Eu estava nervosa, durante toda a viagem de Uber eu fiquei remexendo minhas mãos, não sabia se deixava-as soltas no banco ou colocava em meu colo, ficava pensando o que aconteceria na casa de Taehyung, eu imaginava mas não tinha certeza, sabia apenas que não faríamos nada que ultrapasse o limite, por que eu ainda não estava pronta, o que me fazia ficar mais nervosa ainda pois eu não sabia se iríamos até Whatperto desse limite, e se Taehyung quisesse o ultrapassar? E pior, se ele fosse do tipo que não entende que não é não, confio nele e por isso aceitei o convite, mas nunca se sabe. Não sei se ele percebeu e me achou estranha ou queria pegar na minha mão, por que eu o pegava dando encaradas sutis, mas acho que também não sabia direito o que fazer. Apesar disso consegui sustentar uma conversa leve com ele até o destino final, ele também me emprestou sua jaqueta para que eu cobrisse minhas pernas, estava definitivamente esfriando e eu já estava começando a sentir, achei gentil da parte dele e isso me deixou um tanto mais calma e quando chegamos em sua casa eu tentei manter a mesma linha. Não era a primeira vez que eu ia a casa de um cara, e de longe Taehyung era o que eu mais gostava e se eu prestasse atenção em outros sentimentos eu sabia que estava animada e ansiosa por isso.
A casa de Taehyung era bonita, o jardim florido com flores diversas deixava a frente uma graça, junto com a tinta amarelo-claro das paredes de fora dava um clima bem calmo e familiar, tinha um pequeno caminho de pedras até a porta e até uma cadeira de balanço na varanda, digamos que uma perfeita casa de vó. No dia da festa eu não pude reparar muito, porque era de noite e tinham algumas luzes coloridas ligadas, pra ser sincera a casa parecia ainda mais graciosa de dia.
— Bem vinda a minha humilde residência. — Ele deu espaço para que eu entrasse assim que abriu a porta e eu pude visualizar tons pastéis coloridos e móveis rústicos, com uma cozinha com a ilha onde eu contei sobre meus sentimentos para Jennie e Lisa, e o sofá grande onde ficamos bebendo até três da manhã com nossos amigos, e a escada que dava para o segundo andar.
— Tem certeza que é a mesma casa daquele dia? — Perguntei pois realmente, o jeito que eu me lembrava eram coisas jogadas pelo chão e pessoas também, uma mesa de DJ no canto da sala e itens de festa pelas paredes e teto.
— Dizem que a casa é a extensão do dono, como duas pessoas moram aqui, temos duas versões. — Ele explicou, indo até a geladeira e pegando uma garrafa d'água e derramando o líquido em um copo.
— Qual das duas versões é sua? — Ele ergueu uma das sobrancelhas enquanto bebia a água calmamente.
— Acho que você já sabe. — Piscou e então me ofereceu o copo de água que eu aceitei, só tinha bebido água de manhã. — Quer mais? — Neguei. — Sabia que água é vida? Não te vi beber nada além daquela coca na loja enquanto eu comprava, seus rins vão gritar.
— Já estou acostumada, nem sinto mais sede. — Assim que ele enxaguou o copo e começou a andar eu inconscientemente comecei a segui-lo.
— Pois devia, por isso anda desmaiando por aí. — Eu tenho amigos muito fofoqueiros, olha o que eles espalham por aí. — Sim, Jungkook me contou, na verdade contou pro Jimin, mas enfim a mesma coisa. Se eu ir tomar banho você me espera? — Quando me dei conta já tínhamos subido para o andar de cima e estávamos bem na frente do quarto dele.
— Se você não demorar talvez. — Brinquei.
