- Os preparativos estão prontos ? - Alexandre perguntou com entusiasmo.
- Quase, senhor. - Respondeu o empregado.
- As bebidas foram encomendadas da França, certo ?
- Claro, senhor. Chegaram ao meio dia.
- Há lugares para todos os convidados ?
- Sim, senhor.
- Muito bom... - Colocou as mãos nos ombros do empregado. - E o presente especial... Chegou ?
- Elas chegam em uma hora, senhor.
- Ótimo... Ben , você é o meu melhor funcionário, trabalha demais... Nunca te vi com nenhuma moça... Se quiser alguma para você, leve- a para algum quartinho e fique à vontade.
- Agradeço a consideração, senhor... Mas não pretendo me relacionar nenhuma mulher nessa festa. Estarei trabalhando para Carlos ter uma recordação incrível dessa festa.
Alexandre ri.
- Com certeza, ele terá ótimas lembranças.
Outro empregado entra no cômodo com pratos empilhados nas mãos.
- Olá Henry.
- Olá senhor Alexandre.
Ben sorri de leve para Henry e ele retribui discretamente.
- Bom... Eu irei ver como Carlos está... Meu garoto deve estar tão ansioso. Tenham uma boa noite de trabalho , garotos.
- Obrigado, senhor. - Responderam em uníssono.
Alexandre sai do cômodo e Henry ri baixo.
- Escutou a conversa... Digo, ela toda ?
- Sim, por isso estou rindo. - Disse colocando os pratos na mesa.
- Fiquei tão envergonhado.
Henry segurou o riso.
- Veja pelo lado bom... Ele nem desconfia.
- Ou talvez só esteja tirando provas... Não duvido de nada vindo de Alexandre.
- Não seja tão paranóico... Alexandre tem mais coisas pra fazer... tipo trair a esposa, dar lhe uma jóia brilhante, trair a esposa, pedir perdão a ela por ser tão ausente e claro paparicar Carlos e ignorar completamente Sophia.
- Sinto tanta pena daquela garota... É tão gentil e tem uma vida tão problemática.
- Sim... Lembra daquele dia em que ela disse que queria ter nascido como garoto ou algo do tipo no jantar ? Alexandre não fez nada no momento, Sintia continuou se entupindo de vinho e Carlos riu.
- Lembro, acho que foi ano passado, até entranhei a reação dele.
- Henry, você não percebeu o roxo no rosto de Sophia no dia seguinte ?
- Ela machucou - se caindo do balanço, não ?
- Henry como pode ser tão ingênuo ? - Aproximou - se do amigo e sussurrou - Alexandre bateu nela até desmaia- la.
- Como ? - Henry tinha os olhos arregalados.
- Encontrei ela caída no chão, enquanto Alexandre se lamentava com as mãos na cabeça, logo a colocou na cama, susussurando " perdão, perdão".
- Meu Deus, Ben, estou com medo dele agora.
- Eu sempre tive. - Apontou para a janela - Olhe, Dylan chegou. - Do carro recém estacionado saiu um garoto de terno, alto, cabelos castanhos claros e na casa dos 17 anos.
- Ah, não. - Resmungou.
- Não gosta dele ?
- Ele fala demais.
Ben gargalha.
- Fala mesmo. - Coçou a garganta - Você acha que ele é...
- Por que acha isso ? Ele é um pouco afeminado mas isso não significa nada.
- Tem razão.
- Henry e Ben preciso da ajuda de vocês para carregar algumas caixas... Venham rápido.
- Já estamos indo, Clayton.
- Tomara que aquela máquina de chatice esteja de bom humor.
---
- ... E de todas qual é a sua favorita ?
- Todas são lindíssimas, mas Ariane é tão maravilhosa.
- Você tem bom gosto, meu filho. Puxou o pai não ? - Bateu nos ombros do garoto.
- O senhor ama tanto assim a mamãe, meu pai ?
- Claro, ela é incrível e também quer que você aproveite muito esse dia. Sabe o que significa os 18 anos na vida de um homem ?
- O senhor já disse tantas vezes... Vou me tornar um homem de verdade agora, um respeitado como o senhor, temido pelos meus inimigos e desejado pelas mais belas mulheres e não mais garotinhas.
- Isso mesmo. Convidei todas as mulheres da vila Derne para cá... É uma vila mas todos são de classe média, você sabe.
- Também convidou Ariane, certo ?
- Mas é claro... Como poderia me esquecer dela ?
- Pensei que a família dela fosse pobre...
- O padrasto tem um bom dinheiro e isso faz com que ela deixe de se pobre. Ela mora na Vila Derne agora.
- Nunca soube disso. Por que não me contou ?
- E que relevância essa informação tem ? Você não poderia encontra- la pois estava muito concentrado nos estudos e seríamos bastante julgados pois você sabe como as pessoas por aqui não gostam de gente pobre, o que eu acho um absurdo mas o que eu po-
- Carlos ! - A porta foi aberta pelo garoto que acabara de chegar - Não sabia onde você estava me perdi pelos corredores...Ah, perdão, senhor Alexandre como vai ?
- Ainda não aprendeu a bater em portas, não Dylan ? Vou bem, obrigado.
- Perdão, senhor...
- Tudo bem, vou ver como sua irmã está, Carlos. Pode ficar a vontade, Dylan.
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Dylan e Carlos andam pelo salão, os convidados estavam começando a chegar e tudo estava muito organizado e bonito.
- Ouvi dizer que terá bacalhau... É verdade?
- Como pode gostar tanto desse peixe, o gosto é simplesmente intragável para mim.
- Como assim ? É uma delícia, você não tem paladar...Já tentou comer com vinho ?
- Não e nem quero. Vamos parar de falar sobre bacalhau, certo ?
- Tudo bem, bacalhau.
- Do que me chamou ?
- Desculpe, bacalhau, digo, Carlos.
Carlos ri.
- Pare com isso idiota - Empurra Dylan de leve.
Um funcionário anuncia a chegada dos recém chegados .
- Senhora Natanie e seu marido senhor James.
Nesse momento Dylan foca o olhar em cada movimento da mulher que parece perceber soltando algumas risadas.
- O que foi isso ? - Carlos questionou
- Isso o que ? - Seu olhar ainda estava fixo na mulher.
- Ben estava indo para cozinha mas olhou para o portão e voltou correndo.
- Deve ter dado vontade de ir ao banheiro.
- Pode ser... - Sua testa estava franzida.
- A senhorita Eliane e a senhorita Ariane.
A expressão confusa de Carlos deu lugar a um sorriso malicioso e disse:
- Sejam todos bem-vindos... Que todos tenham uma ótimo noite...Inesquecível Como será para mim.
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