Chen caminhava distraído pelo corredor quando viu Sehun, o ômega realmente gostava do loiro, tinha um corpo bonito e além de tudo um ótimo caráter apesar do gênio horrível do maior.
Um sorriso malicioso enfeitou os lábios do ômega com a ideia de pegar o outro de surpresa. Caminhou sorrateiramente parando a alguns passos do maior, seguiu o olhar do alfa seja o que ele estivesse olhando o fez sorrir de uma maneira que Chen nunca tinha visto.
Os olhos do Kim piscaram tentando entender o que via, e fora o paciente a outra pessoa era seu sobrinho o ômega rosado, era para Xiao que Sehun olhava fixamente e era para o garoto magro que o alfa sorria …apaixonado...a mente do Kim gritou.
— Olha para eles...— a voz das enfermeiras sussurrando animadas olhando para alfa e ômega, elas viram a mesma cena que o castanho.
Chen saiu do pronto socorro o mais rápido que conseguiu. Depois de se acalmar, passou a seguir o alfa a uma certa distância constatando o que não queria, o loiro estava sempre observando o menor com aquele sorriso.
Jongdae sabia que aquela relação não podia continuar, ele como padrinho do Luhan tinha o dever de parar o alfa.
…
Oh estava na sala organizando os relatórios, desligou o computador ia sair quando Jongdae entrou sério.
— Sehun, temos que conversar!
— Dr. Kim pode deixar para amanhã? Estou com pressa.
— Não! É importante.
A voz do mais velho era urgente que fez o alfa parar e aguardar o outro.
— O que está acontecendo com sua equipe?
— Nada até onde eu saiba.
— Um boato está circulando no hospital. — Os olhos castanhos estavam arregalados.
— Boatos? — O loiro tirou o jaleco e pendurou passando pelo menor com o capacete na mão. — Não tenho tempo para isso.
Kim segurou o braço do maior que parou e o encarou sem muita paciência.
— Tem haver com Luhan!
O alfa estava apreensivo ao ouvir o nome do rosado.
— O que dizem?
— Hum agora está interessado?
— Esquece, não estou.
— Luh é um bom garoto. E não é um como os ômegas nesse hospital, que vão atrás de todos os alfas.
O Kim soltou o braço alheio e pegou a carteira tirando uma foto e alcançou para Sehun.
— Eu conheço esse garoto desde de criança. E ele não é fácil.
O omega estava sorrindo na foto, o olhar inocente no rosto do Luhan de no máximo doze anos.
Chen viu o maior sorrir para a foto e sentiu o coração apertar.
— Eu não quero ele magoado. — Jongdae saiu, deixando um alfa calado com a foto nas mãos.
***
Assim que a garota dormiu, Kai entrou no quarto a pôs na cama e camisa novamente no armário, e saiu trancando novamente a porta. Voltando ao sofá. Sua vontade era apenas ir embora, mas ia esperar o outro chegar, para não deixar a garota sozinha.
Repassou mentalmente todos os momentos juntos, apesar de já ter dormido ali algumas vezes, Soo fazia questão de manda-lo embora com todas as suas coisas, e mesmo em sua casa ele nunca tinha deixado nada para trás. Talvez ele fosse realmente apenas um tapa buraco, e isso doía mais. Agora que sabia da doença do menor, não tinha o que fazer, só esperava que Jungsuk encontrasse a cura, já que para o seu coração não teria uma cura. O tempo se arrastou como se nunca fosse amanhecer, até que a porta abriu, Kyung entrou com um sorriso animado.
— Desculpe a demora …
— Tudo bem, ela está dormindo, e eu também vou. — Kai saiu sem dizer mais nada, Do ficou parado no meio da sala sem entender muito. Esperava fazer as pazes com o alfa, mas agora ele não parecia querer falar consigo.
***
Luhan não queria atrapalhar o chefe, e nem parecer alguém intrometido andando pela casa do outro, decidiu permanecer no sofá com a mochila e a mala ao lado. Em algum momento acabou adormecendo.
