Mellody P.O.V
Taylor tirou minha calça e eu tirei minha blusa para que ela pudesse colocar uma roupa hospitalar. Depois de colocar a roupa apropriada em mim, Taylor pediu ajuda para Justin e os dois me colocaram em cima de algum tipo de cama ou maca.
Taylor começou a fazer movimentos circulares em minhas pernas e depois elevou uma perna de cada vez até o meio de meu tronco.
-Suas pernas estão com uma cor roxa e com alguns pequenos furos. Você não faz nenhum tipo de massagem em suas pernas?
-Não. – disse um pouco envergonhada.
-Isso é péssimo para sua circulação sanguínea, sabia? E se você não cuidar, suas pernas vão apodrecer e você terá que amputa-las.
-QUE? –gritei assustada com as palavras de Taylor.
-Estou brincando, quer dizer, nem tanto. Agora você poderia me explicar o porquê dos pequenos furos?
-Então... Eu furei minhas pernas com objetos pontudos, queria sentir alguma coisa, mas não senti nada.
-Gostei disso, ela está sem calça. –Justin disse mudando totalmente de assunto e Taylor e eu rimos.
-Não liga para ele, ele é meio idiota. –disse enquanto Taylor continuava a fazer uns movimentos em minhas pernas.
-Não liga para ela, ela ama alguém meio idiota. – ele disse fazendo Taylor rir.
-Então, nesses primeiros dias de fisioterapia eu vou ter que trabalhar com massagens em suas pernas, depois nós iremos para a piscina e depois as barras.
-Piscina? –disse assustada fazendo Justin rir.
-Sim, algum problema?
-Ela tem medo de piscinas.
-Cala boca Justin.
-Não precisa ter medo. Você confia bastante em alguém a ponto de deixar te segurar em uma piscina?
-Sim. –respondi confiante.
-Então. É só você trazer a pessoa que você confia.
-Não me candidatei a nadador, só pra avisar.
-Tá, mas quem disse que eu confio em você? –respondi seca.
-Ah sei lá, você só entrava na piscina quando eu te chamava, então.
-Você pode trazer o seu namorado para te dar confiança. –Taylor disse apontando para Justin.
-Amigo. –corrigi.
-Gostei mais de “namorado”. –Justin disse sorrindo.
Taylor é uma fisioterapeuta super legal, mas acho que ela deveria trocar de recepcionista sei lá só acho. Desde que sofri o acidente, nunca me senti tão bem. Taylor fez-me sentir normal e especial ao mesmo tempo. Se no primeiro dia de fisioterapia eu estou me sentindo assim, imagine os próximos? Minha autoestima está tão elevada. Meu sorriso está de orelha a orelha. Isso é tão mágico.
Pedi para Justin me levar para o parque onde havíamos passado mais cedo quando estávamos indo para a fisioterapia. Não queria voltar tão cedo para casa, afinal ainda eram duas horas da tarde e eu estava a fim de aproveitar o meu bom humor.
Justin comprou duas latas de coca-cola e dois hambúrgueres, esse seria o nosso saudável almoço.
Depois de comermos, decidimos apreciar a paisagem do parque.
-Me ajuda a sentar na grama.
-Senta sozinha.
-Como você pode ver, eu não estou em condições para fazer isso.
-Desculpa, tinha esquecido. –ele disse se levantando.
Sentir o vento forte em meu rosto novamente. Ouvir o canto dos pássaros. Ver crianças brincando. Eu senti falta disso.
Deitei-me sobre a grama e fechei os olhos. Deixei que bons pensamentos fluíssem em minha mente. Senti o calor de seu corpo se aproximando do meu. Sorri enquanto suas mãos se entrelaçavam as minhas.
-Lembra-se daquela casa? -ele disse apontando para a antiga casa que fica atrás do parque.
-Lembro, nós costumávamos pensar que ela era assombrada.
-Bons tempos.
-E você lembra-se daquela moita? -disse rindo.
-Não tô lembrando não, você poderia refrescar minha memória?
-Você me assediou.
-Não assediei, só fiz uma coisa que vi o meu pai fazer com a minha mãe.
-Foi nosso primeiro beijo seu safado. –disse dando um tapa em seu tórax.
-Você gostou.
-Não gostei.
-A é? Então desse você vai gostar. –ele disse subindo em cima do meu corpo e beijando meus lábios.
-Realmente, gostei mais desse. –disse assim que a falta de ar nos obrigou a parar o beijo.
-É difícil olhar nos seus olhos e ver que você é tudo que eu sempre quis.
-Para de mentir. –disse rindo.
-Então você quer que eu minta? Tudo bem, seu cabelo está muito lindo amarrado. –ele disse saindo de cima de mim.
-Você é um idiota.
-Realmente, sou um idiota. Mas nós dois podemos ser idiotas juntos.
-Como assim? –indaguei confusa.
-Você quer namorar comigo? –ele disse olhando em meus olhos.
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