do uniforme da seleção brasileira com o número nove nas costas. O coreano sente as bochechas esquentarem quando a timidez, mais uma vez, o atinge em cheio.

Suas mãos tremem e por um momento, esquece da senha da trava de sua porta.

Ele pigarreia, finalmente lembrando dos números que precisava digitar, e destranca a porta de madeira, dando passagem para que os cinco entrem em sua humilde - que de humilde não tinha nada - residência.

— Enfim, o que vocês querem? — indagou cansado, tentando mudar de assusto — Tirem os sapatos, sim? — pediu ao os ver fazer menção de entrar em sua sala sem que retirassem o calçado.

Sem se incomodarem em serem organizados em um ambiente que conheciam desde que se tornaram amigos, eles deixam seus sapatos jogados de qualquer jeito em frente a porta, e Son assiste os amigos se acomodarem em sua casa como se fosse deles, com a testa franzida.

Não se lembrava do momento em que os deu tanta liberdade.

Ele curva sua coluna, organizando os calçados ao lado do seu, antes de empurrar a bolsa de treino largada de qualquer jeito no meio da entrada para sua sala, para o canto da parede.

— Você esqueceu suas coisas no meu carro — respondeu Harry se sentando confortavelmente em seu sofá, esticando o celular em direção ao asiático.

— Ótimo, já podem ir embora — manda pegando o aparelho da mão de Kane.

— Quanta simpatia... — comenta Harry sarcástico — Queria ver você — resmunga o inglês encarando a expressão contrariada do oriental.

— E eu com isso? — retrucou irônico, checando suas notificações.

— Sabe quanta horas ficamos em pé, esperando você chegar? — indagou o centroavante retórico, Son lhe direcionou um olhar com a testa franzida — Mais de duas horas.

— Porque quiseram, eu não mandei nenhum de vocês ficar plantado na minha porta — o asiático rebateu, se guiando para a cozinha, a fim de seguir o seu cronograma mental.

Harry e os outros se levantaram do sofá e foram atrás dele. O apartamento que Son morava era um loft, com poucos cômodos e grande o suficiente para apenas ele morar. A sala e a cozinha eram juntas, separadas por uma bancada de mármore estreita, a escada reta ficava em frente a porta, e levava para o "segundo andar", onde tinham outras duas portas, uma para seu closet e outra para o banheiro, sua cama king size ficava logo em frente a esses cômodos, junto a uma mesa de vidro com seu computador em cima dela e uma cadeira gamer.

— Como... Como foi na casa do Richy? — perguntou Ben, se apoiando no balcão que fazia a divisão da sala para a cozinha, assistindo o asiático retirar algumas coisas de sua geladeira.

— Normal? — respondeu confuso — Eu acho... — acrescentou coçando a nuca — Achei que dormiria na sua casa Harry, como eu fui parar na do Richy? — indagou olhando para seu público.

— Você não lembra de nada? — Romero perguntou receoso, engolindo em seco ao ver Son negar com a cabeça — Dios mio... — resmungou olhando de um jeito esquisito para Emerson que estava ao seu lado.

— Vocês sabem como eu cheguei lá? — voltou a indagar, ignorando a reação estranha do argentino, retirando uma garrafa de água de sua geladeira.

— Então, nem eu dormi na minha casa — respondeu Harry, desviando do questionamento do asiático.

— Onde você dormiu? — Son o olhou confuso, com a testa franzida. Kane agradeceu aos céus por ter tido êxito na tarefa de desviar a atenção do ponta esquerda para outro assunto.

— Acordamos no vestiário do CT — quem o respondeu foi Sánchez, que desde o momento que entrara estava em silêncio.

Nada fora do normal, o colombiano sempre foi mais na dele em comparação com o resto.

— Como vocês foram parar lá? — perguntou curioso, indo procurar algum copo limpo.

— Longa história — Harry falou evasivo, era doloroso lembrar que eles foram perseguidos por um rottweiler e quase atropelados, continuando a seguir o asiático junto aos outros quatro para onde ele ía.

Heungmin juntou as sobrancelhas, finalmente estranhando o fato de que todos o seguiam, como se eles fossem cachorros querendo se familiarizar com ele pelo cheiro do cu.

— Parem de me seguir — pediu incomodado — Apenas digam logo o que querem — Son pega um copo qualquer do escorredor em sua pia.

Odiava profundamente quando ficavam o seguindo, achava desconfortável e lhe dava certo grau de agonia, algo perto da sensação de ser pego fazendo algo errado, mesmo que não tenha feito nada.

— Você percebeu algo estranho na atitude do Richy, com você? — perguntou Emerson receoso.

