Notas do Autor
Bem, após muitos e muitos anos luz, estou eu aqui de novo... (finalmente)
Sei que demorei demais dessa vez, em postar a continuação e peço que me desculpem (tava trabalhando demais e sem tempo para nada), mas não desisti da fanfic, então não me matem! Aqui vai um capitulo quentinho para vcs!
Espero que gostem.
Boa leitura!
Kissus...
Capítulo 7 - Sede de Vingança
Londres.
Ano de 1918.
- Está tudo pronto? – sua voz grossa bradou, enquanto andava de um lado para o outro. Os passos fazendo barulho no assoalho de madeira e ecoando pelo extenso Teatro Municipal.
- Sim senhor. Todos já estão aos seus postos, esperando apenas o seu sinal de consentimento.
- Perfeito. - murmurou lentamente para só depois soltar uma estrondosa risada capaz de fazer aparecer suas presas brilhantes e afiadas. – Logo ele estará aqui e com toda a certeza não virá sozinho. Então podem matar todos com exceção dele! Pode se retirar agora, o meu sinal que consentimento está dado, divirtam-se.
- Entendido Mestre.
O homem de estatura alta, cabelos longos e loiros como ouro, fez uma reverencia a seu amo e senhor e em seguida lançou seus brilhantes olhos azuis em direção a um vulto na penumbra. Um sorriso demoníaco brotou em seus lábios demonstrando o quão grande era seu contentamento em receber aquela ordem. Então disparou na velocidade da luz, desaparecendo por entre as cadeiras do enorme auditório.
A pouca iluminação não clareava com perfeição o ambiente e após alguns minutos as luzes foram acesas. O líder e senhor, conforme o servo havia dito, se aproximou lentamente de um dos pilares do palco central, onde uma linda mulher de beleza comparada a mais doce manha de primavera e cabelos róseos, se encontrava amarrada.
- Agora somos apenas você e eu, minha cara. – seu rosto se revelou da escuridão, mostrando a imagem do ser mais belo existente na face da terra. A pele incrivelmente perfeita, pálida como a neve mais pura que caia no inverno, os longos cabelos negros que pendiam abaixo dos ombros refletiam o negro brilhante de seus olhos. Um anjo seria pouca comparação para ele.
- O que quer de mim? – ela perguntou se contorcendo, tentando em vão se soltar das amarras. – Quem é você?
- Tem certeza de que não sabe, meu doce anjo?
- Você é um...
- Assim como o seu amado, sim. Eu sou um vampiro. – levou suas mãos em direção ao rosto suave e pálido a sua frente e o acariciou. – Caçadora...
- Então é isso... – sussurrou virando de lado o rosto, desviando-se do toque daquele ser do qual emanava apenas trevas. – É uma armadilha para atrair mais de nós?
- Como você é tola. – ele gargalhou se afastando e deslizando os dedos pelos longos cabelos negros. – Pretendo atrair um peixe muito maior... Espero que não se importe em me servir de isca.
Cento e dez anos mais tarde...
Tókio.
Ano de 2028.
- Daquela vez eu falhei. – o homem bradou enquanto relembrava de acontecimentos passados. A pouca iluminação que se adentrava pelas fendas da antiga masmorra não clareava o ambiente com perfeição. – Mas não pretendo cometer o mesmo erro.
Ponderou erguendo-se bruscamente da cadeira e encarando um por um dos convidados ali presentes. Durante anos conseguira reunir um exercito poderoso e imbatível, e embora tenha falhado em uma batalha recente, justamente por “ele” ainda estar vivo, o seu único empecilho, sabia que dessa vez as coisas seriam diferentes. Que finalmente o destruiria.
Não se permitia errar mais uma vez!
- Suigetsu, tenho novos planos para você. – mirou um rosto pálido que se encontrava na cadeira a sua frente.
- Pode dizer mestre. – concordou o servo de cabelos medianos em um tom estranho de cinza, a beleza de sua face comparada a mais bela escultura de um artista e olhos com uma intensa cor arroxeada.
