Os olhos de Bakugou finamente se abriram e sua primeira visão foi o ruivo dormindo profundamente em seu peito, ele parecia estar tão confortável, sua mão apoiava a cintura do loiro e sua cabeça se encaixava suavemente em seu peito. Seu rosto era angelical, os traços finos e a boca rosada eram suas principais características
"Até que ele é fofo"
Katsuki pensou enquanto o olhava dormir calmamente.
— Eijiro — Tentou acordar o garoto, que se assustou ao perceber o mais velho lhe encarando na posição que estava
— Desculpa
— Se eu fosse você se apressaria, se não quiser perder a segunda aula — Ele apontou para o relógio
«
— Eu até pensei em acordar vocês, mas vocês estavam dormindo tão bonitinhos — A garota rosada falou enquanto acompanhava o amigo até seu armário. Foi quando Kirishima o abriu, mas de dentro dele caiu uma pequena cartinha
— O que é isso? — Ele se abaixou, pegando do chão o papel
— Tá arrasando corações em Kiri — Brincou a garota — Abre, Abre, Abre
"Me encontre perto do clube de natação hoje, sozinho, às 22h"
— Isso é bobeira — Ele amassou a cartinha, a deixando em formato de bolinha e a tacando dentro do armário
— O que?! — Ela questionou — Você vai sim, eu quero saber quem é
— O que é que tá rolando? — Katsuki se aproximou dos dois
— O Kirishima tá com um admirador secreto
Katsuki pareceu surpreso dessa vez
— Isso é bobeira, deve ser um trote — Eijiro tentou
amenizar a situação
— Não acho uma boa ideia você ficar sozinho com um estranho
— Vai com ele então, Bakugou. Já que você tá dando uma de protetor — Ela deu a ideia de forma provocativa. A rosada não sabia bem o que tava acontecendo, mas ela sentia um clima entre os garotos
— Tá — Bakugou tinha concordado, era isso mesmo que Kirishima estava escutando?
— Vocês vão ver, isso é apenas um trote — O ruivo falou convencido, fechando a porta do armário.
«
Por mais que tivesse certeza de que não era um admirador, Kirishima realmente queria conhecer quem havia escrito a carta para ele.
Eles estavam a caminho do lugar definido na carta
Bakugou ficaria um pouco antes do lugar, para não ser visto, só agiria se algo perigoso acontecesse.
Kirishima não achava necessário ele ir, já que ele sabia se defender, ou pelo menos achava que sabia, mas Mina insistiu tanto, vai ver ela estava prevendo alguma coisa.
— Você fica aqui — Eijiro falou para Katsuki, que não o contestou, apenas se escorou na parede.
Assim, o garoto de fios avermelhados seguiu. Ele estava no lugar combinado, mas não havia ninguém ali.
Foi quando sentiu uma sombra se aproximar.
— Você é ainda mais lindo de perto — uma voz grave se fez presente, aos poucos revelando um garoto. Ele era musculoso, tinha cabelos negros e olhos avermelhados; suas sobrancelhas eram grossas.
— Olha, deve ser algum engano, não me lembro de ter... — Kirishima iria terminar a frase, se não tivesse sido colocado contra a parede pelo garoto.
— Isso aqui também é mais bonito de perto — Katsuki chamou a atenção do garoto alto para si, acertando em seu rosto um soco direto e forte. Ele se pôs à frente de Kirishima.
Havia gotas de sangue; o homem que antes estava de pé agora se encontrava no chão, com a mão em seu nariz. — Desgraçado — ele sussurrou, antes de avançar no loiro, o acertando também com um soco. Mas antes que pudesse prosseguir, escutou passos de pessoas se aproximando, o que o fez correr.
— Katsuki, você tá bem? — Eijiro passou suas mãos pelo rosto de Bakugou. — Você tá sangrando...
— Não se preocupe com isso — Ele limpou seu nariz. — Você está bem?
— Obrigado por ter me ajudado — O ruivo o abraçou. Por mais que Katsuki não gostasse tanto de contato físico, ele permaneceu imóvel. — Vem, eu vou te tirar daqui — Ele apoiou o braço do loiro em seu ombro, ajudando-o a andar.
Ao chegarem ao dormitório, Kirishima sentou o garoto no sofá e pegou seu kit de primeiros socorros. — Eu preciso higienizar primeiro — Ele disse ao se sentar ao lado de Bakugou, levantando seu rosto e limpando o sangramento. Durante isso, seus olhos se encontravam de vez em quando. Katsuki às vezes desviava o olhar ao perceber a boca entreaberta do ruivo pela concentração.
— Kirishima... — Ele chamou a atenção do garoto. Katsuki direcionou uma de suas mãos até o rosto do ruivo, que não se afastou, fazendo com que Bakugou tivesse aquilo como confirmação. Seus olhares se cruzaram mais uma vez, Kirishima não parecia recuar, foi quando Katsuki quebrou a distância entre os lábios em um selinho demorado, que logo se transformou em um beijo, totalmente cedido pelo menor. O loiro pôs sua mão, que anteriormente estava no rosto do garoto, em sua nuca, cobrindo-a com os seus fios avermelhados. Ele conduziu Kirishima exatamente como desejava, ele realmente era bom nisso, suas línguas se cruzavam calmamente em um beijo úmido, no qual era possível escutar os estalos. Quando finalmente se distanciaram para tomar ar, Katsuki não parou. Ele desceu os beijos para o pescoço, distribuindo vários chupões molhados e ocasionalmente mordidas. Era possível ouvir Kirishima arfar baixinho pelo contato. Foi quando o garoto avermelhado se afastou, empurrando o peito do loiro — Me desculpa, Katsuki. — Ele o olhou receoso — Se continuar assim, eu sei onde vai parar. Eu nunca fiz e acho que ainda não estou preparado
— Tudo bem, me desculpa — Bakugou passou a mão entre seus fios dourados
— Eu quero tentar, sabe? Mas não... — Kirishima foi interrompido — Você não precisa justificar seus limites. Eu respeito você
Eijiro nunca tinha se sentido dessa maneira; Katsuki realmente o respeitava, e ele não demonstrava isso só com palavras.
— Acho que tá na hora de dormir — Em um movimento, o mais velho deixou o sofá. Os olhos de Kirishima o acompanharam se distanciar de si.
»
Ambos ainda não tinham se falado desde o beijo, Kirishima ainda não havia saído do banheiro, talvez refletindo
O loiro estava deitado quando notou a porta do banheiro se abrir, revelando Kirishima que secava seus fios avermelhados com uma toalha.
— Katsuki — O menor parou em frente ao garoto — Eu posso dormir com você de novo?
— O que foi? Tá com medo do filme ainda? — Ele o provocou com um sorriso sarcástico nos lábios. Eijiro se sentia visivelmente envergonhado
— Posso ou não?
— Claro que pode — respondeu Bakugou, deixando um espaço para o garoto ao seu lado.
A luz que antes clareava todo o quarto foi desligada; Eijiro andou até a cama e se deitou de costas para o garoto de fios dourados. Sentiu a mão de Bakugou puxar sua cintura para si — Boa noite, gatinho — Sua voz estava suave, para Kirishima, era possível sentir a respiração do loiro se chocar com seu pescoço, causando um arrepio em si, mas não era ruim
— Boa noite — Eijiro sussurrou antes que adormecesse ao lado do mais velho
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