O ponta esquerda pisca lentamente, recordando de todas as atitudes do brasileiro com eles. Tudo o que ele fazia, parecia carregar alguma segunda intenção no fundo.

— Agora que você falou... — resmungou Son dando uma pausa na tarefa de beber água — Ele 'tava meio esquisito hoje de manhã — respondeu dando de ombros, voltando a virar o copo na boca.

Estranhou mais ainda quando percebeu a troca de olhares nada discreta entre aqueles cinco. Pareciam discutir sobre algo silenciosamente.

— Ok, o que vocês fizeram dessa vez? — indagou o camisa sete com uma pulga atrás da orelha. Bateu o copo na borda da pia de mármore, assumindo uma postura mais séria ao colocar uma de suas mãos na cintura.

A trupe de idiotas sobressaltam com o barulho repentino, Emerson e Ben dão um cutucão em Harry, indicando para que ele tomasse a frente.

— Por que eu? — o inglês resmungou em um sussurro.

— É teu amigo caralho — retruca o brasileiro no mesmo tom, sorrindo para Son com o intuito de disfarçar.

Como se o asiático fosse idiota o suficiente para não perceber a conversa que se desenrolava na sua frente.

— É o seu também! — rebate o inglês com indignação.

— Eu não tenho o dia todo — Heungmin interrompeu antes que Emerson respondesse o centrovante.

— Então amigo... — começou Kane batendo as mãos uma na outra — É que assim, ontem à noite meio que... — ele morde os lábios hesitante.

Harry, que fora forçado a tomar a frente da situação, olha de relance para os outros quatros, com um pedido claro de ajuda soando por todos os seus poros.

— Sabemos que você gosta do Richy — fala Sánchez de uma vez.

O inglês o encara indignado, ele queria ajuda, mas não daquele jeito.

— Caralho, assim na lata? — Emerson diz, encarando com os olhos arregalados o colombiano.

— É como tirar a casca de uma ferida — o colombiano começa a se explicar — Se arranca de uma vez, dói menos — conclui, como um verdadeiro coach.

Emerson, Ben e Harry o encaram com uma das sobrancelhas erguidas, nada convencidos do método do zagueiro.

Son posca por alguns intantes, sentindo sua pressão cair quando a tontura mais uma vez o assola, seu cérebro tem dificuldade em assimilar a informação que fora jogada no ar, sem nenhum cuidado ou tempo para algum preparo mental adequado.

— O-o que? — gaguejou, tendo que se borda da pia para que não caísse — V-Vocês sa-sabem do que?

— É exatamente o que você ouviu — respondeu Kane acanhado — Eu... Eu meio que deixei escapulir ontem — revelou hesitante, atento a cada reação do rosto pálido do asiático.

Son piscou lentamente, encarando o nada por alguns instantes, antes de sentir suas pernas fracas e sua consciência vacilar. No fim, a falta de uma refeição consistente, tanto no café da manhã quanto no jantar de ontem, misturado ao baque forte daquela informação, o fez desmaiar. Não saberia dizer quanto tempo ficou desacordado, apenas com a escuridão como companhia.

É isso crianças, não esqueçam de comer.

🇰🇷

— Eu disse 'pra você ter cuidado ao falar! — ouviu a voz de Romero distante, sentindo alguns tapinhas serem depositados em sua bochecha — Dios mio...

— É a lógica da ferida! A lógica da ferida! — voltou a afirmar o colombiano, exasperado.

— Olha onde essa sua lógica nos trouxe — rebateu o argentino sarcástico.

— Ele está acordando? — era Davies quem perguntava, com a voz preocupada.

— Mete dois tapas, um em cada orelha que ele acorda na hora — quem sugeria essa ideia era Harry.

— Cara, você quer deixar o menino em coma de vez? — era a voz de Emerson, repreendendo o inglês.

— E você que quer afogar ele? — rebate Kane com a voz revoltada — Pensa que eu não sei o que você quer fazer com esse copo d'água na mão?

— Melhor que dar dois tapas na cara do menino, gasparzinho sem sobrancelha! — retruca o brasileiro com a voz zangada.

— Me chama assim de novo que eu quebro suas pernas! — ameaçou o inglês.

— Gas-par-zi-nho... Aí! Quer me desmaiar também? — O Royal reclama, e no fundo, Son consegue ouvir o barulho de um tapa.

— Calem a boca, ou eu afogo os dois juntos — Sánchez os repreendeu.

— Por que só eu apanho? — indagou Emerson, certamente emburrado.

Son sente sua cabeça doer com tanto burburinho ao seu redor. Ele aperta os olhos com força, cansado de ouvir aquela discussão, tentando se forçar a acordar.

El esta despertando, el esta despertando — Romero fala ao perceber Heungmin tentando abrir os olhos.