- Quero que você e seus homens recuem mais com os ataques e iniciem um novo recrutamento.
- Sim meu senhor... – um sorriso maléfico ganhava forma em seus lábios, porém seu olhar demonstrava certo incomodo em receber aquela ordem. – Mas, o que possuímos já não é o suficiente?
- É sim meu caro Suigetsu, mas pretendo utilizar por enquanto peças menos valiosas. – respondeu ajeitando a mascara de tonalidade escura em sua face, enquanto seus olhos vermelhos cintilavam com ainda mais força. O desejo de vingança e a sede de poder, evidentes em seu semblante. – Eu quero espalhar o caos, mas pretendo guardar o melhor para o final. É assim que os poderosos agem! – finalizou.
Não esperou por uma resposta de seu servo, apenas se afastou adentrando pelos corredores úmidos e escuros que davam para os andares de cima. Já havia anoitecido e agora era o momento dos imortais saírem para se divertir. Caminhou até uma estreita abertura que o levou para a entrada de sua fortaleza. A enorme sala de estrutura medieval, iluminada por algumas velas espalhadas por sua extensão, se revelou a sua frente. Junto com uma sombra que o aguardava silenciosamente sentado em um trono no canto.
- Que reunião mais demorada hein? – perguntou inclinando o corpo para frente, enquanto a iluminação banhava o seu rosto, o tornando conhecível.
- O que você faz aqui... – rebateu a pergunta se aproximando e ficando de frente para sua inusitada visita. – Itachi?
- Vim conversar.
Ergueu-se do trono e começou a caminhar em direção a uma das muitas janelas. A luz da lua que se adentrava se refletiu em sua face perfeita, pálida e até mais brilhante que a mesma. O vento soprou desalinhando seus longos e sedosos cabelos negros como a noite. Uma visão encantadora e radiante que fez até mesmo o homem que estava atrás de si, o admirar.
- Sobre? – perguntou enquanto se sentava no lugar antes ocupado por ele.
Itachi se virou para encará-lo, um sorriso irônico brotando em seus lábios.
- Sabia que esse trono não o pertence?
- Muito menos a você. – rebateu. – mas não se preocupe, essa questão será resolvida muito em breve. Agora diga logo de uma vez o que o trás aqui.
- Na noite passada eu o dei uma informação muito valiosa e me comprometi a tomar conta dela.
- Sim, foi esse o combinados que fizemos.
- Exatamente. E é por isso que quero lhe pedir que não se intrometa novamente como daquela vez, ou eu... – a voz fria soou como uma ameaça que fez o homem sentado ao trono se reerguer.
- Não me ameace Itachi, você sabe perfeitamente bem que...
- Não, eu não sei de nada. A única coisa que sei é que você me traiu, me enganou! – ponderou cerrando as mãos em punho, seus olhos profundamente negros, agora ganhando um tom avermelhado.
- Agi sem o avisar apenas. – deu de ombros o ignorando e voltando a se sentar tranquilamente. – Mas em relação a aquilo, você sabe perfeitamente bem que não fui eu.
- Disso eu não tenho tanta certeza.
- Itachi...
- Porém, é algo que já passou. – disse respirando fundo e se acalmando, enquanto seus olhos recobravam a cor natural. – Só quero adverti-lo de que não permitirei que ocorra outra vez.
- Tem a minha palavra. – a voz irônica se tornou seria e por alguns instantes, seus olhares se cruzaram, como se um estivesse a ler a mente do outro. – Meu único desejo é destruir apenas a ele. – disse por fim.
- Ótimo, então não se interfira no meu caminho. Já tenho um plano em mente e se você tiver um pouco de paciência, logo nós dois estaremos concluindo nossos objetivos.
O vento invadiu de repente com força o enorme e escurecido salão. Seus cabelos se esvoaçaram, dançando pelo ar melodiosamente, lhe dando uma visão quase sobrenatural. Um sorriso de satisfação aflorou em seus lábios perfeitos e tentadores, vermelhos como o sangue, antes de se virar e desaparecer na penumbra da noite.
