Era época de inverno em Konoha. A neve cobria cada pedacinho de chão na vila e muitas crianças aproveitavam para brincar. Todos caminhavam pelas ruas com suas roupas calorosas. De longe, sentado num banco, um rapaz de pele alva e cabelos negros observava o movimento do local. Ele estava numa praça procurando inspiração, algo que lhe faltava já há algum tempo para a infelicidade do moreno.
Sai já havia desenhado tantas coisas. Paisagens, retratos, até mesmo arte abstrata. Não era como se ele não quisesse escolher nenhuma dessas opções, mas o rapaz queria fazer algo com sentimentos, assim como fazia quando desenhava para seu irmão há muito tempo. O moreno queria voltar a conhecer a sensação de colocar seu coração no papel, mas aparentemente não estava conseguindo.
O rapaz suspirou. – Acho que vou para casa... – Ele murmurou se levantando.
- Ino-Chan! – Uma voz de criança surgiu de repente no local onde o moreno estava. – Você pode me ajudar numa coisa? – Era um garotinho. Ele parecia ter não mais que onze anos.
- Claro Takeshi-Kun. – Uma bela loira afirmou esboçando um sorriso para o mais novo. Os dois aparentemente se conheciam.
- Bom... – O rapazinho enrubesceu levemente – Que tipo de flor você acha que eu poderia dar para a Mina-Chan? – Ele perguntou se referindo à sua melhor amiga.
Ino sorriu de um jeito provocativo – Então você está gostando da Mina? – A loira perguntou recebendo um sinal positivo do garoto. – Bem, a cor preferida dela é branco certo? – A Yamanaka pôs a mão sobre o queixo – Por que não dá um lírio para ela? – Ino sugeriu com um sorriso gentil – Aposto que vai ganhar um beijo se fizer tudo certinho.
Os olhos do garoto brilharam com empolgação – Obrigado Ino-Chan! – Ele disse correndo até a floricultura mais próxima – Até! – Takeshi gritou de longe.
Ino riu, acenando para o mais novo.
- Não sabia que dava conselhos amorosos para crianças. – Uma voz masculina surgiu atrás da loira que sorriu já sabendo de quem se tratava.
- Ele sempre vai lá na loja. – A jovem afirmou se virando para o moreno. – Achei que seria bom dar uma ajudinha. – A loira afirmou dando os ombros.
- Entendi. – Sai falou pensativo.
Ino o olhava fixamente. Aqueles orbes azuis eram belíssimos na opinião do rapaz. Por algum motivo, o moreno sentiu uma vontade imensa de desenhá-los.
- Estava pintando algo? – Ino perguntou notando o caderno de desenho na mão do mais velho.
- Não. – Ele negou – Embora tenha tentado... – Sai suspirou.
A Yamanaka notou que o rapaz estava com um ar triste – Aconteceu algo? – Ino indagou se aproximando mais.
- Estou com problemas para desenhar. – O moreno revelou.
A loira se surpreendeu. – Bloqueio criativo? – Ela perguntou curiosa.
- Não é bem isso. – O mais velho respondeu – Eu quero desenhar algo com sentimentos. Quero pôr eles no papel. – Sai afirmou – Mas não estou conseguindo encontrar algo que eu realmente queira desenhar com o meu coração. – Ele concluiu fitando o caderno.
Ino corou levemente. A jovem nunca o vira daquela maneira, tendo tanto interesse em sentir algo. A Yamanaka sorriu, com o rosto já de volta ao normal – Bem – A voz da loira saiu calma e suave de sua boca -, sentimento é o que não falta por todos os lugares. – Ela afirmou encarando algumas crianças fazendo um boneco de neve. Todas pareciam estar se divertindo muito. Lá perto, também havia alguns casais sentados em bancos, de mãos dadas. Uns com seus filhos, outros sozinhos, mas todos com belos sorrisos em seus rostos.
Por um momento, Sai encarou tudo aquilo ao lado da loira e desviou seu olhar até a mesma. Ele não sabia o porque, mas sentia algo puro dentro de si. Uma paz que o preenchia de um jeito aconchegante.
- Já está escurecendo. – Ino afirmou olhando para o céu – Tenho que ir. Se me atrasar para o meu turno na floricultura, minha mãe vai me matar. – Ela riu – Até mais Sai. Espero que ache o que está procurando. – A Yamanaka sorriu gentilmente.
