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História Eu, você e o fim do mundo - Capítulo único - História escrita por ProjectKaiSoo - Spirit Fanfics e Histórias
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História Eu, você e o fim do mundo - Capítulo único


Escrita por: ProjectKaiSoo e julabela

Notas do Autor


KSZ: qualquer problema com a fanfic, contate o projeto. Será resolvido imediatamente.

Capítulo 1 - Capítulo único


  Se você perguntasse a Do Kyungsoo se ele acreditava no fim do mundo, certamente o moreno riria da sua cara e faria alguma piadinha sem graça. Kyungsoo nunca acreditou nessas coisas sobre o mundo acabar. Sinceramente, ele já não acreditava em muitas coisas, e à exemplo disso, ele sempre fazia questão de questionar a existência de um ser superior acima de nós; o que resultou em levar várias vezes uma bronca da mãe por fazer perguntas desse tipo no meio da igreja. Fato era, que o moreno chegou a ponto da vida em que apenas seguia em frente, sem pensar se acabaria indo para o céu ou ao inferno devido às próprias atitudes.

 Aos vinte e cinco anos de idade, Kyungsoo já não frequentava a igreja há exatamente oito anos — tempo demais para o filho de uma devota da igreja católica —, e nem ele mesmo saberia dizer a razão de ter parado de frequentar. Um dia simplesmente acordou sem vontade de estar lá.  A vida seguiu, e o rapaz se contentava em apenas escutar a voz preocupada da mãe, que o mandava ir pelo menos um vez.  No entanto, Kyungsoo sempre inventava uma desculpa para mudar de assunto rapidamente. 

 Na verdade, mentiria se dissesse que gostaria de frequentar aquele lugar novamente, afinal, jamais seria bem visto se continuasse indo à igreja depois de se assumir gay. O garoto lembravam-se de como foi difícil chegar na família e falar “eu sou gay”. Mal podia imaginar a reação das outras pessoas. Sr. Do o mandava ir na igreja pela fé, para não se importar com a opinião dos outros sobre a vida e, contudo,  Kyungsoo simplesmente impedia a si mesmo de pensar dessa forma.

Este também era um dos pontos importantes sobre a vida de Kyungsoo: o fato de ele saber ou não se tinha fé naquelas coisas. Somente pelo fato de ficar se perguntando se Deus existia ou não, já o fazia se questionar o quão devoto poderia ser ao fazer aquelas perguntas desde criança. Afinal, um dia apenas acordou duvidando da existência das coisas do mundo inteiro, principalmente sobre a do grande D.

Mas voltemos ao assunto principal: o fim do mundo. Foi numa tarde de Domingo, quando os noticiários começaram a afirmar que no dia 14 de Janeiro o mundo acabaria — o que Kyungsoo achou irônico por supostamente acontecer dois dias depois do seu aniversário. Claramente, a maioria das pessoas surtaram, muitas tiraram a própria vida, algumas decidiram continuar a viver e esperar aquela coisa terrível chegar de uma vez. E Kyungsoo, embora ainda estivesse cético sobre o mundo realmente acabar, decidiu criar uma lista de coisas para fazer antes de morrer.

Passou dias fazendo a maioria das coisas dentro da lista. Honestamente, nem sabia que possuía coragem de quebrar a janela do posto polícia e sair andando como se nada tivesse acontecido — decidiu ignorar o fato do policial ter dado a pedra na mão dele e mandá-lo jogar —, nem entrar numa loja de doces e pegar várias coisas sem se importar com o resto. A maioria das coisas na lista eram sonhos idiotas de crianças que ele lembrou do nada e, por isso, escreveu-os para tentar completar todos antes de morrer. 

 O último ítem da lista tornou as coisas bem mais difíceis, baseava-se em confessar seus sentimentos para Kim Jongin, o loirinho que morava na casa ao lado de Kyungsoo e raramente saia de dentro; ele possuía um negócio próprio e ganhava dinheiro com isso e não via razões para sair do apartamento. Kyungsoo nem poderia um dia cogitar a possibilidade de revelar os sentimentos ao Kim. Parecia loucura se apaixonar pelo vizinho com quem se mantém conversas, porque a sacada do apartamento era do ladinho da do loiro. Costumavam ficar conversando até o café de Jongin acabar e ele ter de voltar para dentro do apartamento.

