- Baghera, quando você disse que ouviu uma interferência no rádio, não pensei que fosse DESSE planeta que eles estavam falando.
A mulher loira de mechas rosa bufa, ajustando o rádio e ajeitando a própria mascara de gás
- eu sei o que tô fazendo, você tá vendo esse sangue no chão, né? Os caras da federação estiveram aqui. – a voz carregada de sotaque contesta – nós passamos por uma nave pousada em uma clareira um pouco antes dessa zona de guerra, quem sabe ainda tem alguém aqui que pode nos dar informação. Os caras do planeta ameaçado, o planeta Quesadilla.
O homem de verde com ela parece duvidar e focar o próprio olhar no horizonte, até ver algo se arrastando lentamente em sua direção.
Não...não era algo. Era alguém.
- putain de merde? Baghera...tem um cara vindo pra cá e ele tá coberto de sangue.
- Etoiles, para de brincadeira.
Agora o homem com sangue nas mãos chegava um pouco mais perto, ele parecia cansado e com febre e seus passos vinham com desespero, como se ele estivesse em um lago fundo e se esforçasse pra nadar.
Etoiles tirou Baghera de seu trabalho duro no rádio, puxando seu braço trajado e a fazendo olhar para a direção do homem.
Ele dá mais alguns passos e cai no chão derrotado.
- Etoiles – A mulher loira diz sem tirar os olhos do homem caído – pega uma compressa, A gente tem que levar ele pra dentro da nave e tratar os ferimentos.
- O QUE? Esse cara? Ele tá praticamente morto.
- Etoiles. – ela vira de repente com os dentes cerrados – a gente vai levar ele pra dentro.
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- Então, deixa eu ver se entendi, seu nome é Cellbit, faz pouco tempo que você entrou na vaga de soldado do império e segundo o soldado de cargo alto, Badboyhalo, você é sim apto a concertar e mexer no painel principal de controle da nave conduzindo algumas das extremidades do império pelo espaço, porquê...o condutor e o engenheiro mecânico sumiram?
-...sim?
Dentro das ultimas 14 horas, Cellbit matou o imperador do império, comeu seu coração e agora com a ajuda de Bad, deveria estar se infiltrando nas extremidades do controle antes que dessem falta do líder do império, ou pelo menos o que agora restou dele, vegetando na sala de jantar principal.
- Cara, isso é impossível – o jovem de cabelos castanho com franja platinada comenta, tamborilando em seu capacete – começando pelo fato de que eu sou o engenheiro mecânico, então....
Ah é, e Badboyhalo também devia ter se livrado desses dois soldados pra haver garantia de que ele não seria pego em antemão com a mão na massa, como agora. Sendo essa a única parte crucial, de...todo o plano?
Cellbit alcançou uma arma a laser recentemente roubada
- porra, valeu mesmo Bad.
- o que caralhos tá acontecendo? Por que tem tantos prisioneiros a bordo com a gente? Por que você ainda tá vivo mesmo depois de desobedecer as ordens? Onde tá o outro comandante? – o homem mais novo fez sua mão pairar em seu comunicador – ninguém diz nada pras pessoas de cargo mais baixo, mas eu sei que tem alguma coisa errada porque rumores sobre você correm muito rápido por aqui e ou você me explica tudo isso, ou eu aviso ao comandante que tem alguma coisa muito estranha acontecendo, e é melhor sua explicação ser boa ou eu vou te denunciar mesmo assim.
- eu mereço... – Cellbit murmura com a mão nos cabelos – até onde eu sei eu podia só matar você agora.
- e alertar todo mundo na sala do comandante, incluindo o imperador? – ele disse apontando pro botão facilmente em seu alcance – acho que não.
Cellbit mordeu a bochecha na parte do imperador, mas depois respirou fundo, é verdade que seria mais difícil sem o disfarce de soldado, se a nave toda fosse instruída a pegar e matar ele, provavelmente conseguiriam
- tá, tá, “tubbo"- ele leu o crachá agora a amostra do mecânico, apertando os olhos com um olhar cético - você acreditaria se eu dissesse que eu...preciso voltar pro planeta ameaçado... antes de ele ser destruído hoje...porque eu tenho que saber o paradeiro do meu...ahn...namorado. Tenho que salvar o planeta dele.
- seu namorado vive em quesadilla?
- ele costumava viver, mas agora que vamos destruir o planeta não sei onde ele pode estar e eu preciso chegar a tempo de saber se alguém recebeu algum sinal de rádio dele ou de um dos meus companheiros de equipe que deve estar bem ferido.
Tubbo cruzou os braços, sobrancelhas arqueadas em estresse.
- Então você traiu todos os seus aliados e amigos por causa desse cara? Só por isso? – ele parecia desconfiado – soldados não tem sentimentos. Como você pode ter...
