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História Falling in Love (Charlie x Alastor) PAUSADA - Uma notícia a todo o inferno - História escrita por ChaosPhoenix - Spirit Fanfics e Histórias
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História Falling in Love (Charlie x Alastor) PAUSADA - Uma notícia a todo o inferno


Escrita por: ChaosPhoenix e DaddyAlastor

Notas do Autor


Hello my dears! Como estão por esses tempos?

Estão bem em plena quarentena? Espero que sim.

Lavem bem as mãos, usem máscaras e se cuidem!

Hoje temos mais uma atualização de capítulo e espero que estejam desfrutando de nossa história!

Desejo a todos uma ótima leitura!

Aliás, querida Charlie está com encomendas de arte aberta, recomendo altamente que adquiram uma arte desta artista magnífica!

Stay tuned!

Capítulo 34 - Uma notícia a todo o inferno


Fanfic / Fanfiction Falling in Love (Charlie x Alastor) PAUSADA - Uma notícia a todo o inferno

Alastor olhou para a pequena e assim que ela deu as costas, ele parou de sorrir. Agora fora ele quem se levantou, indo até o armário e se trocando. Sem falar nada, ele voltou a ter o sorriso no rosto e saiu do quarto em silêncio. Precisava de um tempo. Nunca havia tratado ela assim, e sua raiva não justificava suas ações. Ele ter feito a pequena chorar, e tê-la machucado...

 

Por que ele se sentia tão mal? Ele gostava de dor, ele adorava ver a dor dos outros, mas a dela, ele se sentia imundo. Andava com seu microfone nas costas girando-o enquanto caminhava pelo corredor. 

 

A loira trancou a porta deixando a toalha escorregar pelo seu corpo e cair sobre o chão, chutando-a para o canto e sentindo o frio do piso subir por seus pés. A luz do banheiro parecia fria, assim como todo o ambiente, e se olhar no espelho era difícil. Por alguma razão sua energia parecia ter sido drenada, estava exausta e magoada. 

 

Colocou a palma das mãos nas extremidades da pia, soltando um pouco o peso do corpo e analisando seu rosto no espelho "você está horrível" disse a si mesma, afinal, será que tinha exagerado? Sacudiu a cabeça e se soltou da pia indo até a banheira e ligando o chuveiro sem muitas delongas, deixando a água tocar seu rosto e cabelo, escorrendo pelo corpo e correndo até o ralo, esperava que isso fosse o suficiente para tirar os pensamentos ruins de sua cabeça. 

 

... "Caralho, o doido do sorriso tá mesmo com a princesa, né" Cherri estava atirada no sofá no canto do hall, segurando uma garrafa de vodka na mão enquanto Vaggie estava a sua direita e Angel a sua esquerda "Ele está doidão por ela mesmo, ou é por causa do trono?" Sem mesmo conhecer a história dos dois, Cherri sabia muito bem como funcionavam as hierarquias no inferno, ainda mais quando se tratava de overlords e possíveis guerras. 

 

O que fez Vaggie grunhir e cruzar os braços. Já Angel, não estava mais prestando atenção no assunto, pois vira uma sombra estranha no corredor, e parecia de Alastor, mas... Ele não estava com Charlie há pouco? 

 

Alastor andou um pouco pelo hotel, e quando entardeceu.... Ele não poderia ir para seu quarto, ela precisava ficar sozinha e ele se sentia sujo. Se ele fosse para o quarto dela, se sentiria pior... Mais sujo ainda. A última suíte de luxo que sobrara era... Alastor começou a andar em direção a ela, e com a chave mestra entrou na mesma. Estalou os dedos e as coisas espalhadas pelo quarto foram todos para uma caixa no canto do cômodo. 

 

"Wait, what?" Angel Dust que agora estava seguindo Alastor devagar se deparou com o vermelho entrando em... Seu quarto? Começou então a correr um tanto desesperado, o que ele ia fazer ali? E além disto, estava desconfiado, ele não estava com a princesa, estava agindo estranho desde a aparição dos repórteres, e agora estava invadindo seu quarto, coisa que nunca o fizera.

 

"E-ei" Angel Dust entrou, pois a porta ainda estava aberta, e encontrou Alastor lá dentro e seus pertences num canto, o que o fez levantar uma sobrancelha "Tá tudo bem, cara?" Só de olhar para o overlord Angel estremeceu, mas ele não parecia bem, o que o preocupou, mas ainda mais com relação a Charlie. 

 

Alastor ouviu a voz de Angel e sua raiva voltara a subir por sua cabeça. Ele tinha que se acalmar de alguma forma... Se perdesse a cabeça poderia magoar ainda mais a garota e machucá-la de outro jeito, dessa vez por causa do amigo inoportuno. “Está. Passarei a noite aqui.” Disse estalando os dedos e mudando a roupa de cama. Nem olhava para o demônio pois sabia que podia facilmente se descontrolar. 

 

O rosa piscava algumas vezes tentando entender o que estava acontecendo com uma expressão um tanto quanto concentrado nas ações de Alastor. O overlord estava no seu quarto, arrumando sua cama, mexendo em suas coisas. O que para Angel seria incrivelmente sexy se 1. ele não estivesse namorando sua melhor amiga, 2. ele não estivesse querendo matá-lo, 3. se sequer conseguisse sentir algo por ele, o que não conseguia nem sentir vontades, e não sabia o porquê. 

Então deu passos lentos e silenciosos, tentando não ser muito ruidoso para não incomodar o overlord, até seu guarda-roupa, pegando uma cueca, uma toalha e um roupão, era tudo o que precisava para passar a noite. "Ah... Charlie. Charlie está bem?" Angel perguntou como quem não queria nada, mas no fundo sabia que era o único assunto que comoveria Alastor assim como estava. 

