Na segunda-feira de manhã, Jack andava com o skate bem otimista pela rua que o levava o colégio. Com o uniforme de St. Mary, seu coração estava batendo acelerado com as lembranças do Baile da Primavera. Não acreditou que finalmente conseguiu atrair a atenção da Elsa depois das tentativas. Até começou a participar dos treinos de patinação no gelo para ficar mais próximo e continuou sendo rejeitado. Só era respeitado pela loura no trabalho que a professora Tooth elaborou sobre o corpo humano. E ainda assim era menosprezado por não ser tão prestativo, embora ainda faça algo pelo grupo.
Jack e Elsa passaram a tarde do dia anterior inteira compartilhando vídeos e imagens engraçadas, e não faltou as piadas do albino. Tudo isso sem nenhum deles saírem de casa. Um dos momentos estranhos do domingo deles foi quando o pai da Elsa apareceu no quarto dela bem quando ela estava rindo bastante sobre um vídeo de pessoas caindo. Isso o deixou indignado e questionou a filha sobre do que falavam. Ela mentiu dizendo que eram pinguins brincando de no gelo. E o baile não foi só bom para eles. Kristoff ligou para ele, logo depois que estavam todos em seus respectivos lares, para agradecer pela bela noite, pois sem ele, não teria como se relacionar tão bem assim com a ruiva Corona e nem imaginar que fosse uma pessoa tão legal como pensava antes. Trocaram número de telefone e passaram a conversar com frequência.
Quando chegou ao colégio, foi primeiro cumprimentar os seus amigos do skate, parados na porta de entrada. Porém, notou que o Flynn e a Merida não estavam no meio, e eles não são pessoas que se atrasam, ao contrário do Frost.
-Ei, cadê o Rider e a DunBroch?- Perguntou.
-Estão ali, com aquele pessoal.- Eric, o namorado da Ariel, respondeu. Ele apontou para o grupo próximo ao gramado, onde as pessoas ficam durante o intervalo das aulas. No grupo, estavam Anna, Elsa, Flynn, Kristoff, Merida e Soluço. Procurou a Rapunzel ao arredores do colégio e não achou. Aproximou o grupo.
-Ei, gente. Cadê a Rapunzel?
-Era isso que eu estava contando ao pessoal…- Anna respondeu. Sua expressão não era a das melhores. -...A mãe dela morreu ontem.
As palavras da ruiva deixaram Jack em choque. Rapunzel não era uma pessoa que contava sua história. Evitava o máximo. Então poucos sabiam sobre a mãe dela, exceto pelo fato do que elas passaram por dificuldades para chegar onde estavam. A mãe dela deve ter sido uma pessoa muito importante para Rapunzel, a vez que só tinha ela como família.
-E como ficará para ela agora?
-Pelo que eu entendi, ela vai morar com a tia da Anna.- Elsa respondeu.
-Mas por quê?
-Isso eu ainda não entendi. Vou perguntar a ela depois.- Anna falou.
Foi então que um carro azul marinho apareceu na porta do colégio, que deixou as pessoas que estavam por lá curiosos. O Colégio St. Mary nunca teve a presença daquele carro. Todos pensaram que tratava-se de um novo aluno, mas uma pessoa sábia de quem era. Foi então que Rapunzel saiu daquele carro, deixando todos surpresos, uma vez que a loira nunca foi vista andando de carro por conta das suas condições.
Anna aproximou do carro para cumprimentar sua tia e dar um abraço como apoio a nova “membra” da família Corona.
-Rapunzel, depois do trabalho eu venho buscar vocês duas. Vai conhecer onde vai morar.- Arianna disse.
-Vai estar tudo bem com o seu marido, Arianna?- A loira perguntou, já que o marido de Arianna não sabe da história até então.
-Não se preocupe. Eu me resolvo com ele.
Despediu das duas e saiu, indo para o seu trabalho. Anna e Rapunzel adentraram no colégio, sendo recebidas pelos seus colegas do trabalho de Biologia, que a envolveram num abraço coletivo como uma forma de consolá-la, e retribuiu.
