História Everything Can Happen - A movie, a restaurant and a swoon

P.O.V. Anne
Quando entrei em casa rindo as meninas, que estavam todas na sala (?), me olharam com uma cara de delegadas.
-Onde você tava? - Luna disse abaixando o volume da TV.
-No centro ué.
-Com quem você voltou? E por que você tava rindo? - Mary perguntou com sua clássica cara maliciosa.
-Isso virou um interrogatório?!
-SIM! - Grace gritou levantando do sofá
-Aff! - revirei os olhos -nós encontramos o Matthew e o Charles, e as meninas voltaram com o Matthew e eu voltei com o Charles...
-AHHHHH! POR ISSO DEMOROU NÉ SAFADA?! - Mary gritou e eu ri
-Não foi nada demais gente! Ele só me deu uma carona! Vocês são muito maliciosas! Vou pro meu quarto tomar um banho e guardar as compras.
-Miga! Vê se não demora muito, preciso da sua ajuda pra escolher uma roupa pra sair com o Brenno. Ah e você que vai me maquiar. - Grace disse enquanto eu estava caminhando para o corredor.
-Deixa que te ajudo! - Mary disse animada
-Mary deixa a Anne ajudar, ela que faz moda aqui, você faz matemática! - Luna disse zoando a Mary
-OK!- gritei do corredor rindo.
Depois de terminar de arrumar as coisas, deitei e relaxei um pouco. Um  tempo depois fui tomar um banho quente e coloquei uma roupa confortável, então fui ajudar a Grace.
Quando cheguei no quarto, ele estava uma bagunça total, várias roupas e sapatos espalhados pelo quarto.
-Não sei o que vestir! - Grace disse desesperada
-Percebi! - ri - vocês para onde?
-Para um restaurante, que inaugurou essa semana
-Hmm, ta – comecei a revirar as roupas jogadas no chão, mas não tinha nenhuma perfeita pra este tipo de ocasião. Fui para o guarda-roupa e achei o vestido perfeito. - Esse aqui!
-Ok! Vou ir me trocar!- ela foi pro banheiro e depois de 5 minutos saiu.
-Aqui estão os sapatos – disse dando pra ela.
Terminei de arrumar ela, e ela estava maravilhosa. O vestido era um pouco rodado e era bordô, ela estava usando um salto da cor do vestido, a maquiagem estava um pouco leve, até porque ela tem rosto de boneca, um delineado gatinho e um batom vermelho. O seus cabelos estavam presos em um coque, que só deixava sua franja solta. Ela também estava usando um brinco que o Brenno tinha dado pra ela e uma bolsa clutch preta.
Quando deu 20h em ponto o Brenno chegou para buscá-la, e eu e Mary ficamos assistindo alguns filmes.

P.O.V Grace

Acho que já havia pegado tudo pra sair com ele, mas eu estava muito nervosa. Ele tocou a campainha, e eu abri a porta e em seguida o abraçando.

- Oi minha pequena! - ele me diz e dá um beijo em minha testa - Vamos?
- Vamos!

No caminho do restaurante ficamos conversando sobre coisas diversas, e em cada parada um beijo.

Quando chegamos no restaurante a recepcionista nos levou para a mesa que tínhamos reservado, e ele já havia pedido nosso jantar preferido, que era bife a parmegiana, acompanhado de arroz e feijão e algumas coisas a mais, é como jantar em casa. Mas eu estava muito feliz.

Já estava tudo pronto e ele puxou a cadeira para eu me sentar, e depois ele foi sentar em sua cadeira, ficamos frente a frente. Eu estava meio distraída, então fiquei um bom tempo olhando em seus lindos olhos. Ele chamou minha atenção, e então, começamos a comer.

Ficamos conversando sobre coisas diversas, a maioria era as piadas ruins dele, que mesmo sendo muito bobas, eu ria.

- Hm, então... a gente podia ir dar um passeio pelo parque e depois irmos lá pra casa. O que você acha?

- Ah, claro, podemos sim. Eu só vou mandar uma mensagem para as meninas dizendo que não volto para casa hoje.

"Meninas não vou dormir em casa hoje. Beijos, Grace"

Enviada a mensagem, fomos ao parque próximo ao restaurante. O parque continha árvores de cerejeira, nós gostávamos muito, e estava ventando um pouco, parecia que iria chover.

Ficamos passeando por um bom tempo até que começou uma chuva grossa, então ele pegou na minha mão e fomos correndo até o carro, e fomos até seu apartamento.