 

Alastor afofou a cama assim que ela estava arrumada e franziu o cenho. Por que ele perguntara JUSTO dela? Alastor ficou em silêncio por alguns minutos, sua cabeça começou a dar alguns tiques para o lado e seus chifres começaram a crescer. A vontade de matar crescia dentro do overlord, assim como sua sombra refletia um sorriso macabro na parede. “Saia daqui...” Ele disse baixo, e então se virou, com sua feição demoníaca. “SAIA DAQUI AGORA.” Sua voz era distorcida e um tanto quanto aterrorizante. 

 

Angel não esperava muito de Alastor pois sabia que ele não gostava nem um pouquinho do rosa, mas... Também não esperava ser surpreendido pela voz e aparência demoníaca e assustadora do overlord, o que o fez saltar para trás e se colar na parede com os olhos arregalados. Fez que sim consecutivamente com a cabeça, se arrastando pela parede até a porta pois, não queria arriscar se aproximar nem mais um centímetro. 

 

"Ha... ha... como quiser! Hahah..." Estava visivelmente nervoso, e por dentro ainda mais preocupado com a amiga. Saiu pela porta a fechando e se jogando no chão do corredor de joelhos e deixando o rosto cair no chão antes de se apoiar com as mãos e suspirar, levantando-se "Caralho, o veado está puto." Comentou agora batendo a poeira da roupa e andando em direção ao quarto de Alastor, ou melhor, do casal, entrando sem bater e fechando a porta, a menina ainda estava no banho. 

 

Alastor voltou ao normal assim que viu a porta fechando... Se sentia sujo novamente, estava com um desejo sanguinário para ferir Angel... Mas, a única coisa que vinha na sua cabeça era a menina, e o quanto ela protegia o amigo. Ele franziu o cenho e respirou fundo, apenas caminhando até a cama e subindo nela. Deitou-se ali. Não estava sorrindo mais, não precisava, estava basicamente sozinho no quarto. Nem Fat Nuggets estava ali, para a sorte do suíno e azar de Alastor.

 

Charlie ouviu alguém entrando no quarto, imaginava que fosse Alastor e só de ouvir os passos no quarto, sentia-se menor... Como se fosse pequena. Não demorou muito até acabar o banho e colocar uma toalha em volta de si mesma. Não queria conversar com ele, ainda queria ficar um tempo sozinha... Apesar de compreender o maior, ainda se sentia... Pesada. 

 

Assim que abriu a porta do banheiro, deixou a cabeça cair. Era Angel. "O que está fazendo aqui?" Ela logo ficou preocupada. Se Alastor o visse ali, poderia querer matá-lo, ainda mais que estava em seu quarto. "Se ele te ver aqui... Angel você tem que sair daqui!" Ela prendeu bem a toalha ao redor do corpo e pegou a mão do amigo, já tentando puxá-lo para sair dali. 

 

Angel a viu saindo do banho e a encarou, ela realmente não estava bem, não é? Seus olhos estavam mais fundos e parecia exausta. Só teve certeza ainda mais que algo estava acontecendo quando a menina mencionou Alastor, então ela não sabia que Alastor não voltaria ali naquela noite. "Não, não, não, babe!" O rosa se desvencilhou da mão da menina enquanto outra de sua mão passou pela cintura da pequena a puxando de volta para o meio do quarto 

 

"Vai me explicar o que tá pegando? Alastor se apossou do meu quarto e você está aqui tomando banho com cara de morte. EU NÃO NASCI ONTEM." Angel Dust então soltou a menina e jogou seus próprios pertences sobre a cama, caminhando até o guarda-roupa dela e procurando uma roupa para ela vestir, escolheria a mais bonita. 

 

Charlie fora puxada para o meio do quarto pelo rosa e piscara algumas vezes sem entender o que estava acontecendo. "Ele... Se apossou do seu quarto?" Ela ergueu as sobrancelhas de forma preocupada. Então ele não voltaria ali para ela? Ela queria o seu tempo, afinal ela fora usada por ele, mas o fato dele não vir para pelo menos conversar com ela... A deixou em pedaços. 

 

Ele não se importava tanto com ela quanto ela imaginava? "Angel eu..." Ela viu o amigo indo para o guarda-roupa e seus olhos voltaram a marejar. "Eu tive que usar... A safeword Angel." Uma lágrima caiu de seu rosto. Ele não se importava para tentar falar com ela? Ele não fazia questão? Ela sempre dizia que ela o amava, e agora estava ali, sozinha porque ele decidiu passar a noite sozinho. "Eu tive que gritar a safeword." Outra lágrima caia, ela estava... Destruída. 

 

O rosa a ouvia enquanto pegou uma camisola vermelha para a menina, e fuçava na gaveta para pegar uma calcinha quando ouviu o que ela tinha dito e paralisou, pegando a mais confortável que tinha ali e fechando-a gaveta para olhá-la "Babe..." A voz de Angel Dust era baixa, ainda mais ao ver a menina começar a chorar, o que o deixou sem reação por alguns instantes, e uma certa raiva queimava dentro dele. 

 

Alastor realmente tinha deixado a menina ali? Angel Dust se aproximou, jogando a calcinha dela sobre a cama e esticando a camisola nas mãos, abrindo sua parte inferior, afinal se iria conversar com ela, ela deveria estar trocada. Então mesmo que por cima da toalha, Angel primeiro colocou o tecido sobre a cabeça de Charlie e o puxou para baixo, agora a fazendo soltar a toalha e ficar vestida, em seguida pegou a roupa de baixo que jogara sobre a cama e se abaixou para que ela colocasse os pés, assim que subisse o tecido poderia finalmente abraçá-la sem ser muito invasivo, não era um bom momento para isso "Babe, eu... Ele respeitou você?" 