-Rapunzel, ficaremos sempre do seu lado.- Elsa falou.
-Exceto no banho, no fim da aula e nas aulas extracurriculares.- Jack brincou, e Elsa deu uma cotovelada de leve no tórax, o que o fez gemer, mas ainda assim ambos riram. Pareciam mais íntimos.
Rapunzel sentiu algo tocando em seu ombro. Quando virou, noto que foi o Flynn Rider.
-Você não está sozinha.
Rapunzel ficou emocionada pelo apoio que os amigos deram a ela. Lágrimas singelas saíram de seus olhos e pela permitiu que escorresse. Estava triste, mas também estava feliz. A companhia dos amigos a ajudaram muito. E nunca pensou que pudesse ser amiga de pessoas tão diferentes como eles.
-Vamos, gente. Precisamos terminar o trabalho.- Rapunzel falou, fazendo os colegas rirem por mudar de assunto, o que a fez rir. Concordaram e seguiram para a aula juntos, inclusive Kristoff e Flynn.
Contudo, nem tudo era mar de rosas. Os colegas que assistiam a cena ficaram inconformados com aquilo tudo. As meninas do basquete, as líderes de torcida e, principalmente, o time de Hóquei não entendiam como os seus membros tornaram-se amigos. E a cada momento em que esse grupo era formado, os outros eram ignorados. A relação entre eles não foi a mesma, embora ainda praticassem os esportes. E isso os deixavam irritados, principalmente Hans. Ele precisava planejar algo rapidamente, antes que perca a aposta.
…
Como de costume, Agdar e Idun estavam com o Citroen do patriarca Arendelle pela manhã a caminho da empresa. Por conta das coincidências da vida (morar ao lado, amizade das filhas e trabalhar na mesma empresa), fez com o que os dois voltassem a se falar e criar uma nova amizade entre eles. Por muitos anos tentaram ao máximo manter distância entre eles, mas o destino parece que pregou uma peça nos dois. E embora não admitem, eles voltaram a sentir atração um no outro, por mais que o passado perturbe a mente deles.
-Como passou o fim de semana?- Agdar perguntou para sua companheira do trabalho.
-Foi… Interessante…- Respondeu, lembrando dos acontecimentos. -...Eu visitei o túmulo dos meus pais com a Anna. É a primeira vez que eu os vejo depois… De tudo.
Agdar pareceu constrangido pela pergunta. Não sabe como é perder os pais, então crê que é algo muito sensível.
-Sinto muito.
-Não, tudo bem. Anna pareceu bem. Até apareceu a minha irmã lá. E nós três fomos com o carro dela no prédio onde mora.
“Então o carro azul era de Arianna.”, pensou.
-Então Anna conheceu a tia dela?
Ambos pareciam bem pela conversa e de como ela se desenrola.
-Sim. Agora só falta a... Elsa.- Antes tão a vontade, lembrou da situação em que tanto o ex-casal quanto suas filhas estavam passando. Todo o segredo que os envolve, assim como afeta os próximos.
Agdar viu a reação da colega e então falou:
-Precisamos contar a elas. Precisamos ver qual é o melhor momento.
Idun concordou e então a conversa cessou.
Quando chegaram à empresa, já foram recepcionados de forma estranha: Stoico correu em direção a eles, o que os fez acreditar que eles seriam derrubado e logo tentaram se proteger. Porém o Haddock parou antes.
-Idun, cadê a Arianna?
Quando foram voltar às suas posições, eles ficaram sem entender.
-Não sei. Por quê? Minha irmã não chegou?- Idun questionou.
-Não. O Fred não para de perguntar dela. Achamos que estivesse com você. Disse que não a vê desde ontem, e ela não dormiu em sua casa. Tentamos ligar para ela, mas só dá caixa postal.
