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História Entrelinhas - Vítima - História escrita por EveBrea - Spirit Fanfics e Histórias
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História Entrelinhas - Vítima


Escrita por: EveBrea

Notas do Autor


Mais um! Hoje teremos uma noção dos motivos da Claire ter mudado tão drasticamente, queria poder explorar mais, mas infelizmente só teremos isso.

AVISO!: O capítulo contém GATILHOS fortes relacionados a SUICÍDIO. Se você for sensível a esse tipo de tema NÃO LEIA PELO AMOR DE DEUS. PRESERVE-SE.

Desculpa os erros
Boa leitura!

Capítulo 25 - Vítima


Raccoon City

2015

Segunda-feira 11:15 p.m.

Puxou o freio de mão e saiu do carro observando a grande mansão Spencer. Neil já escutou muitas histórias macabras da casa do fundador da Umbrella, os corredores sem saída, os fantasmas que andavam por esses corredores, quartos trancados, passagem subterrâneas e até mesmo um laboratório onde faziam experiência com humanos, consideravam Spencer um verdadeiro lunático de sua época, mas era inegável a inteligência do homem em criar a farmacêutica e, por viver sozinho nas montanhas Arklay todo tipo de boato era criado, mas nunca confirmado. 

Quando Spencer faleceu, em seu testamento ele proibiu a venda e a destruição do imóvel deixando a casa ainda mais misteriosa sobre os segredos que ela guardava; não estava nos planos de Neil, em sua vida, pisar naquele lugar considerando a energia negativa que ela emanava, mas aqui estava ele prestes a investigar sozinho a maior residência do Estado da Dakota do Norte.

O carro que perseguiu estava bem na entrada da casa confirmando que não o havia perdido de vista. Andou até os portões de metal que estavam abertos, atravessou a pequena fonte aproximando-se da Hilux preta de Chris. A preocupação com as teorias que passavam pela sua cabeça tornava-se cada vez maior desde o documento que encontrou espalhado nos papéis da mesa do Redfield, sua primeira reação foi compartilhar suas suspeitas com Claire, mas sendo esse o irmão dela Neil sabia que ela teria aversão às suas hipóteses e isso dificultaria o processo que estão enfrentando agora, a morte do prefeito desestabilizou a cidade completamente e isso estava afetando a delegacia por conta da pressão da cidade sobre eles, principalmente em Claire por estar liderando a investigação junto com ele.

No entanto, Fisher não poderia descartar o sentimento que martelava em sua mente sobre Chris quando viu um documento a respeito do desenvolvimento de produtos da Alexia, pessoa que Chris não tinha contato nenhum, pelo menos era o que ele pensava.

Subiu os três degraus da pequena varanda pegando sua glock semiautomática, girou a maçaneta o mais silencioso que pôde, mas o ranger da porta ainda foi alto o suficiente para ecoar na casa vazia forçando Neil a ficar ainda mais alerta, puxou o cão posicionando a pistola para frente, amaldiçoando-se por não ter trago uma lanterna consigo observando o breu do lugar. 

Mesmo estando escuro o Fisher ficou impressionado com a estrutura da entrada do lugar, a escadaria era enorme sendo sustentado por pilares bem característicos da Grécia, olhou para a enorme passarela que atravessa todo o Hall fazendo ligação para os dois lados do lugar.

Pôs a mão esquerda no bolso feliz por ver que o smartphone estava no bolso da calça, puxou o aparelho desbloqueando com a digital e ligando a lanterna, o alcance não era o mesmo de uma lanterna comum, mas para situação que Neil estava se colocando naquele momento qualquer coisa valeria. Pensou por um momento se mandaria mensagem para a central ou até Claire que certamente desaprovaria o que estava fazendo, mesmo que, se ela estivesse em sua posição, faria a mesma coisa. Sabia que qualquer coisa a respeito de seu irmão mexeria com ela, então preferia ter certeza de tudo antes de envolvê-la.

