handporn.net
História Fate Grand (Dis)Order - Novo Membro? - Prólogo - História escrita por _Sparagmos_ - Spirit Fanfics e Histórias
  1. Spirit Fanfics >
  2. Fate Grand (Dis)Order >
  3. Novo Membro? - Prólogo

História Fate Grand (Dis)Order - Novo Membro? - Prólogo


Escrita por: _Sparagmos_ e EquinoxEnd

Notas do Autor


Hello~ olhe só quem apareceu. Venho aqui lhes apresentar Fate Grand (Dis)Order! É uma ideia antiga que "eu" tive mas que nunca criei coragem pra escrever.

Eu e minha querida amiga, que também é a coautora dessa fic maravilhosa (E que escreveu boa parte do capítulo) resolvemos trabalhar nisso. Vocês sabem, por diversão.

Não é uma fic pra ser levada a sério, muitos dos capítulos que ela pode vir a ter não serão conectados ou sequer se passarão no mesmo cenário e com os mesmos personagens. É apenas uma coletânea de eventos sobre qualquer coisa que possa vir a nos entreter.

Seja algo sério ou descontraído, tudo tá valendo. Sendo assim, fiquem com o primeiro capítulo dessa saga.

Capítulo 1 - Novo Membro? - Prólogo


Fanfic / Fanfiction Fate Grand (Dis)Order - Novo Membro? - Prólogo

 

— Bom trabalho pessoal! Conseguimos uma ótima quantidade de embers, finalmente podemos descansar! — a jovem vestida com o traje de combate de Chaldea disse batendo palmas animadamente, sua fala foi recebida por expressões alegres dos servos que estavam à sua frente. 

 

— Ah, uma longa e merecida pausa~ — o pequeno mago de cabelos azuis se alongou como se retirasse o restante de suas dores musculares. 

 

Com um sorriso a mestre assistiu seus servos conversando, alguns questionando o que haveria de almoço, outros comentando sobre as técnicas de batalha utilizadas na missão, resolveu se aproximar de duas servas que conversavam de forma descontraída. 

 

— Olá mestre, precisa de algo? — Arturia, classe Lancer, ao perceber a presença da jovem abriu um leve sorriso. 

 

— Yup, vim avisar que pode os materiais para aumentar o nível de suas habilidades já estão prontos, só ir até Da Vinci… — acariciava a bela montaria do rei dos cavaleiros enquanto falava, Dun Stallion parecia gostar de algumas carícias atrás da orelha. 

 

— Meeestre!! E minhas habilidades? Já esqueceu de mim? — Ishtar, da classe Rider, exclamou de forma dramática enquanto passava um dos braços sobre os ombros da jovem Magus que riu em resposta. 

 

— Você sabe que não é a única Rider de Chaldea, certo? E além do mais suas habilidades já estão em um ótimo nível! 

 

Com uma leve cotovelada que recebeu da jovem, Ishtar apenas fez beicinho, por mais que tivesse os materiais chaldea se encontrava em alguns… Problemas financeiros… Principalmente depois de uma brincadeira bem destrutiva entre alguns servos.

 

— Senpai! — ao escutar a voz conhecida, a mestre de chaldea se virou para encontrar sua querida kouhai de cabelos violetas.

 

— Mash! Acabamos de voltar da missão. Algum problema? 

 

A ex-servo da classe Shielder se aproximou, sorriu para Arturia e Ishtar que devolveram o gesto. 

 

— Da Vinci tem uma notícia importante, temos que ir até a sala de controle. 

 

— Algo importante…? Uma nova singularidade?

 

— Bem, não exatamente… Aparentemente a associação dos magos, enviou mais um mestre.

 

— O QUE? — Mestre, Lancer e Rider não conseguiram suprimir o (quase) grito de surpresa chamando a atenção dos poucos servos que ainda estavam lá e algumas pessoas que passavam pelo corredor. 

 

(...)

 

Palavrões coloridos escapavam dos lábios da mestra de Chaldea, o semblante nada contente estava ainda mais sombrio e com uma carranca profunda. Mash não sabia o que dizer, apenas olhava preocupada para sua senpai. 