Idun pensou em onde ela estaria. Então lembrou da situação que ela passou no dia anterior. Arianna passou a noite fora com a menina Rapunzel para levar a um necrotério. A irmã teve que levar Idun e Anna para a casa delas e depois acompanhou a loira no hospital. Contudo, isso é a única coisa que sabe o que Arianna passou. Depois disso, ela não tem ideia do que a irmã passou. Então inúmeras coisas vieram a mente dela. Foi sequestrada? Sofreu um acidente? Algo pior?
Notou que todos na empresa aparentavam estar receosos com o sumiço da chefe. Uns estavam ligando para os bombeiros sobre o desaparecimento de Arianna Corona.
Foi então que, numa abertura brusca da porta, apareceu a morena correndo rapidamente até o seu escritório, sem encarar os seus colegas, apenas cumprimentou com um “bom dia” para todos. A cena foi assistida pelos empregados, e todos não sabiam como reagir. Apenas ficaram encarando a porta em que Arianna fechou. Aqueles que estavam com telefones e celulares no ouvido, desligaram após a cena.
Dentro da sala, Arianna encontra com um Frederic mexendo no celular, ligando para uma equipe de resgate para encontrar sua esposa. Ele travou quando a viu parada em frente a porta e sem dizer uma palavra. O homem da equipe de resgate, do outro lado da linha do telefone, perguntava se o Fred ainda estava na ligação. Depois de segundos, Fred saiu do transe e então respondeu que não necessitava mais do resgate, agradeceu a atenção e desligou o telefone, voltando a encarar a morena.
-Arianna! Onde estava?- Perguntou com a voz levemente aguda e com semblante de preocupação. Aproximou da esposa e a abraçou.
-Eu preciso te contar uma coisa, Amorzinho.- Deu um sorriso amarelo, e Fred a encarou sem entender.
Depois que Arianna explicou toda a situação, encarou o marido. Ele não fez nada que pudesse chamar muita atenção, o que a morena achou estranho. Ele pôs as mãos no ombro de Arianna e perguntou, dando uma leve risada:
-Diz que isso é uma piada!
-Não é. É sério.- Deu outro sorriso amarelo.
As próximas cenas pareciam de terror. Fred pegou no próprio cabelo e começou a gritar. Foi até o bebedouro encostado no canto da sala e jogou na cara. Depois voltou para a mesa central e pareceu pesquisar algo no computador.
-O que está fazendo?- Arianna perguntou, aproximando do marido.
-Estou vendo se acho um hospício p'ra me internar.
-Ah, para…- Impediu que Fred continuasse teclando. -...Não é tão ruim assim.
-NÃO É!?...- Elevou a voz. -...DIGA-ME COMO VAMOS CRIAR UMA ADOLESCENTE, ARIANNA!?
-Damos amor e compaixão a ela…- Respondeu, e Fred a ignorou, ainda desacreditando no que ela falou antes. -...Ela é um doce, Fred. Tenho certeza que vai gostar dela.
-Bom, eu acharia isso se a minha “esposa” fosse totalmente sincera comigo e me contasse a história toda antes…- Fred fez aspas com as mãos em “esposa”, e saiu da frente de Arianna e caminhou em direção à porta. -...Vou voltar ao meu posto.- Abriu a porta e saiu, fechando-a rapidamente, quase como um estrondo. E assim, deixou Arianna sozinha, que teve que relaxar para iniciar o seu trabalho.
Fred caminhou brava até sua cabine, sem notar que tinha um público assistindo. Passou pel Somente notou quando seu grande amigo Agdar o impediu de continuar ao pôs a mão em seu ombro.
-Ei, o que aconteceu?- Perguntou preocupado.
Fred encarou Idun, que estava ao lado do melhor amigo.
-Pergunte para a mãe das suas filhas.- E foi até a cabine dele.
Agdar então encarou a pessoa ao seu lado, que o encarou sem jeito.
-Você sabe?- O ruivo perguntou.
-Bem… Sei de alguma coisa.
…
-Então foi isso que aconteceu...- Elsa falou para Anna enquanto caminhava pelos corredores. -...Então sua tia adotou a Rapunzel. Que mundo pequeno!
