História Family Is Power - Justin Bieber - Capítulo 2

Faz um mês que estou na Califórnia e iniciei meus estudos na faculdade. Me sinto uma pessoa totalmente diferente em tão pouco tempo. Conheci pessoas boas, como o Thomás e a Judith, que são meus grandes amigos de classe e que vivem comigo. Me sinto extremamente em meu lar, no meu apartamento, consegui deixar do jeitinho que eu queria e prefiro ficar nele do que sair para qualquer lugar. 

Único ponto negativo desses últimos dias é que estou doente. Não sei exatamente do que, mas me sinto enjoada na maioria do tempo e meu corpo tá inchando. Karlie como uma boa amiga preocupada, está vindo para cá.

Saio do banho enrolada na toalha assim que escuto meu celular tocar e atendo, vendo o nome da minha melhor amiga no visor.

-Cheguei em Califórnia, vadia! - ela fala animada e eu rio de sua animação. 

-Vou te enviar o endereço.

-Tudo bem, chego aí rapidinho, se vista pois iremos ao médico, ok?! Não quero você doente por muito tempo e já estou ficando paranoica com esses seus vômitos. 

-Paranoica? Como assim? - pergunto confusa e ela finge uma tosse.

-Chego aí em breve! - e então a mesma desliga o celular na minha cara, bufo e envio o endereço para a mesma, já começando a me vestir. Coloquei uma calça jeans e um Cropped soltinho, queria ir confortável. 

Ding dong. Escuto a campanhia e corro para abrir, sou surpreendida por um abraço super apertado.

-Meu Deus, eu estava morrendo de saudades! - Karlie grita animada e eu concordo, a abraçando forte e pulando com a mesma.

-A viagem foi boa? - pergunto assim que fecho minha porta e a mesma entra, olhando cada canto do apartamento.

-Foi ótima, dormi toda a viagem. - ela fala dando de ombros. - amei o apartamento, não vejo a hora de dividir ele com você! - Ela fala se virando animada e estendendo a mão com um envelope na mão. A olho confusa, mas já desconfiada.

-Não brinca…-Falo sorrindo e puxo o envelope da mão da mesma, sendo rápida em abrir e ler o papel em voz alta. - “parabéns, você foi aprovada na faculdade de moda de Los Angeles, Califórnia…” MEU DEUS! - Grito animada com a mesma e começamos a pular em comemoração. Mas logo paro, me sentindo completamente tonta e enjoada.

-Você tá be…-Não espero Karlie terminar de falar e corro para o banheiro, me estendendo na privada e colocando todo meu café da manhã para fora. Sinto as mãos da mesma segurando meu cabelo. - Puta merda, isso não é normal, Hope. 

Depois de me recompor, saímos do apartamento e pegamos um táxi, indo em direção ao consultório na qual Karlie marcou consulta. Me sentia nervosa, algo ruim me dizia que vinha uma bomba na qual eu não estava preparada para receber. Seria um câncer? Uma doença crônica? Me sentia assustada só em pensar. 

Depois de quase 3 horas fazendo diversos exames, finalmente estávamos entrando na sala do doutor com o resultado dos exames. 

-Qual das duas é a Hope? - O médico pergunta encarando alguns papéis em sua mão e eu levanto a mão, sentada ao lado de karlie, de frente para o médico. - ótimo, posso ser direto?

-Claro, doutor. - Falo engolindo em seco.

-Parabéns querida, você será mamãe. 

E então, senti meu mundo desabar mil vezes em questão de segundos. Essa foi a frase na qual eu nunca esperaria ouvir. Essa foi a frase que me fez ter uma queda de pressão tão grande ao ponto de eu desmaiar. 

(…)

-…Enfim, você entendeu, certo? Ela precisa se cuidar. -Abro meus olhos lentamente, ouvindo alguns sussurros próximo a mim. Eu estava deitada, obviamente em uma cama de hospital. 

Só então, me lembrei exatamente o que eu ouvi antes de desmaiar. “Você será mamãe.” Aos 19 anos de idade, eu estou grávida. Sinto o desespero dentro de mim gritar, me sinto irresponsável o suficiente por isso e me sinto uma monstra por pensar em aborto. 

