Vicky POV
Acordei totalmente desajeitada no sofá. Tentei sentar-me normalmente mas a rapidez em que me movimentei causou uma forte dor de cabeça.
- Ai, caralho. - Pus a mão em meu rosto, acalmando toda a tontura e formigamento que se estendia por todo meu corpo.
- Ressaca é nada mais nada menos que a dor de cabeça seguida de náusea causada pela ingestão demasiada do álcool. - Vejo um semblante feminino descer as escadas falando em voz alta. - É, minha flor, você fez muita merda e agora parece um mendigo. - Era Jady.
- Está tudo girando, Jady. - Me encostei no braço do sofá, tentando abrir o olho. - Eu não me lembro de absolutamente nada. Eu bebi? Como eu vim parar aqui? O que aconteceu? O que eu fiz?
- Se eu estivesse na sua pele eu também gostaria de apagar tuuuudo o que aconteceu. - Soltou um riso afobado. - Mas agora ainda não é horário para flashbacks. Tens que tomar um banho antes que se atrase para o trabalho.
- Trabalho? - Virei bruscamente para ela, logo sentindo as dores da ação.
- Claro, idiota. É Segunda-feira. - Estalou os dedos. - Quem sai para beber em pleno Domingo quando precisa trabalhar no outro dia? - Cochichou alto o bastante para que eu pudesse escutar.
- Sua vadia louca. - Encarei-a com desgosto. - Vou tomar um banho e depois você vai me explicar detalhe por detalhe de tudo que aconteceu, ok? Ok. - Levantei calmamente, para não ocorrer o risco de vomitar ali mesmo, no chão limpíssimo da sala.
- Se esfregue bastante, tá parecendo um peixe podre. - Jady ria do meu estado deplorável. Eu mal havia me olhado no espelho e já sentia pena.
Subi as escadas cuidando para não pisar em falso. Carol parecia ainda estar dormindo quando passei por seu quarto, porém Dahyun já não estava mais em casa.
Resolvi focar em meu objetivo principal e ir até meu quarto pegar uma roupa. Peguei um vestido com tecido quente que eu sinceramente adorava e fui em direção ao banheiro.
Tomei um banho relaxante, forçando minha mente a lembrar de qualquer vestígio da noite passada, porém eu só conseguia me ver feliz comendo kimbap no bar da ahjumma. Eu poderia ter ficado ali por anos, se não fosse Jady bater freneticamente na porta do banheiro.
- ANDA LOGO, CARALHO. - Gritou, me dando um pequeno susto.
Sequei-me e vesti a roupa que havia trazido. Voltei ao quarto e percebi que em cima de minha cama havia um casaco.
- Hm, será que alguém me deu de presente e eu não sei? - Perguntei a mim mesma enquanto pegava o casaco em mãos. - Ou já era meu e estava guardado no fundo do guarda roupas? - Coloquei-o por cima e percebi que combinava perfeitamente com meu vestido. - Não sei, porém é com ele mesmo que eu vou sair. Oh yes, meninas, oh yes.
- Parece que alguém se recuperou bem da noite passada. - Carol, encostada no batente da porta, com um sorriso amigável em seu rosto. - Está melhor?
- Ainda preciso tomar algum remédio para ressaca, mas, estou consigo ficar de pé. - Sorri de volta. - Agora, vai me explicar o que aconteceu ou eu vou ter que sustentar essa barra para sempre?
- Bom, minha cara. Você demorou 9 meses pra nascer, consegue aguentar um pouco. - Seu sorriso amigável se tornou um travesso.
- Aish, criançona. Cai fora. - Joguei o primeiro objeto que vi em sua direção. A mesma ri e se protege.
- Amei o casaco, unni. - Pisca e sai correndo.
- Aigoo, tudo está estranho. - Ás vezes eu acho que sem querer vim parar em um universo paralelo.
Terminei de me arrumar, me perfumei e desci para o encontro das demais.
- Agora sim está revigorada. - Jady dizia num tom alegre. - Toma, bebe isso. - Me alcança um copo com um líquido estranho de cor não muito agradável.
- Que porra é essa? Veneno? - Pergunto cheirando o copo. - Argh! Cheiro de vômito.