— Porra, Chris. Que merda você se meteu — sussurrou baixo passando pela enorme área até a escada central, os passos precisavam ser suaves uma vez que sentiu a madeira do assoalho úmida e frágil. Subiu o mais rápido que pôde, não deixando de averiguar os dois corredores superiores, além da passarela,  estava em um local aberto tornando-se um alvo fácil. 

Seguiu pela esquerda vendo apenas duas portas sendo apenas uma delas entreaberta, posicionou-se direita da primeira porta tendo visão da pequena fresta empurrando o portal completamente, um estreito corredor estendia-se medianamente virando-se para a esquerda. Neil seguiu pelo caminho repleto de quadros e algumas esculturas de gesso penduradas, virou rapidamente para a esquerda vendo o corredor ainda vazio, uma porta dupla de metal pesado entalhado estava a esquerda certamente dando acesso a algum quarto, forçou a entrada, mas sem sucesso, estava trancada. Virou para trás para ter certeza de que ninguém o seguia, continuando sua investigação até o final do corredor onde havia mais duas portas à sua direita, verificou as duas tendo sorte na primeira que estava aberta.

Mas outro corredor seguiu onde tinha uma porta de madeira escura no meio do corredor e outra no final de tom mais claro, virando à direita.

— Os boatos do labirinto estavam certos — comentou indo até o final já que a primeira no meio do corredor estava trancada, encontrou apenas um quarto vazio com uma mais uma porta. — Pelo visto tive sorte.

A próxima sala ainda era escura, mas a luz do notebook que descansava na mesa de madeira encostada na parede iluminava por parte do local, diversos papéis estavam espalhados e uma luminária amarela estava ligada em direção à elas para facilitar a leitura, havia uma porta fechada a esquerda, juntamente com um guarda roupa e um armário de metal contendo diversas caixas e livros. 

Neil abaixa a arma, deixa o celular sobre a mesa e empurra a cadeira giratória para o lado, ele pega a primeira folha se surpreendendo ao ver uma descrição completa de uma droga denominada Imperium. Diversos rabiscos preenchiam o papel e Neil reconheceu a caligrafia de Chris perfeitamente.

 

Operação Magnata

Fases de testes iniciais

 

A parceria com os alvos foi um sucesso, o desenvolvimento e aplicação da droga logo entrará em ação e o resultado obtido da versão beta será avaliado. Não houve oposição por parte dos participantes em carregar a droga adormecida como moeda de troca do silêncio de todos. 

A morte das cobaias deverá ser a mais controlada possível para não ativar a polícia com possíveis investigações, farei a varredura completa para apagar qualquer evidência. Luis ficará encarregado de controlar a produção e aperfeiçoar a Imperium de modo a atingir os objetivos pretendidos, por enquanto é necessário saber a capacidade inicial da substância para seguir o devido caminho. O codinome Magnata será mantido para camuflar quaisquer envolvimentos para futuros problemas.

 

Decidiu parar de ler o texto para pegar o Smartphone para telefonar para a parceira, aquilo precisava ser averiguado o mais rápido possível. No segundo toque a Redfield atendeu o celular.

— Se for open bar eu ‘tô dentro.

— Claire, você precisa vir–ah! — Neil gritou ao sentir a agulha perfurar o seu pescoço e o líquido espesso invadir o seu sistema, ele se desequilibra soltando a arma e mantendo apenas o smartphone próximo sua orelha.

— Neil, o que houve? — Claire perguntou preocupada.

— Mansão…Spencer — respondeu com dificuldade, o telefone caiu de sua mão com os fortes tremores que começaram a surgir, pois a mão no peito sentindo seu coração prestes a explodir com as batidas frenéticas.

— Neil! — o telefone foi quebrado impedindo de continuar qualquer conversa, direcionou sua vista para cima vendo Chris olhá-lo sério, em sua mão, uma seringa vazia descansava. Ele havia injetado a droga nele.

— Chris — chamou o colega com dificuldade, afastou-se o máximo que pôde encostando-se na parede para tentar se manter de pé.

