Após ter salvo a vida de Gabriel, Perseu misteriosamente havia desaparecido. Curioso, o jovem semi-deus procurou saber mais sobre os quatro homens: Aquiles, Odisseu, Menelau e Agamemmon; que adentraram a cidade de Atenas, montados a cavalos e acompanhados por uma infantaria de soldados espartanos, por isso resolveu seguir os soldados discretamente. Após fazer o mesmo, Gabriel avistou os espartanos sendo recebidos pelo rei ateniense Draco em uma praça:
Aquiles: Saudações, senhor. Soldado Aquiles se apresentando.
Odisseu: Odisseu se apresentando, senhor.
Draco: À vontade, soldados.Sejam bem-vindos, Menelau e Agamemmon. Agora digam-me... o que traz a essa infataria de soldados espartanos aqui na cidade de Atenas?
Menelau: Estamos às vésperas de uma nova guerra, Draco. Um maldito príncipe da realeza troiana, Paris, roubou a minha esposa, Helena, de mim durante um banquete em Esparta no qual a realeza de Tróia foi convidada! Como aquele desgraçado ousou tocar em minha mulher!? E como aquela maldita se atreveu a se deixar ser sequestrada por ele, em me trocar!?
Draco: E creio que você, Rei Menelau, veio até Atenas com o objetivo pedir minha a aliança nesta guerra, não estou correto?
Agamenon: Pense bem, meu caro Rei Draco... se me ajudar nesta possível guerra contra os troianos, será muito bem recompensado. Metade das riquezas e do território de Tróia irão para Atenas.
Menelau: E pense em todas as mulheres troianas que poderá levar como suas escravas e de seus soldados que poderão lutar por sua cidade. Seu exército poderá aumentar consideravelmente em questão de número e força!
Escondido atrás de um pilar de um pequeno templo, Gabriel escutava toda a conversa entre aqueles homens de Esparta e o rei ateniense. Em certo momento, o guerreiro Aquiles começou a olhar pelos lados enquanto a conversa entre os reis de Atenas e Esparta se desenrolava e, enquanto olhava ao seu redor, sua visão passou pelo pequeno templo onde Gabriel estava, fazendo com que o jovem se escondesse rapidamente para não ser visto pelo lendário guerreiro. O rei Draco tentava disfarçar a sua ansiosidade diante das ofertas de Menelau e Agamenon. Draco não estava interessado em nenhuma guerra, mas a tentação pelas riquezas e conquistas sobre Tróia falaram mais alto sobre sua mente:
Draco: Apesar de que o meu povo nunca enxergou o povo espartano com respeito, estou totalmente ciente da gravidade da situação que é sequestrar uma rainha de uma cidade e levá-la para sua, então, cidade depois de ser convidado para um banquete. Isto é algo que eu mesmo não irei admitir. Portanto, Rei Menelau e Agamenon... a aliança de Atenas a Esparta será garantida. Iremos mostrar a esses troianos do que somos capazes e pagarão muito caro por terem mexido com uma rainha grega.
Agamenon: Maravilha. Era exatamente isso que eu gostaria de ouvir.
Menelau: Acredite em mim, meu caro Rei Draco... não irá se arrepender de se aliar à grande Esparta nesta futura guerra.
Odisseu: Muito obrigado, Vossa Majestade. - Todos demonstraram gratidão e satisfação a Draco por garantir a aliança de Atenas a Esparta; exceto Aquiles, que não fez absolutamente nenhum comentário.
Em seguida, Aquiles, Odisseu, Menelau e Agamenon se retiraram da praça em seus cavalos e sendo seguidos pelos outros soldados e voltaram para Esparta. Gabriel estava totalmente nervoso depois de ficar sabendo que uma guerra era iminente entre duas cidades fortes em poderio militar, que vidas inocentes iriam se perder e, provavelmente, ele mesmo precisaria lutar nesta guerra para proteger Atenas. Apesar de ter os conhecimentos de combate e da guerra através da deusa Atena, Gabriel não se sentia preparado para uma guerra. O que ele poderia fazer? Fugir da Grécia e provavelmente se encontrar com o inimigo em meio à fuga? Ou ficar para lutar? São muitas as dúvidas que Gabriel procura responder para si mesmo.
Gabriel não conseguia parar de pensar. Estava sentado no mesmo banco por quase uma hora. Em meio a tantos pensamentos, algo despertou Gabriel de sua mente: uma enorme pedra coberta de fogo, com a aparência de um meteorito passou por cima do jovem e caiu dentro de uma vila não muito longe da cidade:
Gabriel: Pelos Deuses! O que foi isso?
