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História Family - A Procura - História escrita por PrincesaDoFogo - Spirit Fanfics e Histórias
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História Family - A Procura


Escrita por: PrincesaDoFogo

Notas do Autor


Oi, pessoas. Perdoe-me pela demora. Desta vez eu estou mais livre para continuar escrevendo, então os capítulos apareceram com maior frequência.
Depois do sumiço de Elsa e Rapunzel no capítulo anterior, veremos o que aconteceu depois de todo o drama causado pelas duas. E mais algumas coisinhas (visto que a capa dar um certo spoiler para o capítulo, mas é que eu estou sem criatividade para criar capas coerentes e sem spoiler).
Agradeço pelos comentários do capítulo anterior e espero que gostem desse.

Capítulo 24 - A Procura


Fanfic / Fanfiction Family - A Procura

Agdar esperou a polícia retornar com o chamado. Olhou ao relógio exposto na parede.

-Dois minutos… Quanto tempo eles vão demorar?!

Visto que, para ele, a polícia estava demorando demais, decidiu sair ele mesmo, mas ao abrir a porta, deu de cara com Idun e Anna, ambas preocupadas.

-Eu preciso conversar com a Elsa.- Anna disse, entrando na casa dos Arendelle.

Agdar não falou nada, mas estranhou o fato da ruiva ter sido tão apressada em querer conversar com a loura no meio da noite.

-Oi, Agdar… -Idun a chamou. -...Anna e eu ouvimos gritos vindos daqui. Aconteceu alguma coisa?

Engoliu em seco antes de anunciar:

-Ela fugiu.

-O QUÊ?!- Exclamaram em uníssono.

-Fugiu por quê?- Anna perguntou.

-É que…- Coçou a cabeça. -...Eu propus que nos mudarmos. Ela estava muito mal no colégio.

-POR QUE VOCÊ FEZ ISSO?!...- Anna questionou, já alterada por possivelmente perder sua melhor amiga. -...Esquece, vamos procurá-la!

-Ligou para a polícia?- Idun perguntou, acompanhando Anna.

-Já, uns três minutos. Acho que está demorando.

-Então podemos procurar nós mesmos, não é?

Agdar concordou. É melhor que vão em grupo. Achariam sua filha mais fácil.

-Vamos.

No meio da noite, Arianna e Fred, acompanhados da família DunBroch e Haddock, tentam procurar por Rapunzel nas ruas mais escuras da cidade, depois de deixarem os carros próximos. Assim como o patriarca Arendelle, eles também chamaram policiais para procurá-la, mas seguiram eles mesmos para procurar pela menina. Tinha umas ruas que eram mais escuras, e precisaram de lanternas do celular para procurá-la.

Soluço e Merida andavam na frente de seus pais, sob a supervisão deles, enquanto os adultos conversavam sobre o ocorrido.

-A filha do Arendelle também fugiu?- Stoico perguntou, supervisionando seu filho.

-Ele contou que sim.- Respondeu Fred.

-Que ótimo!...- Elinor falou ironicamente. -...Não basta ter que procurar uma criança, agora temos que achar duas. E vocês dois não vão se perder, hein!- Falou para os adolescentes a sua frente.

-'Tá bem, mãe. Não somos idiotas…- Disse Merida, bufando. -...E você já perdeu os meninos naquele parque, esqueceu?

-Foi culpa do seu pai, e eu estou evitando isso, mocinha!

-EI!...- Fergus exclamou. -...Como assim minha culpa!?

-Você devia ter ficado de olho quando Merida e eu fomos comprar o cachorro quente. Lembra?

-Eu tava comendo o meu hambúrguer, ora.

-Isso por acaso é desculpa!?

Enquanto os adultos ouviam a discussão do casal DunBroch, sua filha apenas revirava os olhos e voltou a virar para frente.

-E ainda deixou os gêmeos em casa. Vão bagunçar tudo lá e vai sobrar p'ra mim depois…- Falou para si, mas vou que Soluço havia escutado. -...Desculpe pela minha mãe. Ela adora me fazer passar vergonha.- Disse para o moreno. 

-Tudo bem. Eu gosto dos seus pais. Eles são divertidos.- Falou com um sorriso para amenizar a situação.

