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História Experiment Inimeg - Jikook; Taeyoonseok; Namjin (REVISANDO) - Capítulo 44 - História escrita por SoloLunar - Spirit Fanfics e Histórias
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História Experiment Inimeg - Jikook; Taeyoonseok; Namjin (REVISANDO) - Capítulo 44


Escrita por: SoloLunar

Notas do Autor


Oii! Como vocês estão??

Sei que demorei, mas é porque tem muita coisa acontecendo na minha vida, sem contar com o comeback do BTS. Enfim, stream nas lendas!

Essa capítulo é finamente a revelação do passado do Jinyoung com a ex mulher dele. Espero que gostem e me falem a opinião de vocês no final do capítulo, ok?

⚠️ Os trechos em >>ITÁLICO<< é o Jinyoung da fase atual contando sobre tudo para vocês e para os gêmeos.

Não esqueçam de comentar e nem de favoritar! Isso incentiva muito qualquer ator. ❤️

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Boa leitura! ☕❤️
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Capítulo 47 - Capítulo 44


Fanfic / Fanfiction Experiment Inimeg - Jikook; Taeyoonseok; Namjin (REVISANDO) - Capítulo 44

Anos atrás 

Talvez amá-la foi uma das únicas certezas que tive na minha vida.

— Você acha que consegue me encontrar hoje de noite? — Jinyoung perguntava enquanto caminhava pelos longos corredores daquele laboratório, carregando alguns livros entre seus braços na companhia da mulher de cabelos loiros e enrolados. — Vamos lá, não sou tão ruim assim. — ela riu, parando de andar junto com o outro.

— Você está me convidando para o nosso quinto encontro, Park Jinyoung? É isso mesmo que estou ouvindo? — estreitou seus olhos, encostando um dos braços na parede branca para que pudesse dar apoio ao seu corpo, não deixando de encarar o mais novo.

— Bem, se você considera isso um encontro, com certeza é um, Han Bora. — sussurrou seu nome, perto demais do rosto da citada, sorrindo de lado enquanto encarava os seus lábios.

— Você não é nada discreto, sabia disso? — riu soprado, negando com a cabeça e se desencostando da parede, passando reto por Jinyoung. — Isso é decepcionante. Nossos superiores sabem que você está paquerando com uma das melhores cientistas que tiveram o prazer de contratar? — parou no meio do caminho, virando o corpo para encarar novamente o homem que parecia um pouco perdido. 

Eu era muito novo para entender que aquele amor era especial.

— Bem, eles não podem interferir em nada, não é? — sorriu, colocando as mãos em seus bolsos da calça após bagunçar mais um pouco o seu cabelo, fazendo a mulher olhar especialmente para aquele ponto com uma sobrancelha arqueada.

— Tantas manhãs que falei para você escovar esse cabelo, mas nunca me escuta. — sorriu, negando com a cabeça e então se aproximando do homem após respirar fundo. — Eu aceito sair com você novamente, Park. Só que dessa vez, eu escolho o vinho, tudo bem? — riram. Jinyoung assentiu com a cabeça várias vezes, admirando a mulher em sua frente, vendo ela se afastar, caminhando enquanto seu salto ecoava por todos os corredores, alertando sua chegada e saída. 

— Hey! Onde estava? — o moreno se virou para trás, sorrindo ao ver o seu colega de trabalho, Woong. — Pensei que estaria dando uma olhada nos ratos, mas aqui está você. Paquerando a senhora Han novamente? — sorriu, colocando a mão em seu ombro.

— Pare com isso! Eu gosto dela, não é só um… paquerar. É além de flertar, ok? Você nunca vai ter isso na vida se continuar amando furar animais, seu sádico! — riram juntos, caminhando para umas das salas onde haviam ratos para que pudessem fazer os experimentos. Desde que receberam a proposta de revolucionar a ciência e a medicina, nenhum cientista seria louco para desistir dos planos que o governo montava.

Um mundo novo, uma nova forma de proteção. População sem doenças, mais fortes e resistentes; era isso o que prometiam a todos os envolvidos naquele projeto. Claro, muitos cientistas não puderam ter a honra de falar com o presidente da Coreia, mas estão por dentro a todo momento. 

Era assim que pensávamos. Muitos acharam que iriam mudar o mundo para melhor, ajudando a população, mas, na verdade, só estávamos contribuindo para sua autodestruição.

— Ei, Park? — Jinyoung olhou para a porta da sala, observando a loira de bochechas gordinhas olhando para si e evitando encarar os animais. — Horário do almoço. — avisou antes de acenar para Woong e sair dali com um sorriso fechado no rosto.

— Ela nem mesmo olha para eles. — o homem mais velho riu enquanto negava com a cabeça, olhando para os ratos. — São apenas seres sem importância alguma. Um experimento que será usado para o bem maior. — Jinyoung o interrompeu:

— Um bem maior? Quer dizer, nós? — riu, negando com a cabeça e desligando algumas máquinas, deixando as agulhas com um líquido de cor amarelada de lado.

— Isso. Nós. — sorriu pequeno. — Bom almoço, Park. — o citado assentiu com a cabeça antes de sair da sala ao fechar a porta. O homem andou por algum tempo, andando por corredores e mais corredores, encarando a ala secreta onde ninguém podia entrar, por fim, chegando na cantina.