-Não é? E descobri tudo isso ontem, quando minha mãe e eu estávamos na casa dela.- Ambas riram.
Elsa e Anna estavam indo para o armário da loura guardar os materiais, já que encerrou as aulas. Elas conversavam sobre diversos assuntos. Estavam ansiosas pelos jogos de vôlei e o campeonato de patinação, que estão chegando, e concordavam sobre a progressão entre os pais delas. Conversaram também sobre os garotos.
-E então, parece que houve um avanço entre você o Frost.- Anna comentou com um sorriso maroto.
Elsa ficou vermelha, mas não deixou escapar.
-E você com o cara da sorveteria. O que será que vocês fazem no fim de semana quando estão trabalhando?- Anna ficou vermelha, e Elsa deu risada.
Decidiram deixar o assunto de lado depois do constrangimento que ambas passaram.
-Elsa, minha tia vem vindo levar a Rapunzel e eu para casa. Não quer vir conosco para a sua casa?- Anna perguntou, e Elsa pareceu pensar.
-Eu adoraria. Obrigada, Anna.
Foi então que algo inusitado aconteceu: o “trio problema” liderado por Hans South-Island vinha em direção a dupla de melhores amigas. Eles pareciam dispostos a fazer algo, não sabe o quê. Seus olhares pareciam como a de um lobo em dia de caça.
-O que eles querem?- Anna sussurrou para Elsa.
-Eu não sei.- Sussurrou de volta.
Ambas estavam assustadas, em especial Elsa, pois os três estavam com os olhos murados na loura. Até que os gêmeos pararam, e Hans tomou a frente.
-Olá, princesa!- Falou com seu jeito galante, encostando seu cotovelo no armário vizinho a de Elsa.
-Hans. O que quer?- A loura perguntou, levemente desconfortável com a aproximação do ruivo. Não esboçou nenhum sorriso.
-Bem, estou lhe dando a oportunidade de sair com o cara aqui.- Apontou para si próprio, como se fosse a última bolacha do pacote. Lembrou levemente o Jack, porém não era gentil.
-Eu recuso.- Assim como foi quando conheceu Jack, Elsa pegou a mão de Anna e caminhou em direção contrária, puxando-a com ela para a saída. Não queria passar mais um minuto com o ruivo, e nisso a Corona concordava. Para elas, ele e seu grupo é insuportável. Anna virou de costas e notou a cara de bravo que ele fez. Supôs que deve ter sido a primeira vez em que uma garota dá um fora nele.
“É melhor que se acostume.”
Logo quando estavam chegando perto da porta de saída do colégio, elas escutaram um último comentário do ruivo antes de cruzar o portão.
-Espero que tome cuidado com o Frost, branquela. O cara faz qualquer coisa por uma aposta.
Quando passaram pelo portão, encontraram Rapunzel e Soluço conversando sobre algo a qual elas não sabiam. O moreno viu as meninas, despediu da loira e foi andando, sem antes também despedir de Elsa e Anna com as mãos, e elas também fizeram o mesmo movimento. Rapunzel esperou as meninas aproximarem dela para falar:
-O nosso trabalho está pronto. Agora só falta apresentar para a turma.
Ela estava entusiasmada com isso, nem parecia a mesma do dia anterior. Finalmente toda aquela preocupação com o trabalho iria terminar. Contudo, Elsa e Anna reagiram de forma indiferente. Pensaram no comentário que Hans South-Island fez antes delas saírem, e a loira notou isso.
-Garotas, o que foi?- Perguntou.
-Nada…- Elsa respondeu. -...E que… O Hans falou algo estranho sobre o Jack.
-É…- Anna concordou, assentindo com a cabeça. -...Ele falou sobre “aposta”... O que será?- Encarou a albina.
-Eu não sei, mas depois converso com ele sobre isso.
Neste momento, o carro azul chegou, e de lá saiu a mesma mulher que acompanhou Rapunzel por todo o processo da mãe dela. Não estava em seu melhor estado. Seu cabelo estava bagunçado. Sua cara estava suja de maquiagem borrada e estava molhado. Parecia que tinha chorado. Será que foi por conta dela?