E ele estava sendo sincero. Ele lembra nas visitas dos DunBroch na casa dos Haddock eram sempre energizantes e engraçadas. Fergus DunBroch sabia fazer todos rirem de suas loucuras do dia a dia, e Elinor ficava horrorizada de tudo o que o marido falava E também gostava de como os dois, apesar de tão diferentes, se completavam como Ying e Yang. Além dos irmãos da ruiva que eram os seres mais malucos que ele já conheceu.

Merida não sabia se ficava feliz ou mais vermelha que os próprios cachos.

-E-e…- Gaguejou, então tentou tomar um pouco de ar para se acalmar. -...Você acha que vamos encontrá-las?

-Espero que sim. Mas acho legal saírem todos juntos. Meus pais gostam da sua família.

-Os meus também gostam.

-E é legal também ver que não estamos sozinhos, né?

Merida olhou para ele, e então entendeu. Soluço parecia triste, algo até que rotineiro para ele. Sempre ficou sozinho no colégio enquanto que ela tinha as meninas do basquete. E o Soluço é filho único, então além de ficar sozinho no colégio, ficava em casa também.

-Não se preocupe. Você não ficará mais sozinho. Somos uma família agora.

Soluço ficou surpreso com o que a ruiva rebelde disse, mas ficou feliz em sequência. Uma família é tudo para ele.

Enquanto os dois conversavam, mal notaram os olhares vindos atrás deles.

-Eles formam um belo casal- Disse Valka para Elinor, ao seu lado.

-É, são muito fofos. Até parece nós quando jovens.

Merida ouviu isso e ficou vermelha de novo, enquanto o Soluço só ria da situação, juntos aos adultos atrás deles.

Com o carro a duas quadras, Agdar e Idun andavam lado a lado, enquanto eles supervisionavam Anna a frente. Todos preocupados com o que poderia acontecer com a jovem Elsa, mas isso não tirava do assunto tratado minutos atrás e que deixou a morena brava.

-Você ia levá-la para longe de novo!?- Falou baixo, para que sua filha não a ouvisse.

-Ela estava mal. Era o melhor que poderia fazer.

-Afastá-la de mim!?

-A ideia do divórcio foi sua.- Provocou..

Idun bufou.

-A discussão vai sempre ser essa, então?

-Vai. Ela é minha filha e…

-E minha também…- Já se formavam pequenas lágrimas em seus olhos. -...E eu senti muita falta dela.

As lágrimas escorreram no rosto da morena enquanto ela abaixava a cabeça. Limpou o rosto e continuou olhando para frente. Agdar ficou constrangido pela sua atitude. Não queria fazê-la chorar.

-Me perdoe. Eu… Entendo o seu lado. Senti muita falta da Anna também. Uma filha não substitui a outra.

-Então será que podemos parar de falar nisso e…

-Kristoff!- Anna gritou, interrompendo a discussão do ex-casal.

-Kristoff?- Perguntaram em uníssono, encarando a menina.

Foi então que viram um menino alto e largo, com pele clara e cabelo loiro, acompanhado de um menino mais baixo e de cabelo escuro. Os dois estavam acompanhados de uma mulher bem baixa, com cabelos escuros e vestes de tons de verde.

-O que estão fazendo aqui?- Anna perguntou para os dois meninos.

-Soubemos que a Rapunzel fugiu. Estão procurando por ela?- O moreno falou, e Anna ficou confusa.

-Rapunzel? Não, estamos procurando pela Elsa.

-Espera, a Rapunzel fugiu também?- Idun perguntou para o menino. Anna também perguntou o mesmo.

-E quem são vocês!?- Agdar perguntou, ligeiramente incomodado com a presença de dois estranhos.

Kristoff coçou a cabeça antes de se apresentar:

-Eu estudo com a Anna, e esse é meu irmão, José. Também estuda no colégio.

-Meu nome é Flynn Rider!- Corrigiu Rider. Gosta de ser chamado de Flynn Rider, embora todos do colégio sabe do seu nome por conta da lista de chamada.

-Meu nome é Bulda*, e estes são meus filhos. Viemos ajudar.- Disse a mulher, pegando no braço dos filhos.

Agdar e Idun trocaram olhares, visivelmente curiosos sobre os estranhos. Mas não eram os únicos.

