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História Eu, tu e o pão de forma - Único. - História escrita por atease - Spirit Fanfics e Histórias
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História Eu, tu e o pão de forma - Único.


Escrita por: atease e DescubraJJP

Notas do Autor


Hey! Já faz tanto tempo que não venho aqui, céus.
Antes de tudo, eu quero agradecer imenso à @chittafx e @vhoparing pela betagem e pela capa, muito obrigada mesmo!
Esta é a minha estreia no @descubrajjp e estou muito ansiosa mesmo. De qualquer forma, espero que gostem!

Capítulo 1 - Único.


Fevereiro havia chegado e trazia consigo mais melancolia e angústia para o quarto escuro de Jaebum. Dentro dele, reinavam todos os seus demônios e desgostos, como se um único acontecimento trouxesse tudo o que teria acontecido consigo durante os seus dezanove anos de vida. Estava frio, o inverno ainda não tinha ido embora e, sem o conforto dos braços de Moon, não havia nada que conseguisse esquentar o pobre corpo do jovem, agora tão pequeno.


  Durante a noite, ao ver a lua, ele sorria lembrando-se da ex-namorada.


  Esta rotina sem pés nem cabeça permanecia por muito mais tempo do que o desejado pelos seus entes queridos. Apesar da grande parte estar ocupado com as preparações do dia de São Valentim, havia ainda uma pessoa que roía as próprias unhas todos os dias, esperando ver o melhor amigo voltar sorridente para o campus.


  Jinyoung entendia que o amigo necessitava de um tempo para digerir toda aquela surpresa super desagradável. Jaebum era uma pessoa um tanto tradicional; devido à sua criação, acreditava no primeiro amor verdadeiro e todas aquelas pirosices que, para Jinyoung, eram apenas idiotas. Fora um choque fora do normal quando Jaebum descobriu que estava a ser traído pelo amor de sua vida. Nos primeiros dias, agiu como se nada fosse. A sua postura indiferente continuava lá, mesmo o seu rosto estando constantemente na curva do pescoço de Jinyoung, aproveitando a segurança transmitida pelo melhor amigo para chorar como nunca antes o fizera.


  Jinyoung sempre acompanhou Jaebum em tudo. À sua volta, era conhecido como um “Bestfriend Material”, por sempre proteger Jaebum com unhas e dentes, por nunca trocá-lo por noites de diversão ou afins. E apesar de parecer uma relação estranha e anormal, tudo acontecia pela ligação forte dos dois, que se conheciam apenas há dois anos.


  Jinyoung estava demasiado preocupado em ser de Jaebum para se preocupar com flertes e olhares.


  Lembrava-se do barulho agradável dos passos de ambos, que passava despercebido por todo o barulho que os outros estudantes faziam, divertidos pelo intervalo das aulas.


  Recordava-se também quando sorriu para o melhor amigo, com as mãos escondidas nos bolsos das calças.


  Quando lhe disse que sabia bem que não adiantava fazer aquilo tudo. De forma calma e firma, continuou. Compreendia e respeitava a dor do amigo, mas não entendia por que razão o outro queria tanto se esconder.


  Foi interrompido. As palavras de Jaebum ainda martelavam na sua cabeça. Sabia bem, sem dúvida alguma, que Im Jaebum não estava nada bem e doía não poder ajudar alguém que amava tanto.



  O quarto de Jaebum estava um caos, igualzinho à sua cabeça, que não conseguia sequer pensar direito. Um lado pensava que estava a ser tolo demais com aquilo tudo, mas, então, vinha o seu outro lado quebrado e fraco, deixando Jaebum incapacitado de se levantar para se alimentar. Queria imenso voltar para o conforto da casa dos pais, contudo, não iria deixar a sua mãe preocupada com o seu estado deplorável. Por vezes, comia alguns snacks e começava a ficar preocupado com a escassez da comida. Não iria descer do seu apartamento para pisar nas ruas gélidas até à loja de conveniência mais próxima. Jaebum já nem pensava no número das suas faltas. Estava a agir de forma errada, tinha noção disso, mas não sabia o que fazer consigo mesmo.


  Então, no dia doze, ouviu a porta abrir.