Aqueles olhos. Aquele lindo azul que o moreno nunca havia visto em outro lugar. Por algum motivo que o rapaz não fazia ideia, ele queria desenhá-los.
- Tchau. – O mais velho disse observando a loira sair. – Será um tipo de turquesa médio...? – Sai se perguntou pensativo.
Ino parou, fazendo o rapaz engolir seco. Ela havia escutado o que ele dissera?
- Acho que azul celeste chega mais perto. – A moça disse sem se virar. Sai a olhou surpreso. Ino voltou a andar, satisfeita com o que acabara de fazer.
- Não sabia que você conhecia sobre tons de cores. – O rapaz se aproximou, arrancando um sorriso vitorioso da mais nova.
- Eu gosto de coisas coloridas. – Ela afirmou olhando para o mais alto. – Então acabo me informando sobre vários tons para saber as diferenças. – A loira concluiu.
- Entendi. – O rapaz disse pensativo. – Você tem algo para fazer amanhã? – Ele perguntou surpreendendo a garota, que sorriu maliciosa.
- Não. – A loira falou com uma voz sensual, se aproximando do rapaz. – Por quê? – Ela perguntou encarando os orbes negros dele, sorrindo ao perceber que Sai, mesmo que por um curto momento, havia ficado nervoso.
- Eu quero desenhar você. – O rapaz disse, já no seu normal.
A loira levantou a sobrancelha. Ela pensara que o moreno a estava convidando para sair, mas ser sua musa também não era má ideia. Ino voltou a sorrir de forma maliciosa – Mas você não tinha dito que queria desenhar algo que fosse de coração? – A mais nova questionou usando e abusando da sua habilidade de ser sexy apenas com sua voz. – Está insinuando que gosta de mim, Sai? – A Yamanaka perguntou rindo baixinho. Será que ela estava sendo maldosa demais com o rapaz?
- Seus olhos me chamaram a atenção. – Ele respondeu sem parecer ligar muito para a sensualidade da outra – Azul é a minha cor preferida. – O moreno revelou, fazendo a loira sorrir gentil.
- “Parece que ele é mais resistente do que eu imaginava.” – Ela pensou voltando a se afastar do garoto – Claro, eu adoraria ganhar uma pintura. – A Yamanaka afirmou – Amanhã, aqui mesmo, as 17h30min, ok? – A mais nova disse caminhando para ir embora.
- Ta. – Sai concordou olhando para seu caderno. – Azul celestial, huh? – Ele murmurou.
Alguns minutos depois
Floricultura Yamanaka
Ino estava apoiada no balcão da lojinha, enquanto pensava em maneiras de seduzir Sai. Ela riu com seus próprios pensamentos – Será que o Sai vai se render a mim? – A loira se perguntou, lembrando-se do ocorrido de mais cedo, em que o rapaz havia ficado nervoso por alguns segundos. – Acho que ele não terá escolha. – A jovem sorriu maliciosa. O dia seguinte seria incrível se saísse como ela planejava.
Longe dali
Sai estava deitado em sua cama, olhando para o teto. – Por que eu estou ansioso para desenhá-la...? - Ele pôs a mão sobre seu peito. – Será que...
Está insinuando que gosta de mim, Sai?
A frase dita pela loira mais cedo ecoou pela mente do rapaz -... Ela estava certa?
No outro dia
15h25min
Sai olhou para o relógio na parede de sua cozinha. – Por que me sinto tão estranho? – Ele olhou para a própria mão. -...
Os olhos de Ino surgiram nos pensamentos do moreno.
- O que você fez comigo? – O moreno sussurrou se levantando e pegando suas coisas.
15h38min
Floricultura Yamanaka
O sininho da porta tocou indicando que alguém estava a entrar. A mãe de Ino havia saído e a deixado cuidando do local até as 17:30 quando ela fosse se encontrar com Sai.
- Boa tarde! – A loira sorriu. Uma senhora de não menos que sessenta anos adentrou a loja, juntamente com um rapazinho. – Como vai senhora Kin? – A mais nova perguntou se apoiando no balcão, vendo os clientes de aproximarem.
- Estou muito bem, querida. – A velhinha afirmou sorrindo.
