O barulho característico do motor de carro aproximando-se denunciou a chegada da progenitora em casa. Era um sábado à noite, Ochako estava acabando de chegar de seu trabalho, enquanto Katsuki já estava se arrumando para sair. Enquanto isso, Hina e Haru assistiam a um filme que o mais novo tinha baixado. O filme era "Os Incríveis 4". A bola preta peluda estava debaixo dos pés deles, aproveitando o carinho feito pelos dedos do pé da menina. Shine já estava velhinho e mal se movia.
Uma Uraraka extremamente contente passou pela porta, dirigindo-se aos filhos para dar um beijinho na cabeça de cada um. Haru pausou o filme para que os três fossem jantar. Katsuki tinha feito sushis para um batalhão. Quando todos estavam sentados, Ochako puxou o ar para falar.
— Pessoal, tenho uma notícia — anunciou, sorrindo. Katsuki se virou bruscamente para a esposa, os olhos arregalados em desespero e a mão tremendo.
— Não me diga que está grávida de novo! — um segundo de silêncio se fez enquanto todos observavam o que Ochako diria.
— Quê? Não! Não é isso!
— Ainda bem! — o loiro suspirou — Essa era a última notícia que eu precisava nesse dia de merda…
— Ah, um bebê seria legal — Hinazuki ponderou. — Nós somos tipo a Família Incrível, né?
— Só falta um Zezé — Haru completou o pensamento da irmã, olhando sugestivamente para os pais.
— Nem pensem nisso! Essa fabrica aqui já fechou! — a mulher ergueu a mão, dando o assunto por encerrado. — O que eu ia dizer é que…
— Mãe, por que não? Eu gosto tanto de bebês! São tão fofinhos — Hina perdeu-se em pensamentos sobre o assunto, assumindo uma expressão sonhadora.
— Pode esquecer! Você é muito nova pra pensar nessas coisas! — num pulo Katsuki levantou, apontando para a filha. — Não deve imaginar nem de onde vem os bebês, quanto mais pensar sobre eles!
Haru e Hina soltaram risadas altas com a frase do pai.
— Pai, não é como se eu não soubesse o que é sexo — a menina retrucou, levando um sushi até a boca com a ajuda dos hashis.
— E nem como se nunca tivesse feito — Haru murmurou, mas alto o suficiente para que o pai escutasse. Nesse momento o rosto de Katsuki empalideceu e seus músculos se retraíram. As frases não se formaram direito em sua garganta e ele balbuciou muitas coisas sem conseguir formar nenhuma frase em específico.
— COMO ASSIM?! — gritou finalmente, correndo até a filha e agarrando seus ombros. — BAKUGOU HINAZUKI, O QUE ISSO SIGNIFICA?!
Em menos de dois minutos, a cozinha virou um completo caos, com Katsuki e Hina gritando alto um com o outro e Haru às gargalhadas, limpando as lágrimas que caíam de tanto rir. De quebra, Shine tinha chegado e latia alto para todo aquele barulho.
A única que permanecia calada era Ochako, tentando controlar a vontade de agredir todas as pessoas presentes.
— Eu só ia dizer — sussurrou, para si mesma — que serei comentarista no Festival Esportivo desse ano.
E levantou, saindo sem se preocupar com o que resultaria aquela discussão.
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