 

Charlie chorava, ela se sentia esquecida, trocada, usada, e não amada. Ela colocou as mãos sobre o rosto cobrindo suas lágrimas. Apenas desgrudou as mãos quando sentiu o tecido sobre a cabeça e a toalha caindo. Ela passava as mãos nos olhos tentando fazer as lágrimas pararem de rolarem e olhando para Angel. “Sim... Demorou - e-eu acho que ele estava fora de si.” Disse, era verdade, havia pedido para parar e ele ignorou. Apenas quando gritou a safeword ele parou na hora. 

 

“Mas quando eu disse a safeword ele... Ele parou na hora.” Disse baixo, limpando as lágrimas com a ponta dos dedos enquanto vestia a calcinha com ajuda do amigo. “Ele pediu desculpas, mas Angel... Eu me senti tão usada... Tão usada.” Ela disse voltando a chorar. Ela abraçou o amigo com mais força chorando no ombro dele. 

 

Angel Dust suspirou, pelo menos estava aliviado que Alastor tinha parado ao ouvir a safeword, o que significava que ele não era tão babaca quanto pensava. Mas mesmo assim... Charlie estava machucada. Puxou ela para um abraço mais forte, e enquanto seus braços inferiores a envolviam, sua mão superior afagava seu cabelo. "Babe, eu não sei o que o sorriso estava pensando ao fazer isso com você" O tom de Angel era carinhoso, não queria encontrar uma 'desculpa' ou uma 'justificativa' para o que Alastor tinha feito, porque independente do que fosse, fora um erro que ele cometeu, e não algo justificável. 

 

"Mas você não é um brinquedo, e ele percebeu isso." Angel se separou do abraço agora olhando nos olhos da menina e batendo a ponta do indicador no nariz dela, logo em seguida usando o polegar para secar suas lágrimas "Você é bonita e incrível demais para se sentir usada assim" Então com uma das mãos, Angel a fez dar uma voltinha em seu eixo, para olhá-la melhor e mostrá-la que ela era uma dama que merecia se sentir como tal "As pessoas cometem erros. 

 

Demônios então, imagina" Ele tentou rir e abrir um sorriso para a menina, sabia que ela amava muito o overlord. "Vem" Angel Dust a puxou para sentar-se na cama, e logo mais se virou para se trocar também, afinal não poderia usar a roupa normal para dormir. Fora rápido, colocou o roupão por cima e se sentou ao lado da menina, puxando-a para seu colo enquanto afagava os fios loiros da menor "Você precisa descansar". 

 

Charlie aceitou o abraço de bom grado, ela precisava daquilo, estava precisando se apoiar em alguém, sentir que não estava sozinha. Ela sabia e não sabia a resposta. Ele havia bebido, não sabia quantas vezes, e estava estressado com a situação. Ainda sim, isso não justificava o jeito que a tratou... E agora, apenas havia abandonado ela. Seu choro aumentou levemente ao pensar isso, mas abaixou logo que Angel apontou que Alastor havia percebido que ela não era um brinquedo. 

 

Ele poderia ter continuado, ter machucado mais ela, mas ele parou, ele a respeitou. O demônio temido por muitos, respeitou o pedido da pequena quase que de imediato quando gritou. Ela acompanhou o dedo de Angel que bateu em seu nariz. Ela deu um sorriso leve assim que ele a elogiou e a fez dar uma volta em seu eixo. Ela ‘chupava’ o próprio nariz para que a coriza não caísse por ele. Concordou e deixou Angel a puxar para sentar-se na cama. Esperou e olhou para o outro lado enquanto ele se trocava; assim que o fez, fora para o colo dele. 

 

“Posso tentar, mas Angel...” Ela olhou para o amigo com o canto dos olhos. “Ele não veio conversar comigo... Ele sequer veio dormir aqui.” Aquilo ainda a magoava. Não entendia a razão dele ou a lógica. Talvez tenha se irritado com ela? Mas... Se irritado por quê? Ela que fora a mais afetada na história. 

 

A mão de Angel Dust brincava no cabelo de Charlie enquanto ouvia ela falar. Tratava ela como esperava que o tratassem quando ele precisava, afinal não era muito bom em dar conselhos ou em ser gentil, então estava fazendo o que acharia melhor para si caso estivesse no lugar dela, e ouvi-la, niná-la, parecia uma boa ideia. 

 

"E se ele só achar que você precisa do seu espaço por enquanto?" Não era uma opção a ser descartada, Alastor não parecia ser do tipo que a abandonaria neste momento, talvez ele só ache que seja melhor para ela agora. Talvez se estivesse ali a machucaria mais, mesmo que com palavras. Foi então que uma ideia surgiu na cabeça do rosa, talvez não fosse a mais elaborada e a melhor ideia do mundo, mas... "Nós podemos sair juntos amanhã, para você se distrair, o que acha? Fora do hotel, e tal" Angel agora a envolveu em um abraço, fechando os olhos e encostando o rosto na cabeça da menina enquanto acariciava seus ombros "Você vai conseguir pensar melhor" 

 

Charlie fazia que sim com a cabeça, afundada em pensamentos e suposições do porquê ele a deixara naquela situação e sozinha. Mas até que Angel tinha razão, talvez ele estivesse a respeitando, até nesse momento. Mas e se não fosse? Ela chacoalhou a cabeça de leve e olhou para o amigo. “Sim. Eu... Acho que preciso esfriar um pouco a cabeça.” Ela disse abraçando o mesmo. Apesar de não ser o abraço do amado. Ainda sim era o abraço do amigo, já era reconfortante o bastante para ela. “Obrigada, Angel.” Ela se aconchegou mais nos braços do amigo encostando o rosto no ombro dele. 

 

"Agora durma" O maior sorriu, fazendo um quinto braço aparecer a lateral do corpo com um pequeno estilingue que mirou no interruptor e o desligou, fazendo o braço sumir e puxando Charlie mais para baixo para que deitassem, cobrindo-a com a manta da cama de Alastor e ficando ali aninhando ela esperando que dormisse. Na manhã seguinte iria falar com Alastor, mesmo com medo dele, seria melhor assim. 