Um carro vermelho vibrante apareceu e parou perto do grupo, do outro lado da rua. De lá saiu cinco pessoas: Um homem de longa barba branca, uma moça de cabelos coloridos, um homem baixinho de roupas amarelas, um homem alto de vestes cinzas e um garoto da idade da Anna, com cabelo bem branco.

-Norte!- Disseram todos presentes.

Os cinco receberam todos com um sorriso.

-Soubemos o que aconteceu com a Elsa e a Rapunzel.- Falou a moça de cabelos coloridos.

-Como souberam disso?- Anna perguntou.

-Os DunBroch nos contaram. Eles estão com os Haddock ajudando a encontrá-las.- Norte respondeu, que fechou o carro depois de todos saírem dele.

O menino de cabelos brancos aproximou da família. Assim que viu o patriarca Arendelle, ficou tão assustado que não sabia o que falar. Por outro lado, Agdar pareceu confuso e nem um pouco contente.

-Eu te conheço…- Falou, e o menino começou a gaguejar e a tremer.

-Oi-oi… Vo-você dever s-ser o senhor Aren-rendelle…- Esticou a mão, trêmula, para cumprimentar, mas Agdar não estava amistoso para um aperto de mãos.

-Por que será que eu não estou gostando de você?- Disse, e deixou o louro mais nervoso com a sua presença.

-Ele é o Jack. É colega da sua filha.- Disse Norte.

-Ele esteve presente naquele velório.- Idun falou para ele, e então Agdar se lembrou.

-Ah, sim! E minha filha não gostou da sua presença naquele dia…- Foi se aproximando do louro, nem um pouco feliz. -...O que você fez com ela!?

-Se-senhor, desculpe!- Jack falou, se afastando.

-Arendelle, para!- Norte pediu, acompanhado dos seus colegas de trabalho.

-Agdar, para. Isso não vai ajudar!- Idun falou.

Mas então o ruivo se lembrou. Lembrou do momento em que a morena foi conversar com ele e não parecia feliz, dos momentos em que ela e sua filha trocavam segredos e que ela tentava desconversar ou mudar de assunto sempre que falava da situação. Ele já não olhava para o Jack, e sim para sua ex-esposa.

-Você sabe de alguma coisa, não sabe?- Perguntou para ela, que então passou a ficar mais nervosa com a situação.

-Não mude de assunto…- Tentou falar, mas ele não deixou.

-Você ficava conversando com a Elsa às escondidas, não ficava?

Aquela fala deixou Anna curiosa, que não entendia o que estava acontecendo.

-É verdade, mãe?

Todos encararam a imagem de uma Idun desesperada, que não sabia como se explicar. Mas tinham problemas maiores.

-Vamos nos concentrar em achar as meninas, por favor!- Pediu Tooth

Agdar pareceu ficar bravo por precisa ouvir aquilo, mas ele tinha que concordar que discussões não ajudariam na situação em encontrar sua filha.

-Ok, mas isto ainda não acabou.

O grupo se dividiu em dois para facilitar a procura da Elsa: Um grupo composto por Norte, Aster, Agdar, Idun, Anna e Jack e outro, composto por Kristoff, Flynn, Bulda, Sandy e Tooth.

Por outro lado, o grupo composto pelos Haddock, DunBroch e Corona voltaram para os carros e rodaram mais duas vezes, visto que não conseguiram encontrar Rapunzel por onde estavam. Foram até a parte mais central da cidade.

No carro com seu marido e com os pais Haddock, Arianna ligava várias vezes para Rapunzel, sem sucesso. Aquilo a deixava cada vez mais frustrada.

-Por favor, atende…- Falava com o celular no ouvido, mas a ligação caiu mais uma vez para a caixa postal. -...Que droga!

-Talvez não tenha sinal onde ela está.- Fred disse enquanto olhava a rua com uma certa dificuldade, pois estava escura.

-Não, tenho certeza que ela está chateada comigo…- Disse. -...A polícia disse alguma coisa?- Perguntou para os Haddock que estavam no banco de trás.

-Não detectaram nada, nem o celular dela.- Valka disse, desligando o celular de sua mão.

Enquanto eles prestavam atenção nas ruas, o carro atrás deles, dos DunBroch, Merida tentava evitar mais constrangimento na presença do Soluço, o que era difícil pois seus pais não deixavam.