 

Depois de quase cinco singularidades, mandavam um outro mestre justo agora? Era um insulto para as capacidades da mestra que havia lutado sozinha ao lado dos servos. 

 

Com a passada pesada ia marchando até a sala de comando, parecia que todo o bom humor de um ótimo dia de “farm” nunca havia existido. Ao se aproximar da quarto central, já podia ouvir a voz animada de Da Vinci e Roman… Junto com uma terceira que ainda não conhecia.

 

E nem desejava… 

 

Com um suspiro profundo, passou pela porta automática, escaneou a sala encontrando-a 

quase vazia, somente três figuras no local. 

 

— Mestre Equinox! Que bom que chegou, estávamos justamente falando sobre você! — Roman disse alegremente, o diretor interino tinha uma xícara de café na mão. 

 

Equinox encarou brevemente o novo “mestre”, sua carranca se aprofundando por um momento, até que ela abriu um sorriso meio irritado. 

 

— Espero que sejam apenas coisas boas… 

 

— Senpai, estávamos esperando você voltar para que pudesse apresentar os servos para Raven-Senpai. 

 

A fala delicada de Mash fez com que a sobrancelha de Equinox tivesse um leve espasmo, o cara não estava aqui nem um dia e a shielder já o chamada de Senpai também? 

 

— Claro, claro. Sou Equinox, a última mestra de Chaldea… Até agora pelo menos… E Você é? 

 

Estendeu a mão para cumprimentá-lo, o novo mestre era, sem dúvidas, mais alto que Equinox. Tinha olhos azuis escuros e cabelos cinzentos bagunçados, vestia o traje uniformizado de mestres. 

 

— Raven, é um prazer. Da Vinci e Romani contaram muitas coisas quase inacreditáveis sobre suas aventuras das singularidades, espero que possamos trabalhar juntos.  — o rapaz aceitou o gesto e se comprimentaram cordialmente.

 

— Noxie, querida~ Já mostramos grande parte de Chaldea para ele, mas pode mostrar a área de convívio e a cafeteria? Aproveite e já apresente o novo mestre, afinal vocês terão de dividir o contrato de alguns servos. — Da Vinci cantarolava enquanto tomava um gole de café da própria xícara, mas conseguiu reparar a forma que a face de Equinox se fechou ainda mais ao saber da nova informação.

 

— Dr. Romani, Da Vinci… Posso falar com vocês? — deu um olhar de esgueio para o jovem que estava ao lado de Mash. — A sós?

 

— Claro, Mash pode ir com Raven lá fora por um momento?

 

— S-sim, vamos lá!

 

A jovem de cabelos violetas levou o outro mestre com ela para fora da sala, tinha a impressão que o clima da sala havia esquentado e sabia como sua amiga não tinha um temperamento muito calmo.

 

(...)

 

Ao sair da sala, ambos se aproximaram da parede oposta e se encostaram nela, Mash olhava para as mãos de forma preocupada, depois da cena com Equinox não sabia como agir e o que dizer para o novo colega. 

 

— Ela é sempre tão esquentada? — Raven estava com uma face relaxada, não parecendo muito preocupado com a forma em que a outra mestre o havia encarado. 

 

— A-ah..Algumas vezes na verdade, estar exposto a tantos perigos facilmente deixa alguém irritado. — a jovem ajeitou os óculos, talvez as coisas não estivessem tão ruins lá dentro, certo?

 

Errado. 

 

Ao pensar que Equinox poderia estar tendo uma conversa racional e temperada, escutou a voz da mestre esbravejando. As palavras não eram claras, mas coisa boa certamente não era, fitou brevemente o rapaz ao seu lado e percebeu que já havia entendido a situação em que estava.

 

Num breve momento de silêncio, a mestre de Chaldea saiu com os passos pesados da sala com os dentes cerrados, parecia pronta para atacar o jovem a qualquer momento. Com uma respiração profunda, pareceu engolir sua raiva por um breve momento. 

 

— Mash, Romani quer falar com você… Nos encontramos na cafeteria para o jantar, okay? — abriu um leve sorriso para a dupla que esperava.

 

— Pode deixar, senpai! Já alcanço vocês!

 

A Shielder rapidamente entrou na sala, deixando os dois sozinhos e o sorriso de Equinox sumiu rapidamente assim como apareceu.

