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História Escolhas - Capítulo 27 - História escrita por MaskKira - Spirit Fanfics e Histórias
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História Escolhas - Capítulo 27


Escrita por: MaskKira e HannaHigurashi

Notas do Autor


Imagenzinha que eu e a MisaHigurashi fizemos com muito carinho.
Esperamos que gostem.

Capítulo 27 - Capítulo 27


Fanfic / Fanfiction Escolhas - Capítulo 27

Jade os acompanhou até ter certeza de que a amiga seria tratada gentilmente, só saiu do quarto quando teve a certeza que ela estava bem, colocaram-na para descansar em sua cama e o feiticeiro deu algumas instruções e ela teria que ficar de repouso até recuperar as forças. A morena ficou ali com ela até ter que deixá-la infelizmente por causa daquele almoço com seu noivo, mas voltaria para ficar com ela.

 

Ela almoçou com Daegon e o príncipe Kabir, que não se cansava de perguntar os detalhes do casamento e falar sobre detalhes de milhares de festas em que já esteve e fazer comparações entre os casamentos, fazia tudo parecer simples e modesto demais ao seu olhar crítico, o que a deixava ainda mais incomodada e irritada, mas respirava fundo para não perder a calma na frente deles.

 

Mileena esperava entediada pela visita de Baraka, ele foi até a corte falar pessoalmente com Shao Kahn, falar sobre seus recursos e pediu para falar a sós com a princesa.

− Vai falando eu não tenho o dia todo. – Ela o encarou quando ele entrou na sala onde ela estava esperando, o tarkatân fechou a porta.

− Você deveria estar na linha de frente para defender seu povo, você deveria ter juntado recursos, desafiado Shao Kahn e se exposto ao risco de contágio, não a princesa Kitana e Jade! – Baraka acusou a encarando.

− Preste mais respeito a mim! Eu sou princesa da Exoterra, filha de Shao Kahn, devo lealdade a ele. Nunca mais me trate como se eu fosse tarkatân subordinada a você, eu não sou! – Mileena se irritou, quem ele pensava que era?

− Você tem nosso sangue! Todo o povo espera que você seja a princesa para eles, mas o que eu vi foi a edeniana cuidando nos meus doentes, lhes passando balsamo nas feridas, resgatando minhas crianças, a guerreira Jade preparando a comida e no fim do dia as duas ainda tiveram tempo de brincar com as crianças, isso era o seu dever. – Alto.

− Eu não devo nada a vocês, Baraka! Eu não sou tarkatanêa. O sangue é apenas um bônus em minha força. Não fale como se eu tivesse obrigação com você ou com os seus, você deveria ter sido honrado e morrido como meu pai ordenou que fosse feito, Kitana é apenas uma intrometida de coração mole. – Mileena lembrou.

− Ela teve a coragem que lhe faltou. – Acusou a encarando, observou Mileena rir.

− Se eu fosse você eu estaria menos inclinado a segui-la. – Respondeu o encarando. – Kitana jamais será Kahn! O casamento com Rain é apenas para além de fortalecer uma aliança tirar todo e qualquer direito político dela. Depois que ela se casar ela pertencerá integralmente a Rain o que pelas nossas leis não a qualifica para ser Imperatriz. Eu serei Kahn, você vai dever sua lealdade a mim como deve ao meu pai e acho bom você não se esquecer disso. – Disse ameaçadora. – Saia e jamais volte a me tratar como se eu tivesse obrigação com você, minha obrigação diferente da de minha irmã é ajudar meu pai a deixar o reino forte e estável.

Baraka não respondeu, tinha os dentes cerrados, como ela podia trata-lo daquela maneira? Aquilo não ficaria assim e ele sabia bem o que fazer para se vingar e para isso não precisaria matar ninguém.

 

Senhor Zhou varria a cozinha. Curvou-se quando Baraka apareceu, era sempre um desprazer para eles olhá-lo, pois lembravam-se da monstruosidade que Mileena era.