— Guardou um pouco para mim, não guardou? — sussurrou para Roseanne, se sentando à sua frente, vendo ela assentir com a cabeça e lhe entregar o lanche. — Acho que lidar com cientistas gulosos é a pior parte do meu dia, você não acha? — ela suspirou, não respondendo a sua pergunta e desviando o olhar para a sua salada, na qual brincava. — O que aconteceu? Está tudo bem? — perguntou com a boca um pouco cheia, olhando para a amiga.

— É o Stan. — Jinyoung assentiu com a cabeça e ajeitou a postura, imaginando qual seria o problema. — Eu não… — suspirou. — Acabamos com o que tínhamos. — foi direta, não conseguindo contar detalhadamente o que tinha ocorrido na noite anterior.

— O quê? — riu soprado. — Como assim? Vocês só terminaram e é isso? Sem sal demais, não acha? Conta aí. — encarou a amiga com interesse pelo assunto. Viu ela revirar os olhos no mesmo momento. 

— Às vezes me pergunto o porquê ainda gosto de você, Jinyoung. Você consegue ser babaca em muitas situações, mas o seu charme e inteligência me conquista. — bufou, claramente irritada com aquilo tudo, ouvindo o amigo rir enquanto se gabava por seus elogios. — Ele me chamou de puta só porque não quis deitar com ele. — o mais velho explodiu em risadas, tendo que pôr a mão na frente da boca para que não cuspisse o seu lanche para fora. A loira revirou os olhos de novo e fechou logo em seguida, tentando manter a calma.

— Como é que é?! — ainda rindo, perguntou.

— Eu só não quis, Park. Não senti vontade e nem tesão de deitar com o meu namorado após dias evitando contato direto com ele. Feliz pela história? — arregalou levemente os olhos, sendo irônica em sua pergunta. — Às vezes pergunto qual é o meu problema… — negou com a cabeça, mexendo seu copo. — Digo, eu só queria viver um romance como nos filmes, mas nem isso tenho. Eu só vivo com homens babacas e é tão ridículo isso!

— Então vire lésbica. — deu de ombros, vendo a mulher respirar fundo. — Mas é sério, talvez… só não era para ser. — segurou na mão da amiga, apertando com carinho. — Ele era um babaca. — Rosé o interrompeu.

— Quase igual você. — riram juntos. 

— Isso. — gargalhou — Quase igual a mim, mas pior!! — apontou para ela. — Ele não consola amigas que estão se sentindo sozinhas e nem mesmo mexe com ratos. — fez uma voz assustadora de propósito, vendo a amiga revirar os olhos e fazer uma careta. 

— Não gosto disso. De 'fazerem testes em ratos. — encarou o mais velho, vendo ele sorrir fechado e assentir lentamente com a cabeça.

— Você não é a única, então. — se recordou de Bora, encarando a mesa e sorrindo ao se lembrar de como ela sempre ia contra todos apenas para proteger aqueles animais indefesos e frágeis. 

Desde sempre ela seguiu firme no que achava certo e lutava por isso, mas ninguém nunca a escutou, nem mesmo eu.

[...]

Passando um tempo, ficamos juntos, mas não estávamos preparados para uma gravidez não planejada. Seus pais me odiaram tanto, mas não podíamos fazer mais nada diante aquilo. Não queríamos abortar, então nos casamos o mais rápido possível e seguimos com aquela gestação. Sempre cuidei dela, mesmo no trabalho.

— Bom dia, querida. — desejei com um sorriso no rosto, pegando um pouco de café enquanto olhava para a mulher estudando sentada na mesa com um sorriso no rosto.

— Bom dia, querido. Alguma novidade? — indagou, querendo saber dos voluntários que quiseram contribuir para essa evolução na ciência, deixando que testes fossem realizados em si. Isso tinha começado a acontecer há um tempo após notarem que ratos não ajudariam em nada.

Mas não sabíamos que, na verdade, testes em humanos já eram feitos há muito tempo, antes mesmo de nos chamarem para esse projeto.

— Bem, um homem se curou de um câncer em estádio avançado em menos de quatro dias com nossas modificações em seu sangue. Aplicamos aquele líquido no qual você odeia. — explicou para ela, sentando ao seu lado. — Não é tão ruim assim, viu? Salvamos uma vida hoje. — segurou sua mão, com um grande sorriso em seus lábios.

— Uma vida entre várias mortes. — ela sorriu triste, afastando sua destra do mais novo, se levantando logo em seguida e tomando cuidado com a sua barriga evidente debaixo das suas vestes.

— Qual é, amor! Isso é um avanço. Quer dizer que conseguiremos salvar as próximas vidas!! Não consegue ver? — aumentou um pouco da voz, completamente extasiado pela adrenalina e entusiasmo após um dos seus trabalhos terem dado certo depois de anos tentando e falhando miseravelmente. 

— Sim, consigo ver. — ela parou antes de sair da sala, olhando para o marido por cima do seu ombro. — Consigo ver apenas cientistas loucos para fazer humanos como seus experimentos, descartando suas vidas a troco de nada, fazendo promessas vazias e mentirosas para aqueles que ainda tem esperança. — desabafou, vendo a expressão decepcionada do marido, no entanto, não se abalou. Bora estava tão decepcionada quanto ele.

Ela sabia de algo, sempre soube.