 

— Vamos logo. 

 

Com um aceno de cabeça, o jovem passou a seguir sua nova companheira mestre que não parecia querer nenhum tipo de conversa com ele. O silêncio era desconfortável, o passo de ambos eram quase rítmicos. 

 

— Escuta aqui novato… — Equinox se virou para Raven, os olhos carregavam angústia e raiva, não era mistério para ninguém os motivos. — Eu não passei por cinco singularidades, quase morri tantas vezes para um mago de quinta categoria vir aqui e achar que pode roubar meu lugar, entendeu? Se tivermos que trabalhar juntos tudo bem, mas cada um no seu devido espaço. Afinal, eu não vi todos os meus colegas morrerem naquela explosão para um idiota da associação vir aqui e achar que pode roubar todo nosso trabalho… 

 

Não deu nem oportunidade para o rapaz responder, apenas virou as costas e continuou andando pelos corredores. 

 

(...)

 

A pequena incursão não demorou muito, Chaldea era um lugar fácil de se navegar para aqueles que conheciam seu layout.

 

Como era de se esperar, qualquer assunto adjacente ou conversa era resumida a apenas alguns suspiros de exasperação ou murmúrios disfarçados de reclamação.

 

Noxie liderou o novo colega pelos corredores monocromáticos da instalação, o cheiro de produtos de limpeza usados mais cedo faziam seu nariz formigar. Mas, junto com ele, o aroma de comida criava água em sua boca.

 

Não que ela fosse demonstrar isso é claro.

 

— Chegamos. — curta e grossa a garota anunciou aquele detalhe, se empertigando para abrir as portas duplas da cafeteria.

 

A ala de alimentação de Chaldea era espaçosa, talvez sendo um dos recantos mais abundantes nesse quesito, contando com diversas mesas e bancos dos quais o pessoal poderia utilizar para desfrutar de alguma refeição.

 

Originalmente tal lugar era reservado para o amplo elenco de profissionais e magus que faziam parte da organização, mas acabou sendo reaproveitado para o uso dos membros restantes e dos inúmeros Servos que ocupavam tal recanto.

 

— Uau… — Raven disse para si mesmo, impressionado. Com os olhos um tanto mais brilhantes o rapaz mirava o olhar em cada canto possível, fascinado com a acumulação de tantas figuras históricas em um único ponto.

 

Ele havia lido os relatórios, sabia da situação que Chaldea se encontrava. Bem como a grande seleção de Espíritos Heróicos que habitavam suas paredes.

 

Mas aquilo? Era como entrar em uma loja de brinquedos! Em uma das mesas ele conseguia ver um minotauro, comendo em silêncio ao lado de uma garotinha que parecia se vangloriar de algo.

 

Um grupo de cavaleiros ocupava outro posto, rindo e tagarelando enquanto um deles parecia estar irritado com algo.

 

E, por um momento, Raven acabou por encarar uma mulher de olhos fumegantes. Com os cabelos brancos como neve, e um curioso par de chifres no alto de sua testa.

 

A moça, em um gesto cordial, levantou uma mão em sinal de cumprimento; algo que foi retribuído mesmo que sem muito certeza por parte do rapaz, aquilo foi realmente para ele?

 

— Ei… — Noxie vigiou toda a interação em silêncio, sentindo uma sobrancelha saltar de forma involuntária. Primeiro Mash, e agora…

 

— Mestre! Então finalmente decidiu se juntar a nós! Venha, reservei um lugar na minha mesa dessa vez. — uma voz forte capturou a atenção da dupla, jovial e cheia de energia mesmo que um tanto cínica.

 

Ambos os magus fitaram a figura que se aproximava, era um homem; alto e magro, o corpo esguio se mantinha forte por incontáveis batalhas. A pele clara era marcada por sigilos e sinais vermelhos que eram tapados por uma braçadeira azul que cobria boa parte de seu braço direito.

 

E por um momento Noxie se permitiu sorrir, cumprimentando o Servo com um olhar divertido.

 

— Dessa vez se lembrou de mim Cú?