-Tia, você está bem?- Anna perguntou preocupada.
Arianna passou a mão no rosto para tirar o excesso de lágrimas no rosto, mas aquilo a fez borrar ainda mais a sua maquiagem.
-Não é nada, meninas. Podem ir entrando no carro que eu já as levo.
-Por falar nisso…- Anna puxou Elsa para mais perto de si e a apresentou: -...Tia, esta aqui é Elsa Arendelle, minha vizinha. Será que a senhora pode dar uma carona para ela também?
Foi então que Arianna notou a presença da loura. Assim como no caso da Anna, não pôde acreditar no que via. Quando a viu pela última vez, estava aprendendo a andar ainda. Tinha os olhos de sua irmã. Na verdade, tinha muitos traços da Idun, só o cabelo que era diferente. Era um louro quase branco de tão claro que era, assim foi como a conheceu. E não deixou de se emocionar.
-Elsa…- Deixando mais lágrimas escorrerem no rosto, desta vez por outro motivo, Arianna caminhou até a loura e a abraçou. -...Elsa! Como você está linda!
As três adolescentes ficaram surpresas.
-A senhora a conhece?- Rapunzel perguntou.
Então que Arianna lembrou. As suas sobrinhas não sabem que são irmãs. Elsa não sabe que é filha de sua irmã. Logo, para ela, Arianna não era a sua tia.
Ela afastou Elsa rapidamente e logo elaborou uma resposta para elas.
-É que… Eu sou muito amiga do pai dela. E ele uma vez me visitou trazendo a sua amiga Elsa. Lembro disso até hoje.
Pareciam satisfeitas com a resposta, exceto Elsa. Achou que ela ficou emocionada demais para quem só conhecesse por isso, mas decidiu não questionar. Talvez a mulher reaja desta forma com as outras pessoas mesmo. E então veio algo em sua mente e não queria ignorar.
-E a senhora, por acaso, conhece a minha mãe?
Travou com a pergunta. É óbvio que ela sabe, mas não poderia falar.
-Desculpa, querida. Eu não conheço. Seu pai trouxe só você naquele dia e sua mãe nunca me visitou.
Elsa ficou decepcionada, mas entendia. E as quatro enfim entraram no carro para que elas possam ir para suas respectivas casa, com Elsa e Anna no banco de trás e Rapunzel, no do passageiro.
…
Já era o terceiro copo de cerveja em que Fred tomava no bar próximo à empresa. O bar era escuro e só ouvia risadas da mesa ao lado dele. Mas ele estava sozinho, sentado na cadeira do balcão. Ainda não estava bêbado, mas queria que estivesse logo.
Não teve coragem de encarar sua esposa depois dos acontecimentos anteriores. Como que ela pôde fazer isso sem contar a ele? E a promessa de amar e respeitar um ao outro? Os votos de casamento não significam nada? E como que eles vão criar uma adolescente se nunca nem criaram um bebê? Essas perguntas rondavam a mente de Fred e ele soube como respondê-las.
Ouviu um barulho atrás dele, vindo da porta do bar, mas não deu atenção. Até que sentiu algo tocando em seu ombro.
-Está tudo bem? Nós já sabemos de tudo.- Agdar perguntou, e então notou que estava acompanhado. Fergus e Stoico estavam com ele.
Fred voltou a encarar o copo, totalmente desanimado.
-Não posso dizer que está bem.
-Ei, calma. Não precisa ficar assim…- Fergus falou, pondo-se do outro lado do amigo de infância, sentando no banco ao lado. -... Não é tão ruim.
-É? Então como vou confiar na minha esposa depois disso?- Encarou incrédulo para o ruivo.
-Ela não fez por mal…- Stoico falou, sentando ao lado de Fergus. -...Talvez ela estivesse com medo de contar a você.
-Eu entenderia, se ela tivesse dito antes.
