03 de Janeiro de 2018 - Brian Head, Utah.
Estávamos presos na neve, não literalmente, mas estávamos. Para qualquer lugar que eu olhasse eu via o branco dela e claro, frio pra caramba. Se eu estava de férias, então que fossem as melhores férias. O moço na minha frente fechou a pequena trava de segurança na minha prancha e eu soltei seu ombro, me equilibrando.
- Isso é incrível. – Caroline subia a montanha com a sua prancha ao lado do corpo. – Anda logo, Mel! – ela se pôs ao meu lado e começava a se preparar novamente para descer.
- Me fala: no que você não é boa? – ela abriu um sorriso largo para mim.
- Eu ainda não encontrei o amor da minha vida. – e olhou adiante. Segui seu olhar e encontrei Justin subindo a montanha ao lado de Dylan e Christian.
- Valeu por dizer que a minha arte é encontrar homem.
- E que homem. – Brit jogou a prancha ao meu lado e deu uma piscadela.
- Você não presta. – as duas riram alto.
- Tudo pronto. – o moço de joelhos na minha frente se levantou e eu quase tive um treco quando ele ficou rende á mim. Justin que me perdoe, mas aquele homem era maravilhoso. Desgraça de Caroline, a única que poderia pensar em algo. – Apenas mantenha tudo fechado. – ele fechou minha jaqueta, que pesava uns bons quilos para não sentir frio. – E é apenas questão de equilíbrio, você consegue.
Assenti.
- Obrigada. – sussurrei.
Olhei para as duas e elas seguravam a risada. Abri um sorriso discreto e Justin surgiu na minha frente, me fazendo abrir ainda mais o sorriso. Meu coração até acelerava de tê-lo tão perto. Ele agarrou minha cintura com força e me deu um selinho rápido, mas longo.
- Cuidado, amor. – franzi o cenho e dei de ombros.
- Se precisar de ajuda, posso descer com você. – olhei para o ajudante do Brian Head, mas Justin foi mais rápido:
- Não será necessário, eu mesmo ajudo-a. – curto e grosso como só ele sabe ser ás vezes.
- Então vamos nessa! – Caroline já subia na sua prancha novamente e eu segurei no ombro de Justin, pegando impulso e saindo nós duas juntas.
Eu não me arriscava em fazer as manobras que Caroline sabia e Justin até se machucou na costela esquerda. Dylan só faltou se gabar do que sabia e Christian só não era tão ruim porque eu conseguia ganhar. Mas no final conseguimos nos divertir, o que era o mais importante.
Estávamos hospedados todos em um chalé. Iríamos voltar para a Califórnia amanhã á tarde. Utah não era um estado que eu conhecesse, mas devido as fortes nevascas que estavam por vim, segundo a meteorologia, não seria agora que eu conheceria essa região dos Estados Unidos.
- Vai querer? – Justin me estendeu uma taça de vinho e eu peguei.
Ele se apoiou na cerca que rodeava o lago congelado e as meninas patinavam, enquanto eu fiquei entre as suas pernas, tendo uma mão sua apoiada na minha cintura e eu rodeei seu pescoço, segurando a taça com a direita. Bebi um gole de vinho.
Senti seu beijo no meu pescoço e sorri.
- Amo esse cheiro da sua pele. – ele respirou fundo e mordeu.
Afastei meu tronco, ficando cara a cara com ele.
- Não vai se acostumando em me morder não. – ri.
- Maquiagem está aí pra isso. – apertou minha cintura. O assisti beber um gole do liquido vermelho, olho no olho. Ele conseguia me fazer ficar presa nele até com esse gesto.
Mas eu desviei o olhar por um segundo e vi o mesmo moço que me ajudou com a prancha do Snowboard caminhando ao lado de mais dois homens.
- Você com ciúmes é a coisa mais linda deste mundo. – comentei, voltando a olhá-lo.
Justin franziu o cenho e olhou para trás, bufando em seguida. Eu ri e lhe dei um beijo na bochecha.
- Por um segundo eu vi que ele desejou te beijar. Simples, ele queria algo que é meu.