Pelo tato, o oriental podia deduzir que estava deitado no sofá, com sua cabeça nas coxas de alguém. Heungmin finalmente consegue abrir os olhos, contudo, sua visão estava desfocada e a forte luz da lâmpada, fazia sua cabeça palpitar de dor.

De repente, sua visão parcial capta um borrão preto, este que tapa a luminosidade da lâmpada e o faz cerrar os olhos.

Estás bien? — indaga a figura borrada, que agora chutava se tratar de Romero.

— Você vai desmaiar ele de novo com tanta feiura zé mané — Harry empurra o rosto de Cristian para trás, e coloca o seu no lugar.

Agora, sua visão captava borrões amarelos com dois pontos azuis.

— E você vai cegar ele com sua brancura — É a vez de Emerson empurrar o rosto do inglês, e outro borrão surge em seu campo de visão.

— Parem os três — manda Sánchez, puxando o Royal pela gola da camisa, para longe dele.

Após piscar algumas vezes, ele consegue focar sua visão no teto de madeira, e olhar ao redor, percebendo estar realmente deitado nas coxas do argentino com os outros quatro o rodeando.

— Você comeu alguma coisa hoje? — indagou o colombiando como se fosse sua mãe, mesmo que fosse mais jovem que o coreano.

— Torradas... — respondeu com a voz arranhada, sentindo sua garganta seca.

Eram torradas queimadas? Sim, mas pelo menos havia comido umas quatro. Se surpreendeu quando um copo foi posto em seus lábios, então, seus olhos correram para a figura do galês, que o olhava preocupado.

— Água — respondeu ao questionamento mudo, e com cuidado, o auxiliou na tarefa de ingerir o líquido.

— O que aconteceu? — perguntou, erguendo o seu corpo com o intuito de se sentar.

— Estávamos falando sobre o Richy, e ai você 'pouw, caiu duro no chão — explica Harry.

Son pisca algumas vezes, com as cenas anteriores passando novamente por sua cabeça. Ele ri anasalado, e morde os lábios pensando no que faria primeiro.

— Kane... — chama estralando os dedos das mãos.

— Oi, quer alguma coisa? — perguntou com a voz mansa, se agachando na frente do amigo para encarar a feição irritadiça em seu rosto.

— Corre, mas corre muito que se eu te pegar... — Manda encarando os olhos azuis. Kane sente todo seu corpo arrepiar com um súbito medo subindo por suas terminações nervosas, ele cai de bunda no chão, não demorando a se levantar e começar a correr pela casa com Heungmin ao seu encalço.

Não querendo se envolver nisso, Sánchez pula para cima do sofá e Ben segue sua atitude, fazendo o mesmo. Emerson porém, não tem a mesma sorte, sendo segurado de repente por Kane e puxado para sua frente.

— Espera, espera, espera! — pede o inglês se escondendo nas costas do brasileiro — Eu posso explicar! — choraminga puxando Emerson de um lado para o outro, como se ele fosse seu escudo humano.

— Irmão, me larga! — manda o zagueiro tentando se soltar do aperto do centroavante. Ele se sentia, sinceramente, como um objeto, uma verdadeira boneca de pano.

Agora entendia o porque Emília queria virar um ser humano, devia ser doloroso para ela fazer coisas que não queria.

— Para de se esconder atrás desse zé ruela e vem peitar o pai — fala Son, tentando achar alguma brecha para agarrar Kane pelo colarinho — 'Cê não é homem, não? — indagou.

— Ei! — exclamou Emerson revoltado.

Além de ser usado como escudo humano, ainda estava sendo insultado de graça, sem ter feito nada.

— Lógico que eu sou, me identifico como homem, todo mundo sabe disso — responde desviando das mãos do asiático que tentavam agarrar sua camisa — Agora, burro nunca! — acrescentou.

Irritado pela resistência do inglês, mesmo que tenha sido ele que o incentivou a correr, Heungmin tenta ir por outro caminho.

— Se você não sair da frente dele, vai sobrar 'pra você! — alerta Son com seriedade para Emerson.

— E a margarida espera que eu saía como? — indagou sarcástico com os olhos naturalmente grandes, esbugalhados — Não sei se você percebeu, cabeça de tarântula da Amazônia, mas ele.está.me.prendendo — explicou pausadamente, balançando os bracinhos presos pelo cotovelo.

— Te vira zé buceta, não mandei você não ser esperto — Sonny fala revoltado.

— Gente, harmonia, vamos nos acalmar — pede Davies balançando os braços, tentando chamar atenção.

Todos o ignoram.