Foi tão de repente essa chuva que a gente não esperava. Entramos no apartamento dele e eu comecei a rir porque ele estava todo encharcado e ele me olhou não entendo nada mas logo percebeu.
-Você não deveria rir, está na mesma situação que eu
-Desculpa, mas é engraçado - ri mais ainda
-Acho melhor a gente tirar isso antes que um de nós fique doente - ele começou a tirar a blusa de cima e acabei corando um pouco
Ele saiu e voltou com uma toalha enxugando o cabelo e meu deus eu já estava imaginando arranhar aquele corpo... NÃO GRACE, PARA DE PENSAR NESSAS COISAS.
-Grace? - percebo que estou simplesmente olhando para o nada
-Oi?
-Tudo bem?
-Sim, só estou com um pouco de frio
-Vem cá que eu vou te dar uma roupa seca
-Ok - ele me leva para o quarto dele e me dá uma camiseta que em mim ficaria parecendo um vestido, pego ela e vou para o banheiro, me troco e saio e vejo que ele está me olhando estranho
-Parece que ficou boa em você - o que deve estar passando na cabeça dele agora?
-O que fazemos então? - me sento com ele no sofá
-Eu tenho umas ideias... - diz me olhando de lado
-Acho que sei quais são - dou um sorriso de lado
Ele começa a se aproximar me mim e me beija. Um beijo sem pressa mas também não tão calmo, com forte desejo de ambos os lados. Com uma mão no meio de meus cabelos e outra em minha cintura, ele me deita carinhosamente mas sem parar o beijo. A vontade só aumentava e eu arranhava sua nuca quando paramos por falta de ar.  

