HOPE BALDWIN POV
“ A partir de hoje, você NUNCA mais vai me manter longe do meu filho. Ele é um Bieber agora e irá conviver com o poder do próprio nome. “
O peso de suas palavras rodavam minha cabeça, enquanto eu ainda esperava por respostas de meu filho em sua cirurgia. O clima não estava mais tão pesado, eu me sentia melhor, mesmo que ainda preocupada. Justin e seus amigos saíram dali, sem falar nada, deixando somente eu, minha mãe e minha melhor amiga no corredor, próximo a porta em que minha criança fazia uma cirurgia.
-Será que ainda vai demorar muito? - Karlie pergunta se levantando e andando de um lado para o outro. Na mesma hora, vejo Bieber e Chris voltarem e se sentarem nas cadeiras mais distantes, no início do corredor.
Alguns minutos depois, o doutor saiu da sala, aparentemente com um sorriso no rosto. Todos nós levantamos rapidamente e Bieber apareceu do meu lado como um flash.
-A cirurgia foi um sucesso! - senti todo meu corpo se arrepiar ao ouvir aquilo sair da boca do doutor, o alívio foi tão grande que sorri olhando Bieber, que deu um Simples sorriso de lado. Minha mãe e karlie pulavam de alegria. - O garoto é forte e em nenhum momento gerou um conflito na cirurgia. Agora vamos esperar o efeito da anestesia passar. Iremos transferir ele para a ala da UTI e…
-Transfiram ele para a melhor clínica de Ottawa. - Bieber toma a frente do doutor, que o olha espantado. - Quero meu filho na área mais vip da melhor clínica, ainda hoje. - Bieber se aproxima do doutor. - Você ouviu?
-S-sim senhor. - o doutor fala gaguejando, até eu mesma fiquei nervosa com a forma que Bieber falou.
-Resolva isso com o doutor, Chris.
-Certo! - Chris fala simples e o doutor pede para que ele o acompanhe.
-Bieber…
-Oi, Chaz? - Bieber fala sem paciência, Chaz encarava a tela de seu celular.
-Parece que, a notícia se espalhou rápido. - Chaz fala nervoso, encaro o mesmo confusa, mesmo que eu não estivesse inclusa na conversa.
-O que?!
-Toda a máfia já está sabendo que você tem um primogênito.
Senti meu corpo derreter ao ouvir isso.
-Meu Deus, agora eles sabem e…-Falo desesperada, ficando de frente para Bieber.
-E nada vai acontecer. - Bieber fala ainda sério, sem perder sua postura. - Traga os melhores guardas para acompanhar meu filho aonde quer que ele vá.
Meu pior pesadelo começou. Sinto meu coração latejar, era tudo que eu não queria, porra!
-Era exatamente isso que eu estava tentando proteger meu filho! - Falo empurrando Bieber e sentindo meu rosto molhado de lágrimas, ele nada faz, apenas trava seu maxilar.
-Pare de tentar evitar o que é inevitável! - Minha mãe toma a voz, chamando atenção de todos. - Aceite a realidade e pare de sofrer com ela. Você foi irresponsável ao não se proteger de engravidar de um homem como um Bieber, agora pare de agir como criança e aja como uma mulher! - Sinto meu rosto arder ao receber um tapa da mulher a minha frente. - Não tente mudar a realidade, Hope Baldwin. - e então minha mãe sai dali, me deixando extasiada.
-Hope…ela está certa. Pense no agora, não adianta mais pensar no que poderia ou não te feito. - Karlie fala segurando em meu rosto. Concordo respirando fundo. A mesma me solta e se vira para Bieber. - Parabéns Bieber, agora você é pai. Saiba o quão grande é essa responsabilidade, pare de achar que a vida é um doce. - ela fala rapidamente e logo sai dali, indo atrás de minha mãe que havia esperado a mesma no início do corredor.
Respirei fundo e aceitei a realidade que seria a partir de agora. O importante é que Jack estava bem e nada vai tirar ele de mim.
(…)
Depois de tudo aquilo, não abri mais a boca e só segui o fluxo. Cerca de 6 horas depois, eu, Jack e Justin Bieber estávamos em um quarto vip da melhor clínica de Ottawa, o quarto era do tamanho do meu apartamento em Los Angeles, uma enfermeira ficava na porta para caso precisássemos e Justin Bieber deixou dois guardas do lado de fora. O clima entre nós não estava tão estranho aqui dentro, eu estava sentada na poltrona do lado da cama de Jack, toda encolhida e coberta por um edredom que a enfermeira me deu e Justin estava sentado no sofá, de frente para a cama de Jack. Estávamos a quase 2 horas assim, sem falarmos nada.
-Qual o nome dele? - Me assusto quando sua voz chama minha atenção.
-Jack. - Falo sorrindo de lado.
-O J foi em minha homenagem? - ele pergunta irônico, tenho um pequeno dejavu de quando conversamos no bar.
-Com certeza não. - Falo dando de ombros e ele concorda. - Mas foi uma boa coincidência…-Falo para não deixar o clima estranho.
-Quantos anos ele tem?
-7 anos. Faz 8 em dezembro. - falo tentando passar mais informações a ele, afinal, ele merecia isso.