- Vômito é o que vai rolar se tu não beber isso A G O R A. - Me olhou séria.
Aquilo desceu em minha garganta queimando como vodka, quase escorreu uma lágrima de meu olho.
- Vejam só! Está acontecendo um ritual aqui? - Dahyun bate a porta da frente. As pessoas estão simplesmente aparecendo agora, meu Deus.
- Claro. É passagem para a Seita das Porra Louca. - Jady dizia, fazendo gestos escandalosos com as mãos.
- Cala a boca, Idiota. - Debrucei o copo sobre a mesa. - Era algum tipo de remédio que essa daí inventou para eu não passar mal.
- Não põe a culpa em mim, não, caralho. Minha função é te fazer tomar, a receita disso a Carol que procurou na internet. - Jady se justificou e todos os olhos se voltaram para Carol.
- Quê foi, gente? - A garota se mostrava um pouco assustada com a forma em que a encaramos.
- Teus métodos tecnológicos de cura nem sempre dão muito certo. - Dahyun sentou ao seu lado na mesa.
- Eu só juntei mel, gengibre e suco de pera...só não sei podia ser tudo junto. - Riu envergonhada e eu coloquei a mão na testa, buscando a paciência do fundo do meu coração.
- Bom, independente disso, eu e a Vicky precisamos ter uma conversa. - Dahyun, com um tom sério. - Meninas, vocês podem subir por um tempo? - As duas assentiram e saíram do local.
- Vai finalmente me explicar o que aconteceu? - Ela concordou.
Carol POV
Depois de sermos expulsas da cozinha, eu e Jady fomos para o meu quarto, onde ela começou a me ajudar na organização dos desenhos.
- Teus traços estão cada vez melhores. - Ela comentava enquanto despregava algumas folhas do quadro.
- Voltar a desenhar tem sido uma terapia pra mim. - Sorri.
- Mas olha só. - Disse enquanto segurava um papel em específico. - Quando você virou especialista em desenhar vizinhos? - Sorriu debochada enquanto virava a folha para mim.
- YAH! Larga isso! - Arranquei o papel de sua mão e guardei em minha pasta. - Esse desenho foi completamente aleatório, sem sentimento nenhum.
- Claro, claro...- A mesma se recuperava do riso enquanto terminava o que estava fazendo.
Estávamos quase no fim quando escutamos um grito que se alastrou pela casa inteira.
- NÃO É POSSÍVEL!
- Que merda foi essa? - Jady perguntou com a mão no peito, devido ao susto.
- Não faço ideia, mas meus ouvidos estão sangrando. - Choraminguei.
Descemos para ver o que estava acontecendo e Vicky se encontrava andando de um lado para o outro feito uma barata tonta enquanto Dahyun repetia inúmeras vezes para que ela ficasse calma.
- Isso não pode estar acontecendo, não pode, NÃO PODE. - Vicky aumentava o tom de sua voz.
- Vish, já contou pra ela? - Sentei no sofá para assistir àquela cena toda.
- Como eu vou sair de casa agora, mano? - Olhava surtada para os lados.
- Meu, se acalma, Vicky. Acontece, tu estava bêbada. Nenhuma de nós sabe exatamente o que você falou para ele. - Jady tentava acalmá-la.
- Jady tem razão. E outra, ele parecia muito sereno quando eu fui te buscar. - Dahyun levantou e a segurou pelos ombros. - Olha pra mim, agora. Está tudo bem. Agora você vai levantar esse queixo e sair por essa porta de acordo com o mulherão que é, ok? Isso não é nada que um pedido de desculpas não resolva.
- Mas...- Vicky tentou falar algo mas eu a cortei.
- Mas nada. Você é foda, sempre resolve tudo e, sinceramente, se fosse uma de nós no seu lugar, essa era a força que você estaria nos dando. - Finalmente um sorriso se formou em seu rosto.
- Agora que a madame já parou com o chilique, nós podemos FINALMENTE comer? - Jady, esfomeada como sempre.
- Sim, sim. Eu preciso voltar para a casa daqui 15 minutos. - Dahyun foi a cozinha, já preparando a mesa.