-Ei, tá tudo bem, ok? Não é como se fosse a pior coisa do mundo, eu estou aqui para te apoiar! Sua mãe já está sabendo, o médico precisou falar com um parente, ela não te odeia, só está desapontada e pegou o último voo a algumas horas. Sei que seu primeiro pensamento foi nele, mas você não precisa dele, se não quiser, ok? Será até mesmo melhor para vocês…- Karlie solta tudo de uma vez, já imaginando o que se passa pela minha cabeça. Minha única reação agora é chorar.

Chorar por mim, chorar pelo meu futuro, chorar pela reação das pessoas ao meu redor, chorar pela criança em minha barriga. 

Eu estou grávida. 

E essa não é a pior das notícias. 

Eu estou grávida de Justin Bieber. 

(…)

3 MESES DEPOIS 

-Finalmente vamos saber o sexo da criança, eu não aguentava mais esperar! - Thomás fala animado, me fazendo rir. Ele tem sido um grande apoio para mim esses últimos dias já que tem carro e me leva para aonde eu precisar ir. Me sinto mal por saber que ele irá embora do país daqui 3 meses, sentirei sua falta mas o fiz prometer que iria vim sempre me visitar. 

Agora estávamos indo ao hospital, aonde minha mãe e Karlie já nos esperavam, já que do aeroporto foram direto para lá. Elas estavam tão ansiosas quanto Thomás. E eu? Bom, ainda não me acostumei com o fato de que serei mãe, mas me conforta perceber que isso não prejudicou tanto minha vida, de certa forma, tenho o apoio da minha mãe e dos meus amigos, isso que importa.

Mas as vezes, eu queria o apoio do pai da criança. Que loucura, não? Afinal, o pai nem se quer sabe que será pai. E nunca saberá. Tomei essa decisão pelo meu bem e o bem da minha criança. Justin Bieber vive uma vida de criminoso, uma vida na qual família não está incluso em seus planos, acredito eu.

(…)

-E então, doutor? O que eu estou esperando? - Pergunto nervosa, sentindo o gel geladinho passar por minha barriga.

-Acho que estou vendo um Binguelinho ali, hein! Temos um rapazinho nessa barriga! 

-Aí meu Deus! Serei a vó de um menino. - Minha mãe grita animada, assustando a todos. Sorrio e sinto lágrimas escorrerem pelo meu rosto, vendo a felicidade de Thomás, Kerlie e minha mãe.  

Eu serei mãe de menino! 

(…) 

5 MESES DEPOIS 

-Mais força, Hope!!!

-AAAAAAHHHHHH! EU NÃO AGUENTO MAIS! - Grito desesperada, sentindo a dor mais forte de toda minha vida. 

Meu filho estava nascendo. 

-Você consegue, filha, mais força…-Minha mãe fala segurando minha mão e chorando ao meu lado. Grito mais uma vez, colocando toda a minha força e finalmente, escutando um choro fino, que parecia música para os meus ouvidos. Olhei para o lado e vi kerlie pelo vidro, chorando horrores. Respirei fundo e sorri ao ouvir seu choro, me esquecendo de toda a dor que senti a segundos atrás quando o doutor trouxe meu filho  para perto de mim,

-Bem vindo ao mundo, meu filho, Jack Baldwin.

(…)

3 ANOS DEPOIS  

-Filho, por favor, não chore…

-Mamãe, e-eu quero um papai também! - Jack chora em meus braços. 

Meu pequeno menino chegou em casa chorando, após ser zuado por seus colegas da escolinha por não ter um pai. Isso me doeu tanto que tive uma discussão imensa com a professora que estava responsável na hora. Meu filho não merece passar por isso.

-Olhe pra mim, Jack. - Falo com autoridade, cansada de ouvi-lo chorar. Meu filho é um garoto forte e eu não aceito que ele chore pelo o que não faz falta em nossa vida. - Você não precisa de um pai, ok? Você tem a mamãe e eu faço tudo que um pai faria por você. Sou sua mãe, seu pai, sua amiga, sua parceira…você não precisa de um homem. 

O mesmo me escutou e concordou com a cabeça lentamente. Mesmo tendo apenas 3 anos, Jack era uma criança esperta e muito inteligente, e eu o criaria com toda sinceridade do mundo, sem mentirinhas que pais contam para enganar os filhos. Meu filho será uma criança verdadeira e serena. 

-Eu não preciso de um p-papai. - Ele fala mais para si mesmo do que para mim. - Isso significa que sou o único homem na vida da mamãe, né? - ele fala confuso, mas rindo da própria fala, seus olhinhos estavam inchados pelo choro, mas isso o deixava mais fofo ainda.

