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História Esteriotipados (Bakudeku - Katsudeku) - Preto e branco (1963) - História escrita por Peculiar111 - Spirit Fanfics e Histórias
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História Esteriotipados (Bakudeku - Katsudeku) - Preto e branco (1963)


Escrita por: Peculiar111 e peculiar222

Notas do Autor


Olá! Voltei
Amores :)
Porra peculiar
Que rápido!!

Bom, é que
no começo das
Fics eu fico
tão animado
Em não perder
As ideias que
Acabo escrevendo
E postando logo.

Enfim. Eu sei
alguns não vão
Poder assistir
A série. O que
Não tem problema.

Mas eu vou
Pelo menos deixar
Links de vídeos
pequenos. Tipo
trailers de 30s
Para tentar ajudar
Vocês a entender
Algumas cenas.

Só para ajudar msm
na compreensão da
Fanfic e da série para
Aqueles que precisam.

A fic não vai ter o mesmo
final da série, para quem
já assistiu, isso eu garanto.
Aliás, eu modifico as coisas.
Do meus jeito.

Enfim...boa leitura.💖

Capítulo 2 - Preto e branco (1963)


Fanfic / Fanfiction Esteriotipados (Bakudeku - Katsudeku) - Preto e branco (1963)

  📺 Westview (EUA) - 27 de Agosto de 1963 (ou 2022) Luz, câmera, ação /Izuku's POV/


*Bum!*

Acordei! Assustado.

Um barulho ecoava pelo cômodo. Acendi a luz com meu poder e observei que não era nada. Poucos segundos depois de fechar meus olhos, o barulho voltou! Estranho, forte, alto. Era como se coisas estivessem se chocando. Pensei que poderia ser um trovão, mas não estava chovendo. 

Acendi a luz do abajur novamente e a iluminação acordou Kacchan.

- Deku?

- Sim, amor? 

- Está usando seu poder para ligar as luzes? 

- Sim, amor. - Confirmei. - Acho que tem algo lá fora. - Falei. Kacchan saiu da cama, foi até a janela e abriu as cortinas. - Está vendo alguma coisa, Kacchan? - Perguntei, assustado.

- Nada, só o seu jardim. - Respondeu.

Fiquei pensativo. O que seria esse barulho? Olhei para o outro lado do quarto e vi Dabi, deitado em sua caminha, ele miou pela situação.

- Tem certeza de que não há nada de errado?

- Tenho. Garanto que não vejo nada demais e... - De repente, o som voltou. - Porra! - Kacchan voltou para  a cama, assustado. 

- O que dizia? - Perguntei, irônico. Sério isso? Até ele se assustou com o barulho. Não é possível que não seja nada. 

- Na verdade, eu fiquei sabendo dos meus colegas de trabalho que tem umas pessoas esquisitas se mudando para a cidade. Quem sabe o que esses idiotas estão fazendo? Assaltando pessoas? Invadindo casas...?

- ...Fazendo objetos voarem, atravessando paredes...- O Interrompi, cinicamente. As vezes Kacchan é tão lerdo que não entende as coisas.

- Deku, não acha que meus colegas estão se referindo a nós? - Ele perguntou, tive um pressentimento ruim. De repente, o barulho ecoou de novo! Abracei Kacchan, assustado! Ele fez o mesmo, após um grito de medo fazer Dabi miar ainda mais. 

- Um de nós deveria determinar a origem deste som. - Ele sugeriu. O olhei, franco.

- Pois é! Um de nós deveria! - Franzi minhas sobrancelhas. Kacchan já lutou contra tantas coisas e agora está com medo de um barulhinho de merda?

Mas ele não...lembra...tinha esquecido desse detalhe.

O barulho voltou. Ambos nos escondemos debaixo dos lençóis. 

Dabi miou mais uma vez, é como se ele estivesse mandando a gente parar de fazer zoada. 

- Arg! Isso está ficando ridículo! - Resmunguei. - Vou olhar! - Determinei, saindo debaixo do lençol. 

- Ah meu Deus...- Kacchan gemeu. 

Juntei toda minha coragem e usei meus poderes, separei as cortinas.

De súbito, deparamos com um galho.

O vento fazia-o se chocar no vidro da janela, causando o tal barulho infeliz. 

- Hm? Era só um galho? - Kacchan perguntou, intrigado. 

- Acho que sim. - Tranquilizei. 

