Pov Draco Malfoy.
Já faziam 3 dias desde que eles mandaram Monstro procurar Mundungo e parecia que a cada dia eles perdiam um pouco mais das esperanças.
Draco estava vestindo suas vestes a rigor, de volta À Toca, salvar o mundo bruxo teria que esperar, eles tinham um casamento para comparecer.
Todos estavam terminando de se arrumar quando viram Rufus Scrimgeour cruzar o gramado escoltado por Percy Weasley (que não havia sido convidado para a cerimônia). Knock knock knock ele bateu três vezes na porta da cozinha.
- Percy! - Molly disse abrindo os braços, mas o filho não compartilhou do entusiasmo da mãe, apenas balançando a cabeça, a mulher então correu seu olhar para o Ministro e disse com desdém - Senhor Ministro, em que posso ajudar?
- Ora, minha cara, não planejo atrapalhar a comemoração da família, farei minha estadia breve. - respondeu Rufus em falsa simpatia - Preciso falar com Harry Potter, Hermione Granger e seu filho Ronald Weasley.
Um silêncio ensurdecedor pairou sobre a cozinha dos Weasley, o Ministério não sabia que Rony estava morto, Harry foi o primeiro a falar.
- Creio que não será possível, Rufus. - ele disse serrando os dentes. O Ministro o olhou com certo ódio e descrença.
- E por que não, Potter? - perguntou o homem com cara de leão.
- Porque meu irmão está morto, senhor. - respondeu Gina, finalmente saindo do transe que entrou ao ouvir o nome do irmão ser dito de maneira tão leviana. Confusão foi o que estampou o rosto de Rufus, mas ele continuou.
- Sinto muito por sua perda. Mas preciso conversar com o senhor Potter e a senhorita Granger por alguns minutos a sós. - Draco notou Harry passar os dedos sobre a cicatriz que dizia "eu não devo contar mentiras" em sua mão, e deu um sorriso tímido mas encorajador para o namorado. Assim, Harry e Hermione seguiram o Ministro para outro cômodo.
Draco voltou sua atenção para uma pequena confusão que se formara na cozinha, aparentemente Percy não aceitava o fato do irmão estar morto.
- Eu quero que me digam como! - ele exigia.
- Percy, por favor, se acalme... - implorava Molly.
- Não devemos explicações a ele, ele nos virou as costas anos atrás! - berravam Fred e Jorge.
- Não é assim, vamos conversar, ele é nosso irmão e está vivo, deveríamos usar o que aconteceu com Rony para mudar nossa atitude... - ponderava Gui.
- Uma ova! Ele é quem deveria estar morto no lugar de Rony! - retorquiu Gina.
- SERÁ QUE DÁ PRA TODO MUNDO CALAR A BOCA? - Carlinhos se fez ouvir sobre a baderna, fazendo o mar de cabeças ruivas se virar para ele - Ok, não sei se perceberam mas mamãe está a ponto de ter um colapso, vocês estão agindo como crianças mimadas, e eu não estava lá para contar o que houve.
- Eu conto. - Draco disse e toda atenção da sala se voltou para ele, Gina abriu a boca mas ele levantou a mão - Ginny, apenas... se não consegue se lembrar disso, deixe a cozinha, ele é seu irmão, mesmo sendo o pior dos piores, sim Harry me contou tudo o que você fez Percy, e apesar de não te conhecer direito, me parece uma grande piada do destino que você esteja vivo e Rony morto. Você quer a verdade? Eu lhe darei a verdade. - todos olhavam boquiabertos para o garoto loiro, mas ele prosseguiu - Enquanto você estava fora polindo a prataria do Ministério e ajudando a nutrir mentiras sobre Harry e Dumbledore, nós - Draco gesticulou para ele e todos os Weasleys presentes na sala - estávamos lutando contra o verdadeiro inimigo: Lord Voldemort. E sim, eu irei dizer o nome dele, em alto e bom som, ele já voltou e ele já está atrás de nós de qualquer forma. Acontece que na noite em questão... - e então Draco contou tudo o que aconteceu, detalhadamente, vendo Percy se afundar mais e mais no chão a cada palavra, e chorar desesperado.
- Rony... Oh! Mamãe eu sinto tanto! Deveria ter sido eu! Mas oh, nunca seria, eu não fui bravo o suficiente para escolher o lado certo, eu... ah, olhe tudo que eu disse para o papai.