- Quanta presunção, Justin... – ri negando com a cabeça.
Olhei para os seus lábios e eu ainda não acreditava que estava novamente nos braços deste homem. O homem que eu amo. O único que eu desejava muitas coisas e a primeira era viver junto para sempre, tudo isso.
Ele me beijou.
05 de Janeiro de 2018 - França, Paris – 03:33 PM.
O ano mal começou direito e eu já estava indo para a minha primeira sessão de fotos, tudo para a nova coleção primavera-verão que lançará na Europa a partir de Março. Eu queria ter poder aproveitar mais as férias de final de ano, mas uma hora tudo que tinha que começar.
E que esse seja O Ano!
- Consegue comprar para mim, Mel? – Clara implorava pela milionésima vez para comprá-la a nova bolsa da Prada que lançou da ultima coleção. Ela estava virando uma viciada em moda de grife. E iria fazer apenas treze anos em novembro ainda.
- Não sei, Clara, tenho muita coisa para fazer. – entreguei meu passaporte para o moço na minha frente e encostei no balcão.
- Por favor, por favor, olha eu nem perturbei tanto você para poder ter ido junto para Utah.
- Isso foi o inicio de uma chantagem? – cerrei os olhos, olhando para o nada.
- Se no final funcionar para você comprar para mim, sim! – ela riu. E não pude deixar de sorrir. Aquela menina era uma mini chantagista, não me dera ter conseguido o cachorro com o meu pai.
- Mellany, iremos para o hotel e logo partiremos para o evento. – Ricardo brevemente me mostrou o caminho para seguir, depois das poucas palavras.
- Clara, preciso desligar e sobre a sua bolsa, qualquer coisa eu te ligo.
- Aaaaah, por favor, por favor.
- Tá, prometo! – não seria o fim do mundo também comprar uma bolsa para ela.
- Obrigada, Mel, te amo. – seu tom de voz mudou na hora.
- É, to vendo que me ama mesmo. – revirei os olhos.
Me despedi e entrei no carro.
Quando eu pisei no quarto de hotel havia um homem de pé, fitando-me. Por um segundo achei que havia entrado no quarto errado, mas Ricardo não me daria a chave errada, nem a recepção.
- Quem é você? – ele riu e revirou os olhos.
- Achei que não iria me reconhecer mesmo. – o vi balançar os ombros. – Afinal, fazem quinze anos que eu te conheci em uma peça de teatro.
Franzi o cenho.
Ele era louco, por um acaso?
Mas como um risco eu vi a cicatriz em sua testa e a minha mente acordou.
- Patrick? – meu sorriso começava a crescer em meus lábios.
- É bom vê-la também, Fiona. – ele retribuiu meu sorriso.
- Eu era uma princesa desde o inicio.
- O Shrek deveria ter deixado-a na torre.
- Adoraria o Encantado. – ele fez uma careta. – É, talvez não.
O abracei tão forte e ele me apertou tão forte, que minha costela poderia ter se escutado o estralo que deu. Patrick foi um garoto que eu conheci na academia de teatro em Los Angeles. Fizemos várias peças juntos, mas quando um acidente aconteceu com sua família, ele se machucou sério e teve que se afastar, nunca mais voltando a fazer seu sonho. Ser ator.
- Mas então me conta, como estão as coisas? O que fez da vida? – ele estava mais bonito do que eu me lembrava.
- Continuo comandando as empresas do meu avô, mesmo ele se negando em deixar a cadeira e passar mal por chegar cansado em casa. Ele se nega acreditar que perdeu meu pai e sabe que eu nunca tive o mínimo de interesse pela sua grande realeza. – deu de ombros. – No final não terá escolha, serei o único herdeiro, então ele tenta se contentar e me passar a direção, quem sabe, daqui três vidas dele. – ele riu e eu não pude me segurar.
- Você não mudou nada. – comentei.
- Apenas por um detalhe. – ele me levantou a mão esquerda e eu quase caí dura. A aliança dourada reluzia quando era notada.