- Que bom! – Ino disse satisfeita. Ela encarou o mais novo que estava ao lado da senhora – E você Takeshi-Kun? – A moça perguntou com um sorriso malicioso – Como foi com a Mina? – A Yamanaka questionou curiosa.
- Você estava certa Ino-Chan! – O rapaz sorriu animado – Ela adorou as flores. – Ele afirmou feliz.
- E você ganhou um beijo? – A jovem sussurrou interessada em todos os detalhes.
Takeshi corou levemente – Sim. – O rapazinho disse passando a mão em sua bochecha esquerda.
- Eu sabia! – A loira comemorou.
- Eu vou levar estas aqui, querida. – A velhinha se aproximou entregando algumas flores que ela sempre pegava. A senhora fazia questão de colher sozinha e Ino não se incomodava, pois via que ela amava flores.
- Ok. – A mais nova assentiu, recebendo o pagamento da outra. – Até mais senhora Kin! – A loira acenou animada – E você mocinho, eu quero saber de tudo depois. – Ino piscou para o rapazinho.
- Tudo bem. – Ele afirmou saindo da loja com sua avó.
A loira voltou a se apoiar no balcão. Ainda eram 15h43min e ela queria ir logo ao encontro com Sai.
Novamente o sininho da loja soou. Ino sorriu gentilmente.
- Boa tar... – Ela parou de falar ao ver de quem se tratava. – Sai...? – A loira corou levemente, ao pensar que o rapaz havia vindo buscá-la para que eles fossem.
- Oi. – O rapaz esboçou um pequeno sorriso, enquanto se aproximava da mais nova – Eu sei que você disse para nos encontrarmos no parque, mas eu fiquei meio ansioso e decidi vir logo. – A sinceridade do rapaz ao revelar aquilo fez Ino sentir, pela primeira vez em muito tempo, seu rosto queimar. – Você não se incomoda, não é? – Ele perguntou se sentando num dos banquinhos que ficavam em frente ao balcão. O rosto de Sai estava a centímetros do Ino.
A garota estremeceu. Não entendia o que estava acontecendo. Como assim ela estava nervosa com a simples presença dele? Ino respirou, voltando a ficar normal. A loira sorriu maliciosa – Sentiu minha falta, foi? – A Yamanaka perguntou manhosa.
- Eu acho que não foi bem isso... – Sai pôs a mão sobre o queixo, pensativo. – Mas algo em mim queria estar ao seu lado. – Ele admitiu.
Ino tombou a cabeça para o lado, pondo a mão sobre o lábio inferior – É mesmo? – A garota sorriu satisfeita – “Esse aí já é meu.” – A loira pensou orgulhosa de si mesma. Aparentemente seu charme havia mesmo surtido um efeito, mesmo que lento, em Sai.
O rapaz abriu seu caderno e pegou um lápis. Ino observou ele folhear as páginas em busca de uma em branco. Quando o rapaz finalmente achou, voltou a encarar a loira, que estava com o queixo apoiado em sua mão, encostada no balcão, sorrindo levemente enquanto olhava para ele. Sai sentiu seu coração acelerar naquele momento. – É isso... – Ele murmurou começando a rabiscar, surpreendendo Ino.
- V-você não vai me pedir para fazer uma pose ou algo assim? – A loira perguntou curiosa.
- Você está perfeita assim. – O rapaz disse voltando a olhá-la e notou que seu rosto estava levemente enrubescido. Sai ficou confuso – Está com febre? – Ele perguntou tocando na bochecha de Ino.
A loira o encarou sem palavras. Seu coração palpitava inquieto. Em sua mente, tudo o que conseguia pensar era em beijar aquele belo moreno que estava em sua frente. Ela nunca havia experimentado aquela explosão de sensações antes.
- Eu... – Ino respirou tentando manter a calma, mas o fato de Sai estar incrivelmente próximo dela, com a mão em seu rosto não ajudava a garota. A Yamanaka balançou a cabeça – Estou bem. – Ela afirmou voltando ao seu normal. A cada momento, ficava mais difícil de se controlar perto do mais velho. – Pode continuar desenhando. – A loira sorriu, voltando a posição de quando ele começou a rabiscar.