Almoçamos rapidamente pois essa confusão toda atrasou todas. Ia cada uma para um lado, menos eu, que já havia entrado de férias.
- Bom, meninas, já está na minha hora. - Dahyun saiu do banheiro após escovar os dentes. - Carol, cuida bem da casa. Eu estou aqui do lado, posso ver todo e qualquer passo que você dá.
- Nossa. Sim, senhora. - Me curvei de forma irônica e levei um tapa. - Caralho hein, vou chamar o conselho tutelar. - Ela riu.
- Nós também já vamos indo para o ponto de ônibus. - Vicky enganchou o braço em Jady e as duas já iam saindo.
- Tenham um bom dia todas vocês. - Sorri vendo as três meninas abanarem da porta.
Assim que saíram, escorreguei mais no sofá e liguei a TV, onde passava pela milésima vez Strong Girl Bong Soon.
Assisti durante alguns minutos, até começar a ouvir um miado alto vindo da parte de trás da casa.
- Ué, será que há um gato? - Bom, se houver outro animal miante que não seja gato, eu não conheço.
Fui sorrateiramente até a porta dos fundos, calcei meus chinelos e abri a porta lentamente, pois poderia ser um pervertido imitando gatos.
- Você é tão fofo. O que faz perdido por aqui, pequenino? - Ouço uma voz masculina.
Coloco a cabeça para fora e vejo a cena mais fofamente inesperada de todas. Sehun, do outro lado da cerca, brincando com um gato preto que estava em meu quintal.
- Então quer dizer que o belíssimo Oh Sehun também é amante de gatos? - Sorri enquanto me aproximava.
- Eu sempre amei, porém vivo viajando, e acho que Vivi não gostaria de dividir espaço com outro animalzinho. - Falava calmamente enquanto continuava a passar a mão no gato através da cerca.
PASSA A MÃO ASSIM EM MIM, Ô PORRA.
Não pude deixar de notar um band-aid colorido sendo coberto por seu casaco grosso.
- Vejo que aproveitou bem o presente que eu te dei. - Apontei para o mesmo.
- Eu fiquei muito agradecido. - Sorriu. - E também, eu gostaria de pedir desculpas por ter fugido daquele jeito ontem. Eu simplesmente não podia ser visto.
- Ei, está tudo bem. É a sua segurança e a dos meninos que está em jogo, não pode bobear. - Falei num tom compreensivo.
- Fico feliz que entende. - Sorriu mais uma vez e nessa hora eu já sentia meu coração acelerar muito. - Não está com frio? Você veio de pijamas para o lado de fora.
Na hora, arregalei os olhos. Esqueci-me completamente do fato em que estava usando um pijama RIDÍCULO.
- Puta merda, não havia percebido quando saí de lá, estava encantada com esse gatinho. - O felino agora dava voltas em minhas pernas.
- Qual dos gatinhos? - Sehun brincou e eu o olhei torto.
- Bom, acho que agora que eu já descobri de onde viam os miados eu posso voltar para a minha casa aquecida. - Disse esfregando as mãos em meus braços, em busca de controlar a temperatura do meu corpo.
- Ah, tudo bem então. - Coçou a nuca. - Te vejo por aí?
- Claro...aliás, você poderia me passar seu kakao? - Um surto de coragem me veio forte. - Quer dizer, se não for contra a ética da sua empresa ou vá te causar problemas, ou até mesmo se tu não qui...- Sehun cortou minha fala.
- Está com o telefone aí? - Ele ergueu a mão. Apenas concordei erroneamente, tirei o celular do bolso e coloquei em sua mão.
Ficamos em um minuto de silêncio enquanto ele parecia procurar a sí mesmo naquele aplicativo.
- Prontinho. - Devolveu em minhas mãos que, por conta dessa chuva de emoções, estava trêmula. - Agora, eu vou entrar. Tchau, gatinho. - Fez um ultimo carinho no gato.
- Tudo bem. Tenha um bom dia. - Sorri e corri para dentro de casa.
Dahyun POV
A rotina de trabalho nesta casa estava ficando cada vez mais fácil, os meninos têm cooperado muito de uns tempos para cá.