Entramos em seu quarto e ele me disse para ficar a vontade antes de ir direto para o banho. No início eu apenas observei seu quarto, ainda parada na porta e timidamente me aproximei para sentar na ponta da cama, olhando melhor o quarto de Taehyung era bem a cara dele, por um segundo me senti desconfortável em estar ali, se a casa é uma extensão do dono o quarto é ele em si, meu quarto atual tem detalhes sutis que remetem a meus gostos e personalidade, mas isso por que me mudei com Jennie faz dois anos e já estava crescida, mas meu quarto na casa de meus pais é cheio de referências da minha adolescência e infância, Taehyung já tinha me dito que quando chegou na casa de sua avó estava no segundo ano do ensino médio, que foi onde conheceu Jimin, ele já pretendia fazer faculdade em Seul, na Arts of Seoul, então preferiu deixar os pais em Daegu, e sua avó já idosa aceitou-o de braços abertos por querer uma companhia também. Mas o quarto dele não era tão sutil quanto o meu, tinham medalhas de música e troféus de feiras de ciências, posters de overwatch que eu já tinha visto na parede de Jungkook quando jogamos online misturados a desenhos em sulfite, duas cordinhas de barbante que cruzavam a parede com várias fotos, da família, dos nossos amigos, dele e muitas delas com Jimin na época da escola. Também tinha um computador e uma cadeira do tipo gamer, que foi uma das primeiras coisas que me chamou atenção porque eu também tinha uma, exatamente da mesma cor, roxa. Nas estantes de um armário vários bonecos de desenhos, animes e filmes como uma coleção bem grande e legal em funko pop do Harry Potter — minha saga de filmes favorita, e talvez eu estivesse levemente apaixonada pelos bonecos. Também tinham livros, desde livros didáticos a Anne of Green Gables, todos misturados, o que me incomodou um pouco, pois eu organizava os meus por cor, tamanho e assunto e todos já tinham lugar fixo. Eu sei que mexer em livro alheio é pecado, mas só uma organizadinha também conta?
— Você não vai fazer o que eu penso que vai, né? — A voz do moreno surgiu atrás de mim e eu rapidamente me virei, acabei me assustando pois me considerava em uma situação em que não poderia ser pega. Sorri amarelo na mesma hora.
Taehyung estava já vestido mas seus cabelos ainda estavam molhados, aparentemente foi um banho rápido, imagino que não quisesse me deixar esperando. Era a primeira vez que eu o via com roupas casuais como moletom e camisa lisa, geralmente ele usava jeans preto e uma blusa social quando ia à faculdade, era diferente, mas muito bonito por sinal.
— Depende, o que você estava pensando? Porque eu estava só olhando. — Dei a desculpa com meu tom mais casual possível, mas minhas mãos foram para trás do meu corpo involuntariamente e ele ergueu uma de suas sobrancelhas. Ri sem graça. — Desculpa, é só que eu sou meio perfeccionista e seus livros estão meio desorganizados.
Ele riu e negou com a cabeça, indo em direção a sua cadeira em frente ao computador.
— Não é “meio” bagunçado, é completamente. Gosto de um “messy aesthetic”. — Explicou e eu exclamei um longo “Ah” em entendimento e fui para perto dele, para ver o que ele iria fazer mas ele nem ao menos ligou o PC, então eu o encarei em busca de alguma resposta mas foi meio constrangedor porque ele já estava me olhando, e digamos que seu olhar estava meio intenso.
Mesmo assim sustentei seu olhar, mas foi difícil, principalmente quando senti sua mão começar a subir para meu braço e descer novamente num carinho singelo, e então me puxar para mais perto, nos fazendo encostar os joelhos como mais cedo. Me senti nervosa perante seu olhar carregado, tinham algumas coisas evidentes nele, como ansiedade, vontade e seus lábios brevemente comprimidos me faziam pensar que ele estava nervoso como eu, isso até eu notar que seus olhos já não estavam mais conectados aos meus e sim em minha boca e foi impossível não engolir uma pouco de saliva com a sensação de secura repentina que me tomou. O carinho em meu braço cessou e ele apenas manteve a mão ali, seus lábios se entre abriram para deixar que sua língua os umedecesse e eu segurei um suspiro que quis sair quando senti meu corpo começar a esquentar. Nossos olhares se conectaram com uma força tão nova para mim que era como se nossas almas se tocassem através do ato e eu gostava tanto da sensação de nostalgia que isso me trazia, mesmo que não soubesse de onde ela vinha. Eu levei meu braço que não estava sendo tocado para seu ombro onde inconscientemente deixei um leve aperto, o que me fez ficar tímida por um segundo e desviar o olhar mas ele foi mais rápido em novamente me puxar pelo braço, não foi bruto, mas forte o suficiente para me fazer entender onde ele queria que eu ficasse e foi natural para mim me mover mais para frente e sentar em seu colo e disso eu não fiquei envergonhada porque a sensação de nossos corpos próximos, faltando centímetros para estarmos completamente colados me arrepiou completamente e soltei o suspiro que eu tinha segurado anteriormente. Suas mãos seguiram para minha cintura e a minha livre automaticamente subiu para seu pescoço, nossa distância começou a encurtar exatamente como no estacionamento e eu mal podia esperar pelo o que viria a seguir, mas dessa vez mantive meus olhos abertos até o último segundo, queria ver tudo.