 

— Ora, não diga bobagens. A única razão por eu não ter oferecido um lugar naquela vez foi por culpa de Medb… Sabe como aquela louca é. — disse o sujeito enquanto coçava a própria bochecha. Um colar com uma lua prateada pendia sobre seu pescoço, balançando a cada passo que ele tomava.  — Mas visto que ela está ocupada hoje, graças aos deuses, eu lhe permitirei essa chance!

 

— He, isso parece charmoso.

 

— Concordo! — o herói riu com sua afirmação, pausando por um instante quando seus orbes vermelhos se encontraram com o novo integrante ao lado de sua mestre. — ...E quem seria esse?

 

A pergunta foi um lembrete ligeiramente amargo para Equinox. A garota bufou pelo nariz, cruzando os braços pelo busto sutil enquanto encarava seu novo parceiro.

 

— Ele é… Um novo mestre que foi mandado pra nos auxiliar. — ela realmente não estava com o humor de explicar todos os detalhes, na verdade, nem ela mesma sabia de tudo. Chaldea era independente, mesmo que estivesse na maior parte do tempo sob maus lençóis.

 

Receber a ajuda da associação poderia ser a tentativa por parte da mesma em vigiar o que ocorria por lá. E isso não a agradava.

 

— Um novo mestre…? — curioso Cú Chulainn se aproximou, colocando uma mão sobre seu queixo enquanto encarava o novo integrante da organização com julgamento. — Hmmm… Não me parece grande coisa.

 

O comentário poderia não ser muito gentil, mas não carregava hostilidade alguma. Fato que se gravou na mente de Raven que, mesmo se sentindo desconfortável sob o olhar do homem de cabelos azuis, não ousou ditar algo na esperança de manter a calma entre eles.

 

— Heh! — Cú, percebendo a tensão por parte do garoto deu mais um sorriso afiado, se endireitando para depositar um tapa em seu ombro. — Não precisa se preocupar moleque! Desde que escute as instruções da sua veterana vai ficar bem, pelo menos até pegar o jeito da coisa. Qualquer aliado é bem vindo aos meus olhos!

 

Bem, aquilo era um alívio.

 

— Ah-haha! Eu agradeço por isso. — Raven retrucou, tentando expressar o sentimento de agradecimento. Ele esperava algo mais… abrasivo. — Você é mesmo Cú Chulainn não é…? O herói da mitologia celta?

 

A indagação fez o Servo arquear uma sobrancelha. Inclinando o rosto com um sorriso puxado.

 

— Minha fama me precede. Claro que sim! Em pessoa… Ou pelo menos uma delas.

 

— Ãh? Como assim uma delas?

 

O papo teria sua devida continuação, mas acabou sendo interrompido pela terceira integrante. Ela já estava se sentindo um tanto excluída.

 

Pigarreando Noxie tratou de quebrar o assunto, direcionando a atenção dos homens para si novamente.

 

— Eu realmente odeio ter que interromper isso… — não, ela não odiava. — Mas eu realmente preciso mostrar o novato para o restante do pessoal.

 

— Mas é claro. — ele poderia ter azar com mulheres, mas até mesmo Cú sabia ler as entrelinhas. Assentindo o Servo cujo os cabelos estavam curtos e espetados se virou, acenando por cima do próprio ombro em despedida. — Se precisar de qualquer coisa é só chamar mestre, o convite ainda está de pé.

 

Ele parou, fitando o rapaz por um momento.

 

— Isso inclui você também garoto. — e com isso ele seguiu seu caminho.

 

Dito e feito eles continuaram em sua caminhada até o cômodo principal, ou em outras palavras, a cozinha. Não que fosse realmente um ponto de interesse super importante, mas é que Noxie estava faminta… Ela não queria prolongar sua fome com um tour desnecessário.

 

— Ah por favor Emiya! Eu só quero uma porção a mais, passei o dia inteiro na sala de treinamento com os Berserkers!~ — disse uma voz feminina cheia de manha. Sua dona estava deitada sobre o balcão de entrada da cozinha, chorando lágrimas de crocodilo com a boca toda trêmula.