-Sim, está certo…- Agdar falou, e os três o encararam. -...O que ela fez quebra os votos de confiança. Mas isso vai funcionar desse jeito agora. E talvez se surpreenda com o que possa vir. E lembre, nós estamos do seu lado, Fred. Se quiser, podemos dar conselhos de como criar adolescentes.
Fergus e Stoico concordaram com o ruivo, e chamaram o garçom para pegar outra garrafa de cerveja e três copos. O garçom entregou, e Fergus passou um copo para Agdar.
-Vamos beber junto com você, que a vida não é nada fácil.
Fred parecia mais acomodado, e aceitou a companhia na bebida. Não demorou muito para que eles todos ficassem bêbados e contasse sobre situações de como ser pais.
-Mas quando elas estão “naqueles dias”, vixi!- Fergus falou, e trouxe mais risadas para o quarteto da Trupe Maravilha.
-E quando, do nada, resolvem adotar um animal na rua e sua esposa o obriga a aceitá-lo, dizendo “se quiser, pode dormir no sofá”.- Stoico disse deixando a voz mais aguda, que demonstra que está imitando uma voz feminina.
-A parte mais difícil deles é quando dão uma de rebelde. Mas ainda assim é muito engraçado.- Agdar falou, tomando mais um gole da cerveja em seu copo.
Quando terminaram e pagaram as contas, voltaram juntos andando abraçando uns aos outros nos ombros. Amigos bêbados andando no meio da rua a noite. Parecia que poderia acontecer algo de errado com eles, como ser atropelados. Mas nada atingiria a Trupe Maravilha.
Foram se separando quando cada um estava perto de sua casa. Agdar encontrou com uma Elsa sentada no sofá da sala de estar, assistindo mais um episódio de Masterchef. Quando ouviu a porta abrir, virou para encará-lo. Ficou indignada.
-Pai!
-Oi… Filha.- Não pronunciava normalmente, por conta da embriaguez. E então caiu no chão e apagou.
Elsa desligou a TV e levantou rapidamente. Ficou mais calma quando viu que apenas dormiu. Tentou carregá-lo, mas não conseguia pelo peso. Então arrastou com todas as suas forças para o sofá e o deitou nele. Nunca viu seu pai chegar assim em casa, e ela nem escutou a garagem se abrir. O que será que aconteceu?
Foi até a garagem e notou que o carro realizar não estava lá. Ele veio até o lar a pé. Elsa ficou curiosa e pensou em perguntar ao pai.
“Melhor amanhã. Ele precisa dormir.”
Com isso, foi até o quarto de seu pai e pegou um travesseiro e uma coberta para ele. O cobriu, deu um beijo na testa dele e subiu as escadas para ir ao seu quarto dormir.
…
Fred tentava virar a chave para abrir a porta, mas não conseguia. Estava bêbado demais para conseguir. Então decidiu tocar a campainha.
-Querida, che-guei!- Ele falava pausadamente, sem parar de tocar a campainha e bater a porta.
Então a porta foi aberta bruscamente por Arianna, que estava incrédula ao encontrá-lo naquele estado.
-Frederic, o que é isso?...- Perguntou ao ver seu estado. -...A menina está aqui e você chega desse jeito!
Rapunzel apareceu, e então Fred a encarou. Ela era realmente parecida com Arianna, e também parecida com os desenhos que a esposa faz. Sem dúvida, ela era a mais parecida que todas as vezes em que Arianna supôs que fosse filha deles.
Fred estava estático. Não estava mais bravo como achou que estaria. Ela parecia ser realmente sua filha biológica. Ou a bebida que fez ele pensar assim.
Aproximou rapidamente da menina e deu um grande abraço, deixando a garota desconfortável.
-Fred, não a assuste desse jeito.- Puxou-o para si, afastando da menina, que estava com semblante de nojo.
Levou o marido até o grande sofá e o jogou lá, que rapidamente adormeceu. Arianna suspirou. No dia seguinte será bem difícil para ele, ela acredita.
Encarou a loira, que estava assustada. Aproximou dela e a abraçou de lado.
-Vá dormir. Amanhã, ele vai ser ver comigo.
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