Quando nossos lábios se encontraram e finalmente se moveram um sobre o outro, um sentimento gostoso se apossou de mim, assim como o arrepio que subiu pela minha espinha quando ele levou suas mãos para minha nuca, emaranhado os dedos em alguns fios ali.
— Eu adoro seu cabelo. — Ele falou entre o beijo e mais alguma coisa que eu não entendi pois saiu muito baixo, mas só a parte que eu ouvi já me agradou e eu sorri rente a sua boca, voltamos para o ósculo que antes calmo, ganhou a profundidade que queríamos.
Sua boca explorava a minha com vontade e só parava para num ato viciante esfregar nossas línguas juntas, seu corpo quente recém saído do banho transpassa calor pela camisa branca fina e minhas mãos não conseguiam evitar de ficar passeando entre seu ombro e pescoço, tentando capturar um pouco de sua quentura com os dedos. Seu braço esquerdo me rodeou para garantir que nossos corpos estivessem o mais próximos que ele julgasse justo e seus dedos faziam uma carícia gostosa na lateral do meu quadril, mas sem jamais tirar a outra do meu cabelo. Nossos pulmões estavam gastando todo o nosso ar e Taehyung quis se afastar mas sem pensar eu apenas me aproximei mais, só não contava que ele fosse finalmente puxar meu cabelo, me fazendo ir para trás e deixar uma mordida tão gostosamente dolorida em meu lábio que eu tive que segurar um gemido que me arranhou a garganta, mas ainda sim não consegui conter o suspiro. O moreno não esperou muito em contrapartida, apenas puxou o ar e voltou para mim. Iniciamos outro ósculo, dessa vez cheio de estalos e sons desinibidos, ele não soltou meu cabelo mas também não puxou mais, apenas manteve uma pressão ali que me deixava ansiosa por mais. O quarto estava ficando quente, eu estava ficando quente e não queria parar, sua boca era viciante, pasta de dente nunca me pareceu um sabor tão bom. Nosso beijo parecia até ter sido previamente sincronizado, porque nossas bocas conversavam muito bem e toda a atmosfera excitante que se criava ao nosso redor apenas me instigava a continuar ali.
Mas então sua mão antes no meu quadril resolveu descer pela minha perna e no mesmo momento que seus dedos subiram por dentro na barra da minha saia eu a segurei, me separando dele. Não precisei falar nada para ele recolher a mão e voltar a pousá-la em meu quadril. O clima anterior foi quebrado e eu estava um tanto envergonhada, eu sei que parecia super empolgada e jogar esse gelo nele foi inesperado, fiz menção de levantar mas ele me segurou, o olhei desconfiada.
— Desculpa, prometo que não tento mais nada, só… continua aqui. — Pediu e diminuiu o aperto, eu pensei em sair logo dali mas eu precisava confiar nele, então decidi dar essa chance. Me ajeitei cuidadosamente para evitar “acidentes” e deixei ele me abraçar e colocar a cabeça em meu ombro, senti ele virar o rosto me depositando selinhos no pescoço com toques suaves, aquilo me acalmou e eu me deixei amolecer novamente.