 

— Eu já te disse, sem porções extras! Você já comeu a sua parte duas vezes! Tem mais gente com fome por aí! — o homem esbravejou severamente, com um avental rosa e cheio de corações estampados ele não parecia muito ameaçador. — E você mereceu esse castigo! Ou por acaso esqueceu de quem foi a culpa do sistema de encanação ter sido interditado por dois dias?

 

— Mas eu só queria dar o troco naquele convencido! Ele disse que eu estava ficando gorda!

 

— Então pare de comer! Espera, heróis não engordam!

 

Ishtar tentou suplicar um pouco mais, chorando entre protestos e gritos de rancor. Seu corpo estava doendo, como ela queria ser sua contra parte Rider naquele momento!

 

— Ah… algum problema? — foi Equinox que fez a pergunta, chegando com Raven em seu encalço a garota escutou boa parte da troca verbal dos dois Archers. E ela não estava impressionada.

 

— Não, nenhum. — Emiya afirmou, limpando as mãos com uma pano úmido. De relança ele viu Ishtar lhe mostrando a língua, mas ele resolveu ignorar por hora. Colando as mãos na cintura o Servo de pele morena se pronunciou para sua mestre. — Qual o motivo da demora? Você não costuma levar tanto tempo pra vir no almoço, principalmente num domingo.

 

— Oh~ Ele parece uma mamãe.~

 

— Calada Ishtar… — sinceramente, aquela garota lhe dava dor de cabeça. — Não me diga que estava tentando invocar outro Servo.

 

Noxie levantou as mãos, abanando-as junto com sua cabeça para mostrar sua negação. Emiya não era um grande fã de seus hábitos… Não que ela fosse parar.

 

— M-Mas é claro que não! — bem, pelo menos daquela vez era verdade.

 

— Hm. E eu devo acreditar… — o cozinheiro oficial de Chaldea pausou por um momento, escutando o som de várias panelas caindo sobre o chão. — Tá tudo bem aí Cat?

 

Do outro lado das portas o grupo escutou a voz frenética de uma garota, dava pra sentir até mesmo o nível de "atrapalhação" dela.

 

Claro! Não se preocupe nyah!~

 

— ...Certo. — Emiya murmurou, passando a mão pelos cabelos brancos com um suspiro. Voltou-se para a tigela de vegetais que repousava ao lado da pia. 

 

— Precisa de alguma ajuda Emiya? — Equinox questionou o servo enquanto amarrava os cabelos num rabo alto. 

 

— Se não tiverem muito para fazer, poderiam me ajudar a terminar de cortar os legumes e verduras para a salada.

 

— Seria um prazer ajudar. — Raven se aproximou pegando uma das facas e entregando-a para a outra mestre, em seguida pegando uma para si.

 

— Imagino que seja o novo mestre que Ishtar comentou sobre? — o moreno entregou a tigela para o rapaz que foi até o balcão, colocou um nabo sobre a tábua de corte e começou a picar em seu próprio ritmo.

 

— Eh? Então é ele? Eu não esperava alguém assim! — Ishtar… A Archer comentou. Apoiando o resto sobre as mãos enquanto colocou os cotovelos sobre o balcão, seu corpo flutuava sem problemas.

 

— Sim, fui convidado a trabalhar aqui pela Associação, as notícias do ocorrido aqui chegaram até a Inglaterra rapidamente. — Equinox chegou ao lado de Raven e deu um leve toque no braço como se fosse um “Chega para lá”, pegou um tomate e também começou a trabalhar.

 

— Hmm, entendo. Ainda é surpreendente eles mandarem alguém, e já fazem alguns meses, tínhamos dúvidas se qualquer ajuda viria. 

 

O archer comentou enquanto mexia uma das panelas que emanava um delicioso cheiro.

 

— Podemos dizer que o processo de escolha para um novo mestre não foi muito fácil e…

 

— Ouch! — a exclamação de Equinox chamou a atenção dos dois homens, a jovem tinha o dedo na boca, provavelmente havia se cortado. 

 

— Ainda não melhorou suas habilidades culinárias hein mestre? — com uma leve risada, Emiya estendeu as mãos para a mestre que entendeu a mensagem, mostrou a ponta meio sangrenta. — Vá pegar um Band-aid com a Cat, podemos cuidar do resto e não coloque o dedo na boca, pode infeccionar! 

