Cansada, exausta e extremamente frustrada.
Esse é o meu estado físico e mental durante toda essa maldita fase do ensino médio, que graças a tudo o que é mais sagrado, está chegando ao fim.
É o meu último ano e, não satisfeita com todas as provas, trabalhos e apresentações, eu decidi iniciar minha vida sexual para tentar me livrar da correria e, quem sabe, relaxar um pouco, era o que eu pensava. Que erro.
Quer dizer, não deveria ser um erro por conta do acesso que temos, seja em sites pornô ou em sex shops… mas parece uma coisa. Sempre que eu tento apimentar um pouco mais a pegação, o destino parece brincar comigo e me chamar de palhaça.
O balde de água fria vem com força, mascarado em forma de mordidas muito fortes, a lentidão de alguns e a ejaculação precoce de outros. Não que eu esteja me gabando nem nada, eu não sou uma deusa do sexo ou algo do tipo… Eu só quero foder. Trepar, meter, descabaçar, assistir um metflix, dar um fight, fazer vuco-vuco, nhanhar, tchaca tchaca na butchaca… Como você quiser chamar.
Esse é o meu desejo.
Tudo se torna ainda mais difícil quando você é a melhor amiga do cara mais desejado de toda a escola. Sabe aquele que todo mundo quer? Aquele que as menininhas vibram e são apaixonadinhas? Aquele que todo mundo quer ser amigo? Pois muito bem, Naruto Uzumaki era essa pessoa. Meu melhor amigo desde o fundamental. Gato, mulherengo e capitão do time de futebol americano do colégio. Por sermos amigos próximos e graças a toda popularidade dele, eu acabo ganhando certa atenção também, o que não é nem um pouco ruim para mim.
Como ele sempre me conta sobre as suas aventuras sexuais mais do que ativas e extremamente frequentes, temos liberdade para conversarmos sobre esses assuntos, inclusive a minha virgindade.
Por ele ter essa popularidade enorme, sempre éramos convidados para as festas da galera e normalmente antes de descermos do carro, a sua fala era a mesma: “relaxa Hina, hoje vai!’’ e a minha já decorada resposta, “amém Naru, amém.’’
Humilhante mesmo era quando ele me perguntava se tudo tinha dado certo e eu respondia com um suspiro cansado e decepcionado, seguido da história desastrosa da vez.
É triste viu.
─ Hina, festa amanhã na casa do Sasuke! ─ Eu me assusto com a voz alegre do loiro atrás do meu ombro e coloco a mão no peito tentando conter o susto, ele ri. ─ Te assustei?
─ Problema de coração eu já vi que não tenho ─ resmungo e ele se senta em cima da mesa ao meu lado esperando a minha resposta. ─ Festa? Não sei não Naru… Depois de todas essas tentativas eu estou começando a aceitar que não é para eu transar mesmo. ─ Solto um suspiro cansado largando o lápis no meio dos livros e apoiando a cabeça sob meus cotovelos, esgotada.
─ Se você continuar pensando assim, aí que nada vai dar certo mesmo, Hina.
─ A questão é que eu estou farta de levar rasteiras por manter a expectativa sempre tão alta e tombar no final. ─ Minha voz é baixa e então com a ponta dos dedos ele ergueu meu queixo me fazendo encará-lo.
─ Já disse o que eu penso em relação a isso Hina… Não acho que você deveria fazer isso com qualquer pessoa. Você precisa ter paciência, uma hora vai. ─ Ele sorri e eu faço careta.
─ Tá parecendo a Tenten, meloso desse jeito. Cadê o meu melhor amigo me incentivando e me apoiando em qualquer uma das minhas decisões e vontades?! ─ Arqueio a sobrancelha e ele ri suavemente, inclinando a cabeça um pouco para trás.
─ Tudo bem, tudo bem… não está mais aqui quem falou. ─ O sinal toca, indicando a volta do intervalo e ele se levanta. ─ Quer carona?
─ Se nenhuma das suas vadias for junto, eu quero sim.
─ Me encontra no estacionamento então.
[…]
Passei o final da tarde tentando revisar algumas matérias que fritavam o meu cérebro e agora às seis e meia da tarde eu iniciava a minha pausa. Espreguicei-me cansada na cadeira e antes de me preparar para levantar, meu telefone tocou. Era Ino.
─ Diga.
─ Que voz é essa? ‘Tá morrendo? ─ Ela ri.
Ino é a minha única amiga em quem eu realmente confio, além do Naruto.