Mentalizei  o galho se partindo e aconteceu, ele caiu, não vai mais nos incomodar. - Amanhã vou ao jardim e o recolho. - Digo-lhe.

- Que bom que você resolveu amor, tô orgulhoso de você! - Kacchan desconversou. Ri pelo seu cinismo. 

E quando vi, sua mãos já estavam na minha coxa.

- Deku, amor? 

- Sim, Kacchan?

- Apague a luz. -  ele ordenou, a voz rouca, sexy, maliciosa.

- Sim, Kacchan. - Não resisti, apaguei a luz,  telecineticamente. 

Ele desatou seu robe, e eu retirei minha camisola. Fomos para debaixo do lençol. Fiquei de banda, Kacchan envolveu meu corpo, enroscou a perna na minha e apertou firme os meus quadris.  Mantendo-se bruto enquanto tentava me penetrar.

Minhas unhas fincaram o colchão assim que ele começou a me estocar com mais força e rapidez. Estava me partindo no meio, contraindo-me... Eu ainda gemia, baixinho. Kacchan balbuviava em êxtase. Ah...os barulhos que ele faz me deixam todo excitado. Ele estapeou minha bunda. 

Debaixo da coberta, não tem como respirar. 

Retirei o lençol de cima da gente. 

Permanecemos de ladinho. Ele continua a me investir com vontade. Me virei e comecei a o beijá-lo. Senti seu membro tocar meu ponto doce. Após um gemido deleitoso, Kacchan acariciou meu rosto apaixonadamente... Ele precisava de fôlego, mas eu não parava em circunstância nenhuma de sugar seus lábios.

Deixo ele me foder, e esqueço o que estou fazendo. Não era um galho, eu manipulei sua mente para que ele achasse que fosse. Assim como várias outras coisas estão sendo manipuladas por mim. O barulho ainda não saiu da minha cabeça. Seja o que for, eu vou descobrir. 

Minha respiração acelera, a dele fica mais lenta, como se presa num espinho.

De repente, desafogou-se num suspirou, uivo. O ar quente toca minha orelha, enquanto sinto seu esperma, morno e espesso, sair da minha entrada e escorrer pelas minhas coxas, lentamente. 

Dormimos, grudados. Quando olhei para o canto do quarto, Dabi não estava mais na sua caminha. 


(...)

 Pausa Comercial

Há algo de novo sobre o sol: Você.

Revele seus encantos com a nova linha de produtos Califórnia das empresas One for All. Conheça os novos contornos que realçam seus lábios sem escondê-los. 

Califórnia, Batons do momento, os mais recentes lançamento das empresas One for All. 

Cores tão pessoais e suas, somente.

(...)


- Nossa! Você está muito atraente. - Minha voz saiu encantada. 

Só em vê-lo de terno justo, realçando todos o seu físico, fico completamente fora de mim. Principalmente quando se fala do seu peitoral, é tão alto e definido. Seu tanquinho é cheio de gominhos e sua virilha...com aquela entrada sexy que leva para...

- Obrigado, querido. - Ele sorriu. Ah...seu sorriso, atrapalhou todos os meus pensamentos.

Eu e Kacchan estamos nos arrumando para um Evento Beneficente que vai ter na cidade. Expliquei para ele o quanto é importante participarmos! 

- ...Vamos ter a chance de parecermos normais, de nos encaixarmos. 

- E vamos, amor, devemos! - Ele segurou meu rosto. - Eu sei que isso é especial para você. Aliás, você vai deixar todos pirando quando estiver usando seu vestido. - Kacchan segurou minhas mãos.

O encarei e meus lábios floresceram em um riso, ah, como ele é fofo.

De repente, vejo o relógio. Droga!

- Está na hora de ir para o comitê de planejamento. - Digo-lhe. 

- Eu também vou sair, tenho uma reunião de vigilância na biblioteca pública. 

- Ah sim! - Lembrei, Kacchan tinha me contado isso ontem, depois que chegou do trabalho. 

- E depois do acidente de ontem a noite, tenho que garantir a segurança máxima da cidade! - Ele se referia ao barulho do galho. 

Me encanta ver que ele está empenhado nessas coisas. Meu marido, um vigilante da patrulha, fico molhado só em imaginá-lo de farda. 

Puxei sua gravata e a ajeitei.