Emerson encara indignado o asiático, pensando seriamente em xingar todas as próximas gerações dele, mas temendo por sua integridade física resolveu não o fazer.

— Me solta seu porrinha de urubu! — exclama o zagueiro tentando se soltar das garras do inglês, que em resposta, aumenta seu aperto.

— Fica quieto cabeça de telha de telhado! — brada Kane desesperado, se movendo de um lado para o outro, pique o protagonista de matrix desviando das balas, mas no seu caso, os projéteis eram as mãos de Sonny, que tentavam o agarrar a todo custo — Eu te salvei do cachorro não salvei? Agora é sua vez de me ajudar!

Os outros três, que estavam de pé em cima do sofa e assistiam a cena de fora, não saberiam dizer se aquilo era uma briga, uma rodinha de capoeira ou uma partida de basquete, onde Emerson era a bola.

— Se tu não me largar agora, rato de esgoto com leptospirose eu vou enfiar um rojão no meio do teu cu e te mandar 'pra lua, filhote de lombriga, primo do Edward de Crepúsculo, zé gotinha do banco de esperma, palmito em forma humana, reboco de parede, Lulu da Pomerânia — Emerson começa a o xingar - falando rápido o suficiente para que se Richarlison estivesse ali, não entendesse uma única palavra - enquanto tentava abrir os braços para que o outro o soltasse.

— Me chamou de que zé gotinha da Petrobrás? — indagou Harry, soltando Emerson apenas para vira-ló de frente para ele, se aproximando um do outro como se fossem touros em uma disputa para ver quem era mais forte.

— Rato de esgoto, filhote de lombriga, primo do Edward de Crepúsculo, zé gotinha do banco de esperma... — Cristian começa a enumerar com os dedos. Dava para perceber que o argentino estava pouco se fodendo para a harmonia que Ben estava pedindo, ele queria mais que o circo pegasse fogo.

— Acho que já está bom Romero — Sánchez o para, colocando a mão no ombro do colega.

— Múmia de fita isolante, suco de pneu, Super Choque eletretrocutado — a dicção de Kane falha — Sabonete de mecânico do caralho, mico leão-dourado queimado, tampa de bueiro — continua o xingar sem se afetar pela sua falta de fonética, grudando ainda mais suas testas.

— Ih gente, vão beijar? — Romero comenta, estranhando a proximiade.

Son os encarava confuso, uma hora estava ele brigando contra os dois e na outra, os dois patetas estavam brigando entre eles.

Estava em dúvida se intervia ou não.

— O mesmo que tua mãe te jogou depois que tu nasceu né, seu 'fi duma' égua? — Emerson rebate — Pé torto do caralho, pensa que a bola é sorteio do instagram pra ti chutar ela nas arquibancadas e não no gol, zé buceta? — indaga irônico.

— Cala a boca seu desaplaudido — retruca o inglês, ao ficar sem argumento.

— Seu... Que que é desaplaudido irmão? — pergunta o brasileiro confuso ao ouvir a palavra, mudando em questão de segundos, da água para o vinho.

— Sei lá, eu vi na internet e achei uma palavra bonita — explica Kane, se distanciando do zagueiro — Ela é gostosinha de falar olha: De-sa-plau-di-do — repete para testar a pronúncia.

— Oh irmão, é bonita mesmo — fala Emerson dando dois tapinhas no ombro do inglês, sinceramente, surpreso pela palavra — Diferenciada e chique — acrescenta.

Agora Emerson e Kane conversavam amigavelmente, como se não estivessem se xingando de todos os termos ofensivos existentes a instantes atrás, fazendo o inglês esquecer por instantes a presença do asiático que queria sua cabeça em uma bandeja.

Aquela mudança de atmosfera repentina, lembrou Son de alguém.

— Poise menino, tem umas outras... — Harry lhe contava animado, realmente feliz por poder compartilhar as palavras novas que tinha aprendido no google, quando um calafrio pecorre sua espinha ao sentir uma mão em seu ombro — Puta que pariu, me fodi... — murmura já sabendo de quem pertencia.

— Finalmente consegui pegar você, seu branquelo imundo — Son fala com a voz calma, o que serve para que o inglês se borrasse mais ainda.

— N-nós podemos conversar — Harry tentava o persuadir enquanto era arrastado para algum lugar. Elevou seus olhos para Emerson em um pedido de socorro, mas tudo o que recebeu foram dois dedos do meio e um "se fodeu otário" sussurrado.

🇰🇷

— Ok, vocês já sabem sobre os meus sentimentos... — Son sente seu olho tremer involuntariamente por conta do estresse — O que vocês acham? — perguntou encarando os seus pés.