-E então, jovem Haddock, quais são as suas intenções com a minha filha?- Perguntou Fergus, com os olhos para frente e as mãos no volante. Olhava para o moreno pelo retrovisor do meio, parecendo bem sério, o que o deixou assustado.

-Pai, para! Não 'tá acontecendo nada!- Merida falou, cobrindo sua cabeça com as mãos.

Elinor bateu de leve no braço do marido, enquanto que dava uma risada acompanhada de seu marido.

-Para de assustar o menino, Fergus…- Disse para ele, mas logo falou para os menores no banco de trás: -...Mas se vocês dois estiverem num relacionamento sério, tudo bem. Inclusive apoio!

-MÃE!

Soluço ficou levemente corado com a “suposta” sugestão dos DunBroch. Mas ria de como Merida ficava envergonhada. Um dos motivos de gostar tanto da família da ruiva era o bom humor.

Merida notou o riso do moreno e deu uma cotovelada na região da costela, fazendo-o gemer um pouco, e desta vez ela começou a rir e escondia a risada com as mãos. Então ambos riam da situação, enquanto que Fergus e Elinor achavam aquilo tudo encantador. A matriarca até se lembrou de como ela e seu marido se provocavam quando eram mais novos.

De volta ao carro da frente, Fred já sentia a exaustão tomando conta de seu corpo. Os olhos ardiam de sono e seus membros se sentiam mais cansados. Ele estava tão sonolento que não notou um indivíduo desconhecido correndo e indo para frente do carro.

-FRED, CUIDADO!- Arianna gritou, e então ele "acordou" e de reflexo jogou o carro para o lado da calçada e parou o carro, e quase invadiu o quintal do vizinho.

O menino a sua frente se assustou com o carro. Não tinha notado a presença do veículo quando cruzou a rua, e a luz da lanterna o surpreendeu. Talvez aquilo o ensine a sempre olhar o carro na rua.

O carro atrás deles parou, enquanto que as pessoas do primeiro veículo saíram para ver como estava o garoto.

-Menino, você está bem?…- Valka perguntou, e ele confirmou com a cabeça. -...Devia olhar melhor por onde anda!

Os DunBroch saíram de seu veículo com Soluço para ver o que tinha acontecido, da mesma forma que um grupo aproximou do menino.

-Filho, nunca mais faça isso!- Uma mulher mais velha disse brava. Imaginaram que ela estava preocupada com o menino.

Então que os adolescentes perceberam aquele menino, muito conhecido por eles.

-Rider?- Disseram em uníssono.

-Oi.- Disse envergonhado pelo que fez.

-Está procurando pela Rapunzel também?- Merida perguntou.

Os adultos se questionaram sobre o conhecimento de Merida e Soluço, mas imaginaram ser do colégio, visto que estava com os professores.

-Estamos…- Tooth respondeu. -...Vocês devem ser os pais dela, não?- Apontou para Arianna e Frederic, que confirmaram com a cabeça.

-E estamos muito preocupados com ela.- Arianna contou.

-Mas sabem o que aconteceu com ela para querer fugir?- Kristoff perguntou.

-Bem…- Fred falou. -...Ela estava um pouco chateada com nós dois. Talvez não quisessem ficar conosco. Mas achamos que ela queria um lar.- Saia lágrimas nos olhos dele e de sua amada.

"Lar"... A palavra martelou na mente de Rider. Lembrou de uma vez que conversou com a "loirinha" quando sua mãe Gothel era viva.

-Eu sei onde ela está!- E correu em direção ao centro, deixando os outros presentes confusos.

-Onde pensa que vai?- Bulda gritou, mas a essa altura Rider já não tinha ouvido mais sua voz. Como se não bastasse se preocupar com Rapunzel e Elsa, agora eles devem se preocupar com mais um adolescente perdido em Minneapolis.

Sussurros, lágrimas, soluços, poeiras. Estava lá, encolhida num canto, com a cabeça deitada nos joelhos enquanto abraçava as pernas. Não se limpava aquilo desde a morte de Gothel, mas Rapunzel ainda sentia que é ali que ela pertencia, junto a poeira do prédio abandonado. Ela tinha lido uma vez que todos os seres vivos são meras poeiras do espaço e do universo. Nada mais justo do que ficar com os seus iguais, até porque ali foi seu lar desde que saiu do orfanato. Sempre foi o seu lar, não o orfanato nem o apartamento dos Corona. Seu prédio, sua casa.