- Uma excelente ideia! Diga para aqueles galhos quem manda! - Brinquei, então lhe dei um selinho.  Ele levantou a cabeça e vi empolgação no seu rosto.

- Olha para nós: Kacchan e Deku, encaixados em Westview! - Ele falou num ar de superioridade. Como se fosse algo de outro mundo.

E era. Se ele soubesse...

Dei um sorrisinho. 

- Falando em galhos, tenho que recolher o que derrubei ontem. Bom, te vejo no evento! - Me despedi. Kacchan me deu um beijo na testa e saiu pela porta de trás, até a garagem. Já eu, me dirigi para a entrada da frente. 

Acenei para ele quando seu carro passou, ele fez o mesmo. 

Fui até a direção da janela do nosso quarto e lá estava ele, no chão. Merda! Aquele tronco quebrou minha cerca! Kacchan nem está aqui para ajeitar agora. Observei que ninguém estava olhando, e então, fiz o galho desparecer. Prontinho! Problema número 1 resolvido. Mas agora falta o problema número 2: a cerca.

Mas, outra coisa não saía da minha mente. De onde veio aquele barulho mesmo? 

- Miau. - Escutei um miado de Dabi. Ele estava parado no jardim, apático. Esqueci a cerca e fui me aproximando dele. 

- Ei...menino, está tudo bem? - Perguntei. Ele não iria me responder. É um gato. Mas se eu quisesse fazer ele falar, eu poderia. Mas Dabi não parava de miar, era um miado de susto, espanto. Vi que ele encarava algo. 

Olhei para a mesma direção do que a dele. Logo, arregalo meu olhos. Meu peito infla em pânico. Ele tinha avistado algo estranho nas minhas roseiras. E agora, eu também avistei. E pior, tinha cores! 

Não era para ter cor! 

Me aproximei e segurei o objeto. Era nada mais que um helicóptero de brinquedo. Vermelho e amarelo, colorido por sinal. Ele não devia estar aqui! É diferente do meu universo da década de 60, que é preto e branco. 

Observei um símbolo no brinquedo, era da Segurança do Estado Unidos de 2022. Meu coração disparou, quase não senti minhas mãos devido o calafrio.

Estão.tentando.invadir... 

- Olha só! Gente nova por nova por aqui! - Senti um arrepio. Soltei o helicóptero velozmente e deixei-o cair no meu jardim. Larguei-o lá! Não queria que ninguém o visse. Apenas ergui meu olhar para a pessoa que falou comigo.

Não era Asui. Era...outra pessoa.

Caminhei até a entrada e o cumprimentei. 

- Olá, me mudei faz uns dias. Meu nome é Izuku Midoriya, e o seu? - Ergui minha mão para cumprimentá-lo. 

- Todoroki Shouto. -Sua mão é calosa. Claro, ele é faz-tudo.

- Miau. - O gato se aproximou da conversa, sentou do meu lado e começou a lamber as patas. 

- E quem é esse pequeno? - Ele perguntou.

- Dabi, meu animal de estimação. - apresentei.

- E o que são essas...coisas na pele dele?

- Ah, devem ser marcas de queimaduras. - Expliquei. Todoroki ficou intrigado. Nos encaramos, e ele deu um sorriso sutil.

- Então...você é casado, estou vendo a aliança. - Foi justamente para isso que eu a coloquei. - Cadê sua esposa? 

- Na verdade, eu sou gay. - Admiti. Esperei alguma reação. Mas ele não teria nenhuma, até porque, estou na mente dele.

- Entendi. Então...cadê seu marido? - 

- Ah, ele está no trabalho. - Respondi. 

- Quer quer eu ajeite sua cerca? - Ele apontou para ela, no canteiro das rosas. Era uma boa ideia até. - Vi que ela está quebrada.

- Ah sim, você é faz-tudo. - Comentei. Todoroki fechou o sorriso e me olhou, fuzilante.

- Eu não te contei que sou Faz-tudo. Como sabes disso? - 

Sua pergunta me pegou. Que nem como a pergunta do pai de Kacchan me pegou na semana passada. 

Pensei rápido. Nem precisei de feitiço para isso.

- A vizinha do lado me contou. "Para qualquer problema pode chamar o faz tudo do outro lado da rua." Foi o que ela disse. - Não precisei entrar na mente dele para fazê-lo acreditar. 

- Asui? Ah sim! Ela é ótima! - Ele apoiou o braço na minha caixa de correios. - Bom, vou só pegar os materiais e volto para consertar.

