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História Everytime - Capítulo 27 - História escrita por ghostin-lua - Spirit Fanfics e Histórias
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História Everytime - Capítulo 27


Escrita por: ghostin-lua

Notas do Autor


Perdoem qualquer erro e boa leitura 🌻

Capítulo 28 - Capítulo 27


Fanfic / Fanfiction Everytime - Capítulo 27

● Alyssa Bieber

Chicago, Illinois

25 de março de 2019

08:15


O elevador demorou mais do que o normal para chegar no meu andar, já que ele parou umas nove vezes — sim, eu contei — até chegar no qual eu desejava. Caminhei até Kath na recepção, batendo os pés no chão com força exagerada. Passei o domingo na casa de Grace e descobri que estou acostumando a acordar mais tarde, tanto que acabei chegando atrasada.

— Quem é vivo sempre aparece! — brincou. — Quanto tempo não te vejo?

Quando cheguei na madrugada do domingo, Kath estava dormindo, saí do seu apartamento antes de 10 da manhã e ela não tinha acordado. Era a primeira vez que falava com ela desde a festa, no sábado.

— Meu chefe está aí? 

— O Lewis? Ainda não chegou. — suspirei, apoiando-me no balcão. — Aliás, o que aconteceu na festa? Ele veio me procurar dizendo que você saiu correndo. 

Ela deu um sorriso estranho. Apertei os olhos. Será que ela sabia do beijo?

— Você sabia de tudo, não é?

— De tudo o quê, louca?

Ela começou a arrumar uns papéis que estavam espalhados.

— É claro que sabe. — bufei. — Por isso aquela história de que ele iria adorar que eu fosse e que eu devia criar outras lembranças com aquele maldito vestido. 

— Alyssa? Que? Como assim?

— Não se faz…

— Ele quem? O Lewis?

— Você sabe bem de quem eu estou falando. — ela riu.

— Mas…? O que aconteceu com vocês?

— Para de agir como se não soubesse do beijo. — ela arregalou olhos. — Você já sabia não era?

— BEIJO? 

Foi a minha vez de arregalar os olhos, por ela ter falado alto demais, sorte que, como quase sempre, a recepção estava vazia. Ela segurou a minha mão com força, fazendo-me arrepiar pelo fato da sua mão estar muito gelada.

— Fala baixo! — murmurei irritada.

— Meu Deus! Vocês se beijaram? 

— Ele me beijou. — frisei.

— E você correspondeu? — dei de ombros.

— Você sabia disso?

— Alyssa, você é louca? Óbvio que eu não sabia de nada, nem que ele ia tentar algo. — mordeu o lábio inferior. — Mas claaaaro que eu já tinha percebido que ele gosta de você.

— Gosta de mim? — sorriu fraco. 

— Sim. Mas eu não sabia de nada, juro.

— Ele não te contou?

— Não mesmo. — franziu a testa. — Mas e aí? Como foi? Gostou do beijo?

— Não sei, não lembro de nada.

Afastei a minha mão da sua.

— Não lembra? 

— Talvez. — suspirei.

— Ele beija bem?

— Eu não sei, Kath…

— Ele beija bem? — insistiu. — Você gostou?

— Não vou te responder isso. — ela bufou.

— Contaaaa! Que tipo de amiga você é? — fingiu está magoada.

— Não vou entrar nesse assunto.

— Mas foi você que começou.

— Só porquê eu achei que tu soubesse. — suspirei. — Eu estou morrendo de vergonha de ter que ver ele.

— Nossa, foi tão ruim assim?

— Não é isso. — torci a boca. — Eu meio que fugi no meio do beijo e ignorei as ligações dele, então…

— Fugiu? — arregalou os olhos. — Dele?

— Não, quer dizer… 

Katherine me encarava com imensa expectativa. Iria dizer que saí correndo porque fui ver Justin, mas talvez ela ficasse decepcionada por eu ter largado "tudo" para ir socorrê-lo. Achei melhor mentir.

— A Grace me ligou bem no meio do beijo, me pedindo pra ajudar ela com uma coisa, e eu meio que saí correndo sem mais nem menos. Acho que ele ficou com a impressão de que fez algo errado ou que eu não gostei.

— Até eu pensaria assim. — suspirei. — Então você gostou? — sorriu maldosa.

— Eu não estava esperando por isso. Não sei dizer o que senti. 

Ficou me encarando por um tempo, antes de desviar o olhar para outra coisa, que eu não soube dizer o que era.