− Escute o que tenho a dizer, ancião.... Quando a princesa se casar suas esperanças estarão perdidas, não é um casamento para favorece-la e sim para coibi-la. – O tarkatân disse simples.

− N-não sei do que fala. – Zhou fingiu.

− Não vou me ater no assunto de como sei que a Imperatriz pediu que cuidasse de sua filha e em como o senhor faz o serviço muito bem por sinal. Ouvi de fonte segura que esse casamento não passa de uma forma de prendê-la, depois que se casar não terá o direito de ser Kahn. – O encarou.

− Pelos deuses.... – Resmungou. – N-ninguém jamais saberá que me disse, senhor.  E-eu juro pela minha vida. – Zhou ajoelhou-se.

− Eu acho bom. – Baraka respondeu e saiu da cozinha, havia jogado a informação, agora cabia ao velho se virar e resolver o problema.

 

Zhou foi levar comida e remédios para Liu Kang, iria cuidar dos seus ferimentos, tinha que contar aquilo a ele, ele precisava saber afinal poderia ter arriscado a sua vida.... Para nada. Quando o servo chegou Liu percebeu sua inquietação.

− Aconteceu algo com Kitana? – Perguntou curioso.

− Não, não ainda. Deuses, você precisa me escutar, me disseram hoje que essa porcaria de casamento com aquele homem não é para favorece-la, quando ela se casar perderá o direito político. – O senhor explicou.

− Isso não me surpreende. – Liu sincero. – Droga.... Não tem o.... – Se calou.

− O que fazer? Deve haver uma maneira. – Sério.

− Ela se livrar dele apenas adiaria, Shao Kahn lhe arrumaria outro pretendente. Ela não vai conseguir se rebelar comigo aqui. – Encarou o servo.

− Tem que ter um meio, ela não pode se casar com aquele homem, já não podia antes, agora então.... Ela será feita de adorno, ela será obrigada a andar ao lado dele e não o contrário como esperávamos. – Suspirou. – Não podem fugir para sua casa? Com você junto ela iria sem pensar. – O olhou.

− Talvez. – Liu pensativo. – Tenha calma, daremos um jeito nisso, ainda estão enrolando com o casamento dela e isso pode ser uma vantagem para nós. – Disse. – Obrigado. – Agradeceu a comida que o servo havia levado.

− Pode ser. Desculpe-me tê-lo colocado nisso, estávamos desesperados, não sabíamos mais o que fazer. – Zhou pediu culpado.

− Não se preocupe.... É bem difícil, mas me sinto feliz em poder conhece-la, em poder amá-la. Vamos ajuda-la com isso. – Sorriu o confortando.

 

Jade depois que o noivo e seu amigo foram embora correu até o quarto da princesa para ver como ela estava, a encontrou acordada, mas ainda deitada.

− Você está querendo se matar? – Jade a repreendeu, mas estava feliz de vê-la desperta.

− Não quero ter nada que me prenda a ele, mesmo que tenha que sacrificar o meu corpo. – Resmungou um pouco tentando se sentar na cama, Jade a ajudou.

− É perigoso ficar tomando esse chá em intervalos tão curtos... – Preocupada, ajeitava o travesseiro nas costas dela.

− Que escolha eu tenho? Rain não vai parar então preciso me prevenir. – Suspirou, era horrível ter que viver aquilo se sentia péssima ele tratava seu corpo como se fosse um brinquedo que estivesse a sua disposição.

− Eu sei, mas Shao Kahn disse que vai falar com ele, te deixará em paz até que se recupere. – Disse, percebeu que as mãos de Kitana estavam geladas a cobriu com mais um cobertor. – Pedi para que trouxessem uma sopa, não tenho muitos dias aqui, mas quero partir sabendo que está bem, de alguma forma. – A fitou.

− Kotal está muito preocupado. – Comentou. – Você também não anda muito bem, tem comido direito? – Kitana questionou, notou que a amiga estava igualmente pálida e com um semblante abatido.