- Mas...você não vai ao evento beneficente? Não quero tomar seu tempo.

- Tudo bem, vai ser daqui umas duas horas. É só um cercadinho. Vai ser rápido.

- Vou ter que pagar? 

- Sem problemas, de graça para você. Um presente de boas-vindas à Westview! - Todoroki colocou as mãos em seu macacão e saiu, desnorteado. Por um instante, achei que fosse uma cantada. 

Tive tempo de pegar o helicóptero e fazê-lo sumir. Dabi miou, apreensivo.

Quando Todoroki voltou para ajeitar a cerca, expliquei que sairia para a reunião do Comitê. Ele não viu nenhum problema nisso. Apenas tranquei tudo e deixei Dabi vigiando a casa.  Antes de atravessar a rua, dei de cara com Asui.

- Bom dia, Izuku! 

- Bom dia, Asui. Vamos para o comitê?

- É claro! - Ela fez um pequeno gesto com a mão, apressando-me. 

Cruzamos os braços e saímos andando como duas amigas indo para a escola sozinhas.

- Então? Pronto para conhecer as dona de casa que fingem ser perfeitas mas suas famílias são infelizes? - Ela fez um comentário instigante.

- Oh! Asui! Não pode ser tão ruim assim! 

- Hm, até as as flores que não crescem recebem pena de morte. - Ela resmungou. 

- Meu deus...- murmurei. 

Andamos mais pouco, e então, ela me parou.

- Olha Izuku, quero te dar um conselho. 

- Sobre o quê?

- Bom...a rainha do bairro é a Mount Lady. Ela é a porta para tudo na região: matrículas em escola, afiliações em clube, festas... Não por ser apenas branca, hétera e bonita. Mas também por ser rica! - Ela me olhou, seriamente. - Acho melhor você...não falar nada sobre essas coisas de sexualidade, não-bi...a...

- Não-binário! - ajudei.

- Isso! Não-binário... Trans... travesti...tudo isso que você me explicou. Para ela só existe o termo gay. Não vamos nos precipitar tanto.   Só preste atenção nas palavras e você vai sair muito bem! - Aconselhou-me.

- Ou talvez eu possa ser eu mesmo...mais ou menos.- Contrariei. Asui me olhou, e então, começou a sorrir.

- Ah Izuku...essa foi boa! - Ela realmente achou que era uma piada? Meu deus.

Fingi rir também. 

- Você tem razão. - Conclui. 

Asui estava um pouco certa. Mas ela só não sabe de uma coisa: Quem verdadeiramente manda nessa cidade, sou eu.

- Pessoal! Se apressem! Por favor! - Escutei a voz da Lady. Ela saiu de dentro da sua casa. Asui virou de frente para ela e para suas amigas, e então, cumprimentou:

- Olá Lady, suas flores estão divinas! - 

Senti a falsidade na sua fala. Ri disso, ela riu também. Começamos a seguir pela calçada. Atrás dela. 

Quando chegamos no espaço do Evento, sentamos sobre o guarda-sol e as madames começaram a falar sobre o palco, as comidas, atrações e etc... Não prestei atenção em nenhuma fala. Apenas na Lady. De repente, ela pergunta algo à moça que falava.

- E as cadeiras? Conseguiu a quantidade exata? - Ela mexia sua taça com gelo.

- Desculpa Lady, não perguntei se estava a quantidade exata.

- Então não pergunte se vai se sentar conosco na próxima vez. - Debochou. 

As moças ao redor começaram a rir da garota. Eu não sabia quem ela era. Não dei atenção para isso. Ela se retirou e a Lady se levantou, assumindo a fala: 

- O diabo está nos detalhe, Mina. - 

- Não é o único lugar em que ele está. - Asui brincou comigo. Me segurei para não rir.  Mas agora sei o nome da garota, Mina.

Lady estava explicando sobre o Evento e o Show de Talentos. O qual eu não me inscrevi. 

De repente, uma bandeja de biscoitos vem na minha direção. 

- Nossa! Amei sua maquiagem. - Um moça elogiou.

- Ain, obrigado. As outras moças ficaram olhando... fiquei preocupado. - Falei, pegando um biscoito 

- O Evento começará em breve! - Lady aumentou o tom de voz. - Então ajudaria ter mais foco e menos conversa. - Senti que o comentário foi para nós.