Não somos tão próximas quanto eu e o loiro, mas sempre mantemos contato. Seja na escola, ou em rolês e festas. Ela é minha outra companheira de foda e desde que soube do meu pequeno drama, se dispôs a me ajudar apresentando-me os caras que ‘’valeriam a pena’’ para minha primeira foda. De todos os que ela já me apresentou, uma porcentagem muito baixa me fez gozar, o que é um começo, mas nunca chegamos aos finalmentes. Ino é líder de torcida e por esse pequeno detalhe, tinha uma lista de machos sempre a sua disposição.
─ Talvez. Quem sabe um pinto enorme passando pela minha vagina não resolva? ─ reclamo e ela gargalha. ─ A que devo a sua ilustre ligação, gatinha? ─ Jogo-me na cama, pego o controle da tv e a ligo.
─ Você e a sua luta para a perda do cabaço, eu não aguento. ─ Ela ri novamente e eu solto um muxoxo. ─ Ficou sabendo de sexta, não é?
─ Fiquei. Festa na casa do Sasuke de novo, né? ─ Zapeio entre os canais e ela afirma com um ‘’uhum’’ animado. ─ Não me venha dizer que encontrou o cara certo mais uma vez, Ino ─ pergunto com suspeita e ela se finge ofendida.
─ Ai você é muito chata, Hina. Esse é certeza que vai funcionar! ─ Reviro os olhos ainda pulando entre os canais. ─ Tenho certeza que você já ouviu falar dele, é o Yahiko.
─ O quê?! O namorado da Konan? ─ Ajeitei-me com pressa na cama, tentando digerir o nome que a loira acabou de me falar enquanto ela concordava animada. ─ Você ficou maluca? A Konan é da minha sala de química, Ino! ─ digo um pouco mais alto e ela tenta me acalmar.
─ Calma, calma… Eles terminaram, já tem três dias. ─ Sua voz é tranquila e eu sigo com suspeita. ─ Olha só que incrível, você quer transar e ele também, porque com certeza quer se esquecer da ex! Não tem como não ser vantajoso para os dois ─ ela fala como se fosse óbvio.
─ Não sei não Ino… ─ Fico em silêncio por alguns segundos. ─ Ele é gato, mas não sei se ele vai se interessar por mim. ─ Ela me xinga.
─ Cala a boca, olha para você! Com toda a certeza do mundo, você é um dos seres humanos mais azarados do mundo no quesito sexo, mas em beleza você é demais, Hina. Não tem um cara naquele colégio que não adoraria passar a noite com você, confia.
─ Tem tantos, mas nenhum chega em mim, olha que maravilhoso ─ falo com deboche.
─ Vai falar que você não sabe o motivo disso?
─ Ué, se eu soubesse não estaria perguntando, cu.
─ Naruto Uzumaki é o motivo. ─ Minhas sobrancelhas se juntam sem entender. ─ Jura que você não sabe? Puta merda, Hina…
─ Anda, desembucha. O que o Naruto tem a ver com isso? ─ Ela parece respirar fundo e eu dou risada quando escuto sua mão bater em contato com a sua testa. ─ Ino, fala logo!
─ Você e o Naruto estão sempre juntos e ele é o capitão do time de futebol, né? ─ Ela insinua e eu sigo sem entender. ─ Ai Hinata, puta que pariu. Todo mundo acha que vocês transam. ─ Eu arregalei os olhos.
─ Nem fodendo ─ digo desacreditada.
─ Fodendo sim, amiga ─ ela frisa. ─ E até que faz sentido. Vocês nunca?
─ Não, Ino! ─ digo ficando envergonhada.
─ E por que não? Já vi em vários filmes essas coisas. ─ Ela dá de ombros e eu nego com a cabeça e, mesmo sem me ver, ela já me acusa. ─ Para de negar. Ele é uma delícia e você não é cega. Nunca imaginou pedir para ele?
E eu paro para pensar um pouco.
─ Não, quer dizer… Claro que eu não sou cega, mas nós somos amigos e…
Ela me corta.
─ Hina, amigos também transam!
─ Mas alguém sempre se fode no final, Ino!
─ Hina, você tá tentando a tanto tempo que esse negócio de “primeira vez mágica’’ nem entra mais no seu vocabulário. Na verdade nunca entrou porque você é uma vadia por completo. ─ Eu protesto e ela ri. ─ Você me entendeu, droga.
─ É… pior que eu entendi mesmo. ─ Dou-me por vencida.
─ Pensa, vale a pena correr o risco. A amizade de vocês é extremamente forte e se caso venha a se abalar por conta de uma foda é porque não era pra ser. ─ Ela simplifica e eu levo a ponta dos meus dedos até os lábios, mordiscando a ponta da unha um pouco nervosa e ansiosa. ─ Já sei! Tenta bater uma pensando nele e vê se funciona. Se você conseguir, você liga pra ele e faz a proposta. Se você não conseguir, aí a gente deixa essa história de lado. Combinado?