− Me dói não poder vê-lo. – Suspirou. – Estou sim, não se preocupe. – Mentiu, comeu apenas um pouquinho no almoço para que o noivo não notasse.

− Mentirosa. – Kitana a encarou. – Jade você está gravida deveria se preocupar mais com isso, mas desci com Zhou para levar a Kotal medicamentos, água e comida, ele vai sobreviver e os remédios vão cicatrizar as feridas. – Contou.

− Como posso ficar aqui comendo enquanto ele sofre naquela masmorra? – Triste, tinha o coração apertado queria vê-lo, mas era arriscado demais mesmo na troca de guardas.

− Kotal tem uma resistência maior e você precisa comer para não transparecer a gravidez, o casamento está perto Jade e você sabe que a convivência com Daegon não será fácil, terá que ter forças para enfrentar isso. – A fitou, temia o que a amiga viveria. – Seja esperta, não deixe Daegon desconfiar de nada prematuramente cuide-se e quando for a hora certa você revela, ao menos ele pensando que o filho é dele vocês ainda estarão seguros. – Orientou

− Eu sei. – Concordou. – Shao Kahn sabia exatamente os pontos em que nos feriria fez isso para se divertir com a nossa angústia e dor deles. – Jade tinha os punhos serrados aquilo a deixava irritada.

− Mas é isso o que ele sempre fez, agora ele não fará mal a ninguém. – Lembrou. Enquanto o casamento acontecesse sem contratempos o imperador não os tocaria, pelo menos por enquanto.

A sopa chegou trazida por uma serva, a morena entregou nas mãos da princesa que comia com um pouco de dificuldade.

− Vou aguentar, pelo Kotal, por esse bebê e pela nossa amizade. Posso achar alguma maneira de ir dobrando Daegon com calma. – Jade determinada, sabia que não era uma tarefa fácil, homens dominadores estavam limitados a qualquer tipo de questionamento.

− Sim, você é forte eu acredito em você. – Kitana sorriu, segurou as mãos da amiga lhe encorajando, sabia que seriam dias difíceis sentia-se mal por quebrar a sua promessa de ver o shaolin novamente, mas mesmo que não se sentisse totalmente recuperada iria vê-lo, estar com ele era melhor do que qualquer remédio.

− E o terreno? – Perguntou.

− Ele diz não se importar com o que houve, que me ama mesmo tendo que me submeter a Rain, as vezes acho que.... Não sou adequada para ele. – Suspirou, sentia o peito apertado sabia que aquilo o incomodava e que se não fosse as grades já teria feito Rain em pedaços.

− Não diga isso, é óbvio que ele ama muito você e não te despreza mesmo sabendo o que Rain faz, isso é o que ele quer, fazer se sentir inferior para que você desista. – Jade a fitou, de alguma forma ela também passaria por isso e Kotal também teria que ser forte.

− Eu me sinto mal, não é fácil encara-lo depois de tudo o que houve e continua acontecendo não queria magoa-lo. – Seus olhos estavam marejados, queria que tudo fosse diferente que não tivesse vergonha e nem receio de encará-lo, ele era a única força que ela tinha para continuar lutando, mesmo Rain a ferindo daquela forma.

− Sei que não é. – A confortou. −  Não deixe Rain te fazer sentir essas coisas, é o que ele quer assim terá você nas mãos. – A fitou.

− Você tem razão. – Concordou. – Preciso proteger Liu e mesmo que eu fique mal não posso deixar de vê-lo. – Determinada, sabia que não seria fácil, mas tinha que aguentar.

Elas conversaram e Jade só saiu quando Kitana adormeceu novamente, já era quase noite e a morena fechou as cortinas do quarto da princesa deixando apenas as lamparinas acesas.

 

O dia do casamento finalmente chegou, o palácio estava uma loucura com servas correndo para todos os lados com os preparativos, a festa aconteceria ao anoitecer e o salão do trono rapidamente ficou coberto de peças de cristais, folhagens, mesas e lustres gigantes feitos de diamantes.