- Meu caro Itachi... – sussurrou após se certificar de que estava absolutamente sozinho. – Você não passa de um fraco! Um fraco que por ironia do destino ou para minha sorte, possui a mesma vulnerabilidade que ele... Idiotas, no fim os dois pareceram em minhas mãos.
Gargalhou estrondosamente, retirando a mascara negra que lhe cobria todo o rosto, permitindo que seus longos cabelos negros caíssem pendendo por seus ombros. Tocou sua face, sentindo em sua pele o motivo de querer destruir de uma vez todos esses malditos.
A sede de vingança!
******************************************************
Deixei a água morna cair sobre o meu corpo, amenizando a torrente de sensações que se apoderavam e mim. Minha cabeça dava voltas e mais voltas e eu não conseguia evitar não me sentir atordoada, confusa. Tinha sido mágico... Seus lábios nos meus, frios e arrepiantes, suas mãos envolvendo-me ao seu corpo. Não restava duvidas que de certa forma pertencíamos um ao outro. Mas como e por quê? Essa era a duvida principal e o motivo da bagunça que estava agora em minha mente.
Mas embora eu soubesse que devesse esclarecer muitas coisas e que não deveria ter permitido essa aproximação, eu confiava nele, acreditava cegamente em suas palavras. Talvez um pouco de calma não fosse assim tão ruim... Afinal, ele havia dito que me contaria tudo no momento certo, eu tinha que ser mais calma e aprender a ser paciente também. Tudo ao seu tempo.
Desliguei o chuveiro e me enrolei em uma toalha, seguindo em direção ao quarto para me vestir.
“Esperei tanto tempo por você.”
Escutei com perfeição a sua voz dentro de minha cabeça e um sorriso bobo escapou de meus lábios. Era algo tão irônico... Uma caçadora gostando de um vampiro! Mas era exatamente isso, eu estava gostando dele, mesmo não sabendo nada sobre si e o seu passado, estava completamente encantada por aquele ser. Desafiando todas as regras de que deveríamos ser inimigos mortais.
Me arrumei rapidamente, optando por usar calça jeans escura e blusa de mangas longas no tom de azul. O tempo não estava muito ameno nesta noite e lá fora o vento soprava intensamente, balançando agressivamente as arvores no jardim. Agora era o momento de me concentrar em minhas obrigações e partir para a “caça”. Já havia pensado muito e até demais em Sasuke Uchiha desde que havíamos nos separado, eu voltando para dentro da escola e ele partindo ou talvez fugindo, alegando ter coisas importantes a resolver. Deveria pensar agora em outros vampiros, para ser mais exata, pensar naqueles que deveriam ser exterminados da face da terra, para não gerarem mais destruição.
Desci as escadas correndo, ainda ajeitando os equipamentos dentro de minha nova mochila, seguindo em direção a porta de saída. Já na rua, avistei no outro lado, parado na calçada, um loiro de brilhantes olhos azuis como o mar e um sorriso radiante no rosto perfeito.
- Naruto, eu disse que não precisava vir me buscar... – retruquei me aproximando dele e devolvendo-lhe o sorriso.
- Preocupação nunca é demais. – piscou colocando o braço por cima de meus ombros. – Vamos então?
- Ok, você venceu. - respondi o segurando pela cintura, meu melhor amigo sempre se preocupava comigo e eu definitivamente o amava por isso, afinal em seu lugar faria a mesma coisa. – Vamos.
***********************************
Em um beco escuro próximo dali, um vulto observava das sombras, toda a cena. Seus olhos intensamente vermelhos, fitavam a bela figura feminina de longos cabelos rosados.
- Dessa vez eu não a perderei para você... Irmãozinho.
Notas Finais
E então, compensa o atraso?
Nesse capitulo tem muitos mistérios que são peças chaves na continuação da historia, sem falar que já revelei um dos nossos principais vilões né?
Bem espero que tenham gostado.
E não se esqueçam... Comentários e elogios são sempre bem vindos e incentivam o escritor.
Até o próximo.
Kissus...