  Estranhou, obviamente, mas não pôde evitar o sorriso ao ver Jinyoung. Este estava muito bem arranjado e não fez cara feia ao ver Jaebum quase podre e caindo aos bocados, como esperava que ele fosse fazer. Jinyoung cuidava de si como ninguém, os toques delicados e carinhosos, como se tivesse medo de o magoar. Ajudou o amigo a tomar um banho longo, a arrumar a casa toda e, depois disso, Jaebum até se sentia melhor e mais livre.


  — E então? Finalmente o cavalheiro vai me contar o que se passa? — Ao receber um olhar quase letal do melhor amigo, Jinyoung gargalhou antes de continuar. — Sei que a Hyuna fez isto e aquilo e blá-blá-blá, mas tens de erguer a cabeça e andar para a frente! Se ficares preso ao passado, nunca vais desfrutar o que o presente te oferece.


  Jinyoung olhava atentamente para o outro a brincar com as peles juntas às suas unhas roídas de tanta ansiedade. Esperou por uma resposta até ouvir o mais velho respirar fundo.


— Jinyoung. Alguma vez amaste alguém verdadeiramente?


  Jinyoung travou e não conseguiu responder na hora, como sempre. Tinha sempre a sua réplica na ponta da língua, mas Jaebum parecia saber como comandar Jinyoung de forma diferente. E ao olhar para o ruivo, reprimiu um sorriso. Jaebum era tão lindo.


  — Não — respondeu firme, vendo-o abaixar a cabeça, frustrado.


  — É por isso que não entendes. Eu não a consigo esquecer assim. Ela é a tal, eu sei disso!


  Jinyoung quis revirar os olhos, abanar o corpo de Jaebum e fazê-lo acordar para a vida, mas simplesmente puxou-o para um abraço. Acariciou os cabelos do amigo antes de se afastar para lhe falar sobre algo um pouco mais sério:


  — Precisas de sair de casa. Urgentemente. E de comer também. Na verdade, precisas de muita coisa e não te vou deixar neste estado.


  — Nyoungie! — O mais velho dos dois chamou a sua atenção, puxando-o para mais perto. — Qualquer coisa que já tenhas criado na tua cabecinha pode esperar pelo menos um dia, não?


  Jaebum suspirou cansado. Jinyoung não sabia dizer se era pela limpeza ou por tudo o que se passava dentro da cabeça do outro, mas suspeitava ser um misto dos dois.


  — Desculpa. Não aguento te ver neste estado e sabes bem disso. Eu quero o meu Jaebum de volta e, mesmo que seja egoísta da minha parte, creio que já tiveste o teu tempo. Agora tens de te habituar à ideia.


  Segundos se passaram, e o silêncio ainda pairava pelo apartamento. Por mais que não obtivesse uma resposta concreta, Jinyoung sabia bem que o amigo estava a processar tudo. Por ser um pouquinho impaciente, Jinyoung segurou ambas as mãos de Jaebum, recebendo um sorriso tímido em resposta. Os dois riram sem saber o porquê, mas sentiram necessidade de o fazer. As gargalhadas foram ficando menos escandalosas e, ao se tornarem risadinhas, Jaebum encostou a cabeça no sofá, fechando os olhos. — O que tens em mente?


  À frente de seus olhos, o melhor amigo festejava por conseguir tirar o outro do seu covil. Jinyoung sabia exatamente como lhe animar.


.


  No dia treze, Jaebum teve tempo suficiente para arrumar uma mochila com roupa. Pelo que Jinyoung lhe tinha dito no dia anterior, iriam passar uma noite fora no dia quatorze, e Jaebum estava realmente feliz por ter um melhor amigo tão atencioso. Qualquer um iria, com certeza, querer outras companhias naquele tipo de dia, mas Jinyoung estava consigo como sempre. Sorriu para si, sentindo o peito aquecer ao se lembrar do conforto trazido por Jinyoung e, ao acabar de arrumar a sua pequena mochila, não pôde evitar de pensar no que poderia estar à sua espera no dia seguinte.

Jinyoung poderia ser muito criativo quando queria, e isso só interessava mais a Jaebum e também lhe despertava uma curiosidade enorme. Sabia que o mais novo gostava de lhe provocar com essas coisas, afinal, não podia evitar ser tão ansioso e curioso.


  No dia de São Valentim, Jinyoung estava lindo. O seu estilo usual era algo único e que, apesar de discreto, servia para realçar o amigo. Estranhou Jinyoung estar acompanhado da carrinha do seu pai. Ela era simpática e apesar de nunca ter entrado nela, sabia que era ela que levava a família Park para as viagens durante as férias de verão. Sabia também que, anteriormente, o senhor Park usava-a para fazer encomendas e, por isso, os bancos de trás estavam em falta.