 

Alastor na manhã seguinte, havia dormido mal, muito mal. Primeiramente, não era sua cama, segundo, estava sem Charlie. Demorou para cair no sono, e para acordar. Dessa vez fora ele quem perdeu o café da manhã. Havia tomado um banho e estava com camisa social e sua calça, mas não tinha vontade nenhuma de sair. Talvez estivesse se punindo pelo o que ele havia feito com Charlie. Ele tinha usado ela... Ele havia priorizado sua raiva, ao invés de priorizá-la. 

 

Angel se levantou no horário certo, mas deixou a menina descansando sem acordá-la, achou que seria melhor desse jeito, que ela merecia um pouco de sossego. No café da manhã não viu Alastor e notou que a porta de seu quarto ainda estava trancada, o que o fez ficar um tanto quanto curioso, Alastor ficava tão mal quanto Charlie nessas situações? Angel Dust teve de esperar um tempo, já era quase hora do almoço e nenhum sinal de Alastor... Ou Charlie. 

 

Levantou-se do bar onde estava em silêncio já há algum tempo apenas olhando para a bonita cara de Husk e saiu em direção a seu quarto onde Alastor estava, quando chegou à porta e engoliu em seco. Ele precisava se redimir, e mais do que isso, precisava fazer Charlie se sentir melhor. Bateu finalmente na porta. 

 

Alastor estava na cama, observando o teto. Vez ou outra respirava fundo. Ele era o grande Radio Demon, como uma demônio conseguiu tirar o sorriso do seu rosto? Sorriso que raramente saía dali, pois sabia que mostrava o quão imponente e forte ele era. Que mostrava que sempre estava de cabeça erguida, e agora... Estava se “lamentando” por ter magoado a garota. “Chega.” 

 

Disse para si mesmo, voltando a sorrir e se levantando. Já ficara mais que o suficiente esperando para conversar com ela. Uma guerra se aproximava, e ele sabia que mais do que nunca, precisava dela ao seu lado. Assim que caminhou até a porta, parou devido às batidas. Ele ergueu a sobrancelha e com seu sorriso icônico, abriu a porta. Para sua surpresa, e desgosto, era Angel. “O que quer?” Perguntaria se poderia ajudá-lo, mas não esquecera quem fora o responsável por toda aquela situação com Lúcifer a princípio. 

 

Os ombros de Angel Dust se contraíram com o tom mais grosso de Alastor para sanar suas dúvidas de que ele ainda estava irritado com ele. Então mesmo com os olhos arregalados e os braços em sinal de paz, a voz de Angel falhou um pouco antes de falar "Q-quero te ajudar com C-Charlie, a s-se redimir com ela" Ele disse logo, não ficaria de delongas pois tinha medo de como Alastor poderia reagir, afinal, não era a primeira vez que tentara matá-lo. 

 

“Não precisa ajudar em nada, estamos bem. Já fez mais do que devia.” Ele disse com o olhar severo. Mentia, obviamente, mas seus olhos estavam ganhando um tom de vermelho brilhante. Se pudesse, mataria-o agora mesmo. Seu sorriso aumentava com tal pensamento, mas então, Charlie aparecia em sua mente. Se fizesse isso... Iria machucá-la ainda mais. 

 

"Eu sei que não estão bem, porque fui eu quem cuidou dela enquanto ela chorava" Angel Dust sabia que Alastor estava irritado, mas também sabia que Charlie era seu ponto fraco, se ele soubesse como a menina estava, talvez daria chances do rosa de conversar, este que colocou as mãos na cintura e deu um sorriso desafiador sem mostrar os dentes "Mas se você quer fazer as coisas sozinho..." 

 

Alastor arregalou os olhos levemente. Ela... Estava chorando para Angel, por causa dele? O músculo do seu sorriso deu uma leve mexida, era como se ele não quisesse mais sorrir, mas forçava. Ele realmente tinha magoado ela tanto assim? Ele acordou assim que Angel Dust continuou sua frase. “Deixe-me pensar.” Ele colocou a mão sobre o queixo. “Certo, meu caro! Já pensei!” E com um sorriso grande, ele fechou a porta na cara de Angel batendo-a. Ele então virou de costas. Ele tinha machucado ela fisicamente e emocionalmente, seu sorriso sumiu de vez do rosto. E ela teve de recorrer a Angel sendo que Alastor não estava lá.

 

 Mas por que ele estava tão mexido com isso? Por que isso o deixava tão mal? Ele não havia trancado a porta, estava de costas para ela e suspirava. Lembrara de como se sentiu ao ver a menina triste por conta dele... Ele, a usou, ele não havia dado a importância que ela merecia. Alastor então arregalou os olhos, sentia uma coisa molhada descendo por seu rosto. Ele estava chorando?!? Ele rapidamente passou a mão sobre o rosto, enxugando-o. Não tinha motivos para chorar... Tinha? 

 

Angel por mais que segurasse sua postura determinada e desafiadora tentando fazer Alastor pelo menos conversar, estava tremendo de medo por dentro, ainda mais ao sentir o vento da porta, que o fez fechar os olhos acreditando, na verdade, ser outro soco com um dos tentáculos do overlord. Mas o barulho o fez abrir os olhos e levantar uma das sobrancelhas. Alastor realmente não estava bem, não é mesmo?

 

 Angel levantou uma das mãos tocando levemente a madeira da porta, antes pensava em provocá-lo até ele aceitar sair com Charlie e faria eles se encontrarem sem Charlie saber, mas... Agora percebia que não era só Charlie que precisava de ajuda, e se sentia desnorteado, talvez até perdido. Não era um demônio de muita empatia, mas... Por que aquilo estava tocando ele? "Ei" Angel Dust chamou com uma voz baixa, ainda um pouco ressabiado "Ela achou que você a abandonou" Agora falava sério, se queria que eles se redimissem, Alastor precisava saber onde 'errou' com a menina "Ela não está com raiva" Ele continuou, queria falar com Alastor e ajudar o casal a se redimir, mas parecia tão difícil. 

