História Everything And More (Em revisão de mudança) - Suas escolhas mostram quem você é

Sienna Mendoza P.O.V

Murial, minha proteção, me guiava entre as celas, me puxava como uma criança querendo que o adulto prestasse atenção nela. Eu me perguntava se aquela garotinha teria uma vida fora disso tudo, se teria um namorado, uma amiga, se iria para alguma festa e acordaria no outro dia com a maior ressaca. Eu não sabia nem se ela teve escolha, de sair desse mundo.

Cheguei na sala de estar do Santo, o mesmo estava sentado em sua poltrona de couro. Olhou para mim e sorriu abertamente como um louco, que já estava claro que ele era.

- Bom dia, flor do jardim do inferno – falou se levantando, me dando um novo apelido provavelmente e vindo até mim. O mesmo passou a mão entre o meu cabelo dando a volta no meu corpo – Quero que faça uma escolha – falou e se encaminhou pra sacada me fazendo seguir ele, de lá era possível ver uma fogueira e dois homens ajoelhados no chão, os mesmo estavam algemados e as pessoas ficavam em volta só olhando. Por acaso esse louco ia fazer alguma oferenda?

Isso parecia um julgamento, em que o Santo que decidia a condenação. Pelo menos eu esperava que fizesse mais sentido.

- Um dos homens, matou uma mulher enquanto a mesma estava dormindo e o outro esfolou com suas próprias mãos seu próprio filho – falou olhando os dois ajoelhados no meio do pátio com algemas nas mãos e sacos pretos na cabeça, ele olhava para os dois como se não tivesse sido a primeira vez, ele não estava surpreso com os atos dos homens e nem com pena, se aproximou de mim e tirou uma mecha de cabelo do meu rosto – Quem tem que viver? – perguntou, esperando a minha resposta.

- O que? – perguntei, eu não poderia dar a resposta, eu não ia dar o ultimato – Quem me garante que não está mentindo? – perguntei me virando em sua direção com a sobrancelha erguida.

- Tem razão – ele riu – Uma das histórias que eu contei é mentira, então você que vai me apontar o culpado e eu vou queimar ele na fogueira – disse se encaminhando até a poltrona e sentando.

Eu não podia fazer isso... Eu não poderia escolher alguém e descobrir que ele era um inocente, eu não poderia matar outro inocente.

Flash On

Justin começou a vim em minha direção, eu sabia que ele tentaria me impedir. Ele me agarrou com força me puxando para trás e eu ainda tentava, batia nele, socava o rosto dele. Tudo isso era a minha culpa, uma inocente iria morrer, por minha culpa, só minha. Ele me jogou no chão e me prendeu no chão com força, as lágrima começaram a escorrer pelo o meu rosto.

- ME SOLTA – gritava descontroladamente, enquanto tentava me desvencilhar do Bieber.

Ate ouvir o disparo.

Foi tudo em câmera lenta, me virei para olhar para Erika, e a vi caindo lentamente no chão com um buraco na cabeça, havia sangue se espalhando lentamente no chão, seu corpo já não tinha mais vida, e toda essa merda era a minha culpa. Eu chorava, sentindo uma dor de culpa contra meu peito. Meu ar estava faltando e o desespero se alastrava pelo o meu corpo.

Flash Off

- E então? Qual a sua decisão? – perguntou me tirando das minhas lembranças, e eu já sabia minha decisão.

Fui até ele e levantei uma das sobrancelhas, eu sabia que estava apostando demais, mas era tudo que eu poderia fazer e ainda não querendo fazer isso, mas era o único jeito de eu não errar dessa vez.

- Eu vou no lugar deles – falei, ele logo desfez aquele sorriso idiota que tinha no rosto.

- Você está disposta a dar a vida por alguém que seja culpado, por um desconhecido qualquer? – perguntou perplexo.

- Uma vida, é uma vida – respondi e ele concordou sorrindo novamente, cara louco.

- Levem ela pra capela, e queime os dois homens – falou me fazendo não entender nada, um dos homens me segurou e começou a me puxar na direção da porta enquanto eu gritava.

- SEU FILHA DA PUTA, você já sabia quem era o culpado, você já tinha decidido quem morre não é? – perguntei, levando como resposta um levantar de ombros, o segurança me empurrou contra a porta colocando algemas em mim.

Me virei antes dele colocar o outro lado no meu braço, dando uma cotovelada no seu rosto, puxei a arma da sua cintura e apontei pra ele. Santo me assistia como um teatrinho, era todo um jogo, e eu era o seu pião.

- Sai da minha frente – falei para o segurança e ele obedeceu, desci as escadas correndo até os homens lá em baixo. Todos ainda estavam só olhando tudo acontecer, formavam uma roda em volta dos dois, passei entre as pessoas chegando finalmente até eles e entrando na frente deles. Carreguei a arma e esperei eles tocarem o sino, que Deus me proteja.

Seguranças do Santo desceram atrás de mim, enquanto Santo via todo de cima. Eles passaram por entre as pessoas e ficaram parados, assim como todos os outros.

- Vocês não vão pegar eles – falei esperando alguma reação deles mas nada, olhei pra cima encarando Santo e esperando uma resposta, o que aquele merda queria de mim? Por que só não me dava a droga e acabou?

Ele fez um sinal com o dedo, me fazendo olhar para todos os lados e esperar o ataque, com uma arma apontada pra todo mundo, sinto que algo me acerta no pescoço, peguei e vi que era um dardo tranquilizante. Algo que não era esperado com certeza, ri ironicamente.

- Merda – última coisa que consegue dizer antes de cair e apagar de vez.