- Eu não sei, mas existe um jeito. Ele me mostrou que eu não sabia nada do mundo lá fora como a gente acha que sabe e ele me ensinou algo, algo que ninguém me ensinou em toda minha vida porque eles querem que nós sejamos fracos e que a revolta não seja uma opção, mas também existe um jeito, Tubbo, um vespeiro é muito mais forte que uma abelha rainha.
O mais baixo suspirou como se estivesse ouvindo algo fora da caixinha e precisasse de paciência para compreender
- vou ser generoso com você e deixar você me explicar antes de eu apertar, o que isso significa, do que que você tá falando?
- tem alguma coisa pequena no bolso?
O mecânico tirou uma caneta vazia de uma abertura em sua roupa de baixo do traje e entregou com uma das mãos na defensiva.
- é melhor você saber o que tá fazendo.
Cellbit colocou a caneta no chão e posicionou sua mão perto, ele esperava estar fazendo tudo certo.
Seus olhos fecharam, sua respiração se acalmou...ele precisa pensar em alguma coisa. Precisa fazer essa caneta se mexer sozinha ou então ele vai foder com tudo.
Sua imaginação viajou até o dia da festa de comemoração do fim de missão.
Ele pensou na música antiga dos anos 94, “Lover you should’ve come over” veio com toda a força em seu subconsciente como se a musica realmente estivesse tocando agora, passando agradavelmente do vinil até seus ouvidos, seus antigos amigos espalhados e todos os nativos dançando em conjunto. Ele nunca tinha visto nada assim, e então uma voz começou a falar por trás de si. Isso nunca aconteceu antes, era como um sonho lúcido rápido, mas ele não pode abrir os olhos, não agora.
- Cellbit?
- Roier?
Ele se vira e encara um Roier de alguns dias atrás no festival. Rosto levemente alcoolizado e flores rosa no cabelo e no pescoço, provavelmente amarantos.
Uma coisa era diferente, no entanto, ele estava sério.
- o que...?
- confia em mim.
A mão do se cabelos castanhos se posicionou em seu peito e assim que uma pressão foi feita seu peito começou a queimar.
- A força viva vem do sentimento, de se estar vivo, Cellbit, e você sente um amor descomunal por ele. É o sentimento mais forte que se pode ter.
-...Ele?
- Eu, Ou pelo menos, quem você quer que eu seja. Ele.
Uma explosão de luz veio a sua visão, sua mão começou a formigar e então ele abriu os olhos.
A Caneta estava girando no ar.
Tubbo estava com as mãos atrás da cabeça perplexo
- PUTA MERDA!
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Roier acordou com uma compressa de água quente na testa, sua visão turva dificultava com que ele percebesse exatamente onde estava, mas o ambiente era fresco e protegido do sol.
Se levantar era quase tortura então ele percorreu seu torço com a mão esquerda procurando seu sabre no bolso do manto.
Demorou um pouco mas lá estava ele. O moreno respirou aliviado, encarando suas mãos. suas luvas ainda estavam ensanguentadas mas seus dedos limpos e sua barriga enfaixada.
Olhando em volta, essa não é a nave de Quackity. Ele não sabe que lugar é esse e não lembra de ter chegado aqui.
Quem fez isso?
- Oh, Baghera, il est réveillé!
Roier deu um pulo e puxou o próprio sabre em posição defensiva
- EI, EI eu não vou te machucar, cara! A gente que te trouxe pra cá, tá tudo bem – Roier ascendeu o sabre ignorando as palavras proferidas por ele – ABAIXA ESSA COISA, Merde...BAGHERA!
Uma mulher loira e alta apareceu na porta oposta em alguns segundos, sua expressão era estressada como se ela não tivesse certeza do que fazer
- quem são vocês dois? Por que tem uma nave aqui?
- Abaixa essa arma – a mulher disse com os braços para cima – Abaixa e a gente explica, porra
- pede pro seu amigo abaixar a dele
Etoiles tinha puxado uma espada fina de combate na mão
- abaixa a arma e sai bem devagar, Etoiles. Eu lido com isso.
- QUE? Baghera, il va te couper en petits morceaux, ce truc dans sa main n'est pas une bonne chose, ça veut dire qu'il peut nous tuer en utilisant le pouvoir de son esprit s'il le veut, tu es fou?
Roier franziu o cenho, que língua é essa? Eles são nativos desconhecidos?
- J'ai déjà dit que je m'en occuperais, sors d'ici, je ne le répéterai pas.
O homem de verde e cabelos claros guardou a espada com lamina indignado e saiu de costas bufando, deixando Baghera e Roier sozinhos.
Roier guardou seu sabre e se levantou com dificuldade
- Olha, obrigado pela ajuda, mas eu tenho que sair daqui, não posso ficar mais nenhum segundo.
- tudo bem, vou te fazer perguntas rápidas, nada que vá tirar seu tempo de mais.
- eu duvido – o rebelde murmurou cansado – que tipo de perguntas? Quer saber meu nome? Da onde venho?
