Por Justin
A Alana estava toda radiante e muito bonita também.
Esse é um dos meus maiores problemas da noite, além, é claro, de tentar manter o meu disfarce como Jason, seu assistente.
Tudo está dando certo no evento e a Lana está indo muito bem conversando com várias pessoas importantes para o sucesso da Sunshine, mas por algum motivo ela não veio com a aliança dela e não quero que algum desses caras pensem que ela está disponível. Por isso passei o tempo todo ao seu lado, até porque estou aqui como o seu assistente, eu tenho que ficar ao seu lado para no caso ela precisar de alguma coisa. Só que a Lana logo se irritou com isso e me mandou dar uma volta.
Por isso eu estou aqui falando com no celular com a Maddie, enquanto ela está lá falando com aquele cara. L. Smash faz sucesso com as crianças, mas aquele outro cara que anda sempre com ele tem fama com as mulheres e não quero que ele tente nada com a minha Alana.
—Você ouviu o que eu disse, Justin?
—Sim, eu ouvi Maddie.
—E aí?
—Não sei, é arriscado fazer isso você não acha? Se a Lana descobrir, não vai acabar bem.
—Calma que ela não vai descobrir, meu plano é muito bom.
—Esse seu plano.... Tenho certeza que, quando ela descobrir o seu plano, vai sobrar pra mim.
Olhei mais uma vez em direção a mesa onde Lana estava e já nos os vi mais. Olhei para os lados, procurando-os em meio à multidão e nada. Quando finalmente a encontrei, reconhecendo seu vestido, os vi entrando no elevador.
Não! Não! Não!
—Olha, Maddie eu preciso desligar, depois volto a falar com você.
—Aconteceu alguma coisa, Justin?
—Ainda não, depois eu te ligo. Continue cuidando da sua irmã e vá logo dormir.
—Como você fala que vai me ligar e depois pede que eu vá dormir cedo? Você parece nervoso, aconteceu alguma coisa, não é? Não me diga que você já fez besteira?
—Maddie, eu tenho esmo que desligar. Até mais.
Desliguei o celular, sem dar tempo da Maddie começar a falar alguma coisa, apenas ouvi ela e Mike gargalhando ao fundo. Guardei o telefone e fui desviando das pessoas o mais rápido que conseguia, mas não consegui chegar a tempo de impedir o elevador de sair.
Fiquei parado observando onde ia parar e corri para as escadas. 15 andares depois e lá estava eu, completamente sem folego. O corredor estava vazio, para o meu total desespero. —Para onde eles podem ter ido? – Pensei já discando para o numero dela.
Alguns toques e nada dela me responder, então fiz o que qualquer pessoa faria, comecei a bater em todos os quartos daquele andar. A maioria parecia vazio, então não parei muito para esperar resposta. Quando parei em frente a porta, pronto para bater no quinto quarto do andar, ouvi certos ruídos estranhos vindos lá de dentro. Mas aqueles não eram simples ruídos e sim gemidos. —Gemidos??
—Não, Lana. Porque você fez isso comigo, Alana.... Porquê? - Batia incansavelmente na porta desesperado. — Não creio que você aceitou isso, ir pra cama com alguém só para conseguir um contrato.
Continuei batendo até que um homem zangado abriu a porta. Devolvi a cara de bravo e passei por ele entrando no quarto só notando então que a mulher na cama não era nem de longe a minha.
—Er… me desculpem! Quarto errado. - Sai de lá o mais rápido possível.
Que fora eu dei, pior vai ser se a Lana descobrir…
Lembrei do restaurante que fica no terraço e corri para lá, onde fiquei aliviado em vê-la, toda bonita, sentada a meio metro do tal cliente.
—Me desculpe o atraso, chefa. - Eu disse, já puxando a cadeira ao seu lado e me sentando. —Um dos donos da W.S gosta de contar histórias.
—Isso é jeito de chegar? – Ela me perguntou, tentando não parecer nervosa, enquanto o Sr. Smash ria.
—Deixe, não há nada de mais. - Ele disse ainda rindo. — Quem é o rapaz?
—Sou o assistente da dona Alana, prazer em conhecer. Me desculpe chegar assim é que estava cuidando dos contatos da minha chefe, como o senhor pode ver ela está um pouco apreensiva, pois o seu contrato é o mais importante, com ele poderemos salvar a empresa. Mas, não podemos nos esquecer dos nossos outros clientes e fornecedores – Falei todo orgulhoso, pois Jason é um rapaz que ama o seu trabalho e a sua chefe também.