Estava na cozinha, terminando de colocar algumas compras exageradas dentro dos armários quando Baekhyun senta na bancada e começa a suspirar fortemente, como se quisesse chamar atenção.
- Precisa de algo? Achei que já tivesse organizado tudo em seu quarto. - Virei-me de frente para o mesmo, que se encontrava com a cabeça escorada sobre a madeira fria.
- Ela me vê como um monstro. - Fazia desenhos com os dedos sobre a mesa. - Eu não queria ter causado isso nela.
- Sobre o que está falando? - Era óbvio sobre o que era, mas eu queria saber profundamente.
- Vicky, é seu nome, não é? Ela disse que eu era mesquinho e coisas do tipo, que eu parecia mais carismático na TV. O que eu fiz para merecer isso? - Dizia de forma frustada.
- Aish, ela é muito dramática. Mas, podemos reverter isso facilmente. - Nessa altura do campeonato eu me sentia mais uma psicóloga do amor do que uma diarista.
- Sério? Como? - Deu um pulinho no banco e começou a prestar atenção em tudo o que eu dizia.
Expliquei o plano todo para ele, que pareceu concordar totalmente com isso. Mas, o assunto se cortou assim que D.O. ultrapassou a porta com uma caixa em mãos.
- Vish, chegou a minha hora. - Baekhyun levantou e correu para as escadas.
- Esses garotos. - Ri enquanto via aquela infantilidade. - O que é isso?
- Ah, que bom que perguntou, são caixas de fotos que estavam no porão todo esse tempo. - Dizia com um sorriso no rosto.
- Woaaaa, que incrível. Então aí devem estar fotos do meu antigo amigo Kyung também. - Eu estava realmente feliz com tudo aquilo.
- Kyung? - D.O. perguntou confuso.
- Você não sabia? Antigamente, tipo, uns 13 anos atrás, morava aqui um menino chamado Kyung...Kyung alguma coisa, e nós éramos muito amigos, muito próximos. Ele tinha os olhos enormes como os seus. - Sorri com tal semelhança.
- É mesmo? Isso parece muito divertido. Mas, o que aconteceu com esse tal de Kyung?
- Ele simplesmente se mudou, sem me deixar cartas ou explicar o que aconteceu. Pela idade que tínhamos eu procurei não me entristecer muito, vai que um dia ele lembra e volta. - Sonhar, nunca desistir.
Jady POV
Esses últimos dias têm sido uma caixinha de surpresas, cada vez mais loucos e sem nexo.
Eu havia saído mais cedo da faculdade e então fiquei andando por Myeongdong enquanto Vicky não saía do trabalho.
Todas àquelas luzes me atraiam como um inseto atrás de uma lâmpada. Era tudo tão colorido, tudo tão bonito, eu só queria poder entrar em todas as lojas e sair comprando tudo.
- Jady? - Ouço uma voz masculina me chamar e ao mesmo tempo uma mão tocar meu ombro. - Sou eu, o atendente da loja.
- Ah, olá. - O olhei intrigada. - O que faz aqui?
- Vim acompanhar alguns amigos que dançam por aqui. - Começou a andar junto a mim.
- Wow. E você, não dança? - Puxei assunto.
- Apenas quando algum membro se acidenta ou não pode comparecer no dia. Mas, me dou melhor na torcida, mesmo. - Sorriu alegremente.
- Ainda não me disse seu nome.
- Ahn Minhyuk. - Praticamente soletrou.
- Como o personagem do Dorama. - Cutuquei seu braço.
- Sim, realmente. Porém, eu sou mais bonito. - Ri de seu narcisismo.
Estávamos andando em direção a uma DAISO que havia ali, quando Vicky me manda uma mensagem.
"Onde tu está? Já saí do trabalho, te encontra no metrô em 10 minutos.
- Vicky-ykci"
- Essa não. - Resmunguei.
- Aconteceu algo? - Minhyuk olhou-me com certa preocupação.
- Não, está tudo bem. Apenas que eu terei de te abandonar agora. - Fiz um beiço.
- Ah, é realmente uma pena. Mas, onde você vai?
- Vou encontrar uma amiga para assim irmos para casa. - Dizia enquanto digitava de volta para Vicky.