- Você se casou? – fiquei de boca aberta.
- Ele é Canadense, sabe como é... – ele me deu uma piscadela e eu fiquei vermelha, sentindo a indireta. Mas nada foi maior que a palavra ele.
- Ele? – tombei a cabeça para o lado, confusa.
- Homens canadenses são irresistíveis, não é mesmo? – neguei com a cabeça, rindo, desacreditada.
- Como foi isso? Sua família?
- Ah, outro motivo para o meu avô fazer questão de lembrar que esse é o motivo pelo meu pai ter morrido. Mas não foi, meu pai não sabia e nem nunca saberá, até por que como pode? Eu tinha apenas dez anos, você se lembra. – assenti. – Mas eu descobri minha verdadeira sexualidade com dezessete anos, quando as garotas do colégio deixaram de ser realmente interessantes, e claro, eu era o único que não babava pelas suas fotos em capas de revistas dos meus amigos. – ri. – Quem dera você tivesse freqüentado o colégio comigo...
É verdade, eu nunca freqüentei uma escola normal. Não depois dos meus onze anos, quando tudo realmente começou acontecer na minha vida. Eu pensava que o colégio poderia ter sido uma das melhores fase da minha vida, mas eu nunca saberia, pois eu nunca freqüentei um colegial.
Quando a noite caiu, eu convidei Patrick para me acompanhar até o desfile. Com vários famosos marcando presença, até mesmo Neymar deu a honra de sua presença. A copa do mundo não poderia ser mais do que esperada por todos do meu país, isso eu tinha certeza. Ele pediu por uma foto e eu assenti, vendo-o postá-la em sua rede social. Conversamos e eu lhe perguntei sobre a carreira, planos e quando que seria seu próximo jogo. Eu queria ter a oportunidade assisti-lo.
Era uma festa privada. Uma boate fechada e com inúmeras pessoas gritando e fazendo fila fora, eu sai do carro batendo os saltos finos no asfalto e levantando a cabeça. Nada se compararia a maneira como uma mulher se sente confiante em cima de um salto alto.
- Seja bem vida à Paris, Mellany. – sorri agradecida para o homem moreno que apontava a câmera na minha cara e ansiava por um diálogo entre nós.
Permaneci no local apenas para fazer uma média, como Sophia sempre fazia questão de me lembrar para fazer sempre, mesmo eu não desejando nenhum pouco estar ali. Eu não estava nem parecendo a antiga Mellany que costumava freqüentar altas festas até tarde da noite.
Talvez eu estivesse ficando velha.
Mas poderia ser outro motivo...
Sob meus olhos eu via Patrick se divertindo e do outro lado da balada um grupo de garotos olhando em minha direção e sorrindo, como se chamando pela minha atenção e comentando sobre mim entre eles. Desviei o olhar e procurei por Ricardo. Estava na hora de ir embora.
Eu estava tão de bem com a vida que nada iria estragar este ano novo que se iniciava. Mas enquanto eu esperava pelo elevador e abri o twitter, meu nome nos trends não me assustou no inicio, mas quando eu vi do que se tratava, meu corpo congelou.
Quem era Igor Prada?
Franzi o cenho, buscando por explicações, mas foi apenas aparecer uma foto minha – que eu me lembrava muito bem quando e onde foi tirada – que a ficha caiu. Igor? O meu antigo segurança? Era o mais novo e misterioso milionário da Europa e, se duvidar, do mundo inteiro.
Levei uma mão à boca, completamente assustada com a repercussão que meu nome estava fazendo nas redes sociais e sites, blogs e qualquer meio de comunicação no momento que pudesse existir neste mundo.
Meu mundo parou.
Mas a minha mente só conseguia pensar em uma coisa, uma pessoa: Justin.
Apertei freneticamente o botão do andar do meu quarto e respirei fundo por várias vezes. Parecia castigo destinado a mim. Quando tudo está bem, algo tem que estragar e levar tudo para a lama em segundos. Meu coração bateu forte.