 

 

Alastor ouviu o rosa falando e franziu o cenho, estava de costas. O que ele queria afinal?! Alastor queria virar e gritar com o rosa através da porta, mas o líquido quente insistia em rolar mais uma vez por seu rosto, e seu sorriso não existia. Por mais que Angel ainda estivesse do lado de fora, não queria arriscar. Não queria que ninguém o visse assim, nunca. 

“Ela... Achou isso?” Agora sentia uma pontada em seu coração. Qual era seu problema? Porque aquilo estava doendo? “Eu jamais faria isso.” Disse seco enquanto abaixava a cabeça. Suas mãos voltavam para trás de suas costas e seu peito doía. “Deveria estar... O que eu fiz, foi inadmissível, e imperdoável.” Disse baixo, mais para ele mesmo do que pra Angel. Aquelas malditas lágrimas ainda insistiam em cair, mas agora Alastor via elas caindo e batendo contra a madeira clara do quarto de Angel. 

 

Angel Dust estava sentindo algo estranho em seu próprio coração, logo ele que não costumava se importar com muitas pessoas, estava ali se importando com um cara que o odiava. Seus olhos olhavam para várias direções enquanto pensava em algo a falar enquanto o ouvia. Alastor estava com uma voz estranha, estava... Chorando? "Sabe que ela não é assim" Charlie não era do tipo que sentia raiva, que cultivava ódio. Ela era pura, como... um anjo. "Ela ama você" 

 

Angel disse sem medo, para ele era mais que óbvio isso, mesmo que nunca tivesse visto exatamente a menina dizer isso à Alastor, mas tinha certeza, e também tinha certeza que ele a amava, mas... Não admitiam. "Eu quero ajudar... Eu... Marquei de sair com a Charlie, e queria que você fosse, em vez de mim." Ele contou o plano, sabia que Alastor entenderia, e se não fosse breve no momento de fragilidade de Alastor, logo mais ele poderia não ter a mesma chance de falar. 

 

Alastor ouvia atentamente, passando a mão sobre o rosto e limpando suas lágrimas. Estava com raiva, misturada com medo. Nunca havia sentido isso, nunca havia chorado por ninguém exceto sua mãe quando vivo. E estava ali, chorando porque magoara a princesa. “Por que quer tanto ajudar?” Ele poderia complementar em como a última vez que ajudou não dera certo, mas não queria ser repetitivo. Angel queria que Alastor fosse com a garota, talvez... a Ideia não fosse nada mal, poderia conversar com ela, se redimir pelo o que fez. 

 

"Não to fazendo isso por você" O orgulho de Angel Dust falou mais alto, não era totalmente mentira, mas de certo modo ali, sentia que precisava sim ajudá-lo "Charlie é minha melhor amiga, e não quero vê-la machucada. Se ela te ama, quero ver ela bem com você." 

 

Aquilo sim era verdade, lembrava que no início não se importava muito, que até tentara algo com o overlord, mas... Sua amizade com Charlie se tornava mais importante a cada dia, e queria vê-la feliz. "Vai aceitar a ajuda ou não?" Perguntou novamente em um tom sério, se Alastor negasse, teria de sair ele mesmo com Charlie e seu plano iria por água abaixo. 

 

Alastor encostou a cabeça em sua própria mão, limpando completamente suas lágrimas e respirando fundo. Não queria aceitar ajuda do causador de todo o problema, mas... Queria conversar com Charlie. Voltou a sorrir, e então abriu a porta atrás de si sem falar nada. Apenas encarava o rosa. 

 

Angel que estava focado no centro da porta apenas como uma maneira de conseguir falar as coisas se assustou repentinamente com a porta se abrindo e então olhou para frente, cruzando o olhar com Alastor, e entendeu aquilo como um sim, não queria esticar muito mais o assunto para não dar tempo dele mudar de ideia. "Tem um restaurante no fim da rua, vá para lá. Vou falar para Charlie se arrumar." Angel então virou-se indo em direção ao quarto de Alastor com movimentos levemente robóticos, não sabia o que estava fazendo, mas esperava que desse certo. 

 

Ele olhava com desdém para o rosa, apesar do mesmo estar o ajudando com tal coisa, ainda sim, não esquecera e nem esqueceria suas outras “gafes.” Alastor balançou a cabeça e entrou novamente em seu quarto. Precisaria se apressar para bolar alguma coisa para que Charlie o perdoasse. Alastor então providenciou um buquê de rosas, maior do que o do primeiro encontro que tiveram... E uma caixa de chocolates. Não gostava de doces, mas sabia que a garota gostava. Tudo isso num estalo. 

 

Não ligava de gastar sua energia demoníaca com isso... Ainda mais nessa situação. Mais um estalo, e agora ele estava com uma camisa social vermelha escuro, e calças pretas com suspensórios de mesma cor. Seu cabelo estava levemente preso num pequeno rabo de cavalo e sua orelhas para cima. Alastor saiu de seu quarto e fora para onde Angel indicara. 

 

"Vai, já se arrumou?" Angel gritou para a menina que estava no banheiro se trocando enquanto ele se esticava na cama de Alastor, aquele colchão era realmente macio e confortável, tanto que estava quase dormindo quando a menina saiu do banheiro. Estava vestida de maneira simples e confortável, o que fez Angel sorrir, mal ela sabia o que a estava esperando, se ela soubesse teria  se arrumado melhor, mas não iria estragar a 'surpresa'. 