— Amor, você não entende… sacrifícios às vezes são necessários. Pense em quantas pessoas iremos ajudar se isso der certo. — ela negou com a cabeça antes de abrir a porta e parar antes mesmo de sair da pequena salinha.

— Você sempre viu seres frágeis e que se agarram apenas a uma crença, que os levará para uma vida cheia de saúde e felicidade, como um fácil experimento. Fico me perguntando se fará a mesma coisa com nossos filhos, Jinyoung. — ditou, saindo de lá e fechando a porta finalmente. O mais novo ficou para trás, sem saber como reagir com aquelas palavras que foram direcionadas para si. Ela tinha mesmo comparado seus filhos com aquelas pessoas e ratos? Não podia acreditar naquilo!

Eu era tolo e um egoísta, estava cego por uma mentira.

— Você não entende! — gritou, correndo até ela e vendo a mulher parada no meio do corredor enquanto acariciava a sua barriga com uma expressão de dor. — Isso vai sim ajudar muitos. É melhor sacrificar dez ou onze do que ver nossa população morrendo em massa todos os dias!! Doenças não têm piedade, mas nós podemos ter a solução, Bora. — se aproximou da mulher. — Um homem foi curado hoje, Bora. Isso, você querendo ou não, já é um grande passo para a medicina. 

— Tudo bem, Jinyoung. Faça o que você quiser. — cansada, quis encerrar aquele assunto, negando com a cabeça, deixando o homem um pouco perdido e sem saber o que falar.

— Park Bora? — ambos olharam para trás, vendo Kwan com seu pai ao seu lado, vestindo jalecos e com aquele ar superior que fazia a mais nova sentir raiva e medo ao mesmo tempo, no entanto não deixava isso transparecer. Sempre foi boa em esconder suas emoções quando queria e, para aqueles homens, nunca se mostraria fraca. — Podemos conversar um pouco? — sorriu de lado.

— Precisam de mim para algo, Kwan? — Jinyoung indagou, ficando ao lado da mulher, vendo ele negar com a cabeça enquanto sorria.

— Você fez um ótimo trabalho hoje, Park. Continue com o nosso paciente. — o citado sorriu e assentiu com a cabeça, olhando para a mulher e então apertando a sua mão antes de sair. Ela revirou os olhos e encarou Kwan que sorria, encarando a sua barriga.

— Vamos conversar na minha sala então, senhora Park? — estendeu o braço enquanto via a mulher se aproximar com passos decididos, entrando na sua sala logo em seguida. Jinyoung, que observava aquilo, suspirou e negou com a cabeça, seguindo para a sua ala.

Ali foi quando tudo começou a desandar. 

[...]

— VOCÊ ACABOU DE DEIXAR UMA MULHER MORRER!! — gritou Jinyoung para Woong e outro homem que olhavam para o corpo morto e queimado de uma mulher. — Tem noção do que acabou de fazer, seu babaca?! — raivoso, tirou a injeção com um pouco do líquido amarelo da mão do mais velho, vendo ele ainda encarar o corpo sem arrependimento nenhum. — Vocês estão arriscando vidas!! 

— O quê?! Amoleceu depois que descobriu a doença da sua mulher?! — gargalhou, vendo o moreno arregalar os olhos. — Qual é, Jinyoung! Você matou vários até agora e porquê começou a se importar após descobrir a doença de Bora? Está com medo de perder ela e as crianças, como perdemos nossos experimentos? 

Ela ficou doente.

— Pacientes. — o corrigiu com a voz dura. — Sabe, talvez ela esteja certa. Talvez nós sejamos apenas uns merdas brincando de Deus aqui na terra, decidindo quem morre e quem vive. Talvez essa porra — jogou os objetos no chão, com raiva. — seja mesmo algo impiedoso!! — gritou. — Eu não vou mais participar disso! Não vou mais testemunhar mortes e fingir que não são nada. São pessoas! Tinham vidas, famílias, sonhos, um futuro! — olhou para o vidro onde estava seus superiores do outro lado, observando tudo. Kwan e seu pai mantinham aquele sorriso traiçoeiro em seus lábios, mostrando que estavam adorando aquele "showzinho" de um dos seus funcionários. 

— Você não quer curar sua mulher, Park Jinyoung? — o mais novo parou de andar para a saída quando ouviu a voz de Doyun, pai de Kwan, no intercomunicador. — Nós já ajudamos algumas vidas e a da sua mulher pode ser salva. Não só ela como também seus gêmeos. — sorriu. 

— Vocês não tem cem por cento de certeza que poderão ajudá-la. — apertou seus punhos, olhando para baixo, murmurando. 

— Bem, é melhor do que nada. Ou prefere perder os três para a doença e não ter ninguém? Como não fará nada se tem a chance de ajudá-los com isso, hum? — Jinyoung olhou para ele através do vidro, observando os seus olhos enquanto pensava sobre o assunto. — Pense sobre isso, doutor Park. Você terá a chance de ajudar a sua família com aquilo que está trabalhando há muito tempo. Com licença. — desligou o intercomunicador. — Escondam o corpo. — mandou para um dos seus funcionários, vendo ele assentir com a cabeça e sair dali. — Procure a família dessa mulher. Caso queiram saber do seu paradeiro, inventem algo e façam provas falsas.

— Sim, senhor. — mais um funcionário saiu dali, deixando apenas pai e filho presentes naquele cômodo vazio e cheio de máquinas.