─ Certo, combinado, mas vou tentar desenrolar com o Yahiko primeiro e se não rolar, eu converso com ele, feito?
─ Feito! ─ Consigo sentir o sorriso da loira por trás do aparelho. ─ Agora eu preciso desligar Hina, vou sair com um gatinho e preciso me arrumar. Um beijo, amo você!
─ Também te amo.
E desligamos. Eu joguei meu corpo contra o colchão e respirei fundo pensando em toda a nossa conversa.
─ Ino… não me faça me arrepender disso.
Falo sozinha e então vou até o banheiro e me preparo para entrar no banho. Retiro minhas roupas e ligo o chuveiro esperando a água quente ficar na temperatura que eu mais amo.Ainda aérea pensando na conversa e nas hipóteses, eu mergulho minha cabeça debaixo do chuveiro de uma vez só, sentindo a água relaxar meus músculos.
Foram longos e muito bem aproveitados trinta minutos debaixo d'água e agora de frente para o espelho, eu me preparo para começar a cuidar da minha pele e de produto em produto, meus pensamentos no meu melhor amigo se intensificam. Droga, é claro que eu não sou cega. Já vi o loiro sem camiseta várias vezes, de cueca e todas as vezes eu tiro uma lasquinha analisando todo aquele corpo atlético e em forma, que ele tem. Ombros largos, braços fortes, a pele bronzeada, o abdômen trincado… Ah, Deus do céu. Naruto é lindo e sortuda são as piranhas que ele fode…
─ E você vai ser uma delas logo, logo. ─ Minha diaba interior ousa comentar e eu me adianto mandando ela se calar. ─ Não adianta me mandar calar a boca, Hinata… eu sou você.
Choramingo e me apresso em terminar o skin care logo.
─ Vai me ignorar agora? ─ ela fala de novo e eu bufo.
─ Só para de falar, 'tá? ─ respondo para o nada.
─ Eu só vou parar quando você for ao quarto, ligar o abajur e dar início ao nosso orgasmo pensando no loirinho.
─ Eu não vou fazer isso. ─ Recuso-me.
─ Ah vai, você tá doidinha por isso. ─ Eu mordo os lábios. ─ Só uma vez Hina, vamos. Ele nem vai saber… ─ Ela tenta e por fim eu me dou por vencida e a vadia some.
─ Eu preciso parar com essas loucuras, misericórdia… ─ Recomponho-me e deixo o banheiro, caminhando até a cômoda, pegando o camisão do time de futebol da escola , inclusive o dito-cujo é nosso atual capitão, que ironia.
Pronta, limpa e cheirosa eu tento acelerar o processo e passo a chave na porta do quarto, apagando as luzes em seguida. Caminho até minha cabeceira da cama e pego o pequeno vibrador em bullet e o deixo em cima da mesinha. Deitei na cama de barriga para cima e dobrei as pernas numa posição confortável e assim eu fiquei por alguns longos segundos, ainda digerindo o que raios eu estava prestes a fazer.
Busco pelo meu telefone entre os lençóis e antes de mais nada eu abro a galeria de fotos, vendo a quantidade absurda que nós dois temos juntos. Por volta de quinhentas e quarenta fotos com o loirinho. Não só fotos, mas vídeos também.
Abri a primeira foto e nela estávamos dividindo um milkshake na sorveteria perto da escola, cerca de uns dois anos atrás e era impossível não sorrir com a lembrança. Ainda vendo a fototeca, cliquei em um vídeo que a capa era toda verde, similar a um gramado. Dou o play e então o apito do treinador soa pelo meu telefone e ainda no vídeo, eu dou zoom no Uzumaki que corria sem camiseta pelo campo de futebol.
Era mais um dos treinos que ele me chamava para assistir. Minha risada ecoava porque vez ou outra ele fazia algumas caretas para a câmera, enquanto eu seguia filmando seus movimentos. Os fios loiros dos seus cabelos pareciam brilhar ainda mais no sol e a cada vez que ele corria, o vento parecia ser apenas a cereja do bolo, destacando o seu maxilar quadrado perfeitamente moldado, juntamente com o seu sorriso aberto e os dentes perfeitamente alinhados… Fechei os olhos suspirando um pouco.
Ele estava sem camisa e o seu peito desnudo, forte e levemente úmido pelo suor que escorria até o umbigo… Por Deus, eu nunca desejei tanto ser aquela maldita gota que parecia se deliciar com o abdômen do Uzumaki. Mordo os lábios num ato involuntário e um pequeno sorriso se abre no canto da minha boca.