 

Diferentemente das outras pessoas, Jongin continuou sua costumeira rotina,  ignorou o pressuposto de o mundo acabar, apenas pelo fato de não acreditar nessas coisas e achar tudo ter sido uma simples jogada de marketing. Era isso que ele gostaria que as pessoas acreditassem.

Kim não possua ninguém no mundo além dele mesmo. Seus pais morreram há alguns anos atrás. Então, mesmo se acreditasse no fim do mundo e nessa conversa toda, parecia ser normal o mundo acabar juntamente com a sua solidão. No entanto, o que Jongin mais achava estranho, era o fato de o “mundo acabar” logo no dia do seu aniversário. O loiro achou isso quase um presente digno de jamais ser esquecido

Kyungsoo estava parado na frente do apartamento de Jongin. Nunca havia sentido as mãos suarem tanto na vida, e estava disposto a ignorar o fato de o coração estar quase saindo pela boca. Os dedos tremeram antes de tocar a campainha e esperar pacientemente. Mas a quem ele queria enganar? Estava quase tendo um colapso nervoso por causa da demora.

Faltavam apenas horas para o dia quatorze e Kyungsoo só queria dizer tudo e sair correndo, entretanto,  Jongin não estava colaborando em abrir a porta de casa. Novamente apertou a campainha e Jongin abriu a porta, revelando os cabelos loiros bagunçados, além de vestir-se com um roupão azul com desenhos de girassóis.

  — Kyungsoo! Eu achei que tinha feito igual as outras pessoas e ido embora — Jongin comentou animado ao ver o baixinho na porta. — Quer entrar?

  — C-claro. —  Do queria dar um soco na própria cara ao ter dificuldade de falar a frase mais simples do mundo. Puxou o ar ao entrar no apartamento, dando graças a Deus por não sentir cheiro de maconha. Imagine só se apaixonar por um maconheiro? Seria o auge da vida de Kyungsoo e ele recusaria a aceitar isso.

  — Quer beber alguma coisa? — Jongin sentou-se no sofá azul, continuando a sorrir ao ver o baixinho negando com a cabeça. — Tu tá bem? Parece meio nervoso… Bom, acho que a população da terra inteira está nervosa.

  — É que eu queria te falar uma coisa antes do mundo acabar, sabe? — O moreno juntou as duas mãos, tentando mandar embora a expressão de nervosismo. Encarou a televisão que passava o jornal, contando quantos minutos a terra ainda tinha de vida. — Eu gosto muito de você! Desde que te vi mudando para esse apartamento há dois anos atrás.

  — Cara… você deveria ter me dito isso antes do mundo acabar! — Jongin levantou-se do sofá extremamente indignado com aquela revelação. — Eu também queria me confessar para você, sabia? Mas esse lance de fim de mundo acabou chegando e eu simplesmente desisti! — O loiro fechou os olhos para um minuto depois abri-los novamente, fazendo o sinal da Cruz, o que deixou Kyungsoo extremamente perdido na situação.

  — O que você tá fazendo, Jongin?

  — Pedindo para o grande D não deixar o mundo acabar — respondeu. — Esse é o meu pedido de aniversário… — Antes que pudessem continuar falando sobre qualquer coisa, o jornal começou a emitir um barulho horrível e o Jornalista alterou a expressão completamente.

 “ATENÇÃO! Nós acabamos de receber a informação que o mundo não vai acabar! Segundo o próprio pesquisador Kim Junmyeon, os pesquisadores acabaram cometendo um enorme erro ao fazer essa afirmação. Esta é uma notícia muito boa para todas as pessoas no mundo, esperamos que vocês possam estar respirando mais aliviados agora…”

— CARALHO! — Kyungsoo gritou de surpresa. Estava feliz por não ter queimado o dinheiro todo como pretendia. — O grande D realmente gosta de você!

  — E eu gosto muito mais de você, Do Kyungsoo.  — Jongin roubou um beijo rápido do mais velho e continuou a rir. — Eu sempre soube que o mundo não ia acabar! E ainda por cima, ganhei o melhor presente de aniversário!

   

 


Notas Finais


Capa @Winyung
beta @KonaiChan
Tema apocalipse sugerido por @Winyung

KSZ: Não deixe de seguir os perfis.


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