Depois de anos fujindo contra a policia militar, Eren finalmente havia sido capturado junto com sua meia irmã, Mikasa.
— Eren, Eren! Acorda! — Mikasa gritou, acordando seu irmão. — Estamos presos!
O garoto rapidamente abriu seus olhos. O lugar era quase como um porão dividido em celas. O lugar fedia a carniça, quase impossível de respirar.
— M-Mikasa...? — Eren olhou ao seu redor, a procurando. — Onde... Onde estamos? Onde você está?
A mesma, então, estendeu o braço, na cela ao lado. O menino, ao tentar se levantar, logo sofreu um impacto, descobrindo algumas amarras em seus braços que o impediam de ir longe.
— E-eu... Eu estou preso. — Eren sussurrou, olhando seus pulsos. — O que vamos fazer agora...? Eles nos pegaram.... — Ele disse sentindo uma falta de ar em seu peito. — O... O Armin.... O que aconteceu com ele?
Mikasa franziu a testa tentando não parecer preocupada.
O garoto então olhou para cima, vendo algumas luzes ultrapassando o teto de madeira. Alguns barulhos vinham lá de cima como se fossem passos e algumas vozes rindo.
— Estão rindo...? — Eren sussurrou sério. Um choque percorreu todo seu corpo. Não podia acreditar que estava preso que nem um animal enquanto haviam pessoas se divertindo bem em cima de si. — EI, SEUS COVARDES! — O mesmo gritou, furioso.
— E-Eren! — Mikasa o repreendeu.
— DESÇAM ATÉ AQUI E PAREM DE AGIR FEITO UM BANDO DE IDIOTAS!! — Continuou mesmo ouvindo as risadas pararem. — NÃO ME DIGAM QUE VOCÊS ESTÃO COM MEDO?! COVARDES!!
Um silêncio logo ecoou pelo local, enquanto o garoto respirava eufórico.
— O que você acha que está fazendo, Eren? Eles tem armas, um exercito... Eles tem poder, Eren! E quanto à você? O que acha que vai acontecer se eles descerem até aqui?!
O garoto apenas ouvia em silêncio, sentindo a raiva percorrer seu corpo. Por mais que sua irmã estivesse certa, Eren odiava a sensação de se sentir preso.
— Tsc.... Até quando...?
— O que... — Mikasa perguntou sem entender.
— Até quando você vai aceitar isso? — Ele começou. — Vai deixar eles te tratarem feito um animal? Tiraram nossa mãe da gente... Vai deixar que te tirem sua liberdade também?
Mikasa engoliu a seco a pergunta ríspida do garoto, que a olhava desafiador.
Logo se pôde ouvir alguns passos descendo até o porão.
— Então... Quem foi o filho da puta que ficou gritando feito uma mariquinha? — Gritou o procurando, desajeitadamente.
Estava escuro, quase impossível de ver quem era. O homem, então, parou em frente à cela de Eren, analisando o garoto o olhar com a cara fechada.
"Djel Sannes- Membro do Esquadrão", era o que estava escrito em seu uniforme.
— Rato imundo... — O homem sussurrou, caminhando para a cela ao lado.
Eren rapidamente se levantou, atento, olhando para Mikasa.
— Olha só o que temos aqui... — O homem falou em um tom malicioso, se referindo à Mikasa. — Deve ser solitário ficar ai presa sozinha, "né" mesmo, minha princesa? — Sorriu, colocando a mão em seu bolso, pegando a chave da cela.
— Eren... — A garota suplicou, assustada. — Se afaste de mim!
Eren rapidamente correu até a porta da sua cela, furioso, empurrando a porta brutalmente, mas sem êxito nenhum.
— Se afaste dela! — Gritou em direção ao homem. — Seu porco imundo! Eu vou matar você se encostar um dedo na Mikasa!
— Ahhh... — O homem parou arregalando os olhos. Estava incrédulo com a maneira que o rapaz se dirigiu a si. — Então é você o rato imundo que estava gritando aqui embaixo! — Ele logo andou até a frente do garoto. — Há muito tempo que não falam dessa maneira comigo, seu nojentinho.... Sabe por que?
Eren continuou o encarando com as mãos na grade.
— Porque eu matei todos que acharam ser maiores do que eu. — Ele disse com um sorriso em seus labios. — Torturei todos que desacataram a força da Policia Militar... Quebrando primeiro seus dedos... depois costurando sua boca, porque eu já estava de saco cheio de ficarem gritando como mariquinhas.... — O homem sussurrava em um tom ameaçador enquanto aproximava sua mão pra perto do rapaz. — E depois....
Sem nem mesmo exitar, Eren puxou a mão do homem com força, quebrando as amarras que o prendiam, o fazendo bater de cabeça na grade. Aproveitando que o homem estava atordoado com o impacto, o rapaz pegou as chaves no bolso do homem.
— O que você... Pensa que está fazendo... — O homem murmurou, desnorteado.
Então, rapidamente, Eren abriu a porta, o libertando.
— E-Eren! — Mikasa gritou, chamando a atenção do menor.
O garoto então, por um descuido, olhou para Mikasa, enquanto o homem puxava seu pé.
— Argh! — Gemeu ao cair no chão.
— Seu nojentinho... — O homem o socou. — Achou mesmo que ia sair assim?! — Ele gritava, dando vários socos no rosto do garoto que quase não conseguia se proteger.
— Deixa ele em paz! — Mikasa gritava, implorando, para o homem parar.
Eren quase não conseguia mais focar. Tudo estava começando a ficar preto em sua volta.
"Eu vou morrer aqui?... Vou mesmo morrer nas mãos de um cara qualquer, sem nem mesmo ter conseguido salvar a Mikasa...? Eu vou morrer assim? Sem nem mesmo ter visto o mar... Sem nem mesmo saber como o Armin está? Tanta coisa que eu quero e preciso fazer.... Eu vou deixar esse homem tirar a minha liberdade? Deixar esse homem tirar a minha vida?"
Então, Eren fechou o punho com toda sua força, depositando toda sua fúria no rosto do homem, que caiu para trás e batendo a cabeça no chão.
— FICA NO CHÃO! — Eren gritou, se levantando com a ajuda da parede. O mesmo foi mancando até a cela da Mikasa e a soltou. — Vamos.... Vamos embora daqui.
A garota logo acompanhou o rapaz, passando do lado do homem q os olhava com ódio. A mesma franziu as sobrancelhas, pisando com força nos dedos do homem.
— ARGH!! — Ele gritou de dor. — Sua desgraçada...!
— O que?! — Ela parou, lançando um olhar ameaçador. — Quer que eu costure sua boca também?
O homem engoliu a seco, com medo.
— Mariquinha... — Ela completou, usando a mesma frase que o homem havia dito à Eren.
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