Estavam agora todos sentados na sala do oriental, receosos em começar algum diálogo antes que o próprio falasse. Son estava no meio Ben e Sánchez, Romero estava sentado no chão a sua frente e Emerson no braço do sofá a sua esquerda.

— Antes de termos essa conversa... — Romero começa a falar — Podemos colocar o Kane 'pra dentro? Lá fora deve 'tá frio — pede olhando com pena para o inglês, que tinha todo o corpo espalmado no vidro da porta da varanda, preso para o lado de fora.

Nem parecia que a estava incentivando a briga agora a pouco.

Ele escrevia um pedido de ajudar, embaçando o vidro com sua respiração e um olhar suplicante. Aquela tinha sido a sua punição junto com a 'coça que levou do outro atacante dos Spurs.

— Esse traíra disse que não contaria nada — o ponta esquerda resmunga massageando a têmpora.

— Estavamos bêbados... — Ben tenta persuadir o asiático — E não é como se fossemos te odiar ou expor isso para mais pessoas — o galês fala, apoiando uma das mãos no ombro de Son, o confortando.

Heungmin suspira, apoiando os cotovelos nas coxas e virando a cabeça para encarar a expressão de cachorro abandonado que Harry tinha naquela cara feia dele.

— Por mim, ele ficava lá fora — era Emerson quem dava sua opinião, colocando mais lenha na fogueira.

— Emerson! — Ben e Romero o repreendem, o zagueiro brasileiro ergue as mãos em rendição.

— Deixem o palerma lá — resmunga vingativo, voltando a encostar as costas no encosto do sofá — 'Pra aprender a não espalhar segredos alheios por aí — acrescenta — E quem reclamar, vai 'pra lá junto com ele — alerta Son ao ver Romero fazer menção de falar algo.

Imediatamente, o argentino fecha a boca e pede desculpas pelo olhar para Kane, dando um sorriso torto em direção ao inglês, que choraminga lamentavelmente.

— Voltando... — retoma o asiático — Qual... Qual foi a reação de vocês...? — indaga receoso.

— Sobre o que? — Son dirige um olhar acanhado para o colombiano sentado em ao seu lado — Sobre você gostar do Richy? — pergunta Sánchez com a testa franzida, recebendo um aceno positivo.

— Pena — Emerson responde sem nem pensar — Quer dizer, com essa cara e esse 'corpitcho, você definitivamente consegue homem melhor que o nariz de Pinóquio  — explica ao receber um olhar confuso do atacante.

— Na-não sobre isso... Sobre... — ele morde os lábios receoso, não conseguindo deixar as palavras saírem para fora.

— Sua preocupação é sobre o que pensamos sobre você estar atraído por um homem? — Sánchez deduz, recebendo um aceno envergonhado.

— Cara, o único problema 'pra mim, é você gostar justo daquele cosplay mal feito do corcunda de Notre Dame — Emerson responde dando de ombros — Vamo combinar que o coitado é meio judiado — acrescenta olhando com pena para Heungmin.

— Ele é bonito sim Emerson — afirma Sonny com a voz baixinha, sentindo um nó fechar sua garganta.

Estava preocupado atoa pelo visto. Todos ali torciam pela sua felicidade.

Royal faz careta, pronto para rebater a afirmação do companheiro de time, quando Romero os interrompe.

— Acho que o real problema é outro — o argentino chama a atenção de todos para ele — Pouco nos importa sobre quem você gosta Sonny, a questão é justamente sobre o que pode ter acontecido ontem — ele coloca as cartas na mesa.

Imediatamente, os outros enrijessem a sua postura, lembrando do motivo de terem ido ali e se encaram entre eles novamente.

— O que aconteceu ontem? — perguntou Son confuso, não gostando nada daquela comunicação silenciosa.

— Você notou alguma coisa estranha sobre o comportamento do Richy, de manhã? — Ben pergunta novamente.

— Eu disse que ele estava meio esquisito — Son não estava entendendo nada — Por que? — o asiático olhava atento para as expressões no rosto dos amigos.

— Se, hipoteticamente, você beijasse o Richarlison... — começa Emerson hesitante — Qual você acha que seria a reação dele? — perguntou receoso.

— Não sei — respondeu com uma pitada de desespero sendo aplicada em suas veias — Por que Emerson? — indagou não querendo realmente saber a resposta.

— Talvez, só talvez, eu tenha meio que te incentivado a dar um beijão na boca dele ontem — revela com um sorrisinho nervoso no rosto.

— E talvez, tenha sido nos a levar você para a casa do Richy também — Ben complementou, sua voz era baixa e ele parecia estar receoso.

O queixo de Son caí, assimilando a nova informação que recebia. Agora o desespero em sua corrente sanguínea parecia haver triplicado, ele encara com os olhos puxados a figura de Emerson encolhido no braço do sofá, apenas esperando a sua reação, e depois o nada.