— O presidente não ficará tão orgulhoso com o nosso ritmo. Vá ver as outras cobaias que deram certo, Kwan. — encarou o mais novo, vendo ele dar as costas para si após assentir com a cabeça, obedecendo suas ordens sem protestar. Doyun respirou fundo, saindo dali e indo atrás do filho, esse que já se encontrava em uma área reservada. 

Tudo acontecia debaixo dos panos, na nossa frente. Tinham dicas para todos os cantos, como os cientistas que sumiram após contrariarem uma ordem dos nossos superiores. Ou até mesmo quando um deles se negava a testar suas invenções com os humanos. Estava tudo tão óbvio, mas não conseguimos enxergar isso a tempo. 

Jinyoung, naquele momento, andava com raiva pelos corredores até se esbarrar em um amigo, fazendo seus papéis caírem no chão e se espalharem.

— Hey, calma aí, Jiny. — o acastanhado riu, negando com a cabeça e se agachando para pegar seus papéis de volta, recebendo a ajuda do Park. 

— Obrigado, Jin. — sorriu pequeno, entregando tudo para ele e então olhando em volta, passando a mão em seu jaleco, claramente nervoso e o Kim pode notar isso.

— Sua mulher está bem? E as crianças? — Jinyoung sentiu seus olhos marejarem. Estava se sentindo sem saída e desesperado. Não queria ter que fazer sua mulher lutar pela vida em uma sala onde ela seria feita de experimento como suas crianças, mas não tinha opção. Se ele tivesse uma chance de salvar os três, ou algum deles, ele faria sem nem pensar duas vezes. — Ei… — colocou a mão em seu ombro, olhando diretamente em seus olhos. — Quer conversar? — ele negou com a cabeça, fungando.

— Acho que estou trabalhando demais, apenas isso. — riu soprado com sua cabulosa mentira. — Mais uma mulher morreu hoje, entende? S-Seu corpo começou a queimar e eu não pude… — respirou fundo. — Como médico deveria estar acostumado com situações assim.

— Se acostumar não é uma palavra tão apropriada. Ninguém tem que se acostumar com a morte. — Jin sorriu, se encostando na parede e ignorando todas as mensagens que recebia do seu irmão mais novo naquele momento. Era a sua primeira semana naquele laboratório, mas queria que o homem soubesse resolver as coisas sozinho. — Você tentou, pelo menos. Estamos tentando descobrir uma cura para doenças, até então… — foi interrompido.

— Incuráveis. — continuou, suspirando. — Eu sei bem disso. — riu soprado, negando com a cabeça. — Nunca tive que lidar com isso na minha vida, Jin. — seus olhos voltaram a se encher de água. — E-Eu não quero perder a única família que eu tenho. Eu não quero perder ela, SeokJin… — levou as mãos para o seu rosto, chorando, sentindo ser abraçado de lado pelo citado.

— Vai ficar tudo bem, Jinyoung. Deus não deixará vocês em nenhum momento. — Jinyoung riu pelo fato de Jin ser um dos poucos médicos que conheceu que acreditava no grande senhor que observa todos sem fazer nada, mas isso melhorou um pouco o momento, fazendo sua tristeza se dissipar temporariamente. 

— Hey! O que está acontecendo aqui? Jin, você não atendeu minhas chamadas e nem me respondeu, seu babaca! — levantaram os rostos para encontrar YongSun na frente deles com um nariz de palhaço. — O que foi?

— Que isso no seu nariz? — Park indagou com o cenho franzido. 

— Estou atendendo uma criança chinesa no quarto doze. — falou como se fosse óbvio. — Estou tentando animá-la. Sabe como é! Crianças adoram palhaços, ha, ha! — colocou as mãos em sua cintura, sorrindo de orelha a orelha.

— Não. Elas temem palhaços, Sun. — Jin riu, negando com a cabeça. — Não acho certo estarem tratando de uma criança, mas são ordens de Doyun. — suspirou, olhando para o irmão que parecia concordar consigo, já Jinyoung estava perdido em seus pensamentos novamente. — Quer ir com a gente ver a pequena? Pode fazer bem para você.

— Hã? Ah, não, mas obrigado. Tenho que ir encontrar Bora. — sorriu, vendo ele assentir com a cabeça e jogar um braço nos ombros do irmão mais novo que colocou o nariz de palhaço em si. 

— Às vezes eu te acho muito infantil, sabia? — indagou Jin, andando na direção contrária de Jinyoung com o seu irmão. 

— Infantil, mas adorável, querido irmão. — riu. — Estou fazendo sucesso com as crianças do nosso bairro e aqui, sabia disso? Pode fazer melhor que isso? — provocou e Park riu, escutando as vozes ficando mais baixas a cada passo que dava.

O moreno andou pelos corredores novamente, passando por algumas salas apenas para ver se encontrava a sua mulher que tinha teimado em ir trabalhar. Quando a encontrou, ela estava admirando alguns desenhos com um sorriso bobo em seu rosto. Estava sentada com a sua grande barriga evidente por conta da blusa um pouco colada em seu corpo. 

— Você deveria estar em casa descansando. — se aproximou com um sorriso pequeno nos lábios, se sentando ao seu lado e então acariciando a sua barriga. — Como vocês estão, bebês? Hum? Estão cuidando da mamãe? — perguntou em um sussurro, deixando vários beijos ali, fazendo Bora sorrir boba, acariciando o cabelo do marido.