- Não. Isso eu Já sei, Roier Diluke do planeta ameaçado Quesadilla, data marcada de exterminação hoje – ela disse pacificamente, observando o mais novo arregalar os olhos em surpresa – quero saber quando o império esteve aqui, se eles levaram um homem chamado Philza e mais alguns habitantes junto. Ontem eu perdi contato com nosso informante infiltrado lá dentro, seu nome era Antoine, o rádio dele não funciona mais e nós não sabemos se ele morreu em combate ou talvez tenha sido descoberto e esteja preso com alguns Nativos daqui.
- eles estavam aqui na madrugada de ontem – Roier suspirou – levaram alguém importante pra mim também...e mataram um dos meus amigos.
- e você matou alguém também, não foi?
Um silencio tomou a sala, como ela sabe tanto?
- o que te faz pensar isso?
- quando eu e o Etoiles achamos você desmaiado, você estava todo ensanguentado, mas quando eu estava tratando seus machucados só tinham cortes superficiais no seu torço e pulsos. Esse sangue não é seu.
Roier se deu por vencido, olhando para todas as partes do cômodo menos Baghera. era como se tivesse vergonha e orgulho de seu feito. Como se tivesse gostado de fazer algo não permitido.
- Eu matei o escroto que matou meu melhor amigo, mas devia ter deixado o povo daqui mata-lo em praça publica por tudo que fez. Só eu tive o prazer da vingança e no final, ainda me sinto incompleto.
- presumo que tenha sido um soldado
- não é o soldado que vocês estão procurando, seu nome não era Antoine. Ele era muito desprezível para estar do nosso lado, ajudou a matar muitos Nativos aqui e sabe-se mais onde...
Baghera finalmente se aproximou e apertou o ombro do mais baixo de leve, não esperando uma continuação da frase.
- então fez bem em mata-lo, sinto muito que tenha perdido seu amigo, mas ainda podemos salvar seu Namorado.
O moreno deu um pulo, bochechas esquentando
- como você...? Ele não é...
- eu intercepto ligações de rádio, sei dos boatos do império e algumas vezes ouço o imperador. O que envolver uma conexão de voz, pode apostar que eu posso ouvir, assim fica fácil de saber os próximos movimentos do inimigo. Pelo que eu sei, você estava com um ex soldado, e disse que ele era “alguém importante pra você" além de que essas situações de motim dentro da federação não são muito comuns... parece que o cara arriscou tudo só pra vocês ficarem juntos... vocês namoram.
Roier estava prestes a dizer alguma coisa sobre isso quando Etoiles, com sua armadura pesada e agora uma bolsa grande de couro cheia de coisas em seu ombro, tropeçou pra dentro sem mais nem menos
- Desculpa interromper a negociação de vocês, mas eu trouxe algumas peças para aprimorar a Vieux peut.
-...A o que? – Roier mordeu a língua confuso – que tipo de língua é essa?
- Vieux peut, Significa lata velha – Baghera sorriu gentilmente – você não deve saber mas nós costumávamos morar em um planeta de gelo ao norte, eles estão quase todos extintos graças ao império, mas ainda sobraram alguns. Estamos tentando evitar que eles venham a visitar os que restaram, lá existem nativos do norte que falam uma língua diferente dos daqui.
Roier assentiu admirado observando Etoiles despejar todas as peças que encontrou na cama.
Roier sentiu seu coração parar de repente, entre todas aquelas peças uma delas se destacava. Era cilíndrica e brilhava, seu vidro estava velho e sujo é o que devia ser um brilho amarelo virou alaranjado, mesmo assim, estava em sua função plena, esperando para gerar energia.
Era um gerador, este estava intacto.
- ONDE VOCÊ ACHOU ISSO? – Roier gritou agarrando-o como se fosse quebrar a qualquer instante – não tem mais nenhum gerador de energia acumulada aqui...
- sim, não sei se você sabia, Roier, todas as naves tem um painel e nesse painel de funcionamento, tem um gerador de energia acumulada. Parece que este está bem usado, mas serve, estava na nave que você veio – Etoiles sorriu confuso batendo a poeira das mãos – não sabia que você gostava de peças de naves?
- ele não gosta, idiota, essa peça serve pra fazer um campo magnético, é cara e muito difícil de achar. Acho que foi por isso que eles vieram – Baghera cutucou o ombro do de verde – vamos dar uma carona pra ele até Quesadilla, assim ele pode ganhar tempo e proteger o planeta pra não haver bombardeio.
- ué, pensei que ele vinha com a gente?
Roier voltou sua atenção para os dois
- Aonde vocês estão indo?
- A gente tá indo trazer nossos amigos de volta – Baghera assentiu – vamos invadir o império pela porta de trás, mas você tem que proteger seu planeta.
- Mas e depois? Está planejando tirar todos os prisioneiros de lá? Se conseguir, vai devolver eles pra todos os planetas respectivos que eles pertencem?
Etoiles interrompeu, indo a frente de Baghera
- Tá sugerindo que quer que nós deixemos essas pessoas no seu planeta?