-Olá!

Levantou a cabeça e procurou pela voz, e na sua frente tinha uma luz a cegando. Ficou assustada e tentou procurar por algo que a protegesse. Achou uma… Frigideira?

Ergueu a "arma" e ameaçou o indivíduo que estava aproximando dela.

-Espera, loirinha. Sou eu!- Mirou a luz em seu rosto, mostrando quem era o desconhecido.

-Flynn!- Exclamou surpresa, abaixando o objeto. Suspirou, ficando mais calma.

-Achou que era quem?- Sorriu de lado, e Rapunzel apenas negou com a cabeça.

-Não importa.

-Sabia que está todo mundo te procurando? O pessoal do colégio, os professores, o diretor, seus pais…

-Eles NÃO SÃO meus pais.- Disse, expressando raiva em sua voz, deixando o moreno chocado com a menina.

Rider sentou no espaço vazio que tinha entre a loira e um monte de apostilas velhas e empoeiradas.

-Está tudo bem? O que aconteceu?- Encarou seu rosto, mas ela somente encarava o chão.

-Ela… Ela me contou que é a minha mãe biológica!

-Espera, quem?- Perguntou claramente confuso.

-A mulher que estava comigo, que você disse que é a minha mãe. Ela disse que é a minha mãe biológica.- Encarou o menino, que pareceu entender.

-E isso não é bom? Significa que você achou sua família...

-Não, isso não é bom…- Cortou-o, e voltou a encarar o chão. -...Significa que ela só quis cuidar de mim porque acreditava ser a sua filha sem nenhuma prova. E mesmo que seja verdade, significa que ela me abandonou!

-E ela não disse o motivo disso tudo?

-Disse, mas…- Suspirou pesadamente, lembrando da história de Arianna. -...Ainda não acredito nisso. Dizer que é para meu bem...

Rider então se calou, deixando Rapunzel quieta em seus pensamentos. Mas via pelo olhar dela fitando o chão que estava infeliz. Deve ter sido uma conversa que não rendeu boas histórias. Gostava dela demais a ponto de fazê-la ou deixá-la triste, então pensou algo de improviso que talvez a fizesse rir. Algo ritmado, como rap.

-Querida Rapunzel, não precisa mais chorar…- Rapunzel virou seu rosto para encará-lo. -...Você é a mais linda que cresceu nesse pomar. Este lugar é pequeno, contrário ao seu coração. Este mundo é todo seu e todos te amarão!

Rapunzel começou a rir do pequeno (e fofo) gesto para demonstrar a sua afeição por ela. Sempre se deram bem por situações que passaram em comum. E ele sabia fazer uma garota sorrir.

-Se ser amada fosse motivo para explicar o que eles fizeram.- Disse num tom irônico, com um pequeno sorriso de lado, que foi se desfazendo.

Rider pensou em outra maneira. Uma talvez mais… Sincera.

-Olha, Rapunzel…- Segurou delicadamente o queixo da loira para que ela o encarasse. -...Não digo que eles são boas pessoas ou que estão certas, já que eu não os conheço. Mas conheço várias histórias de pessoas que fizeram escolhas difíceis para ver qual seria a que menos teria arrependimento. E pode ser o caso deles. Eu não posso dizer da minha história, não sei nada dos meus pais.

-Talvez seja até melhor, não saber quem é.- Desviou o olhar, mas Rider trouxe de volta a sua atenção.

-Mas eu quero que saiba que eles estão preocupados. Eles te amam sim. Estavam até chorando por sua ausência.

-Ah é?- Saiu como um suspiro baixo, olhando para os charmosos olhos castanhos do seu amigo.

Ele afirmou com a cabeça.

-E eu não creio que seja porque você é filha biológica, mas porque você é uma filha para eles. Uma filha talentosa, carismática e inteligente…- Deu um sorriso que encantou a loira. -...A melhor filha que eles poderiam ter.