— Não desmaie novamente — pede Sánchez, já o segurando pelos ombros.

Son o ignora.

Ele poderia ter beijado Richarlison.

Aquela era a única frase que passava pela cabeça do asiático, enquanto ele tentava se forçar a lembrar do que aconteceu na noite anterior. Seus dedos se contraem em sua coxa, o cheiro do perfume de Richarlison impregnado na camisa que ele lhe emprestara, adentra as suas narinas e uma vontade de vomitar sobe por sua garganta, junto a novas palpitações de sua cabeça.

Não que não gostasse do cheiro do brasileiro, era justamente o contrário, ele adorava o sentir diretamente da pele de seu pescoço quando se abraçavam, mas não pode evitar a sensação de mal estar que o perseguiu.

Ele poderia ter beijado o melhor amigo.

O qual era apaixonado desde que colocara os olhos nele.

Repassou a atitude de Richarlison com ele naquela manhã. Como se sua cabeça estivesse pregando peças nele, criou um comportamento extremamente desconfortável do outro perto dele que não havia, de fato, ocorrido.

Mas Son tomou aquilo como verdade absoluta, acreditando piamente em suas paranoias.

— Puta que me pariu... — resmungou ao se dar conta.

Então foi assim que chegou na casa de Richarlison na noite passada. Ele engoliu em seco, com uma sensação horrível pesando em seu peito, a de ter perdido para sempre a amizade do brasileiro.

— Emerson... — o chamou, finalmente focando os olhos no zagueiro — Pra varanda, agora — mandou.

🇬🇧

Algumas horas atrás

— Emerson! Vamos sair daqui! — Harry exclama em um sussurro.

O brasileiro em questão havia acabado de quebrar a corrente que o colombiano havia criado, arrastando Kane que estava atrás dele com ele para o quintal aberto cumprimentar um cachorrinho. Sánchez que andava na frente nem havia percebido que dois dos seus haviam ficado para trás, Romero que segurava a mão de Emerson estava tão sonolento que também não percebeu o momento que o brasileiro havia se soltado.

O local em que os dois haviam parado era um casarão completamente escuro, a única coisa que eles conseguiam escutar era o barulho dos grilos escondidos nos arbustos e aparentemente estava vazia. O quintal da frente era aberto, sem proteção alguma, como cercas ou um muro.

— Olha que bonitinho Harry — sussurrou para o inglês, apontando para o que tinha chamado sua atenção com a mão livre, já que a outra estava sendo segurada de forma firme pelo outro homem — Que cachorrinho mais fofo — elogiou o animal amarrado na parte da frente do casarão.

— Cachorrinho? — Harry forçou os olhos tentando enxergar alguma coisa naquela escuridão, conseguindo captar alguns poucos movimentos em sua frente e um par de olhos brilhantes.

— É, ali na frente — reforçou, voltando a apontar.

Uma respiração forte alcançou os ouvidos do inglês e seu olhos se arregalaram ao conseguir decifrar o que era aquela figura sentada os olhando atentamente.

— Cachorrinho? Isso parece mais um cavalo — resmungou baixo, para que apenas Emerson escutasse, porém o animal mexeu as orelhas captando o som — Que raça é? Você sabe? — indagou acompanhando os passos curtos e lentos do zagueiro

— Rottweiler — respondeu, fazendo Harry arregalar ainda mais os olhos e se engasgar com a saliva. Ele tossiu por alguns instantes parando de caminhar, forçando o brasileiro a cessar seus passos também e olhar confuso para trás.

— Cara, eu acho que isso vai dar merda — disse após alguns instantes tentando se recuperar, sentindo uma dose de adrenalina ser liberada em sua corrente sanguínea, fazendo seu coração acelerar e o deixar em alerta.

— Não vai não, ele 'tá preso olha — o zagueiro aponta para a coleira ao redor do pescoço do cão, mas nem aquilo serviu para apaziguar a sensação de perigo que pecorria o corpo arrepiado pelo medo do centroavante — Nunca tinha visto um rottweiler de tão perto — divagou, voltando a se aproximar, puxando o inglês plantado em seu lugar com ele.

O cachorro os encarava com um brilho perigoso no olhos, e já começava a mostra os dentes e ficar em alerta ao se colocar de pé.

— Ele 'tá sorrindo 'pra mim — segredou o zagueiro com a voz emocionada.

— Acho que ele não 'tá sorrindo não — retrucou Kane em alerta, se mantendo atrás do corpo do brasileiro.

— Lógico que 'tá — retrucou apertando a mão de Harry contra a sua — 'Izy, né que você tá feliz de ver o tio? — fez voz de bebê para o cachorro.