Voltamos a nos beijar, mas eu notei que em uma intensidade menor, ainda que não muito diferente, mas eu preferia assim. E também não foram tantos beijos, conversamos um pouco sobre coisas aleatórias e ficamos em silêncio em pequenos intervalos de tempo, apenas olhando um pro outro. O tempo passou rápido, tão rápido que nem notamos, e então um barulho no andar de baixo foi ouvido. A vó dele havia chego.
— Acho que chegou minha hora. — Comentei e me espreguicei, não estava mais em seu colo, estávamos deitados na cama dele e ele aproveitou para me puxar de lado.
— Ah, não vai. Tá com vergonha da minha vó? — Perguntou com sua voz abafada, pois tinha enfiado a cara nos meus cabelos esparramados no travesseiro.
— Não. — Sorri pela hipótese. — Já são seis da tarde, e eu moro praticamente do outro lado da cidade.
— Eu sei, mas eu te levo, a gente chega bem rapidinho. Só mais um pouquinho! — Ele mudou sua tática e saiu do meu cabelo para o meu pescoço, começando a dar beijinhos na região que me faziam cócegas, mas eu reprimi o riso.
— Tae, de pouquinho em pouquinho vai ficando mais tarde, eu tenho algumas coisas para fazer. Para… — Pedi por fim pois eu realmente não estava mais conseguindo conter a vontade de gargalhar.
— Poxa, você acaba com a minha felicidade desse jeito, linda. — Reclamou porém soltou, mesmo que com uma careta no rosto que me arrancou um sorrisinho.
Me pus de pé e no mesmo momento quase caí sentada novamente pois Taehyung me agarrou por trás e deu uma lambida tão lenta e gostosa no meu pescoço que eu me arrepiei inteira e minhas pernas tremeram, sorte que ele realmente estava me segurando.
— Gostosa. — Sussurrou por fim em meu ouvido antes de me soltar e então descer da cama — ele estava de joelhos nela — indo em direção a porta. Eu o segui com as pernas mais bambas que vara verde e acho que até minhas orelhas estavam vermelhas num misto de vergonha com tesão que me deixou meio zonza.
Descemos a escada e ele pegou minha mão num ato carinhoso e eu agradeci mentalmente, não duvidava nada que eu pudesse cair ali sem querer depois daquilo no quarto.
— Querido, que bom que desceu, esqueci de passar pegar o Yeontan no veterinário, você vai pra mim? Aliás, sua mãe ligou e quer… Nossa, que moça bonita! Boa tarde. — Agora eu sei por quem Taehyung puxou o descaramento. Eu sai de trás de Taehyung e sorri — Meu deus do céu Taehyung, que sorte!
— Vó! — Ele quem estava vermelho agora, ao constatar isso eu sorri ainda mais.
— Boa tarde, dona Sarang, Tae fala muito da senhora. — Cumprimentei com uma inclinação completa em respeito e ela sorriu.
— Que injustiça, ele nunca comentou sobre você. Qual seu nome querida? — prontamente respondi e ela arregalou os olhos — Até o nome é bonito! Eu sei que é cedo para falar sobre isso, mas sua genética parece ótima, se juntar com a do Tae então! — Eu gargalhei alto, ela tinha exatamente a personalidade da minha própria avó materna. Em compensação Taehyung só faltou se engasgar ao meu lado.
— Vó! Anm, Soo você não tava de saída? — Me deu tanta vontade de falar que não só pra ver ele ficar ainda mais envergonhado — era raro ver ele assim — só não fiz porque fiquei com dó e eu realmente tinha coisas para fazer.
— Ah, sim. Foi um prazer conhecê-la dona Sarang, espero vê-la mais vezes no futuro. — E realmente esperava.
— Se deus quiser minha querida, apareça outro dia, farei um jantar para você. — Convidou e nos reverenciamos mais uma vez antes de irmos até a porta que ela fez questão de abrir e fechar para nós.