O semideus queria descobrir o que acabara de ver, por isso seguiu pela trilha que levava até a vila, porém no meio do caminho havia uma enorme mata que cobria tudo ao seu redor. Quando Gabriel finalmente saiu da mata e chegou ao final da trilha, percebeu que muitas das casas da vila estavam devastadas e outras ainda sendo destruídas pelo fogo e, de repente, um homem desesperado passou correndo ao seu lado gritando:
Homem: QUIMERA!!!
Gabriel: Quimera?!
Neste mesmo instante, um monstro saltou em meio aos destroços de uma casa. A criatura tinha a aparência de ser um enorme leão, mas havia uma segunda cabeça de bode acima da cabeça do leão e a cauda era uma enorme serpente. A cabeça do leão era a responsável por cuspir fogo, enquanto a cauda da serpente cuspia um veneno mortal e ácido e a cabeça de bode usava seus chifres para destruir qualquer casa.
Muito assustado, Gabriel sentiu a grande vontade de fugir enquanto a Quimera virou-se para destruir o resto da vila, mas apesar do grande medo, a sua coragem falou mais alto e o mesmo lembrou-se das palavras de Atena:
Atena: Use a sua espada com sabedoria. Use-a para a sua defesa.
Não era o caso de sua autodefesa, mas Gabriel queria ajudar os habitantes daquela vila. O jovem retirou a sua espada da bainha, a lâmina prateada refletiu o brilho do Sol em seus olhos, respirou fundo e correu atrás da Quimera.
Em meio a tantos destroços e corpos, a Quimera se aproximava lentamente dos sobreviventes. Os homens estavam na frente das mulheres e das crianças, dando a ideia que eles estavam prontos para morrer protegendo o seu pequeno povo. Quando o monstro preparou para correr em direção aos sobreviventes, uma pedra foi atirada na cabeça de bode da criatura, o que a deixou furiosa:
Gabriel: EI! MONSTRO NOJENTO!! AQUI!! VENHA ME PEGAR!!!
Como resposta ao grito de Gabriel, a Quimera virou-se em direção ao jovem semideus. A cabeça de leão demonstrava-se totalmente agressiva e revelava todos os seus dentes e garras, enquanto a cabeça de bode bufava continuamente pelas narinas. Assim que o monstro começou a correr em direção à Gabriel, o rapaz se jogou ao chão pelo lado e começou a subir nos telhados das pequenas casas, e a Quimera o seguiu. A intenção de Gabriel era afastar a criatura o máximo possível dos sobreviventes, logo seriam apenas ele e a fera.
Próximos a uma praia estavam Gabriel e a Quimera. A fera novamente começou a correr em direção ao semideus quando o mesmo se jogou para o lado esquerdo, mas a Quimera já havia percebido o que o seu oponente iria fazer, por isso usou as suas garras para diminuir o deslizamento pelo chão após a pequena corrida e, em seguida, a cabeça de bode atingiu Gabriel com seus chifres e o jogou para o alto.
Enquanto caía depois de ser arremessado para o alto, Gabriel avistou a cabeça de leão com sua boca aberta, esperando o momento certo para abocanhar e matar o semideus. Ao perceber o que aconteceria, Gabriel empunhou fortemente a sua espada em pleno ar e desferiu um golpe no focinho da criatura, fazendo com a mesma fechasse a boca e recuasse um pouco. Enquanto a Quimera continuava agonizando de dor, Gabriel subiu em cima do monstro e começou a lutar com a cabeça de bode.
Gabriel conseguiu quebrar os dois chifres de bode ao golpear os mesmos com a lâmina e a coronha de sua Xiphos e estava prestes a matar aquela cabeça desferindo um preciso e forte golpe de espada no pescoço, mas antes que o mesmo pudesse fazer, sentiu uma dor extremamente aguda em seu ombro. Quando o jovem olhou para verificar o que estava causando a dor, viu a serpente que compunha a cauda do monstro mordendo o seu ombro, injetando o seu letal veneno no corpo de Gabriel. Em um movimento instintivo, Gabriel pegou sua espada e cortou metade do corpo da serpente.
Agonizada ainda mais pela dor de ter parte de sua cauda cortada, a Quimera começou a correr e saltar na tentativa de tirar Gabriel de cima da mesma. A dor da mordida da cobra estava aumento ainda mais no ombro de Gabriel, até que não conseguiu mais se segurar nos pelos da Quimera e foi arremessado ao chão pela criatura.
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