O moreno esboçou um sorriso satisfeito. Alguns minutos se passaram. Como estava nevando bastante, os clientes pareciam ter decidido não ir à floricultura Yamanaka. Ino continuava naquela posição, agora olhando curiosa para o desenho do rapaz, que ficava cada vez mais parecido com ela. Sai não reclamara da loira por ter mexido o rosto. Desde o primeiro momento em que ela sorriu, ele gravou a imagem em sua mente. O moreno nunca mais esqueceria aqueles belos olhos e aqueles lindos lábios formando um sorriso em sua direção. Apenas para ele. Sai continuava sem entender o porquê de estar pensando em coisas como aquelas, mas ele estava começando a gostar daquilo tudo.
Ino fitava curiosa, aquele desenho que já estava perfeito na opinião dela. Sai havia terminado de fazer a parte desenhada e começava a colorir. A loira não compreendia o motivo, mas a cada segundo, seu coração demonstrava felicidade. Talvez porque nenhum rapaz havia feito algo assim para ela. Ou poderia ser porque ele não decidiu desenhá-la só para se aproximar de uma das moças mais bonitas de Konoha e sim porque seus olhos haviam chamado a atenção do mais velho. No desenho de Sai, havia cada detalhe do rosto da Yamanaka. Ele não esquecera nada. Seu cabelo, já pintado, estava na cor certa. O rapaz partira para a roupa da garota, que ficava ainda mais fascinada com a delicadeza que o moreno depositara em seu desenho.
- Está gostando? – Ele perguntou encarando os orbes azuis da loira, que o olhou tímida.
- Como eu não poderia estar gostando? – A Yamanaka perguntou enrolando alguns fios de cabelo em seu dedo. – Está perfeito. – A mais nova afirmou, corada.
- Ainda falta colorir os olhos. – O rapaz disse apontando para a figura – Eu nunca tinha visto um azul tão belo. – Ele admitiu continuando a encarar a loira.
Ino estremeceu – O-obrigada. – O que acabara de ocorrer? Yamanaka Ino gaguejando? Isso realmente não era uma coisa que acontecia todos os dias. Ela suspirou, tentando ao máximo não se parecer com Hinata. Agora a loira entendia o comportamento estranho da amiga.
Sai continuou colorindo o desenho, procurando pelo tom certo de azul. A parte do meio da íris da garota era num tom mais claro, que ia escurecendo até seu final.
O rapaz estava conseguindo igualar o tom de azul do desenho aos olhos da garota. Alguns bons minutos haviam passado para que ele conseguisse tal feito. Ino continuava hipnotizada pela admiração que sentia naquele momento. Vez e outra, Sai subia o olhar até a loira, que sempre estava focada em sua pintura. O rapaz sorria toda vez que notara aquilo, pois, já fazia muito tempo que alguém se concentrava nele pintando como a loira estava. Mais algum tempo passou e o moreno finalmente terminara o seu desenho.
Ele levantou a cabeça para encarar Ino, que fez o mesmo. – Terminei. – O mais velho afirmou estendendo o desenho para que ela olhasse. Os orbes azuis de Ino pareciam brilhar naquela hora.
- Está incrível... – Ela falou com um sorriso estampado em seu rosto. – Eu adorei! – Sem pensar, a garota agarrou o rapaz por trás do balcão. Sai olhou surpreso, sem entender o porquê da reação tão feliz da loira. Ino se afastou dele. – Obrigada. – Pela primeira vez, o rapaz notou como Ino, e não somente os olhos ou o sorriso dela, era linda.
Ele sentiu seu rosto arder levemente e não entendeu o porquê daquilo. – Eu estou com febre? – Sai murmurou confuso. Ino riu baixinho.
- Isso se chama “corar”. – Ela informou saindo detrás do balcão e ficando em frente ao rapaz.
- Corar? – O moreno tombou a cabeça para o lado. – Isso não acontece quando você está com vergonha de algo? – Ele perguntou curioso.
- Ou de alguém. – Ino completou, rindo da “inocência” do rapaz quanto a sentimentos.
- Então você estava com vergonha naquela hora? – Sai perguntou se referindo de quando a Yamanaka havia corado bastante e ele tocara no rosto dela.
- Talvez. – A loira deu os ombros.
- Mas então isso indica que eu gosto de você...? – Ele perguntou mais para si mesmo do que para a mais nova.
