O jantar tinha sido maravilhoso, MinSeok era com certeza um alfa de conteúdo, e cavalheiro. Após o jantar levou JongDae para casa.
— Então é aqui? – Min olhou pela janela
— Sim, é aqui – Chen suspirou o olhando o alfa – quer subir, tomar um ... café? – sorriu malicioso
— Dae... se eu subir não vou querer só o café. – desceu o olhar pelos lábios até o decote do ômega
— Acho que podemos negociar isso. – soltou o cinto se inclinando para o outro, e os lábios se encontraram num beijo calmo – sobe...
— Claro. – voltaram ao beijo, e antes que o alfa soltasse o cinto, o celular dos dois tocou. Chen se afastou pegando o seu
— Que coisa! – olhou tinha várias mensagens
— Pronto! – Min atendeu o seu – O que? Tudo bem. Pode deixar eu aviso. – desligou o celular e ligou o carro – vamos ter que voltar para o hospital.
— Não, eu estou de folga.
— Vão precisar de todos os médicos disponíveis. Um ônibus de viagem tombou. – saiu com o carro, Chen prendeu o cinto
— Tá bem.
***
O pronto socorro estava cheio, e não paravam de chegar mais vítimas do ônibus tombado.
— Ômega, 28 anos, entrando em trabalho de parto! – o socorrista empurrou a guia para o Byun, que já saiu puxando a maca para o elevador.
— Alfa, 6 anos, braço e perna quebrada. – outra maca foi empurrada para dentro do hospital, Luhan pegou a guia, e viu o outro garotinho sobre a maca chorando.
— E ele?
— Gêmeos, ainda não achamos a mãe. – o beta musculo, disse as pressas fechando a ambulância e correndo para a cabine. E mais pessoas saíram. Jongin veio ajudar o rosado.
— Luhan, tem que levar ele pro raio x.
— Sim, mas o que eu faço com ele? – O gêmeo são. Estava agarrado ao irmão.
— Ei amigão – Kai se aproximou do garotinho que ainda chorava – seu irmão precisa ir com o dr. Para ficar bem.
— Não.... – voltou a chorar
— Ei – fez um cafune na cabeça do menino – vocês são gêmeos não são? E é verdade que um gêmeo sente o que o outro esta sentindo? – o menino parou de chorar, e negou com a cabeça – ele parece com dor. – o menino concordou, soltando do irmão. Jongin o pegou no colo, e o colega levou a maca com o outro
— Eu quero a minha mãe.
— Vamos procurar ela. – seguiu pelo meio das macas. Kyung olhava de longe assustado, para a facilidade que o alfa, deixou de pegar uma cirurgia para cuidar de uma criança. Balançou a cabeça e seguiu junto com o seu paciente para o centro cirúrgico.
***
Baekhyun tinha um bebê nos braços, era uma pequena figura pintada de vermelho, o ômega abraçava a criança como se fosse o seu bem mais precioso, o cobria com carinho e sussurrava algo com delicadeza, mas a pequena pessoa não chorava e nem se mexia. Ele estava completamente imóvel nos braços do loiro.
Chanyeol sentiu seu coração apertar ao olhar aquela cena. Os outros médicos cuidavam da ômega sem vida na maca e pareciam esquecer que o Byun também segurava um cadáver nos braços.
— Baek…
O Pak chamou quando não aguentava mais ver aquilo. Se aproximou do ômega e pousou uma mão em seu ombro enquanto a outra tocava o bebê. A criança estava gelada mesmo com o calor dos braços de quem a segurava.
— Ele não é lindo?
Baekhyun disse e esboçou um sorriso enquanto olhava a criança em meio a lágrimas.
Chanyeol não disse nada e Baekhyun voltou a falar.
— Ela me deu ele… — o loiro abraçou mais a pequena figura e se afastou do alfa. — Agora você é meu bebê…
Chanyeol sentiu seu mundo cair ao ver o amor do ômega, ao ver o jeito que ele abraçava aquela criança e conversava com ela.
— Dr. Park. — Chanyeol se virou para uma enfermeira e logo ela apontou para o Byun. — Precisa convencer ele a soltar o bebê. Precisamos levar o menino.