Seus cabelos loirinhos caindo no rosto e sua pele branquinha deixava qualquer pessoa encantada com tamanha beleza em uma criança.

(…)

2 ANOS DEPOIS 

-Ganhei, mãe!! - Jack grita assim que entra em casa, corro para o mesmo animada. Ele segurava uma medalha em sua mão e karlie vinha logo atrás com algumas sacolas de compras. - meu time ficou em 1 lugar e passou de nível! Sou incrível jogando basquete. 

-Esse é o meu garoto! Sabia que iria conseguir, ok? - Falo o pegando no braço e o fazendo sorrir.

-Ele é bom em tudo que faz, como é possível? Karatê, vídeo game, estudos, basquete…Você tomou muitas vitaminas na gravidez, né?! - karlie fala irônica e eu rio. 

-Vou agradecer minha mãe depois por ter me intupido de vitaminas para dar inteligência a essa criança. - Falo e a mesma rir. 

Aos 5 anos de idade Jack já era quase uma criança prodígio! Pulou 2 anos na escola por ser tão inteligente ao ponto de surpreender diversas escolas que querem o mesmo estudando nelas. Aos 5 anos já está na faixa roxa no karatê e quase nunca perde um jogo que joga de basquete, seu esporte preferido. Fora que, ele já está enorme! Não para de crescer e ficar mais inteligente e isso me assusta. A única coisa que me preocupa é que ele tem problemas de raiva, não consegue controlar quando está com raiva de algo e acaba gritando ou jogando algo. Já estou tratando isso com médicos e eles disseram que é controlável. Fora isso, meu filho é uma criança incrível. 

Ah, eu finalmente terminei a faculdade! Me formei em pediatria, o que me ajuda bastante quando Jack está com alguma doença ou coisa do tipo. Depois a me formar por conta da gravidez, e quis aproveitar quando Jack nasceu. Tudo no tempo certo e hoje estou formada e empregada no principal hospital da Califórnia. 

Minha vida está incrível. 

(…)

3 ANOS DEPOIS 

8 anos atrás eu deixava a cidade de Ottawa para viver uma nova vida na Califórnia. E como eu vivi! Conheci pessoas incríveis, me afastei pessoas incríveis. tive em minha vida a melhor coisa do mundo, meu filho. Conheci novos lugares, novos gostos, novas experiências. Em 8 anos, minha vida mudou complemente e sou grata por isso. Hoje, estou de volta à cidade de Ottawa. Mas infelizmente, não por um bom motivo. Minha mãe está doente. Isso me quebra totalmente pois ela implorou para que eu voltasse, afinal, não queria pisar aqui nunca mais. 

-Mãe, meu celular descarregou, posso usar o seu? - Jack pergunta me entregando o celular dele e sorrindo desconfiado.

-Porque você não colocou para carregar no avião? - pergunto encarando o mesmo, ele coca a nunca e sorri de forma boba. 

-Eu esqueci, desculpa ai. - ele fala dando de ombros e eu sorrio, enviando uma mensagem para karlie vim me buscar no aeroporto e entregando o celular ao mesmo.

-Você nunca termina naruto? Que tipo de serie interminável é essa? - pergunto assim que o mesmo começa a assistir animado. 

-Não é uma serie, é um anime, e bom, são muitos episódios e gosto de repetir alguns deles. - Ele fala dando de ombros e eu rio. Ele amava naruto, de uma forma extremamente estranha. Hoje em dia ele faz 2 artes marciais ao mesmo tempo para se tornar tão rápido na luta quanto eu tal de rock lee, que loucura, né? Vou deixar quieto porque afinal, ele só tem 7 anos.  

Sorrio e me levanto da cadeira quando vejo Karlie de longe, aceno para a mesma que me vê e sorri, vindo em minha direção. 

-Que saudades que eu estava! - ela fala animada. 

-Bom, você não foi morar comigo em Los Angeles, acabei voltando para morar com você aqui! - Falo dando de ombros e ela rir por até hoje eu infernizar sua vida por nunca ter cumprido a promessa de morarmos juntas na Califórnia. No final, ela se formou em moda aqui em Ottawa mesmo, pois seu pai a queria por perto e só assim aceitou pagar a faculdade da garota, não restava nada a não ser aceitar, então ela aceitou. 

-Como está o garotinho mais idiota do mundo? - Ela fala se abaixando na altura da cadeira de Jack, que revira os olhos.