A mesa do bolo era composta por dois vasos de cristais com várias plantas, bandejas de prata para armazenar pequenas guloseimas, as mesas eram de mármore escuro e os pés de ouro o bolo seria colocado quando a festa começasse.

Em cada canto do salão haviam várias mesas com enfeites e cadeiras para os convidados e as mesas com comida ao redor, um enorme tapete estilo persa azul com dourado esticado desde a entrada até o trono do imperador, garrafas com vinho mergulhadas no gelo.

 

Na hora do almoço Kitana decidiu descer até as masmorras para cuidar de Liu Kang, mesmo estando fraca e ainda não recuperada fez um esforço, já conseguia andar melhor, mas se sentia completamente indisposta. Ela levou Jade, sabia que era arriscado, mas era a última oportunidade que a morena teria de vê-lo, os guardas demoravam um pouco mais no almoço para voltar o que a deixaria tempo suficiente para falar com ele.

Kitana descia as escadas com ela e Zhou, carregavam mais alimentos e remédios, Jade se despediu assim que chegou à cela onde Kotal estava, a princesa partiu com Zhou para o andar de baixo.

− Como você está? – Kotal preocupado, quase se arrastando para chegar até as grandes.

− Melhor agora. – Jade não pode conter as lágrimas, se abaixou.

− Não chore. – Secou as lágrimas dela com a mão. – Me machuca ainda mais ver você assim... – Resmungou, suas costelas doíam demais e os ferimentos em suas costas também.

− Eu trouxe comida. – Se recompôs, começou a passar os alimentos pela grade.

− Obrigado, eu deveria estar cuidando de você.... – Reclamou, imaginava o quanto ela estava arrasada e temia que o que ela viu fizesse mal para ela.

− Não se preocupe com isso, eu estou bem. – Sorriu, queria confortá-lo, abraça-lo e mais uma vez sentir seu cheiro e seus carinhos.

− Você se arriscou indo aos tarkatanêos Jade, eles estavam com uma doença infecciosa, não pensou o que aconteceria com você e com o nosso filho se ficasse doente também? – A repreendeu, sabia que a amada fazia de tudo para apoiar as ideias absurdas da amiga, mas aquilo era demais.

− Não podia deixa-la sozinha, Kotal. Olha o que ela faz por nós, além do mais fiz uma promessa em ser fiel a ela. – Explicou, servia água a ele e entendia sua preocupação, mas não podia apenas sentar sem fazer nada.

− Outra vez essa história.... Não pensou no nosso filho? Se eu perdesse vocês pela doença ou por uma rebelião que poderiam ter causado. – Meio irritado, não queria a deixar nervosa, mas não podia deixar de falar o que ela fez foi totalmente irresponsável. – Essa sua lealdade a Kitana só te prejudica e você ainda insiste em apoia-la. – Indignado.

− Eu estou gravida, Kotal, não doente. Sei bem do risco, mas assim como as crianças shokan eu não poderia ficar sem fazer nada, estavam confinados para morrer. – Respondeu, não entendia o porque ele não conseguia ver que não se tratava só de Kitana, mas também de ajudar as pessoas.

− Mesmo assim não é motivo para sair se aventurando por aí, sei que não me escuta, mas ao menos seja cuidadosa era para você estar descansando e se alimentando direito. – A encarou, ao notar a sua palidez sabia que não estava se cuidando a algum tempo.

− Shao Kahn está errado, um Kahn de verdade não os condenaria a morte como se fossem animais. – Reclamou.

− .... Você não me escuta mesmo. – Suspirou, tomou mais um pouco da água que estava no copo.

− Sei que quer me proteger, mas era completamente injusto. – Jade o fitou, viu que ele estava um pouco chateado e preocupado, seu pensamento estava distante. – É hoje.... O casamento. – Disse, mas Kotal continuava com o mesmo olhar perdido para o nada.