- estou dizendo que vocês podiam invadir comigo e depois que salvarmos todo mundo, podem levar essas pessoas ao meu planeta por enquanto assim vamos estar seguros e ninguém vai seguir a gente.
Os dois se entreolharam
- Roier está disposto a se arriscar novamente e invadir com a gente mesmo? – Baghera perguntou – Não tem medo de morrer, de não conseguir salvar ninguém se não entregar o gerador depois?
- Estou e não tenho medo – ele decidiu com um tom exageradamente serio – porque soy la eminencia
Os nativos riram, prontos para partir
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Cellbit não poderia acrescentar muito se fosse descrever como foi usar a força viva. essa foi a coisa mais fantástica que já lhe aconteceu e agora ele sentia que milhões de possibilidades estavam abertas a si em combate.
Mais que isso ele sentia saudades, era como se uma explosão sentimental tivesse acontecido dentro de si e tirado seu ar, era difícil de continuar com essa sabotagem enquanto não pudesse se concentrar em seu objetivo, mas passou pela sua cabeça que essa é uma das primeiras vezes que ele se sente tão humano, tão vivo, na verdade.
- Cellbit? Ouviu o que eu disse?
- ahn? O que?
- Cara aquilo da caneta fritou seus miolos né? – Tubbo levantou os óculos de mecânico acima da cabeça – eu disse que só faltam dois fios reajustados, não sei se vou conseguir mexer no rádio, mas posso atrasar a nave, posso fazer ela ficar mais lenta e a gente pensa em algo.
Tubbo se revelou bem complacente dês de que viu a caneta girar violentamente no ar, é verdade que esse era um grande choque de cultura, mas ele também parecia entusiasmado e aberto a saber mais.
Ele veio de um planeta ferro velho, assim como Quackity um dia foi de lá. A pobreza e a miséria são o grande reinado do caos e escravidão dos nativos desse planeta de trabalhadores, talvez isso tenha contribuído para uma sede do saber e curiosidade. Cellbit sentia certa empatia por ele.
- ISSO! – Tubbo gritou ligando os últimos um com o outro e dando alguns pulinhos, ele era muito pouco sério para alguém que trabalhava no império, Cellbit pensava – consegui, atrasei eles, agora vou procurar um manual para avisar alguém de Quesadilla por um rádio, comunicador, algo assim.
- Espera, você não pode fazer a nave mudar a rota, temos que tirar os prisioneiros daqui, podemos deixar eles em Quesadilla.
O mais novo se virou, sua expressão sorridente sumiu
- Cara, quer mesmo salvar esses prisioneiros? É eles ou um planeta inteiro.
- e por que não os dois?
- porque essa nave é uma ameaça ao planeta que você quer proteger, quer que eu desenhe? – ele arqueou uma das sobrancelhas – é como levar uma bomba relógio ao banco, temos que mudar a direção da nave e tirar ela de perto de Quesadilla de vez, talvez assim possamos destruir essa unidade do império.
- e matar todos aqui dentro? Eu prometi que não deixaria.
- se for o jeito, sim.
Então é isso. Não veria Roier de novo, mas isso significa que ele poderia proteger o que ele tentou proteger desde o começo. Ele poderia honrar uma promessa, Seus olhos encheram de lágrimas.
Uma mão pequena descansou no ombro de Cellbit em consolação
- sinto muito, mas seu plano era inconsistente, a não ser que alguém responda o rádio e nos tire daqui, temos que evitar esses caras chegando em qualquer lugar, e nós não temos muitos aliados só eu você e o comandante de missão...
Assim que Tubbo proferiu essas palavras, uma sirene começou a ressoar fazendo um som estridente, uma luz vermelha tremeluziu e uma voz robótica anunciou alto
“Código 10 violado, o imperador está abatido, emergência, código 10 violado...”
O Anuncio se repetia a medida que as luzes piscavam, e a porta se abriu.
Tubbo e Cellbit aflitos se viram para um Badboyhalo com uma arma carregada a laser na mão
- Eu sinto muito...
- BAD, QUE PORRA VOCÊ FEZ?
Antes que algo mais pudesse ser proferido por Cellbit o comandante posicionou a arma na cabeça e fez menção de disparar
- eu não sou apto de desobedecer as regras, Cellbit. Sinto muito pelo que causei.
Assim um tiro só foi com tudo em sua testa e o fez cair de lado no chão, sem vida.
- BAD!?
-...CELLBIT? O QUE A GENTE FAZ?
- eu...eu não sei...
- CELLBIT ELE TÁ MORTO, O IMPERADOR TÁ SENDO REMONTADO PORQUE ELE DISSE QUE VOCÊS MATARAM ELE. FODEU. A GENTE TÁ FODIDO.
- Calma, Me deixa pensar! Caralho! Ele não vai remontar porque eu comi o coração dele.
- VOCÊ O QUE?
- COMI O CORAÇÃO DELE, E DAÍ?
