— A gente vai morrer!
— Não vamos não.
— Puta que pariu, Mina, a gente vai morrer!
— Não, a gente não vai.
— Eu vou morrer antes de conhecer a Sunmi!
— Relaxa, porra! A gente não vai morrer!
— Mas...
— Não. Vamos. Morrer.
— Vamos sim!
— Fala que a gente vai morrer de novo pra ver se eu não pego sua bolsa e enfio no seu c-
•••[Um dia antes]•••
Mina havia conseguido, finalmente, recuperar seu tão amado celular.
Ela e suas amigas estavam no intervalo discutindo sobre assuntos importantes para a sociedade.
— É claro que morrer afogada é melhor que morrer queimada!
— O caralho! — Protestou Dahyun. — Morrer queimada é mil vezes melhor, porque a pessoa sofre mais.
— É justamente por isso que morrer afogada é melhor. — Tzuyu estava confusa com a lógica da sua amiga.
— Mas aí não teria graça, oras.
— Gente, — Jiwoo chamou a atenção de todas. — Perceberam que a Dahyun não apareceu em nenhum capítulo até agora?
— Eita, é mesmo. — Disse Heejin.
— E vocês só perceberam agora?! — Dahyun perguntou indignada.
— E que culpa a gente tem se você nunca vem pra escola?! — Chaewon.
— Mas a Dahyun parece turista, né? — Mina perguntou de repente.
— Como assim? — Tzuyu.
— Ela praticamente só visita a escola, que nem um turista faz quando viaja pra algum canto.
— Faz sentido. — Heejin murmurou.
— Olha, eu só não bato em vocês porque eu não tenho mais com quem andar nessa escola. — Dahyun.
— Cala boca, você ama a gente. — Jiwoo a abraçou.
— Eca, afeto.
— Eca, você tá parecendo a Mina.
— Eca, vou bater em você.
— Eca, isso é amor encubado.
— Garota?? — Mina. — Desde quando eu dizer que vou bater na Tzuyu é amor encubado? Tá doida, Heejin?
— Vai dizer que nunca quis dar uns pegas nela? — Heejin perguntou maliciosa. — Olha como ela é um pedaço de mal caminh- Ai, Jiwoo!
— Olha que eu termino com você, viu? — Jiwoo ameaçou depois de bater nela.
— Agora dá pra vocês pararem de falarem sobre mim como se eu não estivesse aqui? — Tzuyu perguntou corada.
— Vocês tão afim de ir naquele parque de diversões que vai abrir amanhã? — Heejin perguntou.
— Mas não é um parque de terror? — Jiwoo.
— Na verdade, — Chaewon. — Ele vai estar com a temática do Halloween por algum motivo que eu não sei, já que ele só vai ser daqui a quatro meses.
— Halloween precoce. — Mina murmurou.
— Enfim, — Heejin retomou. — Bora?
— Não. — Mina.
— Cala boca, Mina.
— Calo não.
— Ah, cala sim.
— Cala com a sua.
— Eita! — Jiwoo disse rindo.
— Tá vendo? Amor encubado. — Heejin.
— Desisto de vocês. — Tzuyu murmurou corada pela milésima vez naquele intervalo.
— Beleza, então nós vamos amanhã, certo?
— Quando foi que eu concordei com isso?! — Dahyun.
— Turistas não tem papel de fala aqui. — Heejin.
E foi assim que Heejin levou um soco de Dahyun e ambas quase foram para a coordenação por isso.
[...]
— Esse parque é enorme! — Exclamou Jiwoo.
O parque era realmente enorme e, por ter a temática do Halloween precoce, havia pessoas fantasiadas de monstros tentando assustar as outras ou correndo atrás delas.
— Será que algum monstro vai vir atrás de mim? — Dahyun perguntou já se animando.
— Tá repreendido, Dahyun.
— Virou crente agora, Chaewon?
— Cala a boca, garota.
— Em qual brinquedo a gente vai primeiro? — Tzuyu perguntou olhando ao redor.
— Poderíamos ir naquele que gira. — Mina sugeriu.
— Tá, mas qual deles? — Heejin.
— Aquele lá...
— Não sei qual é esse "aquele lá".
— É aquele que parece uma banana e fica indo pra frente e pra trás.
— Mina??? — Dahyun começou a rir.
— Você tá achando que tem um brinquedo pornô aqui, garota? — Chaewon perguntou rindo.
— É cada coisa que eu escuto. — Jiwoo revirou os olhos.
— Mas eu não tô falando de pornô, vocês que tem a mente poluída. — Reclamou. — Acabei de pesquisar aqui e o nome dele é dakkar*
— Por que esse nome? — Tzuyu perguntou confusa.
— Porque ele é basicamente uma barca com uma cabeça de dragão na ponta que vai pra frente e pra trás — Respondeu.
— Então vamos.
[...]
— Ah, foi bem de boa. — Jiwoo disse assim que todas saíram do brinquedo.