− Ter que ver você nos braços daquele homem enquanto apodreço aqui é a pior de todas as dores. – Kotal disse, sentia seu peito doer e uma sensação de impotência tomar conta.

− Também não vai ser fácil para mim, mas estou sendo forte.... Por nós três. – Segurou na mão dele, estava um pouco gelada e ele retribuiu fechando delicadamente, suas mãos eram grandes e cobriam por inteiro a dela.

− Não faça nada imprudente, se mantenha em segurança e quando eu puder.... Se algum dia eu puder arranco você de lá. – Olhava os olhos dela, sentia vontade de beijá-la aproveitou para guiar a mão dela pelo seu rosto, sentir o toque daquela pele macia com um aroma suave das essências que ela usava.

Jade percebeu que ele estava um pouco febril quando sua mão tocou o rosto dele, mas Kitana já havia o medicado. Ela aproveitou para apreciar aquele momento com calma já que não se veriam mais.... Nunca mais.

− Não importa o que aconteça, vou te amar e será para sempre, minha esposa. – A fitou, bem próximo do rosto dela, aquelas grades impediam qualquer contato. Jade sorriu, não queria pensar em mais nada naquele momento, só em curtir aqueles minutos na presença dele, ao menos ele parecia um pouco melhor e mais forte os remédios que Kitana levou faziam efeito muito rápido.

Kotal não se cansava de perguntar sobre ela e como as coisas estavam no palácio, se ela se sentia bem, notava que havia um pequeno volume na barriga dela, mas discreto demais para ser percebido, também sabia que logo Jade não conseguiria esconder, pois mesmo estando de poucos meses as crianças Osh Teek cresciam muito e em um ritmo um pouco mais acelerado do que de qualquer gravida normal, mas não a preocuparia com isso sorriu lhe retribuindo com carinhos.

 

Elas voltaram para os quartos antes que os guardas que guardavam Kotal pudessem voltar, Jade sentiu tristeza em deixa-lo e não conteve as lágrimas no caminho, ultimamente coisas simples a faziam se desmanchar em lágrimas.

Kitana toda vez que deixava Liu para trás sentia um aperto no peito, se confortar nele era sua única fuga, se sentia melhor por Rain não estar mais a tocando, mas sabia que isso não duraria muito tempo, ao menos podia vê-lo todos os dias e passar algum tempo.

 

A tarde as servas invadiram o quarto de Jade com os preparativos, essências para banho e produtos de cuidados para a pele, trouxeram o vestido e todos os adornos que ela usaria. Passaram a tarde toda a massageando e mergulhada em banhos com as mais variadas essências cada uma para um tipo de coisa, esfregavam seus cabelos enquanto outras arrumavam seus pertences em malas grandes.

Jade observava tudo sendo tirado das gavetas e guardado nas malas, sabia que naquela noite mesmo deixaria o palácio, Kotal e Kitana para trás, carregaria apenas as boas lembranças em batalhas com a princesa e os momentos em que conversavam juntas, as cavalgadas com o general e as longas viagens que fazia com ele a mando do imperador. Quando saiu da água ela colocou um sobretudo de seda e sentou-se enquanto as servas penteavam seu cabelo, ela olhava os adornos e não sentia ânimo nenhum em usa-los.

Perto de anoitecer as servas arrumavam os últimos detalhes do cabelo e maquiagem, Jade recebeu mais uma massagem no final com algo que deixou sua pele maravilhosamente macia. Depois de finalmente colocar o vestido as servas o ajeitavam e delicadamente acertavam os detalhes e colocaram o véu, se maravilharam ao vê-la tão bonita a morena se olhava no espelho e se permitiu lembrar do dia de seu casamento com o general, se afundou nas lembranças esquecendo completamente o ambiente ao seu redor, quando teve os pensamentos interrompidos pela porta que se abriu imediatamente.

Shang Tsung apareceu, usava as mesmas roupas escuras de sempre só parecia ter penteado melhor o cabelo.