- CARA, ELES TEM OUTROS CORAÇÕES DISPONIVEIS, NÃO ADIANTA, TEM QUE CREMAR O DESGRAÇADO.
O loiro escuro ri sarcástico
- tá e AGORA você me diz isso.
- Não adianta brigar agora, a gente tem que sair daqui, vou tentar mexer no rádio e falar com alguém, qualquer pessoa, mas já vou te avisando que a lentidão da nave não vai durar muito tempo.
- tá e quanto tempo exatamente você acha que vai levar até acharem a gente aqui em baixo?
O homem de cabelos cacheados se endireitou pensando um pouco, depois tirou a arma de Bad das mãos frias e entregou a Cellbit
- Logo. É melhor você ficar de vigia lá fora enquanto eu tento aqui. Vou tirar a gente e você vai me ensinar a fazer essa mágica da gravidade zero, tá ouvindo?
- ...tudo bem, a gente se conhece a pouco tempo Tubbo, mas confio em você.
“ 1, 2, 3 tem alguém me ouvindo?”
O Rádio de repente profere, muito baixo com uma grande porção de sotaque, Tubbo tropeça pra tás e se apoia no painel de controle
- CELLBIT, DEU CERTO. EU MEXI NO RADIO E FUNCIONOU.
- tô orgulhoso. – ele bagunçou o cabelo do mais baixo – sabe como fala com eles?
- eles estão perto da nave, é muita sorte, se não, não teria interceptado, mas fora isso não sei se é possível nos ouvir.
“ repito, alguém me escuta?, se alguém está preso e nos ouve pelo rádio, precisa de ajuda, estamos adentrando pela entrada de trás onde vai a carga extra.”
- tenta dizer alguma coisa, aperta os botões aí
- não é assim que funciona Cellbit, qualquer coisa que eu fizer de errado pode ferrar mais a gente nessa situação. – Ele pareceu querer arrancar os cabelos mas depois se concentrou e segurou um botão pequeno perto de um microfone mal posicionado – tem alguém me escutando? Se sim, eu sou o engenheiro mecânico da nave e estou tentando escapar com um fugitivo do império e...em media treze pessoas presas talvez?
- acho que tá mais pra umas vinte e cinco – Cellbit acrescentou – vinte e sete talvez?
- cara eu tô tentando negociar um plano de fuga pra gente aqui.
Um silencio preocupante se instalou
- é, não deve estar funcionando...
“ Compreendido, consegue levar essas pessoas até a saída da nave? Imagino que o caminho possa ser meio longo"
Agora era uma voz feminina apreensiva com um sotaque semelhante
- É ISSO, PORRA! – ele se debruçou contra o painel – SIM SIM SIM SIM POR FAVOR TIREM A GENTE DAQUI.
Cellbit riu anasalado, a verdade é que os dois estavam morrendo de medo de a qualquer instante alguém entrar e mata-los com um tiro na cabeça, agora Tubbo não poderia mais voltar atrás como um dia Cellbit cogitou porque estavam mesmo em risco de vida.
A interferência acabou sem resposta alguma, dando a entender que o plano estava decidido.
Talvez houvesse esperança no fim.
Cellbit engatinhou a pistola em sua mão pronto para sair com os prisioneiros ao seu lado.
- Você busca eles, eu vou pelo corredor superior chamar atenção das pessoas na segurança, meu uniforme é a prova de bala a lazer assim como o de todos os soldados, pronto?
- por que eu sempre fico com o mais difícil, hein?
- ei, sou eu que vai lidar com os soldados correndo na minha direção, você vai só conduzir umas treze pessoas...
- vinte e sete.
- é, mas que diferença faz? Você é o Super Cellbit. – ele sorriu mexendo na própria maleta de mecânico, assim tirando um molho cheio de chaves e um tubo familiar – essas chaves são suas, uma delas abre as celas, agora me dá a sua arma.
- o que? E se alguém aparecer?
Tubbo endureceu o rosto e ergueu o tubo em sua mão para cima, apertando em algo e então Cellbit soube naquele momento do que se tratava.
Um sabre de luz, vermelho de uma ponta só. Ele só viu um com Roier, e agora teria seu próprio.
- Isso é seu, de nada. Use com sabedoria.
- mas eu nunca...
- Cellbit, você matou o imperador e faz objetos flutuarem com sua mente, é claro que sabe usar um sabre, agora vai lá.
O loiro assentiu olhando uma ultima vez antes de sair para resgatar os prisioneiros.
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Cellbit corria em passos pesados, despistou alguns soldado e acertou outros com seu sabre de uma vez só, quando finalmente chegou a sala onde estavam os nativos se surpreendeu com ninguém vigiando e entrou com tudo se deparando com a mesma escuridão e olhos aflitos
- hum...Oi! O meu nome é Cellbit...ah, foda-se, isso não importa, vim tirar vocês daqui. Preciso que colaborem e me sigam, vocês vão ficar bem.