- Okay. - Sussurei. Ela voltou a falar. Passei a bandeja para Asui.

- Estão dispensadas para arrumar as coisas! - Ela deu sua ordem final. Todas se levantaram. Asui foi arrumado as bebidas, as outras as mesas, e assim por diante.

- Para falar a verdade, não sei o que estou fazendo aqui. - A moça comentou. Olhei para ela, completamente perdido.

- Nem eu...- Corrigi. - Meu nome é Izuku. - Me apresentei. 

- O meu é Ochako. - Ela sorriu, apertou minha mão. - Então, o que acha de se inscrever no show de talentos? Estou com ficha de inscrição ainda. Esse é meu trabalho, por enquanto. Por favor! Não quero receber bronca do demônio da Mount Lady. 

A encarei, envergonhado. O que eu faria num show de Talentos? Já sei...Mágica! Bom...uma mágica que seria "falsa" para o público. Mas verdadeira para mim! 

Preciso me encaixar! Participar das coisas! Então me inscrevi. Gays também devem assumir o palco! 

Depois disso, comecei a colocar os doces sobre uma bandeja.

- Muito obrigado por me deixar ajudar! Você realmente sabe organizar um evento. - Agradeci a Lady, assim que a vi se aproximando para olhar como estava o resto da decoração. Ela apenas sorriu (cínica e falsa) - Eu não consigo deixar de pensar que começamos com o pé errado. Eu gostaria de corrigir isso se eu puder. - Sugeri à ela.

- E como você faria isso? - Ela perguntou. Fiquei calado, senti seu ar inferior tomar o ambiente. - Eu ouvi coisas sobre você e seu marido. - Ela sussurrava, chegando mais perto de mim. Isso era para me intimidar? 

- Bom, eu não sei o que você ouviu. Mas eu garanto que não faço mal a ninguém. - Expliquei-a.

- Eu não acredito em você. - Essa foi sua última palavra. Lady saiu, com pressa. 


(...)

Pausa Comercial

Dizem que um homem nunca está totalmente vestido sem dois acessórios importantes: Sua Dama especial. E seu Strücker. 

O mais novo relógio das Empresas U.A. Adquira já o seu! 

Strücker! Ele fará você ganhar tempo! 

Tic tac tic tac tic tac

(...)


Estalei os dedos. Estava com meu vestido. 

Kacchan já havia chegado. E as pessoas estavam se apresentando. O prêmio para os campeões será metade do dinheiro da arrecadação para as escolas. O que já é outro motivo de eu estar participando. 

Então, era a minha vez. Surgi atrás das cortinas. Todos estavam me encarando, me olhando. Esperavam algo. Escutei sussurros. Logo, fiz o que eu achava melhor. Me ergui no ar. Flutuei sobre eles. Alguns não estavam acreditando...mas fiz eles acreditarem. Mas senti medo deles duvidarem de verdade, então, fiz uma corda aparecer sobre mim.

Eles riram, acharam engraçado. 

Comecei a fazer vários truques de mágica. Levitei objetos, fiz Kacchan desaparecer de dentro da caixa, e no final, um clássico: Manifestei uma cartola e tirei um coelho de dentro dela. Todos se levantaram e aplaudiram! Todos! Me senti vivo! Kacchan me abraçou. Éramos a última atração. 

Quando saímos do palco, ficamos populares. Várias pessoas vieram falar com a gente. Mulheres elogiavam meu vestido. Até mesmo Todoroki estava na festa. Mas Kacchan não gostou muito da minha amizade com ele. 

- Nossa! Como você fez isso tudo? - Asui veio até mim, chocada.

- Um mágico nunca revela seus segredos. - Respondi. A reposta de todo mágico. 

- Sabia que iria falar isso. - Ela sussurrou, meio indignada. Mas é o caso. Estava sendo manipulada. É claro que estava.

O rádio perto da gente começou a tocar minha música favorita. It's my party, da  Leslie Gore. 

- Eu amo essa música! Vem! Vamos dançar! - Segurei o braço de Asui e deixei minha cartola ali, na mesinha do rádio. 

Kacchan começou a dançar conosco também. Então, todos começaram a dançar.

Encarei Lady, ela estava irritada, sozinha, indignada. Estavam dando mais atenção para mim do que para ela. Sinto muito meu amor. Mas é minha festa! Minha cidade! Minha vida.