— Hum, mas acho melhor se preparar, porque ele acabou de chegar.

— Ah, não… 

Antes que eu pudesse começar reclamar, escutei sua voz invadir a recepção.

— Bom dia.

— Bom dia. — respondemos juntas, Kath com muito mais empolgação do que eu, que estava de costas para ele.

— Chegou agora, Alyssa? 

— Ah não, senhor. — menti.

Virei meu corpo, em tempo de ver ele encarar a minha bolsa, pendurada no meu ombro esquerdo, e depois o meu rosto. Sorri sem graça. Ele balançou a cabeça negativamente.

— Terminou a planilha que te pedi na sexta? Quero ela na minha mesa agora.

Meu cérebro parou por um segundo, tentando lembrar do que ele dizia. Recordei que não tinha terminado na sexta, então ela estava longe de estar pronta.

— Claro, senhor. Já levo.

— Com licença. — ele acenou com a cabeça e seguiu para sua sala.

— Você não fez, não é? 

— Como você sabe? — olhei para ela.

— Imaginei pela cara de desespero que fez. — deu risada. — Vai trabalhar, vai.

Terminei a planilha em 10 minutos e, mesmo que talvez tivesse algo errado, imprimi sem antes revisar. Enrolei outros dois minutos antes de entrar na sala de Lewis, dessa vez bati na porta, esperando por uma resposta sua.

— Aqui está, senhor. — coloquei o papel na sua frente, logo após ter entrado. — Deseja mais alguma coisa?

— Voltamos pro senhor? — ele me encarou.

Cruzei as mãos na frente do meu corpo.

— Bem… — dei de ombros. — Apenas isso, senhor? — frisei a última palavra.

— Precisamos conversar.

— Sobre o quê? — fiz-me de desentendida. 

— Sobre o seu final de semana. — debochou.

— Ah, foi normal. E o do senhor? Foi no jogo com os meninos?

Ele sorriu de soslaio.

— Por que saiu correndo daquele jeito? — suspirei.

— Não acho que aqui seja o lugar para falar disso.

— E onde é? Eu só te vejo aqui.

— Não sei.

— Eu fiz algo de errado?

Respirei fundo.

— Não… era a minha amiga, eu precisei ajudar ela e… — não terminei.

— E precisava sair correndo daquele jeito?

— Precisava. — murmurei. 

Comecei a bater o pé direito no chão freneticamente. Descruzei as mãos, mas voltei a cruza-las novamente.

— Olha, me desculpe. Você me pegou de surpresa, eu não soube como reagir direito. Juro que não corri por sua causa, mas se não fosse isso, eu… provavelmente, não saberia o que fazer depois.

— Eu achei que você já tivesse percebido.

— O que?

Ele não respondeu, mas entendi o que quis dizer. Observei ele jogar todo o seu peso na sua cadeira. Suspirei frustrada.

— Não foi só o fato de você ter me pegado desprevenida. — tentei captar alguma expressão sua, mas ele estava muito neutro. — Eu ainda não superei o meu… último relacionamento. Não estou pronta pra isso. — fiz careta. — Seja o que for que aquele beijo tenha significado pra você.

— Entendi…

— Acho que você entendeu errado isso aqui. — apontei para mim e ele várias vezes. — Me desculpa, mas só te considero como um amigo.

Eu estava sendo 100% sincera, mas sei como é ruim escutar esse tipo de coisa. Não que eu tenha sido rejeitada muitas vezes, mas essa não é a melhor coisa do mundo, longe de ser.

Lewis desencostou da cadeira, ajeitou o paletó, coçou a garganta forçadamente, afogou a gravata e passou a língua nos lábios secos — exatamente nessa ordem —, antes de manear a cabeça.

— Tudo bem. A senhorita pode providenciar o relatório deste mês? Temos uma reunião amanhã cedo.

Bufei.

— Lewis! Você não vai me tratar assim, não é?

— Não. Perdão. — ele suspirou.

— Posso te dar um abraço? 

— Melhor não. — ri fraco.

— Ainda somos amigos?

— É claro. — ergueu as sobrancelhas

— Certo. — mordo o lábio inferior. — Isso pode ficar só entre nós?

— Como quiser.

— Obrigada. 

Sorri meio sem graça. Ele forçou algo que deveria ser um sorriso também, mas não teve sucesso. Rapidamente, focou sua atenção na tela do computador e essa foi a minha deixa para sair da sua sala. Sentia-me um pouco mal pelo o que acabei de falar, óbvio que não ia deixá-lo criar expectativas sobre algo que eu não correspondia, mas tinha um peso na minha consciência por talvez tê-lo decepcionado. 