-Estava muito bem longe da tia mais chata e vadia do mundo. 

-JACK! - repreendo o mesmo. Um dos únicos defeito do meu filho: ele tem uma boca um tanto quanto suja, efeito da karlie vivendo com ele.

-Olha só como ele tá idiota…-Karlie fala puxando a orelha do mesmo e aí começou a briga entre os dois o caminho todo até a casa de karlie. 

(…) 

-Fiquem a vontade, ok? A casa é de vocês! - Karlie fala assim que entramos em sua enorme casa, super bem decorada e espaçosa. Karlie sempre será muito exagerada, isso eu não tenho dúvidas. 

-Uou, casa maneira! - Jack fala começando a correr pela casa. 

-Obrigada, Karlie! Eu ficaria na casa da minha mãe, mas ela disse que a casa estava muito desorganizada já que faz tempo que a mesma não fica em casa, e você ofereceu sua casa então…

-Ei,ei! Tá tranquilo, ok? É um saco viver aqui no silêncio, agora terei que suportar o filhinho da puta gritando e correndo pela casa.

-Eu ouvi isso, sua vad…

-JACK!

-Desculpa, mãe! - ele fala rindo e karlie ri com ele. 

-Você é uma má influência para meu filho. - Falo revirando os olhos e me jogando no sofá da mesma. 

-E olha que ele ainda nem tem idade pra ir comigo a festas, uma pena…-ela fala maliciosa e eu jogo um travesseiro na mesma. - E então, quer ir visitar sua mãe agora? 

-Ela pediu para que eu fosse só amanhã, estava cansada. - Falo dando de ombros e ela concorda. - E então, Como estão as coisas por aqui? - falo sentindo uma pontada no meu coração ao me lembrar do homem que deixei para trás aqui. 

-Está tudo em ordem, tirando o fato de que eu não vou falar sobre a pessoa que você quer que eu fale. - Ela fala dando de ombros e ligando a Tv.

-O que?! Eu não…

-Ele está como sempre esteve, Hope. Continua sendo um criminoso, gostoso e com os amigos mais lindos, só que agora, parece que está noivo. - ela fala respirando fundo. 

-Noivo? - pergunto rindo irônica.- ele não parece ser o tipo de pessoa que preza por uma família.

-E ele não é. Agora o pai do mesmo é dono da máfia canadense e está doente, prestes a morrer. Justin Bieber precisa de um herdeiro para poder assumir o lugar do pai, ou será dado a qualquer um que o pai do mesmo escolher. - ela fala como se estivesse contando a história de um filme de terror. - Pelo o que meu pai me falou mais, o pai e Justin não se dão bem, então é capaz do velhote passar o poder para alguém que odeie Justin Bieber. 

-Uou, isso é uma novela mexicana ou o que? - pergunto rindo irônica. 

-Pois é, uma loucura! Fico feliz que você é o Jack não tenham sentido a necessidade de um pai, mas que louco seria atualmente, hum? Você seria a mulher do poderoso Bieber e o Jack seria um herdeiro…

-Não, óbvio que não. Tenho certeza que Bieber me faria abortar. - Falo rapidamente e ela me olha seria.

-Você acha? 

-Óbvio que sim, eu não devo ter sido a primeira a ele simplesmente depositar seus espermas, Karlie. Aposto que outras foram até ele e ele as fez abortar, já que hoje em dia não tem título de pai em lugar nenhum. O filho da puta aparece no meu Google diversas vezes como filantrópico e milionário dono de empresas, que piada! - Falo com raiva.

-Respira, Hope. Eu entendi, ok? - Ela fala percebendo que estou ficando nervosa. O assunto Bieber me dá nos nervos. Nem parece que sou mãe de um.

-mãe! 

-Porque você não me chama mais de mamãe?

-Porque não sou mais criança. - Ele fala como se fosse óbvio e eu e sua tia rimos, fazendo ele revirar os olhos.  - Vamos passar quanto tempo aqui? - ele pergunta animado. Jack sempre gostou de mudanças e novas experiências, para ele, mudar de cidade é um grande avanço e o deixa muito animado.

-Bem…

-Sem essa de tempo! O tempo que se sentirem a vontade, hum? - Karlie toma minha frente e se levanta. - Vem, vou mostrar seu quarto, pirralho. 

Sorrio ao ver os dois irem animados para o corredor imenso da casa e respiro fundo, jogando minha cabeça para trás apoiada no sofá. 

Estou de volta, Ottawa.