− Saiam! – Ordenou, as servas saíram sem questionar. – Ah olha só para você, está deslumbrante sinto até inveja de Daegon agora. – Elogiou a virando para que ficasse de frente para ele.

− Não era o que queriam? Agora podem se alegrar em comemorar os planos de vocês.... – Jade com ironia, se limitava a olhar para Shang Tsung.

− Seja irônica o quanto quiser, duvido que Daegon terá tanta.... Paciência. – Sorriu. – Nosso imperador sonhou um futuro brilhante para você e mesmo que tenha estragado algumas coisas no final sempre vai saber que Shao Kahn nunca perde. – A encarou, poderia ficar ali parado por horas só olhando para ela. – Agora desfaça essa cara e coloque um sorriso, eu vou conduzir você até Daegon. – A puxou pelo braço com um pouco de força. Jade caminhou com ele sem questionar, tentava se manter firme, mas era quase impossível.

 

Kabir estava analisando todos os detalhes da decoração com sua crítica, andava pelo lugar observando os convidados e o serviço de servos servindo bebida e pequenos petiscos. O enorme bolo de cinco andares exposto na mesa junto as bandejas de prata, o salão estava cheio dos convidados da corte, havia uma música suave de uma pequena banda ao fundo e as pessoas riam e conversavam sem preocupações.

Daegon encontrou o amigo perambulando com uma taça de vinho na mão.

− Kabir, porque não está comendo ou conversando com as outras pessoas? – Curioso, o amigo era muito extrovertido, mas ali parecia estar um pouco deslocado.

− Não achei ainda ninguém interessante o suficiente para conversar, não quero desperdiçar as minhas palavras com qualquer um. – Disse, estava olhando o movimento enquanto provava o vinho. Notou nas roupas que o amigo usava. – Você vai se casar assim, Daegon? – Espantado, o amigo usava uma roupa deixando seu peitoral a mostra, um tipo de tecido que parecia de couro escuro e algumas pedras rústicas incrustradas a ele.

− Sim. Foi o próprio Shang Tsung, conselheiro do imperador que me recomentou o homem que faz suas roupas, eu gostei. – Simples, ria de ver a expressão do amigo que quase surtar ao examinar a roupa dele.

− Que ultrajante, se tivesse me pedido teria eu mesmo recomendado um costureiro de classe, agora sei porque aquele feiticeiro anda parecendo uma múmia em estado de decomposição. – Enojado, o casamento estava quase para começar e ele sentia vergonha.

− Pelo menos da festa você gosta? – Riu, conhecia bem o comportamento crítico de Kabir, mas não se importava.

− Achei a decoração muito simples, poderia haver mais cores e alguns tecidos no teto. Os cristais são a única coisa que chama a tenção aqui e esse vinho. – Comentou, arrumava a gola de sua roupa.

− Essa decoração me custou uma fortuna, a pessoa só faz casamentos de nobres e tudo foi escolhido da melhor qualidade. – Daegon explicou, para ele estava mais do que rica a festa.

− Então esse decorador não foi tão bem recomendado como dizem.... – Kabir mexeu em um dos enfeites, havia participado de tantos casamentos e aquele não se parecia nada com os que já estivera.

− Aproveite o vinho então, tenho certeza que não vai recusar um brinde. – Rindo, pegou uma taça. – Ao meu casamento e a aliança com o imperador. – Disse erguendo a taça.

− Ao seu casamento e um decorador melhor nas próximas festas. – Kabir, eles brindaram. Ao menos o vinho era excelente e de boa qualidade.

Mais convidados estavam chegando e entregando presentes aos noivos, peças de prata, ouro e bronze faziam parte da montanha de presentes acumulados no interior do salão. Todos que chagavam olhavam maravilhados com a decoração e com o ambiente super refinado.