-Ele tem meu sobrenome? - Ele pergunto sério, parecendo lembrar de algo e eu nego com a cabeça. O mesmo se levanta um pouco nervoso. - Merda, merda…-Sussurra para si mesmo e em seguida sai do quarto, pegando em seu celular. Estranho seu comportamento, mas não ligo.
-m-mamãe…?
Me levanto rapidamente ao ouvi a voz de Jack, me aproximo da cama e vejo o mesmo abrindo os olhinhos, sinto meu sorriso de orelha a orelha.
-Ei meu amor, mamãe está aqui! - Falo me sentando ao seu lado na cama, ele sorri de lado e fecha os olhinhos. - Como se sente? - pergunto após ele abrir os olhos e levantar a mãozinha até a cabeça.
-me sinto cansado e sufocado com tanto lençol…-ele fala manhoso e eu o ajudo a retirar o lençol até o peitoral, mas o mesmo se assusta ao ver os curativos. - O que aconteceu?!
-Você precisou passar por uma cirurgia, mas agora está tudo bem e não vai ficar cicatriz, ok? Não sei preocupe. - falo tranquilizando o mesmo, que respira fundo e concorda.
-Olha só quem acordou…- fico nervosa assim que escuto sua voz atrás de mim. Respiro fundo e me viro, ficando do outro lado da cama de Jack, que olhou para o homem encostado na porta curioso. -Você tá bem, garoto?
-Quem é você?
-Jack! Não seja mal educado assim…-Falo repreendendo o mesmo. Jack sempre foi mais chato quando se trata de relacionamento com homens, talvez pela péssima imagem que passei para ele, me sinto culpada por isso.
-Me desculpe. - Ele sussurra ainda encarando Bieber, que sorri de lado e se aproxima. - Eu estou bem, obrigada por perguntar. Quem é você?
E é exatamente nessa hora que eu busco todas as forças dentro de mim e me preparo para falar o que eu nunca pensei que falaria.
-Esse é Justin Bieber, querido, o seu…
-Amigo da sua mãe. - Bieber me interrompe, me deixando supresa por sua fala. Ele se aproxima e estende a mão para Jack. - muito prazer, garoto.
-Eu sou Jack. - Jack fala ainda sério e estende a mão, apertando a mão do homem que dividi o mesmo sangue que ele.
-Forte aperto. Mão firme. - Justin fala parecendo analisar a criança, Jack puxa a mão e me encara.
-Porque nunca conheci esse seu amigo? Você me disse que tinha me apresentado todos os seus amigos, mãe.
-Uou, cadê o mamãe? Cadê o garotinho manhoso de minutos atrás, hum? - falo sorridente e vejo o mesmo revirar os olhos.
-Odeio não ser respondido.
FLASHBACK ON
-Odeio não ser respondido.
-An? Ah, me desculpe…bem, eu aceito. - Falo dando de ombros e vejo um sorriso de lado nascer no rosto do loiro a minha frente. Ele retira uma nota de 100 dólares e coloca no balcão.
-Fique com o troco. Eu te espero lá fora, hum?
FLASHBACK OFF
Bufo ao perceber que meu filho falou a mesma frase que o pai a 7 anos atrás, encaro Bieber e ele me olha com um sorriso escroto no rosto como quem diz “é meu filho”.
-Desculpe filho, Justin e eu somos amigos de antigamente, acabei não lembrando de falar sobre ele pra você. - falo respondendo o mesmo, que concorda lentamente e respira fundo.
-Estou com fome, mãe…-Ele fala e logo em seguida seu estômago ronca, fazendo nos três rirmos. Encarei o Bieber, que sorria de uma forma na qual eu nunca vi. Que sorriso lindo, uau…foco, Hope!
-O que você quer comer? - Justin pergunta antes que eu possa perguntar, resolvo permitir isso. Jack encara o mesmo e da de ombros. - vou pedir a enfermeira para trazer algo pra você escolher e comer, ok?
-Obrigado. - Jack responde sem encarar o mesmo. Não seria fácil Jack se acostumar. Bieber me encara como quem estava me chamando para ir e eu concordo apenas com a cabeça, entendendo o mesmo.
-Volto já, ok? - falo depositando um beijo na testa do meu filho, que apenas concorda.
-Porque não me deixou falar de uma vez? - pergunto assim que saímos do quarto.
-Acha que eu sou bobo? - ele pergunta agora de forma séria, o Bieber que sorria a minutos atrás foi por água abaixo. - Sei que o garoto iria me odiar inicialmente! Essa era sua intenção? Fazer ele me odiar para eu ficar longe dele?
-O que?! Como ousa me acusar assim?! - pergunto com raiva. - Não aja como se eu fosse um monstro, já disse que tudo que fiz foi para proteger ele.
-Você não podia proteger ele de mim, Hope!
-Mas podia proteger de tudo que te rodeia!
-Mas não vai. - Ele fala se aproximando rapidamente de mim e me prensando contra a parede, sinto meu coração acelerar de medo, seus olhos fulminação de raiva. - A partir de hoje, tudo vai mudar, você entendeu?
-o que q-uer dizer com isso?
-Que a sua atitude de tentar protegê-lo de mim, estragou sua própria vida.
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