Justin havia me pedido em casamento no final de ano. O que ele estaria pensando neste momento? Eu sou completamente uma burra, idiota, otária...
Abri a porta do quarto e bati com força, passando a chave e colando minhas costas nela. Fechei os olhos e eu segurei para lágrimas não saírem. Disquei o numero dele rapidamente, mas chamou, até que nenhum som mais se foi ouvido, até a voz irritante daquela mulher da operadora dar voz. Joguei o celular para longe de mim e me ergui, levando um susto quando um homem parado no meio do meu quarto abriu um sorriso brincalhão.
- Quem é você? – franzi o cenho, minhas mãos tremiam e um arrepio estranhou passou pelo meu corpo.
O homem grande, loiro e trajado a terno, caminhou tranquilamente até mim. Meu coração batia assustado no peito, eu estava com medo. Eu não o conhecia, nunca o havia visto na minha vida, e se tivesse visto, nunca me lembraria. Já vi tanta gente nesse mundo que seria impossível de lembrar alguém que não marcou pela sua passagem.
- Eu vou perguntar de novo: Quem é você? O que esta fazendo no meu quarto? – ele sorriu. – Eu vou gritar! – aumentei meu tom de voz e ele correu, tapando a minha boca e segurando meus braços com força.
- Você é ainda mais bonita do que nas revistas... – ele respirou fundo no meu pescoço e eu me balancei em seus braços, tentando inutilmente me soltar dele.
Resmunguei um som de protesto e ele sorriu largo, olhando em meus olhos, cabelo, bochecha, minha boca tampada pela sua mão e desceu pelo meu corpo. Sua mão esquerda forçou minhas duas mãos – que estavam sendo seguradas por ele atrás do meu corpo – para baixo.
- Se gritar, nós vamos conversar de outra maneira. – mantive-me em passiva.
Eu sabia haviam seguranças meus ali fora, alguém me ouviria. Eu não ficaria sozinha com esse maluco dentro de um quarto... É, alguém me ajudaria. Então quando ele deslizou a mão da minha boca e puxou a sua gravata, a tirando eu gritei:
- SOCORROOOOO!!! – um tapa tão forte acertou meu rosto que minha cabeça foi jogada para o lado, com os meus cabelos bagunçando e minha bochecha ardia tanto...
Meus olhos marejaram.
Então senti minhas mãos serem amarradas atrás do meu corpo e eu levantei a cabeça assustada. Eu iria abria a boca novamente, mas ele me olhou tão feio que eu fiquei com medo.
- Eu vou te deixar inteirinha marcada com as minhas mãos. – minha respiração falhou e eu fui jogada contra a parede. – Se gritar será pior.
- ALGUÉM ME... – ele puxou meus cabelos e bateu minha cabeça com tanta força na parede que tudo girou por alguns segundos.
- Você é linda demais, puta que pariu. – sua mão circulou meu pescoço, apertando-o até eu sentir o ar não me restava. Meus pés não estavam tocando o chão e a dor se misturava com o medo, me dando uma força de gritar, mas minha garganta doía.
Quando ele me soltou eu caí de joelhos e tossi, sentindo a ardência. Eu estava vivendo o pior dia da minha vida. Meus cabelos foram puxados para cima e eu gritei alto pela dor, recebendo um belo chute na perna.
- Já mandei parar de gritar! – ele rosnou em meu ouvido. – Quer apanhar mais, vagabunda? – jogou meu corpo no chão.
Meu nariz deu de encontro com o chão. Na hora eu já senti o liquido quente descendo e minha cabeça rodava de dor. O senti tirar meus saltos com brutalidade e puxar meu vestido para baixo, fazendo as alcinhas começarem a estourar nos meus ombros.
Eu não estava acreditando no que estava acontecendo e nem no que estava preste a acontecer comigo.
- Nós vamos nos divertir muito... – ele agarrou meu braço, puxando meu corpo para cima, não sem antes me dar outro chute. Quando eu fiquei cara a cara com ele novamente, ele apertou minhas bochechas, fazendo meus lábios formarem um bico e o sangue que escorria do meu nariz entrou pela abertura dos meus lábios.
