handporn.net
História Entre Fotos e Salas Brancas - A Descoberta da Doença. - História escrita por LorenLittrell - Spirit Fanfics e Histórias
  1. Spirit Fanfics >
  2. Entre Fotos e Salas Brancas >
  3. A Descoberta da Doença.

História Entre Fotos e Salas Brancas - A Descoberta da Doença.


Escrita por: LorenLittrell

Notas do Autor


Bom dia amores.
Vou contar um pouco sobre essa história.
Já tem um boom tempo que queria escrever com Baekhei, sim, por causa de SuperM (lembrando que, opinião é como conta no banco, pessoal e intransferível então, não julguem)

Eu sou conhecida por não seguir padrões, faço os meus e amo os que faço. Bom, estou escrevendo com muito cuidado e carinho claro como escrevo todas as minhas fanfics. Tenho pesquisado muito sobre o tipo de câncer que menciono e realmente estou gostando do resultado.

Se vocês se proporem à ler, olhem como um shippe "normal" sem aquela coisa de "ah, eu não aceito SuperM. Não é justo com os garotos." até porque, nada do que está escrito aqui é real, é apenas mais uma história dentre tantas então, peço mais uma vez, não julguem.

Não sigo padrões, não seguiria agora. Escrevi porque quero e sem medo do resultado, seja ele qual for. Tenho idade o suficiente para entender os gostos de cada, assim como acredito que vocês também tem e tentarão entender meu lado.

Enfim, aos que se propuserem a ler, se deixem imergir na história dos personagens, amem, deem colo para eles. Ambos estarão numa situação muito difícil e vão precisar de colo e amor acima de tudo.

(não é real mas a gente tenta né kkkkkkkkkkkk)

Comentem o que acharam, podem me chamar na DM se quiserem e caso eu venha escrever algo errado, estou apta a ser corrigida (com educação, claro) então, é só me avisar 💕

No mais, boa leitura e amo vocês 💕

Capítulo 1 - A Descoberta da Doença.



A Descoberta da Doença.



“A fraqueza não está no medo. É algo que você impõe à sua mente e você mesmo pode tirar”



Baekhyun ainda olhava para aquele papel, com os dizeres em negrito, positivo para o câncer. Não havia uma reação ou lágrimas desesperadoras escorrendo por sua face. Olhava para o papel, imerso num mundo de dor, tentando entender porque Deus estava brincando consigo, lhe dando aquela doença tão cruel para lutar por uma cura.

Baekhyun quis se desligar do mundo, quis correr daquela sala do hospital onde o pai ainda conversava com o médico especialista no caso e a mãe chorava com as mãos cobrindo o rosto, talvez tentando esconder a sua vulnerabilidade, para que assim o filho visse tudo aquilo como uma provação divina, que valorizasse as pequenas coisas do seu dia a dia, que fizesse mais e reclamasse menos.

E Baekhyun estava imóvel. A respiração estava confusa, alternando entre suspiros e soluços internos com a dor no peito e a vontade de chorar.

— Olha doutor Kim, meu filho só tem vinte e dois anos, ele acabou de completar na semana passada. Faça alguma coisa? Salve a vida dele, por favor?

O senhor Byun suplicava pela vida do filho, a mãe juntou as duas mãos, fazendo uma oração aos céus, pedindo a Deus que não tirasse o seu filho do colo da família e Baekhyun bloqueava a mente, sussurrando para si mesmo que aquilo tudo era apenas um pesadelo, que acordaria às três horas da manhã sabendo que fora mais uma brincadeira sem graça do destino.

Mas não era. O câncer de nome Linfoma de Hodgkin é um tipo de câncer que se origina no sistema linfático, conjunto composto por órgãos (linfonodos ou gânglios) e tecidos que produzem as células responsáveis pela imunidade e vasos que conduzem essas células através do corpo.

A senhora Byun pegou o celular na bolsa, abrindo o navegador da Internet para pesquisar sobre as causas da doença em seu filho. Nunca passou por sua cabeça descobrir que o único filho havia adquirido tal doença tão cruel. Era jovem, sempre fora saudável o típico adolescente que quase não saía para as festas da faculdade, queria dar atenção exclusiva para o seu curso de biologia, área na qual decidiu atuar. Baekhyun tinha um mundo inteiro de oportunidades pela frente mas aquele resultado fora como um soco na boca do estômago, o impedindo de sonhar com a sua carreira brilhante.

O linfoma de Hodgkin tem a característica de se espalhar de forma ordenada, de um grupo de linfonodos para outro grupo, por meio dos vasos linfáticos. A doença surge quando um linfócito (célula de defesa do corpo), mais frequentemente um do tipo B, se transforma em uma célula maligna, capaz de multiplicar-se descontroladamente e disseminar-se. A célula maligna começa a produzir, nos linfonodos, cópias idênticas, também chamadas de clones. Com o passar do tempo, essas células malignas podem se disseminar para tecidos próximos, e, se não tratadas, podem atingir outras partes do corpo. A doença origina-se com maior frequência na região do pescoço e na região do tórax denominada mediastino.