 

Kitana se arrumava no quarto, cuidava dos últimos detalhes do cabelo o prendendo bem com a tiara dourada nos fios de maneira que não se soltassem com facilidade, usava um vestido azul claro com mangas compridas e no busto havia um bordado azul escuro de flores, com pedras ao redor dos ombros e uma cinta feita com as mesmas pedras que marcavam a cintura e desciam até o cumprimento do vestido e um colar.

Mesmo sendo uma noite de festividade a princesa não conseguia sentir um pingo de alegria, várias preocupações passavam pela sua cabeça, Liu, Jade o bebê.... E aquele casamento que todos acreditavam ser por amor não passava de uma aliança política. Não tinha vontade de participar, mas também não queria deixar a morena sozinha seu pai provavelmente se irritaria se ela não fosse, o pior era ter que fingir um bom relacionamento com Rain na frente de todos.

− Ah minha noiva está maravilhosa, acho bom a noiva ter cuidado ou vai acabar aparecendo mais do que ela. – Rain a admirando, entrou no quarto sem bater como de costume.

− Não seja exagerado. – O repreendeu. Odiava quando ele entrava de repente.

− Mas nem quando eu te elogio você é capaz de me dar um sorriso. – Rain fingindo-se de magoado, ela sempre tinha um humor horrível, mas quando se casassem teria que mudar na marra.

− Quem pode estar em uma situação como essa? Jade está sendo obrigada a casar com Daegon por causa de uma aliança. – O encarou, será que não viam o quanto ela estava infeliz?

− Deveria sim, sorte da sua amiga não ter sido morta. Vai se casar com um dos caras mais influentes a baixo de Shao Kahn e você só se importa com sentimentos? Casamentos nada mais são que aliança de poder, ela vai gostar dele com o passar do tempo e esquecer aquele general. – Rain sério, detestava como elas se mostravam contra todas as leis que vinham de milénios antes delas.

− Isso resume tudo para vocês.... Vamos, não quero que isso dure mais do que o necessário. – Kitana deu o braço para ele de má vontade.

− Acho bom você melhorar essa cara, antes que eu mesmo perca a paciência aqui e te mostro como um marido trata uma mulher rebelde. – Apertou o braço dela.

− Não se preocupe vou sorrir na frente de todos. – Simples, mesmo não gostando tinha que fazer o máximo para que ele não se irritasse e descontasse nela, ainda estava respeitando-a enquanto se recuperava, então era bom manter assim.

Eles saíram do quarto, Rain usava uma armadura de general de mais pura classe e também uma capa vermelha por cima.

 

Quando eles chegaram na sala do trono o lugar estava cheio, muito barulho das pessoas que conversavam algumas em pé formando pequenos grupos e outros sentados em suas cadeiras, eles caminhavam sobre o grande tapete na entrada, notaram que toda a corte estava presente, alguns convidados pessoais de Daegon. Curvaram-se diante do imperador que matinha sua pose de frente a todos no salão sentado em seu trono.

Rain não perdia a oportunidade de ficar se exibindo as pessoas da corte e convidados, apresentando sua noiva e demostrando alguns toques de carinho na frente deles, a beijando e acariciando sua cintura, gostava de vê-la incomodada, mas sem poder reagir negativamente e ainda ter que o retribuir com um sorriso. Rain tinha um lugar reservado ao lado do imperador, ele e Kitana se sentaram.

Mileena entrou depois, estava sozinha, mas não se importava, fazia questão de se exibir com sua beleza e vestido aos convidados, desfilava pelo tapete principal e sentou-se ao lado de seu pai junto a mais velha e seu noivo.

Todos se acomodaram nos seus devidos lugares, Daegon se posicionou e os músicos mudaram a melodia para a noiva que já estava prestes a entrar a ansiedade de todos por verem a noiva era grande. Quando finalmente as cortinas da entrada se abriram revelando Jade e Shang Tsung eles andavam lentamente pelo salão enquanto todos admiravam a beleza do vestido da noiva e a dela, comentavam entre si baixinho.