"É minha festa e eu choro se eu quiser."

Pedi licença e fui até a mesa do rádio para pegar minha cartola de volta. Então, ela surge na minha frente, balançando a taça de vinho.

- Seu numeruzinho de mágica foi a coisa mais idiota que já vi. Meu irmão faz coisas melhores. - Ela debochou. Não a culpo, não é culpa dela me odiar. Eu que estou fazendo isso com ela.

"Choro se eu quiser, choro se eu quiser."

- E o seu número de dança foi a coisa mais patética que já vi. Você não tem jeito para isso. - Também não deixei barato.

- A minha apresentação de dança ganhou o show de talentos do Evento Beneficente de Westviaw durante cinco anos seguidos! E este não vai ser diferente. - Ela sussurrou, tentando me menosprezar ainda mais.

- Vamos esperar para ver! - Provoquei.

"Você também choraria se acontecesse com você." 

A encarei, ela sorria, confiante. De repente, senti um medo gigantesco em mim. O rádio que tocava a música, começou a falhar...achei que estivesse perdendo o controle dos meus poderes. Mas eu não estava! Juro que não estava!

- Mi-midoriya...?- O rádio me chamou. Olhei para ele, confuso e em pânico. - Midoriya?...- ondas de interferência distorciam a voz, mas eu conseguida escutar.

- O rádio...- Lady me encarou, assustada. - Você está fazendo isso? - Ela perguntou, seu semblante era espantado. - Quem...quem é você? - Indagou. Mas eu a ignorava. Prestava apenas atenção no rádio.

- Midoriya?... - minha respiração estava nervosa, ansioso, perdi o foco da realidade. - Quem...está fazendo...isso com você? Pode me ouvir? - Querem se comunicar comigo. Estão tentando se comunicar comigo!! - Midoriya...está ouvindo? - 

Não posso deixar! Não quero voltar para eles...não quero desistir disso!

Apenas encarei o rádio e o fiz pifar. 

Pipocos, faíscas, uma mini-explosão, fumaça. Lady se assustou com o momento, deu um sobressalto e apertou a taça com tanta força que acabou se partindo na sua mão. Os cacos caíram no chão, depois de a cortarem. 

Voltei a realidade, ao comando. Entrei na mente dela. A fiz esquecer daquilo. Ela não se cortou (curei sua pele)

"Ela é uma idiota."

- E os vencedores do Show de Talentos são.... IZUKU MIDORIYA E KATSUKI BAKUGOU!! O MAIS NOVO CASAL DA VIZINHANÇA! E AGORA...REIS DO BAILE DO EVENTO BENEFICENTE DA CIDADE DE WESTVIEW!! - Escuto o prefeito anunciar. Na verdade, eu o fiz anunciar.

Olho para Lady, à minha frente.

- Parece que você perdeu. - Ironizo. Então, vou até Kacchan e subo no palco com ele. 

Todos batem palma. Agora eu sou o novo rei da vizinhança. Lady passou a ser uma lenda. Assobios, gritaria, mais aplausos. Uma coroa de plástico na minha cabeça. Recebo um buquê de flores. Kacchan recebe uma faixa e também uma coroa. 

Nos beijamos. Não há preconceito. Sou feliz. Estou no controle.

(...) 

Pausa Comercial

Nem só de chuva se molha o homem.

Enquanto estão de fraudas, as crianças precisam de calças plásticas ELITE. Com corte delimitado, confeccionadas com vulcafilm antialérgico e com baita elasticidade. 

Fraudas ELITE, vista bem o seu bebê. 

(...) 


- Ganhamos! 

Comemorei, enquanto entrávamos pelo fundos, após colocarmos o carro na garagem. 

- Você foi fabuloso! Deku! - Ele segurou minha mão, retirando a coroa da minha cabeça. - E eu amei esse vestido! - Elogiou-me. Corei por todo o rosto. Kacchan me retirou do chão e me carregou nos braços. 

- Ah...não sei por que estava preocupado. Até que foi fácil se encaixar. Veja só! Por aqui não há nenhum preconceito com nossa família. 

- Realmente...você escolheu um bom lugar para nós. - Ele sentou no sofá, permaneci no seu colo. 

- E será um bom lugar para nossos filhos. - Murmurei, passando a mão na barriga.

- Deku...o que quer dizer com isso? - Kacchan indagou, apenas dei um pequeno sorriso. Então, peguei sua mão e a levei até minha barriga, que cresceu um pouco, rapidamente.