- Só há uma maneira de descobrir. – Ino afirmou se aproximando do rapaz, que estava distraído em seus pensamentos.
- Qual?
A loira sorriu, segurando a camisa do moreno e o puxando para perto. – Essa. – Foi a última coisa que Ino falou antes de beijar Sai. Começou com algo lento. O rapaz estava surpreso com aquela atitude. Ele nunca havia beijado ninguém. Sai sentiu vontade de por a mão na nuca da loira e assim foi. Ele a puxou mais para perto com a mão livre e retribuiu o beijo.
Os dois ficaram assim por alguns segundos, até que Ino se afastou. – E então? – A loira perguntou com um sorriso malicioso.
- Se amor é sentir algo bom aqui – O rapaz pôs sua mão sobre seu peito – Então eu acho que eu – Por algum motivo, o rosto de Sai voltou a queimar. Por que aquela frase era tão difícil de ser dita? – Eu... – Ele desviou o olhar, sem entender sua hesitação.
Ino riu – Você...? – A loira perguntou com sua voz sensual.
- Acho que amo você. – Sai afirmou nervoso.
A Yamanaka se surpreendeu por um breve momento, mas logo sorriu. – “Eu sabia” – Ela comemorou mentalmente – Vou considerar tudo o que acabou de acontecer, incluindo o desenho, como um pedido de namoro. – A jovem afirmou. – E eu aceito. – Ino disse sorrindo maliciosamente.
- “Dizer eu te amo também significa pedir em namoro...” – Sai anotou mentalmente aquilo em sua cabeça. – Então tá. – Ele coçou a nuca. – O que namorados fazem? – O rapaz perguntou curioso.
Ino sorriu – Já vi que tenho muito pra ensinar a você. – A Yamanaka murmurou segurando a mão dele e o puxando para fora da loja. – Vem, vamos. Ainda dá tempo de termos o nosso encontro na praça. – Ela disse rindo.
Sai sorriu. Por algum motivo, aquela voz, aquele sorriso... Aqueles olhos. Tudo nela fazia o rapaz ser invadido por uma paz que nunca havia sentido antes.
- O que foi? – Ela perguntou curiosa.
- Eu te amo. – O rapaz afirmou se aproximando da loira e beijando-a. Já havia entendido como se fazia e tivera vontade de experimentar aquela sensação novamente.
Ino corou violentamente naquela hora. Quando eles se separaram, ela estava sem reação – E-e-e-eu t-também... – A Yamanaka afirmou fechando a porta da floricultura.
Sai olhou confuso – Está com vergonha? – Ele perguntou se aproximando dela novamente.
- N-n-não! – Ino quase gritou. A jovem apertou a mão dele e começou a arrastá-lo por Konoha.
- O-o que foi? – O rapaz questionou sem entender nada. – Eu fiz algo errado? – Sai puxou a loira para perto de si, fazendo-a olhar surpreso. – Se foi isso, me desculpe. – Ele a olhou tristonho. Não queria magoá-la logo agora. – É que eu finalmente encontrei alguém que podia desenhar sem medo de não estar sendo sincero o suficiente. Alguém que me faz sentir bem como eu nunca havia me sentido. – O rapaz revelou surpreendendo Ino – Então eu fiquei animado... – Ele admitiu coçando a nuca. – Desculpe se eu...
A loira puxou o rosto de Sai para perto e o beijou. Agora era um beijo intenso da parte de ambos. O rapaz pôs as mãos sobre a cintura de Ino e ela envolveu seu pescoço. Os dois se separaram sem ar.
- Você não fez nada de errado. – A Yamanaka afirmou corando de leve. – Eu que sou uma idiota quando fico com vergonha. – Ela riu. – Sai – Ino encarou aqueles belos olhos pretos e sorriu com um olhar apaixonado – Eu te amo também. – A loira afirmou com uma voz doce.
Os dois sorriram e caminharam de mãos dadas até a praça. Seria um belo fim de tarde para todos os cidadãos de Konoha, inclusive para certo ninja desenhista e uma bela loira de olhos azuis.
O desenho? Ele havia ficado em cima do balcão da floricultura. E mais tarde, viraria um dentre os muitos desenhos colados na parede do quarto da Yamanaka. Todos feitos pela mesma pessoa. Sai finalmente achara a fonte de inspiração que tanto desejava.
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