Rapunzel não sabia o que dizer, apenas encarava os olhos de seu companheiro. Seu coração começou a bater mais forte quando desviou o olhar para a direção dos lábios de Rider. Ele, entendendo a mensagem, lhe deu o consentimento para beijá-lo.

Seus lábios se colaram e, pela primeira vez, dividiam um momento único e só deles. As mãos de Rider segurava as bochechas da Rapunzel de forma leve enquanto que a loira abraçou o pescoço do moreno. Quando separaram, Rapunzel ainda ousou em dar um selinho em Flynn, para começar a esquentar novamente. As mãos dele iam para os longos cabelos dela, acariciando-os como linhas de ouro, enquanto que ela já estava bagunçando as madeixas marrons dele. Quando separaram mais uma vez, Rapunzel riu de como o moreno parecia o Sonic marrom, com o cabelo para o alto.

-Pô, o gel 'tava segurando o meu cabelo!- Comentou, fazendo a loira rir mais ainda.

-Está bem bonitão!- Disse de forma irônica, e o fez rir junto.

Encararam-se, não mais pensando em como falar um para o outro o que deseja. Depois de meses escondendo o sentimento, finalmente estavam cientes de quem o outro gosta.

-Bom, acho melhor sairmos daqui. Devem estar esperando por nós.- Rider disse, levantando e oferecendo a mão para ajudar Rapunzel a fazer o mesmo, que aceitou.

-Ok, mas antes venha comigo, Flynn.

-Para onde?- Ele perguntou.

-Só me acompanha.

Apesar de querer questionar, ele olhou fundo nos olhos dela e viu que ela precisava de ajuda para uma coisa. Decidiu fazer o que seu coração achava certo.

-Caramba, onde eu estou?- Elsa se perguntava, andando pelas ruas da cidade. Achava que conhecia o lugar em que vive, mas a noite é uma caixa de surpresas. Algumas ruas sem saída a deixavam assustada e outros lugares mal iluminados davam um claro de filme de terror que tanto odiava ver. Ela já se questionava se fugir foi a melhor opção.

Ainda estava chateada com o seu pai. Contudo, não era surpresa nenhuma em querer se mudar. Todos os anos eram a mesma coisa. Mas ela nunca foi rebelde em querer discordar do pai, pois desta vez ela estava defendendo o seu lar, as suas amizades. Única vez que ela conseguiu dizer que estava "em casa" de fato. Mas as ruas já a assustavam.

Ouviu um barulho atrás dela, e se virou depressa. Breu. Não enxergava nada além da escuridão. Cadê as luzes? Onde ela está?

Um puxão em seu braço foi o suficiente para começar a gritar de medo, tentando combater o ser que estava desaparecido na noite.

-Para, caramba. Sou eu!

-Jack!

Então uma pequena lanterna de celular iluminou o rosto do albino, que estava com um sorriso travesso. De todas as brincadeiras, aquela foi a pior.

-Que susto, idiota!- Bateu bem forte na cabeça dele, que não largava seu braço.

-Desculpa. Não foi a intenção. Ai!

-Então por que 'tá rindo?!- O tom da voz demonstrava irritação.

-Porque estou feliz que está bem. Aqui é perigoso para ficar sozinha.

-Mas você está aqui sozinho.

-Sozinho?- Riu.

Então ela ouviu mais vozes, vindo atrás do Jack. Viu lanternas mirados neles, e depois conseguiu reconhecer os rostos. Era seu pai, Anna e Idun. Elsa pensou em correr pelo lado oposto, mas o albino não deixou. Agdar chegou e abraçou sua filha, empurrando Jack que ficou indignado.

-Ainda bem que está bem!- Disse.

Mas Elsa rapidamente empurrou seu pai.

-Desculpa, pai. Mas não!

-Elsa!- Idun chamou.

Elsa correu até ela e Anna, e aquilo deixou seu pai de queixo caído. Desprezado pela própria filha.

-Ele quer me levar embora!- Abraçou as duas.

-É, ele contou para nós.- Idun falou.

-Nós não vamos deixar!- Anna se apoiou em sua mãe e sua melhor amiga.

Enquanto isso, Agdar apenas assistia a cena perplexo, sendo totalmente ignorado e exibido como vilão da história da filha. Jack, ao seu lado, tentava disfarçar o riso com a mão, mas não conseguiu, e o Arendelle notou.