Super-heróis tem filhos mais rápidos do que humanos normais, e olha que ele gozou em mim ontem a noite. Bom, e na noite anterior também, e na outra, e na outra....

- Vamos ser pais, Kacchan! - Notifiquei. 

Kacchan apenas olhou para mim, incrédulo. Suas sobrancelhas se curvaram em uma feição surpresa. 

- Deku...está mesmo acontecendo? - Ele me perguntou, seus olhos estavam marejando. 

- Sim, querido, está acontecendo. - Afirmei. Segurei suas mãos. Estávamos prestes a nos beijarmos de felicidade.

Só que...de repente...

*Bum!*

O barulho voltou. 

Dabi, que estava dormindo próximo a lareira, correu espantando, pulou a janela e começou a miar apavorado. 

- Se for aquela maldita árvore outra vez, eu vou... arrancar ela inteira pela raiz! - Kacchan esbravejou. Saí do seu colo, ele levantou e abriu a porta. 

Não era a árvore. Eu sabia disso.

O segui. A noite estava belíssima. 

- Não estou vendo nada. - falei.

Apertei o paço até Kacchan, que estava na calçada. Olhei para meu cercadinho, Todoroki tinha feito um bom trabalho. Assim que pus os pés na estrada, escutei um barulho. Mas não era o bum. Era...

- Miau! - Dabi olhava para a tampa de esgoto... Encarei também.

- O que é aquilo? - Kacchan perguntou, se aproximando por trás de mim e segurando-me pela cintura. Queria me proteger.

A tampa da tubulação de esgoto, do meio da estrada, foi tirada. Alguém saiu de lá. 

Era uma pessoa. Não sabia se era um homem ou mulher. Pois ele estava encapuzado, com nada menos que...a roupa da guarda americana de 2022.

O traje vermelho e amarelo como o helicóptero. 

Estão invadindo. Estão.invadindo! Tentando invadir o meu espaço! 

O homem se virou para mim. Ele me encarava, pude ver pelo seu capacete.

- Não! - Neguei, a mim mesmo. Tive que fazer o que era preciso. Então, censurei essa cena. Manipulei a realidade. Fiz Kacchan esquecer daquilo. Fiz Dabi voltar à lareira. Como se alguém tivesse dado um replay em um filme. Foi simplesmente assim, eu dei o replay. 

Voltamos ao sofá. 

- Deku...está mesmo acontecendo? - Ele me perguntou, seus olhos estavam marejando. 

- Sim, querido, está acontecendo. - Afirmei. Segurei suas mãos. Estávamos prestes a nos beijar. Então, liguei meu rádio com minha telecinese. Minha música começou a tocar. 

"É minha festa e eu choro se eu quiser."

Beijei Kacchan, com vontade. E assim que me afastei dele, vi cor no seu rosto! Cor de verdade! Seus cabelos estavam loiros, os olhos carmesins, sua pele estava clara, de subtom rosado. Seus lábios vermelhos. Passei a mão nele.

- Kacchan...- Suspirei, encantado.

"Choro se eu quiser."

Logo, tudo ganhou cor!

Meus cabelos esverdeados voltaram. Minha pele albina e minhas sardas marrons. Dabi também ganhou cor. Os pelos pretos, as manchas roxas de queimadura e os olhos turquesas cintilantes. 

- Miau...- ele se vislumbrou.

"Choro se eu quiser."

A casa inteira! A realidade inteira! Tudo estava colorindo-se de verdade! Não estava mais preto e branco como na década de TV dos anos 50 ou 60. Eu modifiquei, controlei, manipulei. Como sempre faço. 

Tenho minha família agora. Tenho Kacchan, terei meu filho. Não posso deixar que tirem isso de mim...

"Você também choraria se fosse com você."


...Não, de novo não. 



Notas Finais


Eu queria muito poder explicar sobre essas pausas comerciais, as datas distorcidas e tudo mais... Mas aí seria spoiler kkk ou assistam a série ou esperem os próximos capítulos.

Pequeno pós-créditos:
A Ochako é mais do que apenas uma amiga.

Até...💖

- Para ajudá-los a entender as cenas:
https://youtu.be/GMPuM7PgIJ4

- Você também choraria se fosse com você, ela é uma idiota: https://youtu.be/mtCIdpnQoWk


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