— Primeiro estágio: aumento da temperatura e dos batimentos cardíacos — explicou tranquilo depositando a seringa na mesa e organizando toda a papelada.

— Que porra… você…‘tá fazendo? — fechou os olhos sentindo sua vista ficar turva, a ansiedade crescia cada vez mais tornando a sanidade mais distante, ele estava ficando louco, assim como Adam ficou. Chris nada respondeu guardando toda a prova necessária.

— Chris! — respirou fundo tentando ter coesão em suas palavras. — Você…vai p-pa- — Neil foi interrompido pela tosse forte excretando uma grande quantidade de sangue, o desespero consumia a mente dele não sabendo quanto tempo teria até a droga controlá-lo. — Você vai pagar por isso. — pela primeira vez Chris o olhou nos olhos, Neil gritou de puro pavor ao ver a face demoníaca do Redfield. — O que é você?!

— Segundo estágio: alucinação. 

Balançou a cabeça tentando tirar a imagem de Chris deformada segurando dois objetos de tortura de sua mente. Ele não queria ser torturado, não de novo.

— Está me escutando, Neil? — a voz de Chris surgiu bem próximo de seu ouvido, ele acenou temeroso do que o homem poderia fazer com ele. — Ninguém pode se aproximar do Magnata, ninguém. Se abrir a boca vou torturar você e sua parceira da pior maneira possível.

— S-sua…irm…ã — tentou responder, mas a baba escorrendo de sua boca deixava tudo estranho.

— Você quer morrer agora. Nada mais que isso — falou. Neil escutou os passos do desconhecido sumirem aos poucos, deixando-o sozinho.

Sua mente não processava nada além das palavras ditas pelo Magnata, o medo dele encostar em Claire o amedrontava, ele precisava morrer para mantê-la segura, ele sabia demais.

— Ninguém pode pegá-lo, ninguém, ninguém, ninguém — sussurrou Neil segurando as lágrimas. — Preciso morrer, eu sei demais.

Em sua curta memória Neil procura a arma que estava largado no pequeno chão do quarto ou na mesa, mas não encontrava em lugar nenhum.

— Merda! — exclamou batendo a cabeça na mesa diversas vezes. 

— Neil! — a voz distante de Claire o fez parar, ela não devia estar aqui, era culpa dele, toda ele.

— Vai embora! — gritou desesperado, levantou-se tentando se lembrar como saía daquele labirinto sem fim, corria pelos extensos corredores sem saber onde iria parar. — Claire!

A ruiva apareceu em seu campo de visão completamente molhada para o seu pavor. Ela não deveria estar ali, o Magnata a pegaria.

— Neil.

— Ele me pegou…a droga — Fisher tentava explicar, mas era tudo confuso, as últimas palavras do homem ecoavam em sua mente, “você só quer morrer agora”. — Atira em mim.

— Você viu ele? — Claire perguntou recebendo a negação de Niel que voltava a chorar.

— Eu não posso contar — falou aproximando-se de Claire que apontou a arma para o colega nervosa. Doía ver que seu parceiro havia sido pego também.

— Quem é o magnata? —perguntou ansiosa.

— Você nunca vai pegá-lo.

— Responda, Neil. 

—Atira em mim — implorou encostando a testa no cano da arma.

—Não até você falar — disse Claire firme, mas com as lágrimas contidas nos olhos azuis. Nunca hesitou em atirar, mas ver Niel naquele estado destruía Claire completamente.

—Atira, atira, por favor! —respondeu ele segurando firme a mão de Claire que portava a glock. A ruiva se assustou com o avanço do amigo agindo por impulso

—Neil! — gritou com o som do tiro, o detetive caiu de uma vez no chão com o impacto da bala na cabeça.

Claire ficou estática no lugar sem acreditar no que aconteceu, seu peito doía com a respiração pesada. Aos poucos abaixou a vista para ver o corpo morto do parceiro com um buraco no meio da testa provocada pela munição da sua pistola.

O grito de horror alcançou toda a mansão.

 


Notas Finais


Até amanhã.


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