- Ah, sendo assim, eu vou junto. - Olhei torto para o mesmo. - O que foi? Eu ja tenho tudo o que preciso - levantou as sacolas - e também eu moro naquele bairro.
- Hmmm, sendo assim, Let's go, Bro. - Fiz um sinal que o mesmo não entendeu. - Foi mal, é a convivência.
Vicky POV
Estava sentada em um banco escutando música quando Jady chega acompanhada de outro garoto.
- O que está acontecendo aqui? - Levanto-me e vou em sua direção.
- Nada, ele é apenas um amigo que mora no mesmo bairro. - Suspirou. - Minhyuk, esta é Vicky. Vicky, este é Minhyuk.
Nos saudamos timidamente.
Para resumir, foi uma das viagens de trem mais constrangedoras de toda minha vida. Todos amontoados na porta e eu de cara com o tal menino. Tenho que lembrar de matar Jady quando chegar em casa.
Ao chegarmos, deixei Jady se despedindo do garoto e corri para dentro.
- Galerinha, cheguei! - Gritei enquanto tirava os sapatos apertados
- Orra, já estava na hora. - Dahyun foi a primeira a me receber.
- Também estava morrendo de saudades. - Falo ironicamente.
- Não se anime muito, você vai AGORA pedir desculpas ao Baekhyun por ontem. - Cruzou os braços em minha frente.
- Eita preula, essa eu quero ver. - Carol apareceu como um vulto segurando um balde de pipocas.
- Não vou, não. - Discordei muitas vezes, tantas vezes que meu pescoço chegou a estalar.
- Vai sim, não tens escolha. - Já ia me puxando pelo braço para recolocar os sapatos.
- Quem não tem escolha? - Jady finalmente entra, fechando a porta.
- A novela mexicana aqui. - Carol responde.
Dahyun me arrasta até a frente da casa dos mesmos e me empurra sobre as escadas, fazendo com que eu quase tropece e quebre dois dentes.
- Eu não vou falar nada. - Cruzei os braços.
- Vai sim, é o meu emprego e a integridade desses dois grupos que estão em jogo. - Dahyun cochicava enquanto se abaixava atrás de um arbusto.
-Respira fundo, Vicky, o não tu já tem. - Subi silenciosamente os degraus e toquei a campainha.
Quando eu estava pronta para fugir, a porta se abre, revelando o rosto de quem eu mais esperava e menos queria, Byun Baekhyun.
- É bom vê-la novamente. - Tá legal, isso foi cinismo ou ele só fala num tom assustador sempre?
- Olha só, eu não vou me prolongar muito pois essa novela está muito grande. Eu sinto muito por ter ficado bêbada e feito todo aquele drama na sua frente. - Desabafei. - Ainda mais não saber distinguir minha amiga de um ser como você. - Ele me ouvia atenciosamente. - Eu sinceramente não penso que você seja estúpido ou qualquer coisa que eu tenha te chamado, muito pelo contrário. Eu apenas fiquei magoada em questão do pedido de desculpas, mas, agora que eu errei também, eu finalmente consigo entender o seu ponto de vista. Me desculpe. - Descarreguei tudo o que eu tinha.
Baekhyun estava extasiado em minha frente, sua boca tentava se mover mas as palavras simplesmente não saíam de forma alguma.
- Tudo bem se não quiser aceitar, foi uma atitude horrível da minha parte e eu estou pronta para arcar com as consequências.
- N-n-não. - Gaguejou. - Está tudo bem, Vicky, de verdade. - Ele já sabia meu nome? - Eu fiquei preocupado com você, só que eu não sabia como demonstrar isso no momento e talvez eu tenha sido um pouco debochado. - Riu. - Mas eu nunca quis magoar-te, nunca me deu um motivo para eu agir assim.
- Então, estamos de bem? - Ergui minha mão para que ele apertasse.
- Deboístas. - Segurou leventemente minha mão, o que me causou um arrepio estranho na espinha. - A propósito, o meu casaco caiu perfeitamente em você.
- Quê? - Senti meu rosto todo queimar.
Nessas horas eu entendo os avestruzes.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.