Em resposta o animal começou a rosnar para eles, mas nem isso fez as engrenagens do cérebro do Royal funcionarem para o alertar do perigo que ele corria.

— Cara, eu acho melhor a gente ir embora — Harry o puxou para trás, o impedindo de continuar. Emerson lhe olhou feio, sentindo seu corpo recuar e bater contra o do inglês.

— Eu já falei que ele 'tá preso bobão — voltou a afirmar, erguendo seu queixo minimamente para encarar os olhos azuis.

Antes que Kane pudesse rabater, o barulho de patas batendo contra o chão de madeira, de algo se rompendo e latidos altos o interrompe. Seu corpo reage mais rápido que sua mente, que ainda não processou o que aconteceu, e suas pernas começam a se mexer sem que ele mande para longe daquela casa.

Emerson tropeça em seus próprios pés quando Harry o puxa junto com ele para correrem, apertando sua mão com mais força para não se soltarem por conta da gravidade. O vento ricocheteava contra o seus rostos, fazendo os fios de seus cabelos, irem na mesma direção que ele.

— O QUE ACONTECEU? — Emerson grita, conseguindo se equilibrar novamente com muito custo.

— EU DISSE QUE IA DAR MERDA! — gritou de volta em reposta, olhando por cima do ombro o cachorro enorme que corria atrás deles, latindo como se a vida dele dependesse disso.

— COMO ELE SE SOLTOU? — indagou, ao virarem a esquina.

— E EU VOU SABER? PERGUNTA PRO CACHORRINHO QUE VOCÊ QUERIA FAZER CARINHO! — respondeu ignorante, sentindo suas panturrilhas queimarem.

O zagueiro não rebate a fala do inglês por saber que realmente era sua culpa estarem naquela situação, e força os olhos ao virarem em uma esquina aleatória.

— Não é os meninos? — Emerson apontou para algumas figuras borradas mais a frente.

— Eu não sei — Harry respondeu com a voz ofegante, percebendo que ele não conseguia correr e falar ao mesmo tempo.

A alguns metros a frente deles, Sánchez e os outros dois conversavam calmamente: — ' Pra onde vocês acham que devemos ir? — perguntou o colombiano pensativo.

— Não sei papi — Ben respondeu com a voz sonolenta.

Amigos estoy aqui — Romero cantarola no mesmo tom.

Sánchez confirma diversas vezes com a cabeça, buscando em sua mente algum lugar para eles ficarem. Estava tão imerso em seus pensamentos que achou que fosse sua mente bêbada lhe pregando peça quando escutou alguns latidos visivelmente agressivos, que ficavam mais alto a medida que ele andava.

— Vocês estão escutando isso? — perguntou franzindo a testa, parando de andar confuso, largando a mão dos outros dois.

— O que papi? — indagou Ben ao bater contra as costas do moreno.

— Latidos — respondeu, tentando localizar a origem do som.

— Não é dali? — Sánchez virou para trás, encarando a direção que Romero apontava.

Com um pouco de dificuldade, por conta da distância, ele conseguiu reconhecer a figura de Kane e Emerson correndo de mãos dadas fugindo de algo. O colombiano franziu a testa, confuso tanto com o momento em que eles haviam ficado para trás quanto com os movimentos esquisitos que eles faziam com as mãos livres e gritavam algo que não conseguia decifrar.

— Co... Comam? — tentou fazer leitura labial com os olhos cerrados, ele tombou a cabeça para o lado sem entender.

Qué está diciendo? — indagou Romero igualmente confuso.

— Vai saber — respondeu Sánchez, se esticando para o lado para ver do que eles fugiam. Após dois minutos de muito esforço para indentificar, os olhos de Sánchez se arregalam ao descobrir o que era.

— EU MANDEI CORRER — grita Emerson novamente quando estão mais perto, ainda mexendo o braço para frente.

Com  seus cérebros voltar a funcionar corretamente pelo tom de alerta na voz do brasileiro, Romero e Ben sentem todo o sono se esvair de sua pessoa ao encararem o cachorrão que perseguia os outros dois amigos.

— Eu acho melhor nós corremos também — manda Sánchez, o colombiano olha para o lado encontrando apenas Ben.

O argentino já havia começado a correr a muito tempo, deixando os outros para trás comendo poeira. Sem mais delongas, os outros dois que haviam ficado começam a correr atrás dele.

— O QUE VOCÊS FIZERAM? — pergunta Ben quando Kane e Emerson os alcançam.

— FOI CULPA DESSE ANIMAL — dedura Harry, apontando para o zagueiro que estava ao seu lado.