 

— Okay, mamãe! Vou falar com ela. — Noxie falou, arrancando um grunhido de Emiya. Não importa, ele já estava acostumado, o problema era a risadinha de Ishtar.

 

Repousando a faca no balcão, a magus se dirigiu até a outra divisória da grande cozinha.

 

— Hey Cat! — a magus chegou perto da Berserker passando a mão não machucada na cauda macia da raposa.

 

— Olá mestre, veio checar o almoço? Vamos ter várias carnes hoje, nya~ 

 

— Queria eu! Acabei me cortando, vim ver se tem um Band-aid por aqui. 

 

Colocou um dedo dedo no queixo como se pensasse, as orelhas moviam-se levemente escutando os sons do refeitório. Cat podia ser uma Berserker, mas pelo menos tinha uma boa noção de seus arredores.

 

— Acho que devo ter numa das caixas na despensa. Vamos lá. 

 

As duas mulheres caminharam até a porta lateral, lá um longo corredor com diversas prateleiras preenchidas de caixas e mais caixas. Tinham mantimentos para humanos e servos, Chaldea era uma organização precavida nesses quesitos.

 

A raposa pegou uma das caixas pequenas que repousava numa das prateleiras perto da porta, como se estivesse preparada para seu uso.

 

— Aqui está mestre, estenda o dedo, por favor~ — Cat colocou o Band-aid de forma cuidadosa, e voltou a devolver a caixa para seu devido lugar. — É sempre bom mantermos uma caixa de primeiro socorros por perto, não sabemos o que pode vir a acontecer nya~ 

 

Sentindo a leve cutucada Noxie não evitou um leve grunhido de descontentamento. 

 

— Poderia fazer um favor pra mim mestre? — a berserker questionou olhando para as caixas. — Não lembro onde guardei os temperos, poderia procurá-los para mim? Seria de grande ajuda enquanto termino o almoço~

 

— Claro! Acho que isso eu posso fazer sem me machucar! 

 

As duas riram alegremente, o humor da magus havia se aliviado pelo menos por agora, já que tudo parecia ainda ser o mesmo.

 

Do lado de fora as coisas também pareciam se encaminhar bem. Raven não diria que era um mestre na arte de se enturmar rapidamente, mas os Servos até então pareciam ser amigáveis.

 

Isso e ele se encontrava contente em observar o argumento entre o suposto Emiya e Ishtar.

 

— ...só estou dizendo que seria bem mais proveitoso pra sua imagem caso você usasse roupas mais adequadas.

 

— Isso vindo da garota que foi rejeitada? Ha, não, valeu.

 

— Hey! Sabe muito bem que sou uma mulher de classe!

 

— E responsável…?

 

E responsável!

 

— Aham… — por mais que aquilo fosse de fato um tanto divertido Emiya precisava mesmo de terminar sua parte, alguns heróis já tinham comido mas outros ainda estavam na espera. Sendo assim. — Aqui, esse é o seu.

 

— Ahn? — Raven se perguntou sem muita reação, sendo forçado a segurar um prato de comida que foi entregue em suas mãos. Piscando os olhos um tanto atordoado o novo mestre fitou o arqueiro. — Pra mim?

 

Emiya abafou um riso sardônico. Com um olhar certeiro ele dirigiu a palavra com o jovem magus, mesmo que suas mão estivessem ocupadas preparando a comida.

 

— Eu realmente agradeço a ajuda, pode não parecer muito mas isso já agiliza as coisas. E já que eu tinha essa porção pronta você pode ir, Noxie não vai se importar. — ele não precisava citar que aquele prato era o da garota, mas era melhor entregar a alguém do que deixar esfriar. Isso e ele faria outro num instante.

 

Raven pareceu comprar a desculpa do Servo, mesmo que fosse ter dificuldades em encontrar um lugar para se sentar. No final das contas era tudo parte do primeiro dia.

 

Ele já estava se retirando quando escutou mais um chamado de Archer.

 

— Já peço desculpas em antemão, sei que aquela garota pode ser um pouco difícil… É só dar um tempo pra ela.

 

Nomes não precisavam ser citados.