-Tem certeza? - eu só assenti e ele continuou
Ele tirou a camiseta que tinha acabado de colocar e me deixou só de lingerie, vi que aquilo não estava justo e tirei sua calça o deixando só com sua roupa de baixo onde já dava pra ver o volume.
Ele continuou a me beijar e foi passeando as mãos pelo meu corpo e eu já não aguentava mais esperar, acho que ele também porque começou a desabotoar meu sutiã...

~~~~~~~quebra de tempo~~~~~~~
(N/A: desculpa gente mas vamos deixar a privacidade desses dois por enquanto)

Deitamos no sofá ofegantes, e sobre seu peito nu, dormi.

P.O.V. Luna
 

Anne e Mary estavam vendo um filme romântico, eu nem quero saber no que deu. Da última vez que fui na cozinha eu vi que as duas estavam chorando. Isso é muita frescura pra mim, mesmo entendo o lado delas, eu não gosto desse tipo de coisa. Então fiquei no meu quarto lendo um livro. Grace saiu com o Brenno já faz algum tempo. Hoje, pelo menos pra mim, está muito entediante. Quando menos percebo já adormeci.
~Eu acordei mas não estava no meu quarto... Era como se fosse, mas sinto que não é.
Me levanto devagar e abro a porta. Já não estava em casa. Estava na minha antiga casa. Vejo eu mais nova, brincando com a minha mãe no jardim. Eu lembro desse dia, ela foi me acordar dizendo que estava um dia lindo e acabamos fazendo um piquenique e brincando o dia todo, umas das minhas melhores lembranças que tenho com a minha mãe.
As observo até que ela fala para a eu do passado entrar porque já estava ficando tarde. Passo correndo por mim mesma e entro em casa.
- Parece que finalmente posso falar com você – minha mãe disse em minha direção, mas como era possível? Ela estava me vendo?!
- V-você está falando comigo – hesitei mas perguntei mesmo achando aquilo meio impossível
- Claro, ia perder essa oportunidade? – deu um leve sorriso – não vai falar com a sua mãe? – corri e dei um abraço apertado nela já não conseguindo conter mais as lágrimas
- Eu sinto a sua falta, eu não consegui aguentar viver com o pai, não do jeito que ele ficou. Eu... – desmoronei  em seus braços tudo aquilo que aguentara por tanto tempo
- Calma filha, sei que pode ter sido difícil mas você está aqui – ela segurou meu rosto carinhosamente e olhou em meus olhos – tenho que ser rápida, mas tenho muitas coisas para lhe falar, venha
Ela me puxou para perto da pequena árvore e sentamos na grama, era tão bom sentir a companhia dela de novo.
- Sabe por que está aqui e como consigo falar com você? – olhei para ela tipo “sério que você está perguntando isso?” – Eu também acho que não – riu – tenho que te explicar coisas importantes e que você terá que levar muito a sério, tenho que saber se está preparada para uma grande responsabilidade
- Estou – respondo sentindo a grande pressão de seus olhos sobre mim
- Este colar, que eu estou usando, e que provavelmente você está usando enquanto dorme – ela segurou aquele colar que antes nunca havia reparado na mão e me falou – Ele é o que nos conecta, por isso consigo falar com você agora. E é isso que quero lhe explicar. Pode não parecer, mas ele deve ser guardado com a sua vida, existe muito poder aqui e ele deve ser mantido com muito cuidado – ela falava seriamente olhando em meus olhos
- Essa foi uma herança que ganhei de sua avó, e eu tive que aprender tudo o que vou ter que te dizer. Só é uma pena ter tão pouco tempo para isso. Fiquei sabendo por ela que nele existe um poder muito grande e que pessoas querem tê-lo, e poderiam ser até mesmo quem nós menos esperássemos. Ela me disse muitas coisas sobre a sua bisavó ter sido uma mulher muito corajosa e guerreira, e que conseguiu manter o seu poder guardado e dominá-lo perfeitamente. Infelizmente, ela me disse também que esse poder nunca chegou em suas mãos e tinha a esperança de que chegasse nas minhas, o que não ocorreu. Talvez... Eu refleti comigo mesma que talvez pudesse pular gerações, e acredito que depois de tanto tempo esse poder pode estar dentro de você, só falta libertá-lo.
Tentava obsorver cada palavra e tentar compreender mas era impossível. Poder? Que tipo de poder? Como assim ele estava dentro de mim? Porque nunca soube disso antes?
- M-Mas como assim poder? O que será que ele pode fazer comigo?
- Não sei que tipo de poder ele é, afinal nunca o tive – pegou em minha mão – só sei que ele é poderoso e se você prestar atenção ele está aí dentro – colocou uma de suas mãos em meu peito – é só sentir e deixar fluir.
Ela se levantou de repente como se tivesse ouvindo um barulho ou alguém estivesse vindo e não podia me ver ali.
-Rápido, não tenho mais tempo. Peço que pense no que falei e guarde esse segredo. Isso foi repassado somente de mão para filha até hoje e estou pedindo que continue assim – assenti concordando e ela passou a mão por meus cabelos – Por favor filha, saiba que eu te amo e sempre te amarei não importa onde esteja, eu estou com você sempre – deixei minhas últimas lágrimas escorrerem e enquanto dava um abraço nela tudo foi ficando mais escuro até que acordo em meu quarto e com o rosto molhado.~
Me levanto não me sentindo muito bem e tento assimilar tudo o que eu tinha acabado de ouvir. Será que aquilo era rela mesmo? Ou só estou alucinando?