As pessoas não se mexeram, algumas olhavam curiosas, outras evitavam ao máximo as grades.
Talvez fosse impressão mas Cellbit imaginava que mais prisioneiros estivessem ali, as grades pareciam meio vazias agora.
E então ele notou. Vegetta não estava mais lá.
- está procurando seu amigo? – o homem loiro surgiu da escuridão – ele se foi.
- ...o que?
- algumas das pessoas que estavam aqui foram mortas a sangue frio na nossa frente antes de você vir. Outras levadas – os olhos cinza estavam vazios, Philza já viu dias melhores – levadas para serem comidas pelos trabalhadores ou substituir algum membro do imperador danificado pós morte. As que morrerão foram por diversão. Eles riam e atiravam como se fosse um treino de pontaria. Ele foi em vez de mim.
As mãos de Cellbit tremiam as chaves no molho se debatiam umas com as outras.
- eu vou tirar vocês daqui...me desculpa...desculpa pela demora.
- eu só tenho que agradecer por cumprir sua promessa se eu puder ver meu marido e filha de novo, Cellbit.
O sangue manchando as botas do homem gato o fazia estremecer, então isso não era agua suja, todas as poças no chão são de sangue que as vitimas inocentes derramaram.
Ele sentiu ânsia de vomitar, mas respirou fundo e procurou a chave, tentando uma por uma com um certo desespero. Quando finalmente abriu com uma pequena e suja de ferrugem sentiu o alivio tomar conta do seu corpo.
Philza saiu andando devagar com os olhos no chão e Cellbit passou para a próxima cela, e depois a próxima, e mais outra. Ele abriu algumas celas mas não todas elas, dando noticia de que muitos nativos realmente morreram horas atrás e o vazio era o que restava era o vazio.
A ultima cela tinha uma criança como algumas outras, mas essa é menor e parece assustada.
- pode sair, não vou te machucar.
Ele foi para o canto da parede e tampou os olhos com
as pequenas mãos
- qual é o seu nome? – Cellbit falou baixo para não assustar ele e todos á sua volta – onde estão seus pais?
Ele permaneceu imóvel, antes de Cellbit suspirar e se aproximar devagar, segurando a criança nos braços, que deu um pulo e tampou os olhos novamente.
- Não precisa ter medo, Pepito. – Philza o pegou no colo – a gente já vai embora.
Uma batida na porta ressoou fazendo todos ali entrarem em alerta de repente
- quem está aí? Destranque a porta, não vou repetir.
Um soldado.
- é o seguinte, preciso que todos me sigam...todo mundo entende minha língua?
Alguns olhavam perplexos, outros assentiam
- deixa comigo Cellbit. – Philza deu algumas batidinhas no ombro alheio, ele limpou a garganta - Sigue a Cellbit y trata de no morir, estamos a punto de escapar.
Agora as pessoas pareciam entender e organizar suas coisas, algumas crianças no colo de adultos e escondidas em suas pernas.
- obrigado.
- agradeça ao meu esposo Missa, sem ele eu não saberia nada disso.
Cellbit se preparou para destrancar a porta, assim que abriu prensou o soldado á espera na frente e o deixou inconsciente
- vamos logo, não tem mais tempo para matar, temos que sair.
Eles se apressaram em fila indiana pelos corredores até avistarem Tubbo no fim, cheio de sangue na roupa e nas mãos
- POR AQUI PESSOAL!
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Assim como prometido o galpão estava acomodando uma nave menor, e perto da nave no chão vários soldados do império jaziam mortos. Cellbit se espremia entre os nativos para passar e ver sua esperança de resgate, mesmo que cerca de nove pessoas tivessem morrido na prisão, ainda havia muitas saindo e correndo até a nave, fazendo com que o loiro tivesse dificuldade de ver ou ouvir
- calme, calme um de cada vez! – um homem alto de verde dizia ao lado da entrada da nave – sem empurrar!
E então o tempo parou.
Cellbit parou de andar quase sendo atropelado pela multidão vendo um cara um pouco mais baixo encapuzado e de óculos com múltiplas lentes tal qual uma aranha, girando um sabre ponta dupla na direção de um soldado quase morto.
Ele tirou o capuz junto ao óculos respirando fundo.
Roier.
- ROIER!
De repente seus olhos se encontraram no meio do tumulto
- CELLBIT!?
O mais velho tropeçou no meio das pessoas, mas levantou e deu seu máximo para afasta-las irritadas do caminho
- Gatinho voy por ti!
Os dois tropeçaram nos próprios pés e esbarraram na fila tumultuada até se apoiarem um no outro em um abraço sufocante.
- eu pensei que nunca mais ia te ver, pensei que você tinha morrido, eu senti tanto sua falta você nem imagina tudo o que aconteceu, pensei que morreria e nunca mais veria você de novo e você nunca poderia saber o quanto eu amo você e quanto eu nunca quero que a gente se separe porq-
O mais baixo puxou o terno ensanguentado selando qualquer duvida ou possível palavras do outro homem.