 

Então ofereceu o braço para a amiga segurar e seguiu com ela para fora do hotel andando em direção ao restaurante, este que nem precisou falar com o segurança por estar acompanhado da princesa e começou a procurar Alastor discretamente pelo salão, sem deixar que Charlie percebesse. Ela, por sua vez, se distraia olhando um dos cardápios que tinham na recepção "Só tem comida chique aqui" ela riu, eram até mais do que as que gostava de comer no palácio. 

 

Alastor estava em uma mesa ao fundo, coberto por sombras que tomavam o fundo do restaurante. Era como se a luz tivesse queimado e aquele canto não fosse iluminado. Nada que destoasse muito do restaurante para chamar a atenção. Ao ver Charlie entrando com Angel, pode sentir que seu coração acelerou, assim como suas bochechas coraram. Estava envergonhado, pelo que fez, mas... Queria se redimir com ela. 

 

Respirou fundo, e se ergueu, andando até a mesa enquanto segurava o buquê em frente ao rosto. “Poderia me dar licença, Angel?” Pediu educadamente, enquanto olhava para a menina. Seus olhos, nunca a deixaram, desde que se levantou. Ela estava radiante; e ele sentia certa felicidade ao ver ela. Tanto que sua cauda começou a abanar, sem ao menos perceber. 

 

Angel Dust andava junto a menina, segurando firme seu braço, ELE estava apreensivo, queria ver como o encontrinho iria decorrer, e estava com certo receio da menina se decepcionar apesar de ver que Alastor realmente se importava. Observava Alastor se aproximando com o buquê de flores e não conseguiu deixar de sorrir, Charlie estava concentrada em Angel até que o mesmo se virou à Alastor, o que a fez se voltar para o que estava distraindo o rosa e foi aí então que viu quem era, para sua surpresa, Alastor. 

 

Os olhos da pequena pararam primeiro no grande buquê, que era realmente lindo, e em seguida subiram para fitar os olhos do namorado, ele parecia corado, o que era raro, e logo mais notou a cauda que entregava a animação que ele sentia. Por um segundo, esqueceu-se completamente da mágoa, e abriu um sorriso, logo sentindo Angel Dust soltar seu braço e fazer uma reverência, retirando-se. "A-Al..." A menina estava um tanto quanto sem palavras, Angel Dust tinha mesmo planejado aquilo para eles? 

 

Alastor sentia o coração acelerar, enquanto sua cauda aumentava o ritmo ao ver a menina sorrindo. “Podemos conversar?” Alastor esticou a mão para a menina, não queria tocá-la caso ela não quisesse. Ele agora só tinha olhos para a menina, e perdera inclusive o foco que estava no Angel Dust anteriormente. 

 

Charlie piscava algumas vezes ainda confusa por Alastor estar ali, e com o leve sorriso levantou a mão para segurar a dele, hesitando por um instante quando um flash de memória dela gritando a safeword passou por sua cabeça, mas logo mais lembrou de Angel Dust falando que talvez Alastor só queria respeitar seu espaço e então entregou a mão delicadamente para o maior, assentindo com a cabeça e sentindo sua pele se eriçar apenas por tocá-lo. Que tipo de efeito ele tinha sobre ela? Por que era tudo tão intenso? 

 

"Podemos" respondeu agora entrelaçando os dedos e se aproximando dele. A esta altura, muitas pessoas que estavam jantando já os olhavam, afinal... Eles eram a última e mais fresca notícia dos noticiários e telejornais. 

 

Alastor segurou a mão da pequena e sorriu mais, ele não ligava que haviam pessoas ali os olhando. O que ele queria era se redimir com a pequena. Ele fez que sim com a cabeça e puxou a menina para andarem até uma mesa, mais precisamente a mesma que ele estava sentado ao fundo. Puxou a cadeira para ela e assim que ela sentou ele a ajeitou na cadeira. “Antes, para você.” Ele ofereceu o buquê e a caixa de bombons. “Como está?” Por sua vez, ele puxou a cadeira para sentar ao lado dela. 

 

 

Charlie o acompanhava em silêncio, sentando-se na cadeira que Alastor puxou para ela e logo mais seus olhos brilharam, as flores... Os chocolates... Ele tinha escolhido especificamente para agradá-la e sabia disso. O sorriso da pequena aumentou, pegando os presentes e os abraçando levemente, aquilo era lindo, mas... "Magoada" respondeu, não iria mentir para ele, e logo que falou isso, colocou o buquê e os chocolates ao seu lado para poder olhar para Alastor, agora entrelaçando os dedos à sua frente em cima da mesa e encarando seus polegares que faziam uma dancinha encabulada "mas eu entendo." 

 

Alastor sentiu um aperto no peito assim que a menina disse que estava magoada. Por que aquilo o afetava tanto? “Eu... Charlie.” Ele então segurou a mão dela puxando levemente para ele, com cuidado. Ainda tinha receio de ser invasivo. “Me desculpe.” Ele olhou nos olhos dela com o olhar cabisbaixo. Mantinha o sorriso. “O que eu fiz... Foi, imperdoável.” Ele a olhava sem parar, sem vacilar. “Você não merecia ser tratada daquele jeito.” Ele dizia baixo. 

 

 

Charlie estremeceu novamente ao ter sua mão puxada, amava o toque dele e tudo o que ele a oferecia apesar de estar chateada. Ele já era tão essencial quanto o ar que ela respirava. "Tudo bem" concordou ouvindo o maior, era bom tirar aquele peso, era como se mil elefantes saíssem de suas costas. ”Alastor…” Charlie nunca havia o visto pedir desculpas para ninguém, apenas a ela, e agora estava reafirmando suas desculpas e olhando em seus olhos, o que a fez sorrir aliviada "não faça de novo" pediu agora apertando um pouco a mão do menino com certo carinho. 

