Anteriormente
-----Sim! --- Opa, como é que é, me viro para o lado encarando a pessoa que avia me cortado e respondido por mim—É lógico que minha filha aceita, né Dah?--- Ah pronto, agora as chefes do meu pai me encaravam com um olhar esperançoso. Se eu negar, a chance do meu pai ser demitido ou pelo menos rebaixado no seu trabalho são altas, mas se eu aceitar, vou ter que passar quatro horas por semana, em um cômodo onde só vão estar eu e Samo, e elas vão usar todo esse tempo para me provocar. Oh céus, será que eu tenho outra escolha?
Agora:
Bem digamos que a reposta é... Não. Mas o que aconteceu depois? Você deve estar se perguntando, simples, nesse exato momento, estou a um quarteirão de distância do condomínio mais luxuoso da cidade. Decidi ir a pé já que eu precisava me exercitar, péssima escolha pois dois minutos depois, começaram a cair gotas de chuva em minha cabeça. Minha única opção foi apressar os passos, torcendo para que eu não estivesse totalmente encharcada quando chegasse. Mas como eu sou azarada não foi isso que aconteceu, a chuva já estava grossa quando eu finalmente cheguei no condomínio, por sorte minha entrada já estava confirmada então eu só tinha que seguir o caminho que o porteiro avia me passado até a casa de Momo. Certo, aquilo não podia ser chamado de casa, e sim de mansão. Eu já estava tremendo de frio, então não tardo em apertas a campainha da “casa” logo obtendo resposta de alguém de dentro.
-----Já vai----. Alguém diz, acredito que seja a Momo. Logo a mesma abre a porta confirmando minha resposta. ---Nossa você demorou, já estava achando que tinha desistido. Ei o que aconteceu com as suas roupas? Você não viu que hoje ia chover, não? --- Diz em tom de deboche, mas quando ela realmente percebeu o meu estado, seu rosto tomou uma expressão seria. --- Kim, você tá tremendo muito, sobe as escadas na segunda porta a direita é o banheiro, tome um banho quente e depois nós estudamos.
Eu não ousei lhe questionar, pois tudo o que eu mais queria no momento era um bendito banho quente. Adentrei a casa e segui rumo ao andar indicado. Quando cheguei no banheiro, “Whou”, essa era a única palavra que conseguia me representar. Aquele banheiro era incrível, posso jurar que cambiam três do meu banheiro dentro do dela. Certo foco, eu preciso me esquentar rápido para poder começar o meu “trabalho”. Tranco a porta e começo a me despir, me analiso no espelho e noto que meus lábios e a ponta do meu nariz estavam com uma leve coloração roxa, e minha pele, pelo incrível que pareça, estava duas vezes mais clara, se Nayeon estivesse aqui, com certeza me chamaria de Gasparzinho como sempre faz.
Sete minutos depois eu já estava pronta, só que tem um problema, as roupas. Vou tentar pedir uma emprestada para Momo, abro a porta do banheiro e chamo pela mais velha, mas nada acontece. Ok Dahyun, você vai ter que descer e ir até ela. Me enrolo na toalha e desso as escadas, sigo o alto barulho de televisão, logo encontrando as duas japonesas deitadas lado a lado no sofá, enquanto assistiam a um programa japonês aleatório, devo admitir que aquela era uma cena fofa de se ver. Quando eu ia dizer que precisava de roupas, sou surpreendida com o que acontece a seguir. Lentamente Momo se senta no sofá e puxa Sana para si, logo as duas começam uma troca de lábios lenta e carinhosa, eu estava paralisada, um misto de emoções fluíam sobre mim, meu coração estava acelerado, era como seu eu estivesse participando do beijo também. Me sinto uma pervertida por estar as assistindo, mas é mais forte do que eu. Logo a mão de Momo desce um pouco, agora se encontrando nas coxas desnudas de Sana, a onde ela da um leve aperto, arrancando um gemido manhoso dos lábios da japonesa mais nova. Ok isso foi de mais para mim, tento sair sem ser despercebida do local, mas como sou muito desastrada, acabo trombando com a porta, chamando a atenção delas, que agora se levantavam assustadas e com o olhar preso em mim.
Agora todas nós nos encarávamos, imersas em um silêncio constrangedor. Momo parece ser a primeira a tomar consciência do que avia acontecido e vem a passos pesados em minha direção.
