Após o incidente na boate Coringa estava com Arlequina em seu ‘Coringamóvel’, uma versão completamente distorcida e espalhafatosa do veículo de seu “melhor amigo” o Batman. Uma Lamborghini roxa brilhante com detalhes em ouro e neon também roxo na parte de baixo.
O Coringa colocou sua mão para fora da janela aberta do carro e deixou que vários flocos de neve caíssem em seu dedo. Ele os olhou, lembrando de sua própria infância e suas épocas natalinas, então ele lambeu o dedo.
"Tem gosto de merda. Exatamente como eu lembrava. Algumas coisas não melhoram com o tempo."
"Qual é, Sr. C." Arlequina protestou. "Você está dirigindo como um velhinho. Pisa no acelerador."
O Coringa rosnou e empurrou sua máquina italiana de alto desempenho para frente o mais rápido que seu motor V8 turbo de 1.244 cv permitia.
Em segundos, eles eram uma mancha roxa lisa atravessando as ruas de Gotham City como se nada jamais ousasse ficar em seu caminho.
Ele estava irritado com a situação, não olhou uma vez sequer para Arlequina durante todo o caminho.
Arlequina notou que Coringa estava sério o trajeto todo.
"Você ainda está zangado comigo, Sr. C?"
Coringa rosnou para ela e novamente pisou no acelerador o mais fundo possível.
“Eles são pessoas boas e confiáveis. Bons homens. Homens leais, e eles estão caindo como dominós.”
“Talvez você devesse parar de matá-los? Eu odiaria trabalhar para você. Aposto que seu plano de saúde é péssimo.”
O Coringa inclinou o carro e mal conseguiu a curva. À sua frente havia uma feira de rua local. Que pena. Mesmo quando ele disparou em direção a eles, as pessoas se dispersaram. Ele bateu nas barreiras, abriu caminho através de barracas de comida, então virou na próxima esquina e acelerou.
Que pena. Ninguém foi atropelado.
"Como é?" Coringa disse de repente, continuando a conversa como se nada tivesse acontecido. “Você está jogando a culpa em mim? Você os provoca com sua constante necessidade de me testar. Planejando suas situações.”
Arlequina cruzou os braços sobre o peito e deu ao Coringa seu premiado beicinho. "Bem, eu não vou ficar em casa hoje à noite."
Coringa rosnou novamente. “Você faz meus dentes doerem. Eu não aguento mais isso. Vou bater essa coisa contra a parede.”
Ele pisou fundo no acelerador novamente e o carro disparou para a frente. É disso que se trata a vida, pensou.
Arlequina riu e tirou o cinto de segurança.
“Tomara que tenha seguro.”
O Coringa deu a ela um olhar assassino enquanto pisava no acelerador novamente. Ele olhou para o lado e viu uma forma preta em seu espelho retrovisor. Estava se aproximando dele.
A porra do Batmóvel.
“Agora não é a hora, querida.” Ele deu outra curva e Harley quase acabou indo parar em seu colo dando a ele uma lap dance. Ela riu enquanto voltava à seu assento.
“De novo!” ela demandou.
Insaciável.
O carro estremeceu. Algo caiu no telhado. Deveria ser impossível a aquela sua velocidade, mas, novamente, seu perseguidor se especializou no impossível. Faíscas choveram quando um maçarico abriu o teto.
“Pudinzinho?”
Batman estava olhando para eles.
“Eu já vi. Não sou cego. Se segura ou você vai voar pela janela.”
Ela se agarrou no assento quando Coringa fez a próxima curva ainda mais rápido. De alguma forma, Batman resistiu a curva.
“Minha vez”, disse Arlequina e riu. Alcançando o .45 de Coringa, ela o pegou e atirou para o telhado. BAM-BAM-BAM-BAM-BAM! Cinco balas acertadas contra a armadura de seu perseguidor. Uma ricocheteou e quebrou o para-brisa dianteiro.
“Vamos nadar, Arlequina”, disse Coringa. "Você sabe nadar, não é?"
“Não. Nem gosto de beber essa coisa.”
“Bom, azar o seu.” Coringa riu enquanto fazia outra curva e disparava em direção ao rio de Gotham.
Não havia como Batman ficar no carro. Ele girou e disparou um cabo para uma escada de incêndio. Quando o carro esporte roxo escuro perfurou uma cerca de arame e caiu na água, o combatente do crime retraiu a o cabo e planou para a segurança.
Arlequina não conseguiu se segurar. Ela foi arremessada contra o para-brisa e ficou presa no meio do caminho.
* * *
Batman deixou o impulso trazê-lo de volta ao rio. Ele soltou o cabo e mergulhou graciosamente em um arco, cortando a água.
O carro estava afundando rapidamente. Seus faróis de xenônio cortam a escuridão, iluminando um caminho claro para ele seguir. Ele mergulhou mais fundo enquanto alcançava um compartimento específico preso em seu cinto. Ele removeu um pequeno respirador e o colocou sobre a boca. Não forneceria muito ar, mas duraria o suficiente.
Ele seguiu o carro enquanto ele mergulhava nas profundezas e enterrava o nariz na lama do rio. Em seguida, sacou a lanterna do cinto e apontou para o carro. Arlequina estava fria e se afogando. Quando ele a agarrou pelos cabelos e levantou a cabeça, ele percebeu que o Coringa havia sumido.
Como diabos isso aconteceu?
Batman puxou Arlequina, libertando-a do carro. Seus olhos se abriram e ela pegou duas facas escondidas em seu vestido, então tentou enterrá-las no homem que estava tentando resgatá-la. Eles lutaram até que ele deu um soco nela, deixando-a inconsciente. Ela parou de resistir imediatamente e ele pôde salvá-la.
Segurando-a firmemente, ele nadou de volta à superfície. Alcançando a terra, ele a deitou de costas e administrou compressões no peito. Nenhuma resposta. Só mais uma coisa para tentar. Era repulsivo, mas sua única esperança. Batman colocou sua boca na dela, a mulher que acabara de tentar matá-lo.
Ele alternou respirações com mais compressões torácicas.
De repente, ela passou os braços em volta dele, transformando a RCP em um beijo prolongado. Ele lutou e se afastou. Ela o encara com um olhar de gratidão e ódio. Tão selvagem.
"Por que o favor, morcego?" ela perguntou.
Batman olhou para ela com raiva. “O Coringa tirou uma coisa importante de mim”, ele rosnou. “agora vou tirar uma coisa dele.”
Arlequina não respondeu, mas estremeceu.
* * *
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