 

Alastor trouxe a mão da pequena até seus lábios, dando um beijo bem leve enquanto ainda a olhava. "Não farei..." Ele sorria largo enquanto acariciava sua mão levemente. Iria agradar a menina hoje, do jeito que ela quisesse, e como ela quisesse... Nunca pensara que faria isso por alguém, e nem notara que estava o fazendo. "Está com fome, sweetheart?" Ele continuava dando leves beijos na mão dela. Ele sentia saudades de sentir sua pele, de beijá-la, e agora, não ligava mais, nem um pouco para os demônios que os encaravam. Eles haviam dito que acabariam com o plano de Lúcifer, então... 

Agora tanto faz se estavam em público ou não, certo? "Pode pedir o que quiser," Puxou a mão dela, esticando seu braço para beijar-lhe o mesmo. Fazia uma trilha de beijos até o ombro e rosto da menina. Talvez estivesse sendo invasivo, mas... Era realmente bom beijar a pequena. Nunca fora de demonstrar afeto, mas agora sentia que era necessário. 

 

A menina apoiava a cabeça com uma das mãos enquanto a outra era beijada por Alastor. Ser paparicada daquela maneira por ele era bem diferente de quando era por súditos no palácio, pois ele a fazia sentir estranhar borboletas voarem em seu estômago. Olhava para Alastor com uma expressão boba e apaixonada, não entendia como era possível perdoá-lo rápido assim apenas por sentir seus toques carinhosos. "Eu queria... Comer o que você cozinhou de novo" ela sabia que estavam num restaurante e que Alastor não iria cozinhar ali, mas... Ele estava dizendo para que ela pedisse o que quisesse, e nada era mais especial do que a comida preparada por seu amor. 

 

 

Alastor beijava lentamente o rosto da menina, então se afastando e pegando em sua mão. Não esperava que ela pedisse algo assim. "Quer voltar para o Hotel, darling?" Entrelaçou os dedos com os dela. Não ligava se ela quisesse voltar, faria tudo o que ela queria. Iria paparica-la e tratá-la como ele deveria ter tratado no dia anterior. 

 

Charlie se achegou ao maior quando sentiu os beijos no rosto que logo afastaram, agora encostando levemente o ombro em seu peito ficando lado a lado com ele no enorme banco macio daquela mesa. "Podemos beber alguma coisa, e depois voltamos" Charlie na verdade queria um tempo com ele, não só apenas se redimirem. 

 

Alastor abraçou a pequena assim que ela se encostou nele. Queria contato com ela mais do que nunca, queria tocá-la, segurá-la e a manter grudada nele, coisa que nunca havia desejado tanto antes. "Faremos.” Ele sorriu, abraçando ela um pouco mais forte, antes de afrouxar o abraço. "O que gostaria de beber? Algo com ou sem álcool?" Alastor já sabia o que iria beber, e nem precisara pegar o cardápio... 

 

O sorriso da pequena se abria, apesar de ainda estar se sentindo um pouco insegura, devagar Alastor estava a fazendo se sentir desejada e amada novamente. "Aquele vinho, que você me indicou no nosso primeiro encontro" Ela sorriu, encaixando a cabeça no bro do maior e fechando os olhos durante o sorriso. 

 

Alastor sorriu largo e passou a bochecha sobre os cabelos loiros da menina. "É pra já, dear." Alastor chamou o garçom, nem sequer desgrudando da posição que estava com a menina. Naturalmente, o garçom chegara, olhando como o Radio Demon estava com a princesa, então... As fofocas e rumores eram reais. Alastor pediu o mesmo vinho que pedira a primeira vez para ela, e pediu um copo de Whisky para ele. O garçom anotou e saiu dali. 

 

A mão de Alastor deslizou até a outra, entrelaçando os dedos sobre a cintura da menina e se aconchegando nela. Ele sentira falta de ficar assim na noite anterior. "Senti sua falta ontem." Ele disse baixo, dando um leve beijo sobre os cabelos loiros da menina. 

 

Os olhares vinham de todos os lados, uns surpresos, outros nem tanto, até mesmo alguns faziam apostas a serem pagas nas mesas, mas... A escolha deles era mostrar ao mundo, não era? Afagando a cabeça junto da de Alastor, a princesa virou-se levemente, usando um dos braços para segurar o ombro de Alastor pela frente de seu corpo aproveitando o abraço do maior "Foi estranho sem você" Charlie completou levantando a cabeça para dar um leve beijo no pescoço do overlord.. 

 

Sentiu a pequena se virar e se afastou levemente para olha-la. A mesma colocou a mão sobre o ombro dele, e isso o fez apenas a abraçar mais forte. "Eu sei..." Disse baixo após arrepiar com o beijo dela. Suspirou acariciando levemente suas costas e dando um beijo em sua testa. Olhava para os cantos e via demônios fofocando, apontando, alguns até tirando fotos enquanto tentavam serem discretos e falhando miseravelmente. Se a situação fosse outra, Alastor iria amar, vê-los falhando de tal forma, mas... Envolvia Charlie e ele. 

 

Deveria manter a postura, por - 1 sentia falta dela e queria se redimir pelo que fez, 2 - eles decidiram isso juntos. Logo o garçom trouxera uma taça de vinho para Charlie e um copo de Whisky para Alastor, que logo pegou e deu um gole generoso.

 

"A mídia em breve vai espalhar isso" A princesa não parecia muito preocupada quando bebericou o vinho e deixou a cabeça cair sobre ombro de Alastor novamente "seria melhor fazermos um anúncio oficial logo? Tenho certeza de que Katie iria aceitar rapidamente essa informação, até porque... Se isso faz parte do plano do meu pai..." Teorizava em sua cabeça que tipo de medidas Lúcifer havia tomado, se havia pagado alguém, e se sim, quem? Se realmente estava querendo distraí-los... 