Ninguém além de Molly se comoveu, ela correu para abraçar o filho enquanto o resto apenas deixava a sala.
- Então, o que ele queria? - perguntou Gina quando Hermione e Harry voltaram ao encontro do resto.
- O testamento de Dumbledore, ele nos deixou... coisas. - disse Harry um pouco confuso.
- Como assim coisas? - perguntou Fred.
- É, que foi que ele deixou? - perguntou Jorge.
- A mim, ele deixou o exemplar de "Os Contos de Bettle, o Bardo" e a Harry o primeiro pomo de ouro que ele capturou. - Hermione respondeu dando de ombros - Ele deixou o desiluminador para Rony, e como Rony está morto... - ela entregou algo semelhante a um isqueiro a Gina - o testamento dizia para entregar isso ao próximo irmão na linha.
- Ele também me deixou a espada de Gryffindor, mas como ela nunca foi dele e está sumida... - Harry encolheu os ombros como se aquilo não fosse nada demais. - Eu devo ir tomar minha deliciosa poção polissuco, você também, Dray. Está quase na hora.
Pov Hermione Granger.
Já era o final da cerimônia e todos se preparavam para o jantar, Hermione encarava a mesa em sua frente como se o tempo fosse magicamente voltar e a vida seria normal de novo. Perdida em seus devaneios, mal notou quando seus amigos tomaram lugar junto a ela, conversando alegremente sobre como Fleur estava bonita, ou como Gina quase derrubou pudim em seu vestido.
- Terra para Hermione! - Draco estalava os dedos na frente de seu rosto, e a garota mergulhou de volta na realidade.
- Ah... O que? Desculpa, eu não estava prestando atenção. - ela murmurou.
- Percebe-se, você sequer me apoiou quando eu disse que Fleur nem é tudo isso. - Gina disse rolando os olhos.
- Ela é uma veela Ginevra, é claro que ela é tudo isso, e um pouco mais. - Hermione retrucou sem sentimentos, mas ao passo que o sorriso da namorada deixou seu rosto, ela percebeu que havia sido cruel - Me desculpe, Ginny, eu... podemos conversar a sós?
- Que seja. - Gina deu de ombros e seguiu Hermione para fora da tenda.
- Ginny... Eu não acho que posso continuar namorando você, eu... é muito perigoso e eu...
- Precisa ir para a luta e tem medo de me colocar em perigo? - Gina revirou os olhos - Olha, se você não consegue lidar com a guerra e um relacionamento ao mesmo tempo, ta ok, você tem o direito de escolher. Mas eu estou indo também, eu tive a mesma discussão com Harry agora pouco, ele queria que eu e Draco ficássemos pra trás, vocês nos subestimam, mas nós fomos os últimos dois em pé enquanto Rony morreu, Harry ficou em coma e você se trancou em um quarto como uma criancinha mimada.
- M... - Hermione tentou argumentar, mas estava muito espantada para isso.
- Mas nada! Você quer terminar comigo? Não me ama mais? Ótimo. Mas assuma isso como a mulher que é, não culpe a guerra ou a caça as horcruxes, porque eu estou indo com vocês.
- Ginny, eu sinto muito, eu apenas... - Hermione finalmente deixava as lágrimas correrem em seu rosto, ela encontrou o olhar de Gina e naquele momento ela percebeu que nada mudaria a cabeça da ruiva, ela havia tomado uma decisão. - não podemos continuar juntas, eu não posso ser o motivo que mais um Weasley seja morto.
Quando voltaram a mesa, Gina e Hermione encontraram quatro pares de olhos curiosos que correram em direção à mão de Hermione, onde costumava repousar o anel que Gina lhe dera. Harry prontamente trocou de lugar com Gina, sentando-se entre as duas e lançou a Hermione um olhar que dizia claramente "conversaremos depois".
Todos estavam absortos em suas conversas, algumas pessoas dançavam, outras paravam para cumprimentar Sirius e Remo pelo bebê à caminho, Fleur e sua família conversavam rapidamente em francês, por alguns momentos parecia que não existia guerra, Voldemort, mortes, desgraças. Por alguns minutos tudo esteve em perfeita armonia, como se o mundo estivesse em seu devido lugar.
Foi quando um Patrono entrou na tenda, Hermione instintivamente agarrou a mão de Harry que pairava na mesa ao seu lado.
- O Ministério caiu. O Ministro da Magia está morto. Eles estão vindo.
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