— Você sabe que não consigo ficar parada, querido. É um pouco difícil de andar, mas não impossível. — riu soprado, acariciando sua grande barriga. — Taehyung, como sempre, está bem agitado aqui dentro. Hoje ele chutou sem parar. — sorriu, vendo os olhos do seu marido brilhar. Pegou sua mão e colocou em um lugar específico da barriga. — Bem aí. 

— Aqui? — ela assentiu com a cabeça e então ele sorriu, saindo do sofá e ficando ajoelhado em frente a mulher, perto de onde sua mão se encontrava. — Filho, o papai está aqui. A mamãe disse que você chutou muito hoje. Está cuidando bem do seu irmão aí dentro? — sussurrou, arregalando os olhos quando sentiu um chute bem onde sua mão estava. Olhou para a mais velha que sorria grande e depois encarou a barriga novamente, sentindo seus olhos se encherem de lágrimas. Jinyoung encostou sua testa ali, pensando em seus filhos e na esposa, querendo, de todo modo, salvá-los. — V-Você está ouvindo o papai, certo? — sussurrou com a voz falha, pensando em outros caminhos para salvar os seus filhos e sua mulher, mas não tinha escolha além daquilo. — O papai vai salvar vocês, eu prometo. — sussurrou. 

Bora sentiu seus olhos cheios de lágrimas. Piscou algumas vezes, desviando o olhar para cima para tentar se controlar. Então, pegou na mão de Jinyoung, apertando e fazendo carinho em sua pele, querendo lhe dar forças naquele momento difícil. Pensava consigo mesma se tinha feito algo de errado na sua vida ou na vida passada para que seus filhos tivessem que passar por isso. Não se importava com o que o futuro aguardava para a sua pessoa, mas seus filhos tinham que ter a chance de viver, de amar, de chorar, se machucar e serem felizes.

— Vamos para casa, amor? Já terminou por aqui? — ao se recompor, perguntou, vendo o marido secar suas lágrimas enquanto assentia com a cabeça, se levantando. Com sua ajuda, se levantou do sofá confortável e colocou seus sapatos para então sair do cômodo após Jinyoung pegar sua bolsa. Foram para o lado de fora do laboratório, indo até o estacionamento e cumprimentando colegas e amigos que viam no caminho.

— Park Bora! — Kwan sorriu ao chegar até eles, vendo a expressão fechada de Jinyoung enquanto olhava para si. — Como estão as crianças? — indagou realmente curioso com o estado da gravidez da mulher.

— Bem, Kwan. Obrigada por perguntar. — sorriu mínimo, vendo o homem sorrir de lado antes de assentir com a cabeça e olhar para Jinyoung.

— Você já contou a ela, Jinyoung? Falou que há chances de curá-la? — Bora franziu o cenho, não sabendo do que ele falava, então encarou o marido, vendo ele engolir em seco e olhar para baixo.

— Do que ele está falando, Jinyoung? — perguntou apreensiva, apertando sua mão e desejando internamente que não fosse o que estava pensando.

— Lá em casa conversamos, tudo bem? — sorriu pequeno para a mulher e então encarou Kwan, voltando a sua expressão séria novamente. — Boa noite, Kwan. — então levou Bora até o seu carro, ajudando ela a entrar com muito cuidado, ouvindo seus gemidos de dor.

— Boa noite, Park. — sussurrou rindo e então dando as costas para os dois com a cabeça para cima, sentindo-se tomado por um ar superior, como sempre.

Após Jinyoung dirigir até sua casa, estacionou o carro e ajudou sua mulher a caminhar até a sala, colocando-a sentada no sofá e então tirando seus sapatos, fazendo massagem em seus dois pés para relaxá-la e então ir buscar suas coisas. Ao pegar tudo e arrumar, foi para a cozinha preparar algo para comerem, tentando se distrair, diferente de Bora. Ela estava pensando no que Kwan queria dizer com aquilo e temia ser muitas coisas que passavam por sua cabeça. Então, decidida a entender o que seu marido estava pensando, olhou para ele e tomou coragem de perguntar:

— O que Kwan estava querendo dizer com aquilo, Jinyoung? — o citado travou em seu lugar, observando os pepinos que tinha pego em sua mão enquanto pensava na resposta que daria a mulher. Não adiantava mais esconder e nem queria, precisava falar que poderiam salvar a vida dela. 

— Nós conversamos sobre a sua doença, Bora. Vimos que podemos te ajudar com isso. Temos uma chance de te salvar e salvar nossos filhos! — ela arregalou os olhos ao ouvir a fala do homem, confirmando todas as suas suposições.

— Não!! Eu não quero me tornar cobaia daquele lugar. — Park deixou tudo na cozinha e foi até a mulher. — Eu não vou deixar fazerem experimentos dos meus filhos!! Isso está fora de cogitação, Park Jinyoung. — gritou raivosa, sentindo suas mãos serem pegas com o marido agachado à sua frente. 

— Amor, não será assim!! — colocou ambas as mãos no rosto da mais velha, fazendo um singelo carinho em suas bochechas, vendo ela com os olhos marejados, provavelmente imaginando que o pior poderia acontecer se ficasse viva por conta deles. — Nós vamos te ajudar. Eu vou estar lá. — deu ênfase. — Nossas crianças poderão ter a chance de viverem. Poderemos cuidar delas. — se sentou ao seu lado, abraçando Bora enquanto a ouvia fungar e apertar uma das suas mãos. — Jimin e Taehyung serão as crianças mais amadas do mundo. — ela riu.