Vou para a sala e as meninas estão rindo alto e vendo TV.
- Até que enfim acordou – Anne diz pegando mais um pouco de pipoca do balde para ela
- Dormi muito? – pergunto indo tomar um copo d’água
- Por 4 horas – Mary diz e quase engasgo
- Meu deus – vou indo para a sala – Eu acho que não estou me sentindo muito bem
- Claro, tanto tempo deitada não faz bem pra ninguém – Anne sempre muito engraçada
- O que você está sentindo Lu? – Mary pergunta me olhando
- Não sei, enjoo... tontura... –antes mesmo de chegar no sofá onde elas estavam eu desmaiei no tapete e as últimas coisas que eu ouvi foram elas chamando o meu nome e depois ficou tudo escuro.

Pov Mary.
Eu estava assistindo uns filmes com a Anne, eles sempre me faziam chorar, então vi Luna passar para o seu quarto, mas não conseguia desviar o olhar da tela da televisão.
-Ele voltou pra ela!- Disse Anne, se referindo ao filme.
-Pois é, depois de tudo o que aconteceu!- respondi com um sorriso, meus olhos já estavam inchados de chorar.
Depois de algumas horas Luna aparece, com uma cara não tão boa, eu e Anne estávamos brincando com ela, quando de repente cai desmaiada.
-LUNA!! Você está me ouvindo? - falei tentando acordá-la.
Enquanto eu tentava reanimar Luna, Anne chamou uma ambulância.
-A ambulância deve estar chegando, Luna minha amiga, vai ficar tudo bem.- Disse Anne passando a mão pelos cabelos de Luna, que estava caída no chão.
A ambulância chegou e levou Luna para o hospital, Anne e eu fomos com ela, Não podia deixar ela agora...
No caminho foi tudo silencioso, eu não tinha como falar, segurar o choro estava me fazendo mal, e se eu falasse algo… iria desabar.
Chegamos ao hospital, e ela foi levada para o quarto, sentei-me no banco da sala de espera junto com a Anne.
-A-Anne?- falei quase chorando.
-Oi Mary.- Respondeu Anne, aparentemente segurando o choro.
-A luna vai ficar bem? Não vai?- nesse momento fiquei com um nó na garganta.
-Que pergunta besta, lógico que ela vai.-Anne então pega nas minhas mãos.- Ela é a mais forte, destemida e determinada do nosso grupo, lembra quando estávamos assistindo um filme de terror e eu, você e a Grace ficamos morrendo de medo, enquanto ela ficava rindo de nós e do filme...-parou ela, largou minhas mãos e abaixou a cabeça.- Ela, tem que ficar bem!
-Sim Anne, tudo vai ficar bem com certeza.- Respondi já chorando.
Ficamos esperando por um bom tempo, até o doutor aparecer.
-Doutor, ela está bem?-perguntei me levantando rapidamente.
-Bem... ela ainda não acordou... parece que está em coma.-Respondeu ele.
Cai no banco com o olhar perdido, foi quando comecei a chorar, Anne então me abraçou.
-Quando eu tiver mais informações, eu venho falar com vocês, com licença.
O doutor então saiu da sala.
-Eu sei que ela vai melhorar Mary.-Disse Anne em prantos.
  Meu celular começou a tocar, o que me assustou.
-Alô?-Falei soluçando.
-Mary, está tudo bem? É o Vitor!
-Oi Vitor, eu não estou bem, e não quero falar agora, desculpe.
-Mary, espere, onde você esta?
-Estou no hospital...
-O que aconteceu? Ta tudo bem com você? Que hospital?
Contei a minha localização ao Vitor, que logo veio, percebi também que Anne estava concentrada no celular, estava mandando mensagem para alguém.
-Vitor!! Que bom que você veio!- falei o abraçando.
-Mary, é bom te ver! Me explica o que tá acontecendo, você estava chorando?
-Bem Vitor... é que…- contei toda a história para ele.
- Calma Mary, vai ficar tudo bem! A Luna é forte! - ele falou passando a mão no meu cabelo
- Vitor? - Anne chamou atenção dele- leva ela pra casa, por favor? Ela tá muito nervosa.
- Não, eu não quero ir! Vou ficar aqui até a Luna acordar! - cruzei os braços.
- Mary, escuta a Anne, você tem que se acalmar, você tá muito nervosa! - Vítor insistiu

-E eu vou ficar aqui com a Luna, amiga, sério melhor você ir pra casa!

- Tá eu vou - disse me rendendo.

- Você vai ficar aqui sozinha? - Vitor perguntou pra Anne

- Hmm Não o Charles ouviu a bagunça lá no apê e perguntou o que tinha acontecido. Ele já tá vindo. - disse um pouco tímida (?)

- Como assim ele ouviu? - perguntei confusa

- Esqueci de falar, ele é nosso vizinho - ela disse rindo

- Ah! Então já vou, tchau!

- Tchau!

Entrei no carro com Vitor e então comecei a conversar com ele.
-Você está muito abatida, sei o que pode te animar!
-Eu estou bem, Vitor.
-Vamos, quer tomar um sorvete comigo?
-Ah Vitor, não sei...
-Por favor, o que mais quero é ver um sorriso seu.
-Então tudo bem.-Falei com um sorriso discreto.
Passei um tempo com Vitor, confesso que ele me ajudou muito, ele me fez muito bem.
Ele me levou até em casa, estávamos na porta do meu apartamento.
-Tchau Mary.
-Tchau Vitor.-Falei meio triste por ter que me despedir.
Estava fechando a porta, quando...
-VITOR!!
-Oi?
-É... eu não...
-Sei.-falou ele pegando em meu rosto, sua mão foi até a minha nuca, então ele me puxou para um beijo.
Nós beijamos até que o ar fez falta.
-Uau!-Falei ofegante.- É...Tchau...-Falei fechado a porta.
Não sabia reagir, eu gostava dele, mas não sabia que ele gostava de mim também.
-Vou tomar um banho para me deitar, foi emoção de mais por hoje.- Falei pra mim mesma.