  — Espero que não tenciones levar-me num jantar romântico aqui. — Brincou, depois de fechar a porta de sua casa. — Não aceito menos que um carro de luxo.


  Riu ao ser puxado para um abraço e apertou o outro nos seus braços.


  — Estou bem. Acho que a tal viagem até me vai fazer bem.


  — Estás certo. Tenho tudo combinado para hoje. Vamos ser apenas eu, tu e o pão de forma!



.


 A viagem era realizada em total silêncio, tendo como barulho de fundo as músicas da banda preferida dos dois. Ao contrário do que era esperado, toda aquela falta de diálogo não era usual e nada confortável. Jinyoung tentava entender o que se passava na cabeça do outro, mas era algo que não se conseguia fazer. Mesmo depois de anos juntos, ainda haviam coisas em Jaebum que Jinyoung não conseguia entender ou desvendar. Não se podia apressar, sabia bem disso. Dar tempo ao tempo, não?


  Há dois anos, ainda pensou que a relação dos dois não era muito saudável por conta disso, mas, mais tarde, compreendeu que, por mais que amasse o melhor amigo incondicionalmente, Jaebum tinha uma leve dificuldade para se abrir e demonstrar os seus sentimentos para consigo.


  — Estou com fome.


  — Eu sei. Posso ouvir o teu estômago a resmungar daqui. — Sorriu, vendo o mais velho lhe retribuir. — Estamos quase a chegar.


  Foram necessários mais dois minutos para Jinyoung estacionar. E quando os dois saíram da carrinha, Jaebum se agarrou ao braço do amigo, vendo onde estavam.


  — Esquece o jantar romântico!


  — Já tinha esquecido há imenso. Sei bem do que gostas. — Park puxou-o para um abraço lateral, guiando-o para irem provar os hambúrgueres que comiam todas as sextas, no início da amizade.


  E depois do jantar gorduroso nostálgico, os dois encontravam-se sentados na pequena esplanada da roulote enquanto riam. Jinyoung ia lhe atualizando de tudo o que havia acontecido dentro do grupo de amigos dos dois, o que rendia a ambos gargalhadas sem fim. Ficaram um longo tempo assim, até serem expulsos do local por conta da hora de encerramento do estabelecimento.


  Enquanto caminhavam de volta para a carrinha, ainda distantes por conta dos risos, Jinyoung parou de repente, impedindo o mais velho de avançar.


  — Aconteceu alguma coisa? — Jaebum estava preocupado pelo comportamento inesperado do outro.


  — Eu não te queria arrastar para um interrogatório ou algo do tipo, mas ambos sabemos que precisamos de uma conversa a sério sobre tudo o que se tem passado. E mesmo que quisesse passar este dia contigo como tu mereces, há coisas mais importantes a serem feitas.


  Viu Jaebum respirar fundo e jogar o cabelo para trás, visivelmente chateado. Colocou as mãos na cintura e olhou para o melhor amigo como nunca antes.


  Era lógico que os dois já tinham discutido milhares de vezes, no entanto, o olhar de Jaebum para Jinyoung era diferente desta vez. Mais uma vez, Jinyoung sentiu-se mal por não conseguir decifrar o outro. Estaria zangado consigo? E se estivesse triste ou decepcionado?


  — Não sei se estou pronto. — A voz do mais velho puxou-o de volta para o descampado onde acreditava ter desiludido Jaebum. — Sei que já se passaram meses, mas falar da minha relação parece algo tão distante. Não sei se sou capaz. Eu não a consigo esquecer!


  — Tretas! Esqueceste as tuas notas de merda o ano passado, esqueceste que o teu gatinho morreu, até te esqueceste de não conseguires o emprego naquele bar e vais ficar preso a uma mulher? Por favor! Vem, tenho algo que nos vai ajudar.


  Jinyoung guiou-lhe para a traseira do pão de forma e, ao abrir as suas duas portas, sorriu com o resultado do seu trabalho árduo. O chão da van estava ocupado com cobertas e lençóis, algo que trazia conforto só de se olhar. Havia também uma pequena coluna de som juntamente de todos os tipos de doces e bebidas para tornar a noite mais divertida e melosa.