— Com toda a certeza. — sorriu. — Não fiquei horas pintando o quarto com você para simplesmente irem dessa forma… — derrubou mais lágrimas enquanto ria sem humor. — E-Eles não podem ir assim… 

— Eles não vão, eu prometo. — sussurrou em seu ouvido, levantando o seu rosto logo em seguida, deixando selinhos em seus lábios enquanto tentava acalmá-la da melhor forma possível. — Eu vou fazer o possível e o impossível para salvar vocês e ter certeza que nossas crianças terão uma vida longa daqui para frente. — colocou as mãos em sua barriga. — Vocês estão ouvindo, certo? O papai vai proteger a mamãe e vocês. Nem pensem em sair daí antes da hora. — Bora riu.

— Você promete que não vai deixar nossos filhos serem usados por eles? — olhou para a mulher. — Você promete, Jinyoung? Promete protegê-los a qualquer custo e não deixá-los caso algo aconteça comigo? — agarrou sua camisa, vendo o marido ficar com os olhos vermelhos e úmidos.

Ela parecia sentir que algo iria dar errado.

— M-Mas nada vai acontecer com você, amor!! Não fala isso! — abraçou a loira, escondendo o rosto na curvatura do seu pescoço. — Nunca! Eu vou salvar vocês três. Assim que tudo acabar, nós quatro viremos para casa, ok? — olhou em seus olhos enquanto ela sorria fechado, assentindo com a cabeça levemente. 

— Okay… — sussurrou. 

[...]

— Caminhem ela rápido para a sala de cirurgia e tragam os outros! — Kwan mandava, acompanhando a maca onde Bora estava deitada, passando pelos corredores com alguns cirurgiões. A mulher gritava de dor com a mão em sua barriga, olhando para Jinyoung com os olhos banhados de lágrimas dolorosas. 

— N-Não deixe- ah!!! — gritou, jogando a cabeça para trás, respirando fundo quando entraram na sala. Então colocaram ela em outro lugar para deitar, com várias pessoas à sua volta. — N-Não deixem pegarem as c-crianças… — sussurrou para o marido que tinha abaixado o rosto para poder escutá-la. Doyun e Kwan entraram na sala, observando todos se prepararem para a cirurgia.

— O que vamos fazer depois disso? — indagou o mais novo, encarando o pai que sorria ao ver o corte ser feito na barriga da mulher.

— Ela não vai sobreviver. — falou sem pena alguma. — As crianças nós manteremos vivos e testaremos tudo o que temos em mãos. Caso sobrevivam, quero que dediquem a maior parte do tempo com eles. Vamos mantê-los vivos por quanto tempo for necessário até se tornarem totalmente submissos aos nossos comandos. — se virou para o filho. — Criança bem educada desde pequena, continuará sendo educada na vida adulta. — sorriu pequeno. 

— SALVEM ELA!! — levaram a atenção para Jinyoung que gritou ao ver que sua mulher estava falecendo, injetando mais do líquido amarelo, empurrando até mesmo os colegas de trabalho que tentavam salvar a mulher também, desorganizando as coisas e derrubando tudo à sua volta.

— Tirem ele dali. — ordenou friamente, estreitando os olhos e então vendo os seguranças assentirem com suas cabeças e irem até a sala. Observou Jinyoung tentar lutar enquanto via eles deixarem a vida da sua mulher ir embora. Suspirou. — Vou ter que intervir a partir daqui. Fique de olho. — olhou para Kwan, saindo de lá e então entrando na sala, vendo Park tentar até mesmo golpear os homens. Quando ele viu Doyun, gritou para ele sem parar, berrando de ódio com o rosto vermelho, todavia o homem apenas passou por si sorrindo, pegando uma injeção com calmante. Foi até ele. — Você foi esperto, Jinyoung, mas não o suficiente para notar que as chances de sobrevivência da sua mulher eram quase nulas. Quando acordar, poderá ver seus filhos. 

— NÃO!!! NÃO, POR FAVOR, NÃO!!! — gritou, tentando ver através dele, arregalando os olhos quando viu a criança sair sem vida da barriga da mulher e logo tentar ser animada, sendo aplicado a injeção com um líquido amarelado dentro. — NÃO! NÃO FAZ ISSO, EU IMPLORO, POR FAVOR!! — seu rosto estava banhado de lágrimas e todo vermelho, quase sentindo suas cordas vocais serem destruídas de tanto que berrava, gritando o mais alto possível quando sentiu Doyun aplicar a substância em seu pescoço. Não demorou para sentir dormência em todo o seu corpo.

Desculpe, amor, eu não consegui protegê-los e cumprir com a minha missão de pai. Você se foi diante dos meus olhos e perdi nossos filhos logo após, para eles. 

Quando Jinyoung acordou, ele estava deitado em uma maca de uma sala, tomando soro, meio perdido e tonto. Ao ouvir um fungar, olhou para o lado com os olhos pesados e o rosto dormente. Viu Bora com os olhos marejados enquanto massageava sua barriga, a qual não tinha mais volume.