A mãe lia descontroladamente as características da doença, se lembrando das raras vezes em que o filho sentiu dores no pescoço e no tórax, depois de chegar bêbado de uma balada que decidiu ir para comemorar a sua ida para o sexto período com os amigos do futebol. Sentiu-se culpada por não ter dado ouvidos aquela falta de ar que Baekhyun teve no almoço de família, onde o garoto por pouco não perdeu a consciência mas quando a recobrou, se negou a ir no hospital para saber as causas.

— Estou bem mãe. Foi só um mal estar. —

Palavras do Byun quando a mãe lhe perguntou se queria ir ao hospital e ele se negou, pensando de fato ser apenas um mal estar. Agora, estava desesperado, tentando entender porque, aos vinte e poucos anos estava doente, se mal ficava resfriado.

Um câncer era drástico demais.

— Bem senhor Byun, o Baekhyun precisa fazer o tratamento com medicamentos para a quimioterapia, radioterapia e em último caso, transplante de células tronco. Precisamos saber como ele vai reagir ao tratamento.

Baekhyun ouvia tudo aquilo sem conseguir conciliar a respiração com as batidas do coração que pareciam se perder em meio a tantos pensamentos ruins que sua mente pensava e o traía. O garoto levantou-se ganhando a atenção da mãe que levantou-se junto com o filho preocupada.

— Onde você vai amor?

Baekhyun a olhou com pesar, o desespero de uma mãe que acabara de ouvir que o único filho estava doente, era de fato triste e assustador pois não sabia qual seria o futuro e se o garoto teria um futuro.

Apenas abaixou a cabeça, saindo da sala e os pais foram impedidos de irem atrás do rapaz que só precisava processar aquilo mas não sabia como. A mente brincava consigo, o maltratava a ponto de desistir e Baekhyun caminhava pelos corredores do hospital, observando em cada quarto, pacientes em tratamento.

Não queria bisbilhotar, estava apenas com a curiosidade aguçada por ter tantas crianças ali, a sala do médico onde seus pais conversavam, era perto da ala pediátrica e o Byun sentiu um aperto horrível no peito. Como aquelas crianças aguentavam tanta dor? Como aguentavam ficar internadas naquele hospital para o tratamento e ainda assim sorrirem? Essas perguntas eram feitas incessantemente na cabeça do garoto que ouvia as risadinhas das crianças do quarto 507, onde brincavam umas com as outras juntas com duas enfermeiras vestidas de palhaço, fazendo a alegria de quem sofria.

Ao menos, amenizava de alguma forma.

Baekhyun continuou caminhando pelo corredor, se sentindo um desgraçado, poderia ter feito tantas coisas em sua vida e não o fez. Estudou demais, trabalhou mais ainda para desafogar os pais com a faculdade. Deixou de sair durante o primeiro ano de estudo da biologia pois precisava passar naquele período e agora estava arrependido.

Deveria ter saído quando fora convidado tantas vezes para a balada, para beijar e transar a vontade mas não fez. Agora sua vida estava traçada a findar a qualquer momento pois sabia que toda aquela medicação em seu corpo, poderia ou não fazer efeito. Era estudante de biologia. Sabia do que se tratava.

Suspirou infinitas vezes parando em frente uma porta de um berçário, ali encostou a cabeça, enfim se desfazendo em lágrimas, acabando por socar a porta por conta da raiva que sentiu de tudo.

Ouviu passos largos, afastando-se dali e viu um rapaz vestido com um jaleco branco abrir a porta confuso.

— Pois não? Deseja algo?

Baekhyun o olhou engolindo em seco, secou o rosto com o dorso da mão e o rapaz ficou preocupado, saindo do quarto fechando a porta.

— Você está bem? Quer que eu chame um médico?

— N-não é nada. Me desculpe por... Por assustar você.

O rapaz sorriu colocando as mãos na cintura, percebeu que Baekhyun estava com problemas pela forma que havia ficado nervoso e pelo tom trêmulo da voz.

— A mim não assustou mas às crianças sim.

O Byun colocou as mãos na boca, constrangido pelo que fez, olhava assustado para o garoto que parecia ser mais novo que si e tentou se desculpar. — Meu Deus, me desculpe. Não sabia que era a pediatria também.

— O quinto andar é todo para a pediatria. Mas está tudo bem. Não se preocupe. A enfermeira já está acalmando-as.

O menino sorriu virando-se de costas e Baekhyun estendeu a mão para tocar seu ombro. — Eu... eu preciso conversar. Você teria um tempo?