O alfa suspirou ao ouvir o pedido, mas o melhor a fazer era convencer o ômega. Então ele foi até o loiro e abraçou as suas costas, sentiu Baekhyun ficar tenso e parar de andar, abraçou mais a criança e ficou em silêncio.
— Baek… Você precisa entender que não pode mais ficar com ele.
Chanyeol disse e sentiu Baekhyun se afastar de novo, o loiro se virou até que ambos estivessem frente a frente.
— Eu vou cuidar dele Chanyeol.
— Baek…
O alfa não tinha mais argumentos, e seu ômega não parecia querer soltar a criança.
— Me dê ele.
Pediu ao estender os braços e o Byun se recusou.
— Ele é meu.
— Eu só quero segurar.
Com isso Baekhyun pareceu ceder e logo entregou a criança para o alfa.
Chanyeol acomodou o pequeno em seus braços e por mais estranho que parecesse ele percebeu o motivo de Baekhyun não querer largá-lo.
— Ele tá vivo.
Baekhyun sorriu e passou a mão em seu rosto secando algumas lágrimas que caiam por seus olhos.
— É claro que está!
O ômega riu ao ver o espanto do Park. Chanyeol podia sentir o pouco calor do pequeno em seus braços e o jeito sutil que ele movia os lábios enquanto dormia em um sono profundo. A respiração baixa quase não era aparente se não prestasse atenção.
— Dr Park. Precisamos levar ele para a incubadora.
A enfermeira de antes voltou e não deu chance para Chanyeol pensar, apenas pegou a criança e a levou. Baekhyun foi atrás sem se importar com qualquer cansaço ou que estivesse sujo de sangue, o alfa ouviu o bebê chorar ao ser passado de colo em colo e antes de sair da sala de cirurgia o Byun o pegou outra vez. O neném ficava extremamente quieto em seus braços.
*
— E então, como ele está?
Chanyeol perguntou referente ao pequeno ômega que dormia tranquilo na incubadora.
Baekhyun estava sentado comodamente ao lado e tinha um sorriso sutil enquanto olhava o pequeno.
— Ele vai ficar bem…
O alfa sorriu aliviado e pegou uma outra cadeira para poder sentar-se ao lado do Byun.
— Ei, deixe ele dormir!
Repreendeu o ômega quando viu que este não parava de mexer com o bebê.
— Ele não está dormindo, é um pequeno preguiçoso.
Baekhyun riu e Chanyeol o seguiu quando ouviu um baixo gemido do bebê e este mexeu os bracinhos até que suas pequenas mãos pudessem agarrar o dedo do ômega.
— Que forte!
Baekhyun exclamou mais não parecia incomodado com aquilo.
— Ei, solte o meu esposo. — Chanyeol brincou com o pequeno tirando mais um riso do Byun.
— BongCha não escuta ninguém.
— Bongcha?
O alfa ergueu uma sobrancelha enfatizando a pergunta e por um momento viu Baekhyun hesitar antes de responder.
— É o nome dele…
Chanyeol suspirou enquanto percebia o que estava acontecendo ali.
— Baek… Você sabe que não vamos ficar com ele.
— Não vamos ficar com ele?! — o tom do ômega era alto, ele estava claramente exaltado e Bongcha percebeu isso já que começou a chorar.
— Ele não é um animal Chanyeol, não tem isso de ficarmos ou não com ele.
— Você entendeu o que eu quis dizer.
Chanyeol colocou a mão nas têmporas fazendo uma pequena massagem ali.
— Não quero saber, ele é o meu filho. Não quero saber se você gosta ou não dele.
A criança continuava chorando e Baekhyun o tirou da incubadora e o aninhou em seus braços mesmo que isso não fosse permitido.
Era estranho, mas ao ouvir a doce voz do Byun, cantando alguma música infantil o pequeno se calou, abriu os olhos, mesmo que minimamente já que a luz ali era muito forte, e ficou olhando o outro ômega o acalmar.
Chanyeol estava perplexo. Ele nem sabia por onde começar, ou como dizer para o Byun que não podiam ficar com o garoto.
Optou por dar um tempo ao ômega, logo a consciência iria bater e ele entenderia a realidade.
***
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