— A-Amor… — ela levantou o seu rosto e deixou duas lágrimas solitárias caírem antes de rejeitar o contato visual, parecendo estar bem chateada e arrependida de algo. Jinyoung logo se desesperou, sua mulher estava viva, mas e seus filhos? — A-As crianças… — quando a luz da sala foi acesa, ele fechou os olhos repentinamente com a ardência que sentiu, voltando a abrir só quando encontrou Kwan na porta segurando alguns prontuários. Estreitou os olhos e mudou a sua atenção para onde sua mulher estava sentada anteriormente, não a encontrando ali, ficando desesperado. — B-Bora… Minha mulher!

— Ela morreu, você mesmo viu. 'Pra que insistir em não acreditar? — bufou, vendo o homem tentar se levantar, mas então colocando a mão em seu peitoral e o jogando deitado novamente na cama, ouvindo seu gemido de dor. — Pois é, nós tentamos. — riu de lado, olhando para a ficha do homem com um tom irônico em sua voz. Park começou a chorar, deixando que lágrimas dolorosas e agonizantes caíssem em abundância. 

— E-Ela se foi… — sussurrou ainda sem acreditar. Não podia crer que o amor da sua vida tinha ido tão repentinamente por causa de uma doença. O universo parecia querer castigá-lo com essa questão de doenças. Primeiro sua família, logo em seguida sua mulher com seus filhos até não restar ninguém mais para estar ao seu lado no final. Seus filhos… — M-Meus filhos… — se virou para o homem com um nó na garganta, rezando para qualquer ser onipotente para que ele tivesse salvado seus pequenos que não tinham cometido nenhum pecado no mundo. Viu Kwan parar de escrever algo no papel para olhar em seus olhos com a sobrancelha arqueada. Com um pouco de esforço, pegou em seu pulso e apertou. — M-Meus filhos! — falou com raiva e os dentes cerrados, morrendo de ódio por dentro ao se lembrar do que tinham feito com seus filhos. 

— Graças a nós, e não a você, eles estão vivos. — Park arregalou os olhos, sentindo um peso ter sido tirado dos seus ombros. — Mas estão em observação por enquanto. Parece que a sua invenção realmente funciona, doutor Park. Os garotos estão respirando sozinhos e parecem se recuperar cada vez mais. Até mesmo parecem entender alguns sinais que fizemos. — sorriu ao se lembrar dos mais novos experimentos. — Acompanhar o desenvolvimento deles desde a gestação da sua mulher foi um prazer para todos nós. — se soltou do moreno, vendo ele arregalar os olhos e tentar se levantar.

— VOCÊS COLOCARAM ALGO EM BORA QUANDO ELA ESTAVA GRÁVIDA?! — gritou morrendo de ódio, se levantando para ir até aquele homem e espancá-lo até a morte. Kwan se virou para trás com um sorriso debochado em seus lábios.

— Sacrificar algumas vidas por toda a população não é nada, Park. Agora é melhor ficar em repouso caso queira ver seus gêmeos. — arqueou uma sobrancelha antes de alguns seguranças entrarem no quarto e segurarem Jinyoung, levantando ele e o prendendo na cama enquanto gritava. O seu grito era estridente e podia ser escutado por toda a ala, mas, infelizmente ele estava na área restrita e todos que tinham acesso a ela não o ajudariam. 

— KWAN!!! 

[...]

Com olheiras em seus olhos, cabelo despenteado e um cheiro horrível, sem comer direito por alguns dias, apenas tomando café e comidas industrializadas, Park Jinyoung passava mais uma madrugada encarando os gêmeos com admiração em seus olhos, temendo que eles também o deixassem. Observava Taehyung conectar seus indicadores enquanto balbuciava algumas coisas sem sentido, fazendo o mais velho sorrir, sentindo algumas dores em suas costas. Ambos tinham o tom de cabelo da sua mulher e os olhos dela, mas o que era mais evidente, para si, eram suas bochechas.

— Imaginei que estivesse aqui novamente. — ao ouvir a voz de Kwan, Jinyoung fechou sua expressão e Jimin parou de se mexer, olhando para os dois homens. O moreno virou para o outro que segurava uma caneca de café em uma das suas mãos, bebendo calmamente. 

— O que está fazendo aqui? — perguntou com ódio. Odiava ver aquele homem perto dos seus filhos, ainda mais quando olhava para todos os furinhos que faziam nos braços dos pequenos e as máquinas que acompanhavam seu desenvolvimento sem parar, os informando sobre diversas coisas, como se fossem alienígenas. 

— Suas crianças estão se desenvolvendo surpreendentemente bem. — riu encarando Jimin e então franzindo o cenho. — Vamos conversar lá fora, o que acha? Acho que já está na hora das crianças estarem dormindo. — riu soprado, olhando para duas mulheres e mais um homem que entrou ali para acompanhá-las. Jinyoung passou por ele, saindo daquelas duas salas, passando por duas portas antes de se encontrar no corredor, andando com passos pesados. — Vão te despedir. — gritou, fazendo o menor parar de andar e olhar para si. — E você sabe o que eu quero te dizer com isso, não sabe? — se aproximou, sussurrando em seu ouvido e então sorrindo de lado. 

— Não podem me despedir. — falou com raiva. — São meus filhos! Minha responsabilidade. Vocês estão fazendo algo desumano aqui e eu… — parou de falar quando Kwan jogou o copo no chão e o pegou pelo pescoço, prensando o mais novo na parede, vendo ele gemer de dor com os olhos fechados ao sentir sua cabeça entrar em contato com a parede. 