O rapaz o olhou e viu que precisava mesmo conversar. Assentiu com a cabeça lhe dando atenção. — Quer ir até o jardim?

— Sim. Acho melhor.

Caminharam juntos até o jardim do hospital em silêncio, sentaram-se no banco e Baekhyun suspirou com os olhos fechados, talvez buscando as palavras exatas para poder explicar o que seu coração sentia naquele momento. Estava tão cheio de tudo. E precisava expelir.

— Qual seu nome? Quero saber com quem estou desabafando antes. — O Byun perguntou tendo um sorriso triste nos lábios e o garoto respondeu.

— Lucas. Me chamo Lucas e você?

— Baekhyun. Obrigado por me ouvir Lucas. Eu preciso conversar com alguém que não seja meus pais. Não quero ter que ouvir minha mãe chorando a cada um minuto quando ouvir a palavra câncer. Já basta o que eu estou sofrendo.

— Então... Você descobriu um câncer?

Baekhyun suspirou incontáveis vezes, ainda não sabia como assimilar a ideia por isso precisava conversar e botar para fora.

— Sim. Fiz os exames tem duas semanas e hoje viemos buscar o resultado. Sabe quando você está indo tão bem, tudo à seu favor, a faculdade, os amigos. O namoro?

Baekhyun namorava Soyo, uma líder de torcida do time de futebol da faculdade. Em um dos últimos treinos, o Byun acabou tendo um mal súbito, caindo no campo deixando todos desesperados e aqueles desmaios se tornaram frequentes, as dores aumentavam gradativamente e ele se sentia cansado, mesmo sem fazer exercício.

— Acho que estou compreendendo você, Baekhyun.

— Cara... me desculpe... doutor, eu tinha os melhores amigos do mundo, minha namorada é linda... minha ex namorada é linda. Eu tinha tudo. Tinha meu trabalho mas desde o dia em que fui parar no hospital com insuficiência respiratória, eu perdi tudo.

— Como perdeu tudo? Por que?

Lucas estava atento a cada palavra mencionada por Baekhyun, pensou em se apresentar formalmente mas desistiu quando viu que o garoto chorava discreto, secando as lágrimas que insistiam em molhar seu rosto.

— Eu não poderia mais jogar futebol na faculdade, descobri que a Soyo estava comigo por pena, os caras se afastaram de mim porque não querem um amigo doente junto a eles.

— Mas, sua doença não é contagiosa. Não é assim que funciona.

— Eu sei mas quando eu soube da possibilidade, contei para eles porque o médico me proibiu de jogar. Tive que falar porquê.

Lucas sentiu no peito que deveria abraçar o rapaz mas poderia ser indelicado demais com a condição do Byun e Lucas não queria aquilo.

— Então, se afastaram de você?

— Sim...

Fora a última palavra de Baekhyun antes de ouvir seu nome ser chamado por sua mãe que o avistou de longe. Se levantou do banco estendendo a mão para o rapaz que se levantou junto e agradeceu à companhia.

— Obrigado por me ouvir, doutor. Eu estava a ponto de explodir.

— Não agradeça. Se precisar novamente estou aqui todas as segundas, quartas e sextas-feiras com as crianças.

Baekhyun sorriu verdadeiramente pela primeira vez naquele dia ainda segurando a mão do rapaz a sua frente.

— Você... O senhor é pediatra?

Lucas deu uma risadinha gostosa, mostrou dois belos dentinhos mais avantajados como os de um coelhinho e colocou as duas mãos no bolso do jaleco.

— Não. Sou apenas um voluntário que tenta amenizar a dor daquelas crianças e de pessoas que precisam de algo sólido para não desistir.

Baekhyun poderia ficar puto, Lucas não era um médico do hospital mas também não perguntou se era antes de se abrir porém, sorriu um pouco corado mas ainda assim agradeceu a simpatia e carinho consigo.

— Que bom que existem pessoas como você no mundo então, Lucas. Acho que vou precisar conversar mais com você.

— Estarei às ordens, Baekhyun.

Baekhyun se afastou dando passos para trás, mas ainda olhava para o garoto sendo retribuído com o mesmo olhar terno. — Até...

Lucas ergueu a mão se despedindo e só voltou para o hospital quando viu Baekhyun entrar no carro do pai, partindo dali para sua casa para que na próxima semana, desse início ao tratamento.


Notas Finais


Meus bebês 💔

Esse é o primeiro capítulo, acredito que será uns seis. Então, a primeiro momento, o que acharam? Me contem?

Aaaaah a ideia do título foi exclusivamente da minha amiga linda e minha capista mais linda ainda, @Dhuhds 💕 e a capa é do @Dhominy, coisa mais linda da minha vida 💕

Bjo bjo e até 💕


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...