Daegon sorria alegre, finalmente o grande dia havia chegado e ela estava ali deslumbrante em sua frente, agora poderia finalmente se declarar marido dela e leva-la dali para o seu palácio, já pensava em como seria feliz e que muito em breve ouvia a bagunça de suas crianças correndo pelos corredores, aquela aliança traria ainda mais força ao imperador e a ele.

Jade mal conseguia olhar a decoração em sua volta, estava com o coração apertado e estava dando adeus a tudo o que conhecia para viver cativa ao lado de Daegon, olhou e o viu na frente do imperador esperando ansioso por ela, aquele primo também estava lá a observava de longe e com certeza não tinha gostado de alguma coisa nela. Pensava em como Kotal estava lidando com aquela situação, provavelmente os guardas para irrita-lo nessa hora deviam estar falando que o casamento estava acontecendo, deixou sua mente pairando em tantos pensamentos e não percebeu que já haviam parado em frente ao noivo, mas ela ainda não havia soltado o braço do feiticeiro.

− Jade.... Seu noivo está bem na sua frente. – Shang Tsung a cutucou de leve, percebeu que ela não estava ali e cultuo-a de novo.

− Ah.... Sim.... Me desculpe. – Resmungou baixo caindo em si novamente. Daegon passou seu braço no dela. Jade observou todos os que estavam sentados ao lado do imperador, Kitana, Rain, Mileena, Kabir, Shang Tsung e Sheeva.

O imperador se levantou e pediu silencio a todos os convidados.

− Esse dia é uma honra para mim, imperador, estar realizando esse grande casamento. Seremos um povo unido e fortificado a partir de hoje, essa união será frutífera e muito próspera para toda Exoterra. Para mim é um orgulho casar Jade, que foi criada como uma filha nesse palácio a criei para ser uma mulher honrada e de boas qualidades, se tornou uma guerra excelente me dando muitas conquistas junto de minhas filhas. – Shao Kahn discursava. – Agora, pelo poder a mim investido eu declaro essa união valida e permanente, vocês serão muito felizes e que a prosperidade esteja entre as famílias. – Levantando a taça de vinho.

Todos brindaram juntos com alegria.

Daegon tocou os lábios dela de leve confirmando aquela união, estava feliz e nada poderia estragar aquela felicidade.

− Desfrutem da festa, hoje é motivo de alegria! – Animado.

− Finalmente posso te chamar de minha esposa. – Daegon sussurrou perto do ouvido dela.

Jade não teve outra reação a não sei dar um sorriso simples.

Os noivos airam para cumprimentar os convidados e toda a corte, eles os parabenizavam e elogiavam com alegria os dois, Kabir também se juntou ao demais para parabeniza-los.

− Parabéns meu amigo, nunca imaginei que você um dia fosse se casar, sempre pareceu tão centrado no seu trabalho. – Kabir comentou.

− Nem eu, mas eu encontrei uma esposa ideal. – Sorriu olhando para Jade que recebia cumprimentos de outras pessoas.

− Ela me parece abatida.... Uma noiva teria que estar com a pele deslumbrante nesse dia e.... O vestido, não sei acho que faltou um pouco mais de glamour e brilho está muito apagado. – Comentou, já viu tantas noivas glamorosas e com muito brilho Jade parecia usar tecidos comuns e sem graça.

− O vestido dela é do melhor tecido de toda a Exoterra, somente imperatrizes vestem aquele tecido. – Daegon, sabia que nada estaria suficiente para a crítica de Kabir, tudo seria simples demais para ele.

− Realmente o tecido é bom. – Concordou. – Lamento ter que estragar sua lua de mel, mas ainda terei que ficar na sua casa uns três dias antes de partir. – Disse.

− Não há problema, a casa é grande e você está bem acomodado, fique o tempo que quiser. – Daegon sorriu, estava ansioso para voltar para perto de sua noiva novamente, mas seus outros amigos políticos não o deixavam.

Kitana aproveitou que Rain estava distraído com outros convidados e foi até Jade a puxando para um canto mais reservado.

 



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