A manhã passou rápido e quando vi já era o meu horário de almoço. Combinei com Kath que fôssemos almoçar no refeitório mesmo, quando cheguei ela já estava lá, com dois pratos feitos e pronta para me bombardear com perguntas.

— Quem disse que eu queria macarrão? — perguntei ao sentar de frente pra ela.

— Vai comer. — deu de ombros. — E então foi tão ruim assim? 

Suspirei. Puxei o prato para mim e comecei a cutucar a comida com o garfo, sem ânimo, antes de dar a primeira garfada.

— Ah, eu disse que ele entendeu as coisas erradas e que não correspondia nada do que ele sentia. — ela arregalou os olhos, interessada. — Ele disse que pensou que eu já tinha percebido. 

— Você é uma anta. 

— Ofensa gratuita. — fiz beicinho, ela riu.

— Mas como ele ficou? — focou na sua comida.

— Chateado, eu acho.

— Até eu ficaria. — arqueou as sobrancelhas rapidamente.

Bufei. Pedi que ela mudasse de assunto, então ela começou a falar sobre assuntos aleatórios. Quando o nosso horário estava quase terminando, voltamos para o nosso andar, onde continuamos conversando na recepção. Meu celular, que estava preso na minha cintura, apitou avisando que tinha chegado uma nova mensagem.

"Achei que você me ligaria para perguntar como eu estava." — era uma mensagem de Justin.

Não tive contato com ele depois de sábado. Mantive-me muito ocupada no domingo com Grace, que não tive oportunidade de pensar nele. Não lembrava de quando tinha desbloqueado o número dele, mas não quis bloquear de novo. Ao meu lado, Kath murmurou para largar o celular, e foi o que eu fiz, mesmo sem respondê-lo, antes de que ela quisesse ver com quem eu falava.

Graças aos deuses, a tarde também passou super rápido. Dessa vez iria voltar com Kath para casa e tive que esperar o seu turno acabar. Não tinha visto Lewis o resto do dia, mas enquanto estava sentada na recepção, ele passou e acenou para mim, indo na direção do elevador. Escutei assobios e quando percebi era minha amiga que me encarava, ela apontou em direção ao meu chefe, indicando para eu ir até ele. Revirei os olhos, mas levantei e dei uma corridinha para conseguir alcançá-lo antes que entrasse na caixa metálica.

— Já vai? — falei assim que ele percebeu que eu me aproximava.

— Sim. Vai descer também?

Parei do seu lado, ele encarava a porta do elevador. Fiz o mesmo.

— Não, vou com a Kath, tenho que esperar um pouquinho mais. — ele balançou a cabeça positivamente. 

Observei ele apertar no botão do elevador três vezes seguidas, impaciente. No visor mostrava que o elevador estava descendo, no sétimo andar, ele teria que esperar um pouquinho também.

— Está tudo bem entre nós?

— Hum?

— Eu não quero que você deixe de ser legal comigo. — ele riu fraco.

— Está tudo bem, Alyssa.

Voltou a apertar diversas vezes o botão do elevador. Franzi a testa. 

— Tem certeza?

— Tenho. — suspirou. Inclinei a minha cabeça um pouco, para conseguir vê-lo. — Hoje só não é um bom dia.

Iria perguntar se tinha a ver comigo, mas acho que ele pressentiu que essas seriam as minhas próximas palavras.

— E não, não é nada com você. Relaxa. — mordo o lábio inferior.

Percebi sua alegria quando a porta do elevador finalmente se abriu. Ele bufou por ter que esperar algumas pessoas saírem.

— Você sabe que vai ter que esperar o elevador subir, certo? — perguntei vendo que esse não era o que ele pedia.

— É só mais um andar. — deu de ombros.

— Ok. — sorri fraco.

— Até amanhã, Alyssa.

— Até. 

As portas se fecharam e só tive uma última imagem dele forçando um sorriso, dessa vez com um pouco mais de êxito. Fiquei me perguntando pelo resto da noite o que aconteceu para ele estar assim, torcia para que não tivesse mesmo nada a ver com o sábado. Mas duvidava muito.




Quando tento explicar

Eu soou maluca

As palavras nem saem da forma certa

Eu fico de língua travada e torcida

Não consigo explicar o que estou sentindo

Baby I Ariana Grande.


Notas Finais


Comentem o que estão achando, isso me motiva demais <3

Até o próximo ❤


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