— Sim, ele não é tão pesado assim. — A única japonesa do grupo respondeu.
— E pra que a gente foi, então? — Heejin.
— Não sei, deu vontade.
— a.
— E agora vamos aonde? — Chaewon perguntou olhando os outros brinquedos.
— Tem aquele que é um círculo e fica girando de um lado pro outro e sobe e desce. — Tzuyu sugeriu.
— Onde você tá vendo isso?
— Ali. — Apontou.
— Bora nele? — Dahyun perguntou.
— Bora. — Disse Heejin. — Mas aparentemente tem que ter força pra segurar nas barras pra não cair.
— Todo mundo aqui é forte, certo? — Chaewon perguntou olhando para as meninas, especialmente para uma certa japonesa. — Certo, Mina?
— Que marcação comigo. — Murmurou.
— Só vamos logo.
Enquanto caminhavam em direção ao brinquedo, Dahyun sugeriu ir no trem fantasma. Jiwoo e Tzuyu negaram, porém ninguém ligou para isso e concordaram em ir. Basicamente duas pessoas entram em um carrinho e entram em uma casa onde possui monstros.
Porém isso só seria se sobrevivessem nesse brinquedo que gira.
Sentadas no círculo uma ao lado da outra, esperaram atentamente o brinquedo encher de gente e começar a funcionar. De início, ele soltou uma fumaça e começou a girar para a direita, porém levantando e abaixando.
Depois começou a ir extremamente rápido e levantando e abaixando com mais energia. E aí girou para a esquerda e repetiu o mesmo processo. E nisso elas estavam colocando uma força exagerada nos braços para segurarem as barras de ferro.
E, após essa experiência, saíram cambaleando.
— Vamos de novo! — Dahyun exclamou assim que saíram.
— Por favor, vamos! — Jiwoo juntou as mãos.
— Mas nem ferrando. — Heejin. — Tô enjoada, vou não.
— Como você conseguiu ficar enjoada nisso? — Mina perguntou confusa.
— Não sei.
— Jiwoo, seus dedos podem engravidar?
— Cala a boca, Mina.
— Agora é hora de ir no trem fantasma. — Dahyun sorriu maldosa.
— A gente vai é no seu cu, isso sim. — Tzuyu.
— Que grosseria, garota.
— Ah, pera aí né. — Chaewon. — Esse trem não dá nem medo.
— Realmente. — Mina. — São só uns gastos de dinheiro.
— Mas mesmo assim, não quero ir. — Jiwoo.
[...]
No final todas foram.
A primeira dupla a sentar no carrinho e entrar na casa foi Chaewon e Dahyun. Ambas estavam bastante animadas, até. Vai que só queriam ir para se pegarem.
A segunda dupla foi a Jiwoo com a Heejin, esta primeira agarrada fortemente no braço de sua namorada.
E por último, Mina e Tzuyu entraram.
Dentro da casa era uma completa escuridão com papelões de monstros aparecendo do nada e uma risada maligna de fundo. Nada assustador para Mina, Porém para Tzuyu já era outra história. Apertava a mão. da japonesa com força.
Até que tudo parou e ficou escuro.
Mina não ligou para isso.
Tzuyu soltou um grito.
— O que aconteceu?! — Tzuyu perguntou desesperada.
— Acho que parou de funcionar. — Respondeu tranquilamente.
— A gente vai morrer!
— Não vamos não.
— Puta que pariu, Mina, a gente vai morrer!
— Não, a gente não vai.
— Eu vou morrer antes de conhecer a Sunmi!
— Relaxa, porra! A gente não vai morrer!
— Mas...
— Não. Vamos. Morrer.
— Vamos sim!
— Fala que a gente vai morrer de novo pra ver se eu não pego sua bolsa e enfio no seu c-
— Não termina. — Olhou seriamente nos olhos da japonesa e segurou seu braço na intenção de intimida-la, porém acabou tendo outro efeito.
Ambas olharam-se nos olhos por alguns segundos. Tzuyu aproximou um pouco o rosto, fazendo Mina repetir o ato.
As respirações das duas estavam misturando-se, seus lábios praticamente roçaram até que escutaram uma risada alta e maligna vindo de algum alto falante, fazendo ambas assustarem-se e darem um pulo para longe da outra.
O brinquedo havia voltado a funcionar.
Enquanto o carrinho andava novamente, um silêncio desconfortável tomou conta do local. As duas estavam longe uma da outra e sem conseguir olhar para o lado.
— Vocês estão bem?! — Jiwoo perguntou desesperada abraçando as duas com força após saírem do trem fantasma.
— Depois desse abraço nós estamos sufocadas. — Tzuyu respondeu com dificuldade.
— O que aconteceu lá dentro? Só escutamos uns caras dizendo que parou de funcionar. — Chaewon perguntou.
— Nada de mais. — Tzuyu olhou seriamente para Mina.
— É, nada de mais.
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