— Se você abrir a boquinha, será morto aqui mesmo junto com seus filhos, merda. — ditou com ódio, rindo sádico logo em seguida, arregalando levemente os seus olhos enquanto encarava Jinyoung que evitava contato visual com uma careta. — Você é um covarde! — cuspiu as palavras em seu rosto, rindo logo em seguida.

— E-Eu preciso ficar. — fechou seus punhos, tremendo. Teria que ficar, por eles. Precisava protegê-los a qualquer custo e tentar tirá-los dali por mais que fosse quase impossível. Agora que sabia o verdadeiro intuito do governo, não queria mais fazer parte disso, mas agora não dependia só de si. A vida dos seus filhos estava em jogo, assim como a da humanidade. — E-Eles… 

— Quer ficar?! — Jinyoung assentiu com a cabeça freneticamente fazendo com que Kwan risse e apertasse a mão em seu pescoço. — Você pode até mesmo ficar, Park, mas com algumas condições. — o citado abriu os olhos para encarar Kwan que se afastou, ajeitando a jaqueta em seu corpo e massageando sua mão sem expressão. — Uma das principais: não poderá contar que é pai deles. — sorriu de lado, vendo o homem arregalar os olhos.

— O q-quê?! Qual o motivo… — se calou quando Kwan se aproximou novamente e o prensou na parede com um braço em cima da sua cabeça, encostando a sua testa ali, obrigando Jinyoung a encarar suas íris totalmente pretas. 

— Você acha que a gente é burro, cara? — riu soprado. — As crianças não terão laços. São armas. Vejam como armas e pense nelas como armas. — sorriu.

— SÃO MEUS FILHOS! — empurrou ele, o prensando na porta e dando um murro em seu rosto, vendo ele rir com o lábio inferior sangrando. 

— Os filhos que você colocou aqui dentro, não é? — Park arregalou os olhos e o homem colocou a ponta do dedo no sangue, vendo e então sorrindo, chupando antes de olhar a sujeira que tinha feito no chão, fazendo um barulho com a língua no céu da sua boca. — Caso queira viver e ter contato com seus filhos, vá para a nossa sala. Você vai decidir se irá preferir partir dessa para uma melhor, afinal, já estamos no inferno. 

— Você é o demônio. — sussurrou com raiva, encarando seus olhos, vendo ele sorrir e mexer os ombros.

— Vou levar isso como um elogio, doutor Park. Não esqueça que só nós temos as substâncias necessárias para mantê-los vivos assim como vários outros aqui. — riu sádico, dando as costas para ele e então começando a andar no corredor. — E por favor, chame alguém para limpar essa bagunça! — fez um gesto com a sua mão. Jinyoung caiu no chão ao vê-lo desaparecer, se engasgando com seus próprios soluços enquanto se encolhia no chão a beira do desespero, não sabendo o que fazer dali em diante. 

Eu não tive muitas escolhas. Por diversas vezes tentei tirá-los de lá, mas sempre me sedaram. Precisavam de mim porque eu era o único a conseguir fazer tais substâncias mortais para qualquer corpo humano. Eu precisava ficar por vocês. Precisava ficar com a única família e luz que me restaram. 

Eu não tinha amigos, trabalhava incansavelmente em busca de algum antídoto para que seus poderes sumissem, mas foi tarde demais. Quando descobriram, a obsessão deles cresceu e a minha dor só aumentou. Eu precisava ficar por vocês. Com o tempo, conheci melhor SeokJin, o cara no qual sempre teve uma forte ligação com vocês porque ele, ao contrário de mim, podia ter contato direto além dos testes, como brincar, desenhar, conversar - algo que fui proíbido. Por mais doloroso que fosse, fiquei para protegê-los e não me importo das torturas que tive que passar por isso, das mágoas, das recaídas e nem das minhas crises.

Ver vocês aqui, vivos, me faz crer que tudo isso valeu a pena. Quero poder acreditar que fiz o meu melhor e que também pude ser aquela peça pequena do tabuleiro na qual faz pouca coisa, mas ainda ajuda. 

Agora guardo comigo a culpa e a solidão, tentando recomeçar, mas o meu coração e um pedaço de mim ficou lá, naquele lugar, anos atrás onde perdi o grande amor da minha vida e, com ela, a liberdade dos nossos frutos. 

Me perdoem.


Notas Finais


Estou insegura com esse capítulo :(

Tenso demais... Enfim, o que acharam? Vocês estão do lado do Jinyoung? O que acharam de Han Bora e de tudo o que aconteceu antes do nascimento dos nossos queridos gêmeos? Me contem aqui, por favor.

Poderiam dar uma chance a essa OneShot hot/pwp que fiz dos Jikook em um universo sobrenatural? Fui ver se eu sou boa nesse lance já que agora os casais mais novos de EI estão finalmente juntos e, consequentemente, virá as relações sexuais deles.
Link: https://www.spiritfanfiction.com/historia/red-kiss--jikook-kookmin-22297974

Perdoem os erros que provavelmente encontraram aqui :((

Não se esqueçam de me seguir para acompanhar minhas demais e futuras obras: @SoloLunar
Meu twitter: https://twitter.com/lunar_solo?s=09

Até o próximo capítulo!
Amo-te infinitamente ❤️


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