-Está zombando de mim, garoto?- Agdar se irritou com o menino.

Jack pigarreou, tentando disfarçar.

-Não, senhor.

-É bom, porque a nossa conversa ainda não acabou.

-Que conversa?- Elsa perguntou.

Os dois notaram que as mulheres estavam com os olhos mirados neles. Elsa não parecia feliz com aquela história, conhecendo o jeito de seu pai. Ficaram sem graça ao receber atenção que não imaginavam.

-É melhor voltarmos para casa, filha.- Agdar tentou fugir do assunto, mas Elsa nem discutiu sobre isso. Mas não fugiu do outro.

-E nada de mudança, certo?- Perguntou arqueando a sobrancelha, esperando uma resposta positiva.

-Depois vemos isso, lá em casa.

-Não se preocupe, Elsa…- Anna falou com um sorriso. -...Estaremos ao lado dele tentando convencer do contrário.- Piscou para sua mãe, que fez o mesmo gesto em resposta.

Elsa riu, e aquilo fez seu pai pensar sua atitude brusca de querer a mudança, visto que ela era de fato amada pela irmã.

E pela mãe dela.

Depois de uma procura sem sucesso, o grupo formado pelos DunBroch, Corona, Haddock e mais os outros já estavam desistindo. Tinham recebido a mensagem de que a Elsa já foi encontrada e estava voltando para casa. E então eles cogitaram voltar para casa.

-Mas ainda não os achamos.- Arianna falou, perseverando na busca.

-Talvez seja melhor deixar a polícia continuar com a busca...- Valka sugeriu, apoiando-se em sua amiga preocupada. Encarou a mãe de Rider, que pareceu concordar. -...É o melhor que podemos fazer, por ora.- Olhou para seu filho, que estava extremamente cansado. Ele ainda tinha aula no dia seguinte, assim como seus amigos.

Arianna então concordou e todos foram para os seus respectivos lares.

Quando o casal Corona chegou no apartamento, notaram algo estranho. Não lembravam que tinham deixado a porta principal aberta.

-Eu achei que tinha trancado.- Fred comentou.

-Será que é assalto?- Arianna pensou, preocupada.

Ambos se prepararam para entrar caso tenha sido o que ela imaginou, mas quando entraram, tudo estava normal. Até então não parecia nem que tinha sido algo grave. Arianna foi até o quarto de Rapunzel e então entendeu o que aconteceu.

Sua mochila e sua carteira não estavam lá. Rapidamente lembrou do que disse para a loira e foi até a geladeira. Fred não estava entendendo.

-O que aconteceu?

Arianna se estendeu para mexer no alto da geladeira e de fato aconteceu o que imaginou.

-Rapunzel esteve aqui!

-Como?- Ele não tinha acreditado.

-Rapunzel passou aqui antes que chegarmos, e ela roubou nosso dinheiro da geladeira.- Respondeu, com um misto de assustada com brava.


Notas Finais


Ficou um capítulo grande, eu sei. Até que compensa depois tanto tempo sem escrever.
*Bulda é uma personagem que aparece em Frozen. Ela é o troll que adotou Kristoff, e nessa fanfic ela é (além de humana) mãe adotiva dele e do Rider. Sim, ele são irmãos adotivos, mas eles não têm traço sanguíneo.
Espero que tenham gostado dos casais do capítulo. Estava devendo Flynzel e nunca desenvolvi eles de um jeito que valesse a pena. Foquei tanto em Jelsa e Agdun (e alguns vezes Mericcup e Hicstrid) que os outros ficaram em segundo plano. Eles merecem o devido valor. E farei isso com Kristanna também.
Por falar em Agdun, estava pensando em alterar de Agdar e Idun para Agnarr e Iduna, respectivamente, e o motivo é a oficialização de seus nomes depois que saiu Frozen 2. Ou preferem esses nomes mesmo? O shipp atual seria #Agduna. Preferem esse ou o outro mesmo?
Bem, espero que tenham gostado do capítulo como um todo: do drama, das partes românticas, da situação entre o pai da Elsa com o Jack (uma hora ele vai ser pego kkkkkk). Enfim, espero que tenham gostado. E podem contar o que acham. É muito bom saber o que vocês acham.
Hasta la vista, babies!


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