Dentro do carro Taehyung pediu desculpas pelos comentários sem filtro da mais velha, mas eu disse que estava tudo bem e contei que minha avó materna era igualzinha, ele deveria se preparar. A partir de certo ponto notei que ele ficou inquieto por alguns minutos, talvez ele quisesse me perguntar algo, mas se ele não disse eu que não iria o fazer. Conforme nos aproximávamos do prédio residencial na qual eu morava meu astral começou a baixar, junto com minha energia e já não cantava mais PingPong com tanta empolgação como antes, era óbvio que eu estava triste de me separar dele, depois de um dia tão bom quanto aquele era chato ter que se despedir, mesmo que eu fosse vê-lo na outra manhã. Foi um dia leve e mesmo com o final inesperado eu gostei e me diverti bastante, era tão fácil gostar de estar com Taehyung e ainda mais natural gostar dele, que eu até me esquecia que estava apaixonada.
— Chegamos, agora que tal a gente voltar? — Ele brincou com um sorriso desanimado, eu retirei o cinto e o olhei.
— Mas já tá assim? — Sorri para ele.
Consciente de que provavelmente Taehyung não sentia o mesmo peso das palavras que eu, por seus sentimentos ainda serem superficiais, mesmo assim ficava feliz quando ele demonstrava esse tipo de carinho, como quando jogou a ideia dos anéis no ar hoje mais cedo, ou agora quando me faz pensar que ele vá sentir minha falta, o que eu acredito que ele realmente vá, Tae é carinhoso e não falaria nada que não condiz com o que ele sente. Essa confiança que tenho sobre ele me faz calma e muito mais confortável.
— Você sabe que eu bem queria. — Admiti e vi um sorriso sugestivo crescer em seu rosto. — Mas infelizmente não dá.
Ele suspirou mas terminou com um sorriso tão grande que eu mesma tive que conter um. Ele se aproximou.
— Não que sua partida me faça feliz, porque você sabe que não. Mas pelo menos tem a despedida. — Não entendi de primeira, mas ele não demorou a colar os nossos lábios.
A dobra de sua mão se encaixou na minha orelha e seu polegar ficou em minha bochecha. Foi um beijo calmo e doce, mesmo com nossas línguas o toque era suave assim como o carinho de seu polegar em minha pele, retribui o mesmo ato na base de sua nuca e tudo se encaixou bem. Terminamos com um selinho e sorrisos.
— Eu gostei muito de hoje. — Não nos distanciamos e seu respirar ricocheteou em minha derme.
— Eu também. Te vejo na segunda? — Perguntei apenas para ter certeza.
— Pode apostar que sim.
Eu enrolei meus braços em seu pescoço e fiquei na ponta dos pés para o abraçar o mais apertado que eu pude, num ato inconsciente que refletia minha vontade em querer sua presença. Ele retribuiu na mesma intensidade e ficamos ali por um ou dois minutos, sem se mexer, apenas acostumando nossos corpos com a despedida. Quando eu finalmente fiz menção de soltá-lo ele me segurou mais forte na cintura e se aproximou do meu pescoço, onde depositou um selar rápido.
— Você devia usar esse perfume mais vezes. — Eu corei, porque não estava usando nenhum perfume. Isso significava que ele gostava do meu cheiro? Assenti e comecei a me afastar.
Andei calmamente até a entrada, me virando apenas para acenar e quase corri de volta em sua direção quando ele sorriu quadrado para mim. Assim que entrei no elevador recebi uma mensagem, era dele, uma selca dentro do carro e várias carinhas tristes a enfeitavam, "Você não disse tchau, princesa. Mas vou cobrar em formato de beijo na nossa próxima despedida.” Uma carinha piscando e eu ri, contente em não ter dado tchau. Minha maior preocupação sobre o nosso relacionamento era se ambos estávamos na mesma página, não gosto de ser intensa sozinha ou me jogar no raso, mas aparentemente, mesmo que Taehyung não tenha acompanhado a história desde o começo estava conseguindo ler tão rápido quanto eu. E tudo bem, se ele desse menos beijos, lambidas e sorrisos inesperados ainda poderia me pegar na página “Eu gosto de você”.
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