—Jason! – Lana me deu um cutucão por debaixo da mesa, que me deixou dolorido. —Me desculpe, ele é um pouco ansioso demais e tagarela também.
—Não se preocupe, ao contraio, pessoas assim são as melhores. Sempre tem alguma boa ideia.
Lana olhou para mim, ainda parecia que iria me bater por falar demais. Sorri e dei uma piscadinha para ela que acabou rindo.
—Viu só chefe, você deveria me recompensar por isso.
—Fica quieto, Jason.
A conversa seguiu tranquila. Tudo estava encaminhado e já estava combinado que o contrato seria assinado daqui há três dias. A conversa já ia terminar quando o mesmo cara irritado, que eu invadi o quarto e o acusei de estar com a minha esposa apareceu.
– Isso não vai acabar bem. – Comentei baixo, tentando não ser notado ali.
—Esse é meu agente, Zac. – Smash disse ao que o rapaz se aproximou da mesa. —Zac, esses são Alana Willians, e seu assistente Jason alguma coisa.
—Prazer em conhecê-la. – Ele cumprimentou a Lana com um beijo e depois veio na minha direção para me cumprimentar com um aperto de mão, mas parou assim que me reconheceu. — Você aqui?
—Os dois já se conhecem? – Smash, perguntou confuso.
—Só de vista. – Comentei dando de ombros sem jeito, mas o cara riu.
—Por acaso, ele estava batendo incessantemente na porta do meu quarto. – O tal Zac disse, ainda rindo. —Berrava desesperado e indignado que não conseguia acreditar que uma tal de Lana, tinha aceitado ir para cama com alguém só para conseguir um contrato.
Na hora a Lana ficou vermelha, não sei era mais de vergonha ou raiva de mim, só sei que pelo seu olhar ela estava com vontade de me bater se pudesse.
—Eu posso explicar… - Tentei dizer, mas ela me interrompeu.
Lana pediu licença e me puxou para o outro lado do restaurante, onde os dois não pudessem nos ouvir ou ver. Alana ficou alguns minutos me encarando furiosa e fazendo barulhos, exatamente como ela fazia quando estava brava por eu ligar para ela de madrugada pedindo que ela bancasse minha ex namorada para fazer alguma mulher ficar com pena de mim e sair comigo da boate, mas isso não vem ao caso agora.
—Posso me explicar agora? – Perguntei.
—Explicar? Não tem o que explicar aqui. Como você pode pensar assim de mim? —Poxa vida, Jason.
—Laninha…- Disse, mas logo notei a grande besteira que eu fiz. Laninha? Não deveria ter chamado ela assim, ela vai descobrir que eu sou eu.
—Não me chame assim, eu sou a sua chefe. – Ela berrou e dois falou um monte de coisa, tão rápido e enrolado que era impossível de entender. No fim ela me empurrou e saiu. — Idiota!
Realmente, sou um idiota. Estraguei tudo. O que eu vou fazer agora?
Peguei o celular e voltei a ligar para a Maddie, foi ela que inventou esse plano maluco de me colocar como assistente da Alana, então ela deve conseguir me dar uma ideia.
Contei tudo o que aconteceu e depois de quase quinze minutos de bronca, ela resolveu me ajudar.
—Você não acha que ela vai desconfiar? O Jason vai embora e do nada aparece o Justin.
—Não vai desconfiar, a Lana está muito brava e quando ela está muito brava ela não pensa direito. Foi assim que ela resolveu te escutar e falar de divórcio.
—É, você tem razão.
—Eu sempre tenho razão. Se você deixasse de ser um bobo e fizesse certinho o que eu te passo você e a Lana já estariam juntos.
—Olha Maddie, não esqueça que eu ainda sou o seu pai, você não pode falar assim comigo.
—Certo, me desculpe senhor. - Ela disse séria, mas podia imaginar ela revirando os olhos do outro lado da linha. 0ùAgora, vai lá e tente se redimir com a Lana do jeito que eu falei... Boa sorte, seu bobo. Digo, boa sorte papai.
Me despedi da Maddie, desliguei o celular e fui fazer o que a pequeno gênio do mal disse. Fui até meu carro, que estava estacionado há uma quadra do evento, onde havia deixado hoje cedo, antes de ir buscar a Lana e troquei a roupa que estava por outra que havia deixado ali.
Para voltar a entrar no evento, troquei a credencial de Jason por uma em meu nome que fiz no mesmo dia em que reservei para a Lana e seu assistente. Não precisei procurar muito para encontrá-la.