O beijo era desesperado e foi separado bruscamente
- também te amo, te amaria mesmo que nunca mais pudéssemos nos ver de novo, entendeu?
O loiro sorriu descansando as mãos nas bochechas alheias
- Ay, que roupa bonita eles te arrumaram, você tá muito gostoso.
- é sério, É isso que você tem pra me dizer?
Os dois riram e voltaram a se beijar, Cellbit segurando o menor como se tivesse medo de ele escapar ou sumir de novo.
- Ahn...odeio atrapalhar vocês dois, mas, a gente meio que não terminou a missão ainda.
Ao contrario de Baghera, Tubbo parecia achar a cena cômica e chorar falso ao seu lado
- para de ser estraga prazeres, o amor é lindo – ele riu, virando de costas para o casal e forçando Baghera a fazer o mesmo – continuem, a gente vai ajudar o resto das pessoas abordo.
- eu não concordei com isso.
- tarde de mais, vamos logo, deixa eles em paz.
Roier e Cellbit riram segurando as mãos e voltando de novo para si mesmos
- quem é esse?
O loiro riu coçando o cabelo bagunçado enquanto ambos assistiam os nativos sendo despachados abordo.
- Esse é o Tubbo, ele me ajudou porque é mecânico.
- como convenceu ele? – o mais baixo questionou curioso – normalmente esses caras não cedem por nada.
- eu sei, mas fiz o mesmo que você fez pra mim. Ensinei que a força existe.
Os dois riram assistindo ele animado correndo atrás de Etoiles e Baghera, ajudando a carregar algumas coisas roubadas pra dentro.
- parece ter funcionado, também tive muita sorte de ter achado aqueles dois, se não eu não estaria aqui agora. Viajantes de terras distantes existem mesmo, né?
- É, e em falar nisso, onde está o Quackity? – Cellbit perguntou sorrindo – conseguiu costurar a ferida direito ou ele ficou mais feio que o normal?
Um silencio obscuro perdurou por instantes
- Cellbit...julgando enquanto olho em nossa volta...só sobrou nós dois da nossa tripulação inteira.
-...Ah. Eu pensei que...
Ele sentiu uma lagrima pairar por seu rosto, depois mais uma, mas então o lábio inferior de Roier tremeu e ele sabia que não era o único abalado com a situação.
- desculpa...me desculpa eu podia ter tirado ele de lá, podia não ter colocado a vida de todo mundo em risco. Tudo que aconteceu até agora foi porque eu precisava fazer essa barreira magnética no meu planeta funcionar e mesmo agora, não tenho certeza se vou conseguir.
- Guapito, tá tudo bem, a gente tá bem, é isso que importa. – ele acariciou os cabelos escuros – nada disso é culpa sua, pra começar eu fiz parte de quem começou isso. A gente vai resolver isso junto.
- promete que sim? – ele fungou nos braços do mais velho – promete que depois daqui...a gente...mesmo que eu tenha feito você entrar nessa e passar por tudo isso, a gente ainda pode ficar junto no fim...? Mesmo que eu represente tanta dor e perda pra você...
- Eu quero casar com você, Roier.
Silencio.
O mais novo voltou o próprio rosto corado de choro com adoração para cima, vendo uma face séria de um Cellbit decisivo.
- O quê?
- depois daqui, se você aceitar, eu quero passar todos os meus dias ao seu lado, e eu prometo que vou pedir formalmente e decentemente pra você, e fazer uma cerimonia, seja lá como elas se parecem, mas eu nunca experienciei o amor que sinto agora antes, e eu nunca, nunca vou deixar que isso se perca. Roier, Guapito, eu quero viver uma vida com você fazendo coisas domésticas e brigando por coisas estupidas como quem vai lavar as roupas primeiro ou quem vai fazer o jantar. Eu lutaria, mataria e morreria pra te ter dormindo do meu lado todas as noites ou te beijar pela manhã. Preciso que você saiba disso, preciso que saiba que nunca vou te deixar de lado. Nunca, nunca mesmo. Então por favor...
Algumas lágrimas desceram pelas bochechas alheias. Roier parecia mesmerizado, boca entre aberta e olhos surpresos desfocados, contemplando uma possível resposta para toda aquela declaração. Ele nunca foi tão amado antes.
- EI! ROMEU E JULIETA! – Etoiles gritou da escada da nave chamando a atenção dos dois – A GENTE TÁ PRONTO PRA DECOLAR, VENHAM ANTES QUE MAIS ALGUÉM APAREÇA!
Cellbit sorriu gentilmente passando um braço pela cintura do outro e o beijando rapidamente, em seguida voltando em passinhos rápidos para a nave, Roier seguindo logo atrás envergonhado.
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- Então, quanto tempo até nós chegarmos no planeta? Não tenho sinal da comandante Jaiden há algum tempo, espero que tenhamos ganhado vantagem contra eles.