Eu queria vomitar na hora que seus lábios tocaram os meus levemente e ele me jogou na cama, terminando de puxar meu vestido para baixo e terminar de estourá-lo nas alças e ele sair facilmente do meu corpo. Me empurrei para cima, fugindo do seu olhar em meu corpo, mas meus tornozelos foram puxados para baixo e ele logo se colocou por cima de mim.
- Você sabia que meus amigos nunca acreditaram muito em mim? – tossi.
Tudo ardia. Meu corpo ardia e pedia por clemência.
- Por quê? – sussurrei, em único foi de voz que me restava.
- Porque você é tudo o que eu sempre quis, porra! – ele agarrou minha cintura, deslizou as mãos sob o meu corpo e o nojo já tomava conta de mim.
Meu corpo estava travado.
Mas ele me virou, dando tapas tão fortes na minha bunda, pernas e puxou meus cabelos, que nem senti quando ele rasgou o fino tecido da calcinha do meu corpo. Ele me estapeou inteirinha, deixando a marca de suas mãos em minha pele em cada curva e espaço que ele encontrava.
Fechei meus olhos, rezando para que algo em vão acontecesse. Ninguém entraria neste quarto sem que eu pedisse, não depois de eu ter deixado bem claro depois de bater a porta. Cameron, o único que se sentiria no direito disto, não estava aqui comigo. Ricardo era apenas um que seguia as regras, não iria arriscar.
Mas eu estava morrendo.
Eu nunca mais seria a mesma.
Quando senti sua ereção em minha bunda, eu tentei novamente fugir e gritar, mas novamente tapas na minha cara e pela primeira vez um soco na minha costela direita. Eu perdi o ar e apertei os olhos com força, ainda mais sentindo-o querendo entrar em mim.
Eu não podia fugir se não ele me espancaria ali mesmo, talvez até me matasse. Mas eu estava sendo estuprada e não conseguia pensar em nada, pois tudo doía, até mesmo a minha alma.
Eu queria morrer.
Ou eu berrava o mais alto que conseguia, ou deixava que ele terminasse de fazer tudo o que quisesse comigo e me sentiria a pessoa mais lixo deste mundo. As lágrimas começaram finalmente rolar. Eu estava sozinha.
Senti ele entocar e eu soltei um soluço, logo sentindo dando-me um beijo no pescoço. Eu estava não apenas com nojo dele, mas de mim, ser tão incapaz de fugir e me livrar de um traste como esse.
Quando o senti gemer e agarrar minha cintura, quase não se agüentando o prazer que estava tendo usando o meu corpo, eu gritei, gritei tão alto que eu esperava que até a rua lá em baixo escutasse:
- ALGUÉM ME AJUDA! SOCORRO! RICARDOOOO!!! – eu já esperava pelo tapa, mas não pela forma que ele apertou minha cabeça contra a cama, tampando a minha respiração que já estava difícil.
Eu me sacudi, tentando usar o pouco de força que me restava. Mas meu corpo estava ficando mole. Estava me faltando ar. Eu não conseguia sentir mais meus braços, pernas... meu corpo parecia estar adormecendo e a minha mente também.
Se eu estiver morrendo, eu só gostaria de pedir perdão.
Perdão, papai... Mamãe.
Todo mundo quando nasce, sabe que uma hora ou outra terá que partir deste mundo, ninguém é imortal, muito menos capaz de enganar a morte. Mas nunca sabemos a hora que será. Eu apenas não sentia que agora era a minha hora, mas eu estava desejando que fosse.
Foi um estrondo longe, gritos e meu corpo sendo coberto e logo virado e chacoalhado que eu tive a certeza que não mais aqui que eu queria ficar. Eu não queria ver ninguém.
Eu desejei morrer.
“Estupro é um dos crimes mais terríveis da Terra. O problema dos grupos que lidam com o estupro é que eles tentam ensinar às mulheres como se defenderem. Enquanto que o que precisa ser feito é ensinar aos homens a não estuprarem.”
- Kurt Cobain
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