Lana estava em um canto mexendo no celular, tentando ligar para o Jason, pelo que consegui notar. Sorte que deixei o celular dele no carro, ou teria problemas.
—Onde você se meteu, seu cabeça de vento tagarela.
—Estou bem aqui. – Falei. Lana deu um pulo de susto.
—Justin? O que você está fazendo aqui?
—Esse é um evento e eu costumo ser convidado para esse tipo de evento, você se esqueceu?
—Não, mas esse não é o tipo de evento que você vem.
—Existe uma primeira vez para tudo. – Dei de ombros. Lana ainda parecia desconfiada. — Está bem, eu pensei que você estaria aqui, por isso vim.
—Agora sim, faz sentido. - Ela olhou o celular e foi se afastando de mim. —Preciso ir, preciso encontrar meu assistente pra ir embora.
—Estava com saudades. – Falei ignorando tudo o que ela disse. — Queria conversar com você.
Lana parou e se virou para mim. Já não parecia tão brava como antes.
—Sobre o que?
—Sobre tudo. Sinto falta de quando nós conversávamos sobre as coisas, principalmente quando você me aconselhava.
—Você mesmo disse que eu interferia demais na sua vida.
—É, mas você sabia mais de mim do que eu mesmo. Você brigava comigo, mas sempre me ajudava. Eu preciso muito conversar com você, Lana.
—Certo, vamos dar uma volta então.
Alana aceitou dar uma volta comigo e eu agradeci mentalmente a Maddie pela ideia, jurava que não daria certo, mas no fim, acabamos indo até a doceria favorita dela.
—Você está querendo me agradar de alguma maneira?
—Sim, estou. Espero que esteja funcionando. – Alana riu, balançando a cabeça em desaprovação. —Se não estiver então pode ir embora, mas você vai perder o bolo de morango que eu pedi para você.
—Então você vai ter o tempo entre o bolo chegar, para falar. O que você queria tanto falar comigo, senhor Bieber?
—Alana, eu queria muito que você me perdoasse por tudo. Como sempre eu fui um idiota e fiz besteira. Não quero mais ficar sozinho naquela casa, preciso de você e das meninas.
—Justin...
—Não, Lana. Por favor, não coloque um “mas” onde não tem.
—Você não entende, não é?
—O que eu não entendo é porque você não me dá uma chance. Já aprendi a minha lição, não devo sair confiando nas pessoas por aí. Você tem razão em desconfiar que o filho da Yasmim não é meu.
—Eu não desconfio, eu tenho certeza.
—Pois é você tem certeza e eu deveria ter escutado você.
—Deveria mesmo, mas sempre foi assim. Você fazia alguma coisa, eu tentava de avisar que era besteira, você ignorava, fazia mesmo assim e depois vinha arrependido, com isso eu acabava resolvendo tudo para você. Mas agora eu não sou mais a sua assistente, não vou resolver a sua bagunça.
Quase não reconheço a mulher na minha frente, se não fosse o brilho que surge em seus olhos quando estão focados nos meus, não diria que essa é a minha Alana. A divertida e atrapalhada assistente pela qual me apaixonei.
—Laninha... – Comecei a dizer. Mesmo sabendo do risco de ela reconhecer que o Jason a chamou assim mais cedo e ligar uma pessoa a outra, resolvi arriscar. Só eu a chamo assim.
—Justin. -Ela deu um sorrisinho torto e vi nele a minha chance, me sentei mais perto dela e peguei sua mão. — Dessa vez o seu charme não vai ganhar.
—Por que não?
—Esse tempo em que estamos separados eu tenho pensado em tantas coisas, fora que você ganhou um concorrente à altura.
Na hora que ela disse, senti como se um balde de agua gelada tivesse atingido bem na cabeça.
—Um concorrente? Você está de brincadeira não é, Alana?
—Jamais brincaria com algo tão sério assim.
—Então quem é?
—Ah, você não o conhece. – Ela deu de ombros dando uma garfada no bolo que a garçonete acabara de servir. —Ele é da editora.
Rapidamente, comecei a listar todos os funcionários da Sunshine, mas não conseguia ter Ideia de quem poderia ser. Alana conversa com todos, até porque ela é a chefe. Mas ela é próxima mesmo apenas de algumas pessoas e entre essas pessoas não tem ninguém que poderia conquista-la assim.
A menos que ... A Lana está apaixonada pelo Jason? Que no caso sou eu mesmo, mas ela não sabe disso.
Ela estar apaixonada por um cara que na verdade sou eu, é bom ou ruim?
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