─ Por que você tem que ser tão gostoso, porra? ─ falo baixinho e sem mais me segurar quanto aos pensamentos impuros em cima do meu melhor amigo. Não resisti e comecei com uma das mãos, massageando suavemente um dos meus seios, enrijecendo um pouco mais os meus bicos.
Aperto os olhos e não resisto, voltando o vídeo mais uma vez, porém agora no mudo. E toda a cena se repete, incluindo as que eu ainda não tinha visto: ele arremessando a bola pelo campo, desviando dos outros caras com uma agilidade enorme, recebendo a bola… Fora os outros gostosos que apareciam no vídeo. Ou eu estou realmente muito desesperada, ou eu nunca reparei no oásis que esse time é. Um verdadeiro colírio para os olhos. Todos aqueles músculos totalmente delineados, as jogadas que ele em específico fazia…
Contorço-me na cama sentindo um calafrio gostoso passar pela minha barriga indo em direção até lá embaixo, que para a minha surpresa já estava umedecida. Não resisto em intensificar os movimentos. Com a palma da mão livre eu esfreguei o bico do meu mamilo ainda por cima da camiseta e um gemido baixo escapou dos meus lábios. Passei algumas fotos e cheguei em uma que tinha sido tirada em um evento na escola para arrecadar fundos: o dia de lavar carros no estacionamento do colégio.
Porra! Ele estava gostoso demais nesse dia. A camiseta pendurada na cintura, enquanto ele esfregava o carro com um dos seus melhores sorrisos.
Joguei o celular de lado e agora com as duas palmas livres eu aumentei meu prazer, dando ao meu corpo o que ele tanto estava me pedindo. Já com os dois bicos sensíveis, desço a outra mão até a minha fenda, tateando superficialmente pelos grandes lábios primeiro e, encaixando aos poucos, procurando pelo meu botão.
Começo com movimentos subindo e descendo por toda a extensão, sentindo meus dedos macios, imaginando como seria sentir aqueles dedos grossos e um pouco ásperos pressionando meu clitóris com vontade. Não consigo segurar o gemido dessa vez sem retirar a mão do meu botão, com a outra que estava nos meus seios eu caminho em direção ao meu pescoço, sentindo cada parte queimar e desejando que a língua quente e úmida do Naruto deslizasse pela minha pele. Sinto minha buceta pulsar e a lubrificação começar a escorrer pelo meu bumbum, então mudo o curso, fazendo agora em pequenos círculos.
Meu corpo começa a pegar fogo e então eu me estico e alcanço o vibrador em cima da cômoda. Eu coloco a ponta do brinquedo de silicone na boca e lambuzo toda a extensão , só Deus sabe o quanto eu queria que fosse o caralho do Uzumaki.
Passo devagar, primeiro pela minha clavícula, descendo até os seios, e de lá, eu atravesso minha barriga sentindo as borboletas no estômago acompanharem o meu toque até o começo da minha buceta.
Já sem paciência alguma, eu ergo minha camiseta até meus seios ficarem expostos e sem mais esperar, eu encosto a ponta do vibrador no meu botão que aclamava por mais. Com o clitóris inchado, uma onda gelada atravessa o meu corpo e, conforme ela atinge minhas terminações nervosas, é impossível evitar que minhas pernas se abram ainda mais buscando maior contato com o objeto. Minha cabeça tomba para trás e os gemidos manhosos e a respiração descompassada já se faziam mais do que presentes no quarto, até eu começar a sentir um formigamento na ponta do meu útero. Meu orgasmo estava próximo e seria avassalador.
O prazer era tanto, que quando eu coloquei dois dedos em mim, eles deslizaram com tanta facilidade para dentro do meu canal que se eu não estivesse tão extasiada, eu teria achado estranho.
Estranho. Estranho era eu estar me masturbando desejando com todas as minhas forças aquele pau me rasgando com força, sem nem uma delicadeza. Sexo bruto, selvagem e animal. Só poderia ser desse jeito que ele fodia e é desse jeito que eu quero que ele me foda.
E pensando no seu corpo em cima do meu, de lado, de quatro, de pé, de bruços, eu gozo com força, soltando um gemido arrastado conforme aquela sensação preenchia o meu corpo. Contraí o abdômen sentindo o orgasmo explodir pelas minhas pernas, que estavam extremamente esticadas a ponto de dar câimbra, me fazendo soltar um risinho gostoso, aproveitando toda aquela sensação. E aos poucos eu fui voltando, tentando acertar minha respiração e o meu coração que batia num ritmo desenfreado enquanto o meu botão extremamente sensível ainda dava pequenas pulsadas por ele.
Ele, Naruto Uzumaki.
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