 

“Podemos... Quer fazer hoje?” A coisa toda de assumi-la como namorada era algo inesperado para o demônio de certa forma. Nunca se vira amando alguém, mas... Será que a amava? Ele não sabia dizer, pois não sabia o que esse sentimento significava ou era exatamente. Mas havia concordado com a garota, então faria o que ela desejar, com o bônus de irritar Lucifer. “Hey, darling.” Ele puxou ela com um braço, dando-lhe outro beijo sobre a cabeça. “Vai dar tudo certo.” 

 

  "Podemos" A menina concordou, logo mais sentindo o braço de Alastor a puxando e em seguida o beijo em sua cabeça. Alastor estava sendo positivo? Estava tentando encorajá-la? O mesmo Alastor que chamou seu hotel de fiasco e estava a ajudando por puro tédio? Ele estava mudando, e não percebia. Mas... Charlie não via a mudança em si mesma também, não era mais a mesma menina totalmente piedosa e otimista, era... Diferente. Só não sabia perceber o que estava acontecendo. 

 

O que acontecia com os dois. Mas de qualquer modo, ela sorriu, virando um pouco o rosto e roubando um selinho de Alastor, ignorando os flashes que começavam a aparecer "E... Quero uma dança" Ela sorriu agora encostando a ponta do nariz ao dele, coisa que não fazia há algum tempo, assim como dançar. 

 

Alastor sorriu para a menina, se ela achasse que era uma boa ideia, então ele faria. Estava disposto a fazer tudo o que a pequena quisesse naquele dia. Assim que ela roubou um selinho, ele corou levemente. Ainda não estava acostumado com demonstrações de afeto desse jeito em público. E também evitada beijar seus lábios por respeito ao que havia feito a ela na noite anterior. “Teremos nossa dança. Tudo o que você quiser, eu farei.” 

 

Pela primeira vez em toda sua vida e pós-vida, Alastor estava concordando em fazer o que outra pessoa quisesse, deixando de lado suas vontades para agradar outro alguém. Ele sorriu para a pequena e se inclinou para roubar outro beijo. “Podia dançar com você aqui mesmo.” Admitiu antes de tomar mais um gole de sua bebida. 

 

A menina então sorriu tênue, aquela sensação de que estava, apesar das circunstâncias, estava bem, era boa, a trazia um pouco mais de calmaria. Esta que tanta foi, que passando o indicador sobre a boca da taça, Charlie começou a cantarolar baixinho, como um lullaby, deixando a cabeça se encaixar no pescoço de Alastor, sentindo também a respiração do mesmo por debaixo dos tecidos, assim como os batimentos de seu coração.

 

 "Era uma vez, um dia... Qualquer como outro comum. Uma menina encontrou alguém sem igual a outro algum." Ela sorria conforme cantava, com os olhos um pouco fechados, apenas sentindo a taça e o corpo do maior "Diferente de todos e mais difícil também... Trouxe pra ela um sentimento diferente de qualquer outro, porém" 

 

Alastor ouvia a menina cantar, aquilo o reconfortava de um jeito inimaginável. Envolveu mais o corpo dela, no abraço sentindo o coração acelerar. “Porém o ‘outro alguém’ a magoou.” Ele cantarolava baixinho com o rosto colado ao dela. “Mas ele vai se acertar com ela, porque ele precisa fazer a coisa certa.”! Beijou o rosto dela. Alastor então começou a levantar, todos já estavam olhando para eles, e agora faria com que olhassem ainda mais. 

 

Ele puxou ela para seus braços estalando os dedos. Sombras saíram do chão com instrumentos, tocando uma música calma e lenta. Alastor rodou a pequena e continuou. “Ele vai mostrar para o mundo que ela é dele.” Puxou sua cintura. As fotos e videos continuavam e ele ignorava todos. 

 

Ouvir aquilo definitivamente fazia a menina se sentir um pouco melhor, era como se tudo realmente fosse um mal entendido, Angel estava certo afinal, e ajudara eles a se redimirem. E agora ali, Alastor estava aceitando mostrar a relação deles a todo o inferno, aceitando bater de frente com Lúcifer... "E a menina sabe que tudo se ajustou, que estava bem. Preparada para enfrentar tudo e mais além"

 

Ela não sentia vergonha de se mostrar em público, não depois de ter cantado e sido humilhada em rede nacional, nada superaria aquilo. Então tomava alguns passos começando a dançar lentamente com Alastor, o olhando nos olhos com um olhar brilhante de admiração por ele, um que era possível ser visto por qualquer um ali o quanto ele era importante para ela. Alguns demônios que queriam ficar em paz no restaurante reclamavam e balbuciam pragas por causa do barulho, outros até alertaram os seguranças e a dona do restaurante. 

 

“Juntos. Eles farão o impossível juntos.” Continuava a cantar enquanto acompanhava os passos da menina. Seus olhos continuavam a olha-la, perdido no brilho da pequena. Ouvia um certo alvoroço de seguranças chegando perto deles. “O que está acontecendo aqui?” Os seguranças chegavam até o casal para parar a balbúrdia. Os olhos de Alastor brilhavam agora olhando em direção aos seguranças e franzindo as sobrancelhas. 

 

Ninguém iria atrapalhar o momento deles. Ele estalou os dedos e os tentáculos apareceram do chão e seguraram os demônios. Ele sorria e continuava para ela. “Vamos mostrar para o mundo.” Cantarolava e estalava os dedos. Uma câmera apareceu do lado de alguns demônios sentados nas mesas. Katie estava dando as últimas notícias quando seu retorno mudou a imagem. Era Alastor e Charlie dançando juntos. “O QUE É ISSO?!!?!” Ela perdeu a calma logo de vez e se aproximou ao visor. “ELES?!” 


Notas Finais


Eae pessoas lindas e maravilhosas, estamos postando pouco, eu sei, mas estamos com outras prioridades por agora, mas não deixaremos de postar! eu prometo! :D

Daddy Alastor também está com encomendas abertas <3 <3 <3

Espero que todos estejam tendo uma boa semana, um beijo, um queijo e falow


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