- tranquilo, chegamos em algumas horas partenaire.
- não sei o que isso quer dizer.
- significa parceiro – Baghera sorriu sem tirar os olhos da direção, pilotando normalmente – como “parceiro" soa na sua língua?
- hmm...”Socio”? “pareja"? Não...bom, como somos amigos em uma missão eu diria “compañeros de equipo”?
- como companheiros de equipe? Gostei disso. Foi bom aprender com você Roier, espero poder fazer isso mais vezes.
- Igualmente.
No momento, Roier se apertava na cabine de piloto junto com alguns tripulantes em pé e sentados nas janelas, ele queria ver Baghera pilotar para ter certeza de que ela não erraria o caminho. Ele estava muito perto para falhar.
Algumas crianças corriam na nave, adultos se acomodavam e andavam livremente, no geral, todo cômodo estava cheio menos os quartos de trás. Quartos de trás onde Cellbit estava.
Não o leve a mal, ele recebeu uma permissão de Tubbo e Etoiles de ficar com Cellbit, eles cuidariam dos nativos e ele saberia quando chegassem em Quesadilla, mas ele não queria desfocar da missão até que ela chegasse ao fim.
Mais que isso, ele não queria ser sobrecarregado por toda aquela adoração sobrenatural de novo, ele sabia que se voltasse lá se afogaria, perderia o ar e nunca mais respiraria novamente. Suas pernas bambeavam só de pensar na voz, e no rosto e na risada e no jeito que ele o fazia ficar sem graça tão fácil. Se ele escolhesse desfocar na missão não aguentaria muito. Ele sabia disso.
- O que tá te fazendo pensar tanto, amor?
O mais novo estremeceu no lugar. Era seu fim.
- AH!? Eu tô bem! Só um pouco cansado!? Acho melhor eu voltar pra ajudar a Baghera.
Cellbit puxou o menor pela cintura, colando seus corpos prensados na parede em instantes, nenhuma alma viva ousaria passar naquele corredor porque a tensão provavelmente bloqueava a passagem
- por que você tá me evitando? – Roier abaixou a cabeça tentando conter um gemido surpreso com o sussurro repentino – não vai me dizer que tá com medo de perder o foco na missão por causa de mim, Guapito.
Bingo. Como ele sabe tanto?
- o que te faz pensar que você é a razão de eu estar agindo estranho de repente?
- porque eu conheço você. Sei que você estava prestes a explodir hoje mais cedo e agora não sabe o que me dizer. Sei que você tem medo de me perder tanto quanto eu tenho de perder você, mas eu sei que você também quer me tocar e me beijar e se entregar pra mim. Porra, você é tão meu, Roier.
Ele se perdeu, Se afogou.
Está totalmente imerso nos olhos azuis meio fechados, ele não pode mais se conter.
- me diz sim, só me diz que sim.
O mais velho levantou as bochechas vermelhas, os dois em um beijo caloroso se movendo lentamente no corredor
- Si, Sim Soy – Roier respirou baixinho – te quiero, gatinho.
- Te quiero, guapito.
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- Obrigada pelos esforços á todos vocês – Jaiden parecia emocionada – depois de tantos anos, esse é o primeiro planeta ameaçado salvo. Devo isso principalmente ao Roier.
Alguns nativos em volta batiam palmas de forma animada
Roier olhava com vergonha para o chão sorrindo educadamente, Jaiden ergueu o gerador e encaixou na maquina apoiada em uma haste, que desferiu um raio no céu e assim, protegeu o planeta. A noite era linda de se ver e pela primeira vez os rebeldes sentiram esperança.
Uma comemoração em volta da fogueira se instalava, alguns dançavam, outros pulavam e corriam. A maioria descansava aliviada, isso incluía Roier.
- Estou orgulhosa. Bobby e seu avô também ficariam.
- Obrigada, Jaiden.
Ela assentiu sorrindo sentando ao seu lado, apreciando a música ao longe.
- e agora? Pretende ficar com a gente, ou vai voltar com eles?
- acho que eu e Cellbit temos algumas desculpas e presentes para dar ao planeta que nos acolheu. De lá eu não sei. Estamos pensando em um casamento, vamos viver em algum canto perto, mas quero visitar.
- estou feliz por você. – ela sorriu de forma doce – você cresceu Roier, mudou nossa vida para melhor. Lembre que vou ser sempre grata por isso.
O mais novo parecia abalado com a conversa, ele estendeu uma mão e recebeu um abraço em troca.
- Roier! – Cellbit gritou com uma coroa de flores na mão – Vem dançar, pendejo!
- Já vai!
Jaiden riu batendo no ombro do de cabelos castanhos, autorizando sua saída.
- e aí? Pronto pra tropeçar até cair na fogueira comigo?
- pensei que você sabia dançar á esse ponto.
- não tive tempo pra treinar ainda.
Os dois riam e dançavam como na primeira vez.
Logo mais selando seu destino.
Juntos entre as estrelas e os planetas.
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