----Não me diga que você viu algo.
----E-eu não vi nada eu juro. E-eu só queria pedir algumas roupas emprestas só isso
----Viu Momo, eu falei que não era para fazer isso agora. ---Então quer dizer que elas fazem isso com frequência, interessante. Pera no que eu to pensando!
------Escuta aqui Dahyun.---Diz Momo chegando perigosamente perto de mim, agora com seu olhar mortal---Se você ousar dizer algo para alguém sobre o que você viu, eu juro que acabo com sua vida, ou melhor com o emprego do seu pai.
----Eu não vou falar nada, por que eu falaria? ----Digo já ficando com raiva, elas podem me fazer mal, mas eu nunca ousaria contar para ninguém sobre ela e Sana, nem mesmo para Nayon.---Diferente de vocês eu tenho sentimentos, e não sou má o bastante para usar o amor de alguém como ameaça. Agora por favor, me empresta alguma roupa, por que eu to morrendo de frio. ---Digo já voltando a tremer.
----Deixa que eu pego ---Diz Sana que até então se mantinha calada. ---As roupas podem ser minhas Dahyun? É que eu acho que vão caber mais do que as de Momo. ---Assinto com a cabeça, já lhe seguindo ao andar de cima.
----Vem é por aqui. ---Ela entra em um quarto muito lindo, pelas fotos espalhadas acredito que o mesmo era de Momo. --- Pode sentar na cama, vou pegar as roupas no armário. --Sento na enorme cama e me surpreendo com a maciez da mesma, me contenho para não me debruçar nela.
----Esse é o quarto da Momo?---Ela assente--- Mas as suas roupas ficam aqui?---Percebo que a mesma acabou ficando tensa, eu e minha boca grande. --Não precisa responder, só ignora o que eu falei.---Ela concordar e some pelo closet, logo voltando com uma camiseta longa rosa, e um shorts preto.
----Aqui está, pode se trocar aqui mesmo, vou descer para falar com Momo. ---Logo a mesma sai me deixando sozinha
Começo a me arrumar, mesmo com nossa diferença de altura, as roupas me serviram perfeitamente. Coloco meus velhos óculos e começo a olhar o quarto. Nas paredes, haviam diversas fotografias das duas em diferentes idades. Elas parecem ser um casal feliz. Um casal... Acho que ninguém da nossa escola pensa que elas estariam juntas, lógico às vezes surgiam alguns boatos, mas todos são passageiros, e ninguém parecia acreditar. Mesmo em pleno século vinte e um, ainda existem pessoas idiotas que tem preconceito em relação a sexualidade do outro, e eu acho que esse é um dos motivos em que elas parecem querer manter o relacionamento em segredo. Eu realmente não consigo entender essa gente, será que eles não entendem que o que o outro sente é apenas amor? Certo, eu prometo a mim mesma que não importa o que elas falarem para mim, eu nunca vou usar o relacionamento delas como vingança ou algo do tipo.
Percebo que já demorei tempo de mais “me trocando” e resolve me juntar a elas. Lhas encontro na sala de teve novamente, mas dessa vez anúncio a minha chegada, batendo levemente na porta, antes que eu possa presencie novamente algo que eu não deva.
-----Eu já me arrumei, querem começar?
Agora as duas passam a me encarar, os grandes olhos castanhos de Sana transmitiam puro medo, enquanto os olhos da mais velha eram totalmente o oposto, eles transmitiam raiva, raiva por eu ter descoberto algo sobre elas, e ao mesmo tempo, raiva de si mesma por ter cometido o erro de ser flagrada.
----Pode ser, vem Momo.--Diz Sana, puxando a mais velha, para a “sala de estudos”. Para a minha surpresa, as duas prestavam bastante atenção no que eu explicava, e demonstravam realmente entender o conteúdo, pelo visto, o diretor estava certo quando disse que elas eram boas alunas.
Uma hora e meia depois, eu já estava me arrumando para ir embora, quando Momo se aproxima de mim.
----Hyun, você lembra que a sua presença está confirmada para o meu aniversário, né?---Eu avia me esquecido dele. ----Bem ele vai ocorrer no sábado às três horas da tarde. Conto com a sua presença. -- Diz enquanto sorria inocentemente para mim.
Ok de uma coisa eu estou certa, Hirai vai definitivamente aprontar algo. Aí céus, aonde eu fui me meter?
Continua....?
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