— ANIMAL É VOCÊ SUA ANTA ACÉFALA — rebate Emerson lhe encarando de canto mortalmente, pensando seriamente em puxar uma briga.

O brasileiro tem essa ideia arrancada de sua cabeça quando solta um gritinho ao sentir o cachorro quase agarra-lo pela calça — ELE QUER MORDER MEU BUMBUMZINHO — choraminga o zagueiro.

Ao escutar a queixa do amigo, Harry força suas panturrilhas e seus pés para correr mais rápido e puxar Emerson consigo. O inglês se sentia, diga-se de passagem, o próprio Usain Bolt em uma prova de atletismo nas Olimpíadas de 2016.

— BRIGUEM MENOS E CORRAM MAIS! — repreende Sánchez lá da frente.

A barulheira era tão grande em plena madrugada, que não puderam impedir que as luzes de outras casas se acendessem e algumas pessoas saírem de pijama para conferir o que acontecia do lado de fora, ficando surpresas ao ver cinco homens crescidos correrem de um cachorro. Achando a cena interessante, eles puxam seus celulares para que gravessem ao menos alguns segundos daquela fuga desesperada.

Até pensaram em gritar para os alertar que eles estavam indo em direção a uma avenida movimentada, mas desistiram ao constatar que na velocidade que eles estavam, não escutariam nem um único "a".

Romero, que liderava a corrida na frente de todos, freia seus pés de repente na faixa de pedestres.

— PAROU POR QUE? — indaga Ben que vinha logo atrás do argentino com Sánchez ao lado.

—  EL SEMÁFORO ESTÁ ABIERTO PARA LOS COCHES — gritou em resposta.

— FODA-SE O SINAL — bradou Emerson, ele e Harry eram os que estavam mais atrás e por cima do ombro, percebiam que cada vez mais o rottweiler se aproximava.

— ELE ESTÁ MAIS PERTO — alertou Harry desesperado, sentindo o suor descer por sua têmpora e sua camisa grudar em suas costas.

Sánchez ouvindo o que o inglês dizia, tomou uma decisão arriscada e enganchou o braço no de Romero ao passar por ele, o forçando a atravessar a rua com vários carros vindo em sua direção.

Os outros três apertaram o passo, e seguiram o colombiano sem pensar duas vezes, entre morrerem atropelados ou estraçalhados por um cachorro... Eles definitivamente preferiam a primeira opção. Vários barulhos de buzinas e pneu cantando no asfalto alcançaram os ouvidos dos atletas, que mesmo assim não pararam.

Apenas fecharam os olhos com força e prenderam a respiração, só a soltando quando sentiram seus pés tocaram no concreto da calçada do outro lado. Eles respiravam descompassados, parando a correria apenas para olhar para trás e ver o cachorro parado do outro lado da avenida.

— Conseguimos — fala Sánchez aliviado, descansando sobre os joelhos.

— Acho melhor continuarmos antes que aquele monstrengo nos alcance de novo — Ben alertou ofegante, o galês que era o mais bêbado entre eles já podia sentir a sobriedade voltar para seu corpo na marra depois dessa corrida.

— Pra... Pra onde vamos? — pergunta Romero tentando recuperar seu fôlego.

— O CT é aqui perto não é? — Emerson questionou, largando de Harry.

— A algumas quadras — respondeu Sánchez sem forças para repreender os colegas.

— Vamos para lá — Harry fala já voltando a correr e sem nenhuma queixa, os outros o seguem.

O estado que eles deixaram a avenida era caótico, vários carros parados de lado ao longo da rua por terem sido obrigados a desviar daquelas pessoas, causaram um congestionamento e sem querer fecharam a rua. Alguns motoristas desceram de seus veículos apenas para se xingarem entre eles e rogar pragas sobre aqueles cinco lunáticos.

Uma pessoa em questão estava enfurecida no meio daquele tanto de pessoas revoltadas, ela sentia sangue escorrer por seus lábios ao ser forçada a freiar, o que fez com que o nariz batesse contra o volante por conta da mudança repentina de velocidade que jogou seu corpo para frente, a sorte era que estava de cinto, ou o estrago teria sido pior.

— Quem são esses loucos? — bradou Beatriz irritada, batendo as mãos contra a condução do carro, com a respiração ofegante e os cabelos terrivelmente bagunçado —Aí, aí, será que quebrou? — choramingou tapando o nariz dolorido com um dedo e ergueu o queixo para cima. 


Quase atropelar cinco debiloides em uma madrugada de sábado era um ótimo jeito de encerrar sua noite.


Notas Finais


É isso
Até a próxima pessual
O Romero bem vibes "amigo estoy aqui o caralho, é cada um por si, pernas pra q te quero"


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