A porta foi aberta deixando o loiro entrar, uma expressão cansada pousava sobre o rosto do alfa.
— Luhan...esqueci completamente...— Oh parou diante do sofá o menor dormia profundamente. — Luhan oi acorde...
Tocou de leve no menor e esse virou para o lado como uma criança pequena que não quer levantar.
— Hei...se não acordar vou carregar você.
Sehun chamou mais o rosado apenas o ignorou.
— Ok bela adormecida — o alfa ergueu o omega nos braços e o levou para o quarto depositando gentilmente sobre a cama, sentando ao lado — está mais leve.
Era impressionante o garoto apesar de mais velho do que a foto ainda tinha o ar inocente e os olhos brilhantes cheios de curiosidade da infância, Sehun acariciou os fios rosados.
***
Minhyuk andava de um lado para o outro, discutindo no telefone com alguém. A porta abriu e ele olhou esperando que fosse o serviço de quarto. E ficou paralisado ao ver o ver o ômega ali, sorrindo para ele. Kyung tinha um sorriso maligno, e ele não esperava menos depois de ter sido um completo idiota.
— Claro, me mande as cópias vou fazer o que for preciso, agora eu preciso desligar. — Desligou a chamada e umedeceu os lábios olhando o moreno sorrindo para si — antes de qualquer me desculpe, eu fui um idiota no outro dia.
— Sim, você foi. Você sempre é. E eu estou aqui para cobra por isso. — Soo colocou uma pequena bolsa térmica sobre a mesa,
— O que é isso? — Min olhou confuso.
— Agora eu quero o seu sangue — riu alto, abrindo a maleta, os materiais de coleta estavam ali.
— Está falando sério? — Soo foi até o alfa, deslizando as mãos pelo terno bem-posto, e mordeu o lábio de leve.
— Seja bonzinho comigo e eu vou ser com você. — Empurrou o alfa no sofá
— Kyung… eu vou ser bonzinho…
— Então tira esse casaco — se virou e pegou às luvas. O ruivo riu para si mesmo, o ômega a sua frente agia tranquilamente como médico, mesmo não estando no hospital. E apesar de se insinuar, não parecia necessitado. Devia estar com raiva dele ainda, e tinha razão para estar.
— É para pesquisa, quero dizer o sangue?
— Não, vou fazer um ritual vodu — riu com graça — sim, é para a pesquisa — Minhyuk tinha tirado a camisa também deixando o braço totalmente disponível para o menor, assim como todo o corpo bem definido visível — eu só preciso do braço tá — sorriu malicioso, amarrando o elástico no braço do alfa, para tirar sangue.
— Você disse para eu ser bonzinho…
— Sabe MinHyuk, você é uma graça quando quer — bateu de leve na veia que já aparecia no braço, pegou a agulha posicionando ali — mas fala demais.
— Urg…— ele gemeu ao sentir a picada, o moreno tinha feito de maldade para doer mesmo — … posso perguntar porque levou a camisa? Deixou de me odiar?
— Aconteceu — plugou a ampola da saída da agulha e logo o tubo ficou vermelho, tirou o elástico — talvez tivesse acontecido muitas outras coisas, mas ... — deu de ombros trocando de tubo.
— Como eu posso me redimir?
— Não pode. — Guardou as ampolas com sangue da maleta, retirou a agulha do braço do alfa — pressiona aqui — o Lee segurou o braço, Do guardou todos os apetrechos e fechou a maleta.
— Kyung… — o ruivo chamou manhoso, e o menor o encarou
— Meu pequeno Lee — disse subindo no colo do ruivo — eu tenho que levar isso, o mais rápido possível para o laboratório, senão, nós poderíamos discutir sobre o seu castigo. — Roçou os lábios nos do Lee, e levantou em seguida — é melhor se vestir, acho que tinha um compromisso. — Pegou a maleta e foi para a porta.
— Vai fazer isso mesmo?
— Erro e consequência — mandou um beijinho no ar, antes de fechar a porta atrás de si.
…
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