  Ao ver os olhos de Jaebum brilharem ao contemplar tudo aquilo, Jinyoung quis beijá-lo mais do que tudo no mundo. Queria cuidar dele de forma a que voltasse ao normal.


  — Esta foi a tua tentativa de ter um date comigo?


  Era óbvio que ele estava abalado pela bronca que tinha levado. Por breves segundos, Jinyoung sentiu-se culpado e quis pedir desculpa por isso, mas, verdade seja dita, Jaebum precisava de um abanão, e Jinyoung estava sempre pronto para o fazer.


  — Para de ser parvinho. Vamos, entra. Vou te dar o melhor dia de São Valentim que poderias pedir.


  Jaebum riu de forma fraca, entrando e puxando o outro consigo. Fechou as portas e aninhou-se junto do melhor amigo, procurando conforto. Jinyoung rapidamente ligou a coluna e colocou a playlist que tinha guardado. Passou-lhe um dos chocolates e suspirou.


  Durante horas, eles conversaram. Comiam todos os chocolates e doces, não tinham um evento como aqueles há muito e aquele dia especial trazia um clima diferente para aquele espaço. Tocavam-se mais do que o necessário, sempre procurando algum tipo de conforto possível.


  Jaebum chorou muito, mas era o que ele acreditava serem as últimas lágrimas derramadas pela sua perda, já que, logo em seguida, gargalhava com o melhor amigo.


  Melhor amigo. Todo aquele momento tornava a palavra estranha para Jaebum. Não sabia bem o que pensar. Olhava para Jinyoung e sorria instantaneamente e não sabia por quê. Algo confuso mas que não queria que acabasse.


  — É a tua vez. — Jaebum sorriu divertido, sentando-se.


  — A minha vez? Vez do quê?


  — Ah, Jinyoung! Sabes bem que dia é hoje. Não disse nada antes porque não queria parecer mal agradecido, mas não achas estranho passares esta noite comigo e não com outra pessoa? Afinal, é dia dos namorados, normalmente as pessoas passam-no com… Tu sabes, namorados.


  Jinyoung pensou antes de responder. Se fosse do tipo impulsivo, provavelmente já estaria com a boca colada na de Jaebum e, com toda a certeza, isso não era uma opção.


  — Eu sei que sim. Mas este dia é para se passar com as pessoas que mais amamos, independentemente se vamos falar de namoro, amizade ou família. E, se queres que te seja sincero, considero-te da minha família, considero-te o melhor de mim, o meu tudo. E sei bem que tens noção disso.


  O mais velho olhava-o com atenção. A cada minuto que passava, Jinyoung pensava seriamente em como a viagem teria sido uma das suas piores ideias. Jaebum estava finalmente a mostrar-se diferente e a demonstrar tudo o que sentia e pensava. Honestamente, isso teria sido uma vitória, mas, naquele momento, só servia para maltratar os sentimentos tão puros e bonitos que Jinyoung guardava para si.


  — Desculpa.


  Antes de perguntar qualquer coisa, a boca do Jaebum estava colada contra a sua. Não era nada bruto, nada carnal. Jaebum era delicado e cuidadoso, pegando as suas mãos e fazendo um carinho no local, enquanto o beijava com tudo o que tinha direito. Jinyoung separou as suas mãos das do outro, levando-as a descansar na cintura alheia.


  Queria sorrir, queria saltar e pular, tamanha a alegria que sentia. Os seus batimentos cardíacos não estavam na sua velocidade normal. Não sabia como reagir, entregando-se àquele beijo.


  E por mais que não acreditasse em todas as coisas lamechas que diziam sobre o dia de São Valentim, uma onda agradável e feliz tinha atingido Jinyoung bem no coração, fazendo-o querer rir à gargalhada por estar tão feliz. Queria pegar as mãos do melhor amigo e mimá-lo ao máximo. Era algo que nunca tinha experimentado antes e, quando se afastaram, tinha a certeza que Jaebum sentia o mesmo pelo sorriso bobo no seu rosto. Passou a palma da sua mão pela face alheia antes de beijar a sua testa.


  — Acho que passei a gostar novamente desta data. — Jinyoung riu da fala do amigo, deitando a cabeça no seu ombro.



Notas Finais


Bom, o que acharam?
Talvez eu venha com uma fanfic nova rs (e esta eu não irei apagar, prometo).

passem no @descubrajjp não se vão arrepender!

adoro vocês! um beijão.


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