 

— Eu… Entendo isso. — disse o jovem magus, ele realmente não pretendia provocar a fúria de sua colega, não com assuntos bem mais importantes no horizonte. — Mesmo assim, não precisa se preocupar.

 

Raven encarou Emiya.

 

— É parte do trabalho, não acha? — e disse por fim com um sorriso de canto, se despedindo dos dois arqueiros para procurar algum assento.

 

— Compreensivo… É um bom traço.

 

— Não me diga que já vai pedir ele em casamento?

 

— Eh?! C-Claro que não! Você realmente pensa que sou tão superficial assim?!

 

— Bem…

 

— Ca-calado Archer!

 

A busca por um lugar era mais difícil do que parecia, praticamente todos estavam ocupados. Sejam por grupos de Servos ou por alguns que ocupavam muito espaço devido seu tamanho.

 

Raven andou sem muito rumo em meio às mesas, não se importava muito. Mas podia sentir os olhares praticamente queimando suas costas, aquilo sim era um pouco desconcertante.

 

Bem, talvez não seria tão ruim se sentar pelo chão, ele certamente era acostumado.

 

Seu plano entraria nos eixos se não fosse por um rosto familiar.

 

— Ei garoto! Aqui! — com um assobio agudo Cú Chulainn conseguiu chamar a atenção do novo mestre, acenando para denunciar sua localização; não que o encontrar fosse uma tarefa muito complicada.

 

Ele mesmo tinha oferecido o convite mais cedo, então era melhor cumprir com o prometido. Isso e ver o garoto zanzando por aí não era tão legal.

 

— Eh… Então é ele? — outro Servo disse ao seu lado, sentando com uma postura relaxada enquanto fumava um cachimbo arcaico. Um capuz cobria seu rosto mesmo entre as tragadas preguiçosas, mas longas madeixas azuis podiam ser identificadas sem problemas.

 

— O novo mestre? Cadê?

 

— Gah! Tira essa sua cauda de cima de mim seu grandalhão! Meu espaço! Meu!

 

— Hm.

 

Ao chegar Raven foi cumprimentado com sua visão mais peculiar até então. Certamente ele estava vendo dobrado, não só Cú Chulainn estava na mesa, como também outras três versões dele.

 

...Talvez ele estivesse um pouco louco. Espere! Segundo os relatórios e documentos, um herói poderia ter mais versões de si mesmo, bastava ser invocado sob outra das sete classes principais.

 

Então eles deveriam ser…

 

— É, uma grande família feliz. Sim garoto, somos o mesmo cara. — Cú Chulainn disse com um revirar dos seus olhos, quer dizer, o Caster. Sem pestanejar ele abaixou o capuz, mostrando sua semelhança com o restante de seus irmãos.

 

O único que realmente se destacava era o maior do quarteto, sendo notavelmente mais agressivo até mesmo em seu visual. Isso e pelo fato dele parecer não ligar para o companheiro que estava tentando empurrar sua cauda para fora do banco.

 

— Eu vou cortar essa coisa fora cara, eu tô falando sério.

 

— Aham.

 

— Por acaso é você que mata monstros? Não, sou eu!

 

— Eu como os monstros.

 

— Tch, cuzão.

 

— Eu sou você.

 

Raven se sentou ao lado de Lancer e Caster. Ele não pretendia entrar no conflito daqueles outros dois.

 

— Obrigado.

 

— Sem problemas. Você parecia um cachorro perdido.

 

— Só os deuses sabem como adoramos cachorros…

 

— É isso aí cara.

 

— Hm.

 

— Oookay… — aquilo foi estranho, era como se aqueles quatro estivessem conversando sobre algo fora de sua compreensão. Mas ele não iria deixar isso deter seu dia.

 

A conversa fluía alegremente entre os cinco, mesmo que o jovem mestre ainda se perdesse uma vez ou outra, afinal não conseguia competir com o elo mental das quatro formas de Cú Chulainn.

 

O almoço estava delicioso e até se sentia um pouco orgulhoso em ter ajudado, mesmo que fosse em pouca coisa.

 

Fitava os bancos e os servos que estavam sentados, era uma diversidade infindável, mas na realidade buscava a mulher de cabelos brancos que vira anteriormente.

 

Até que uma mão leve fosse colocada em seu ombro, surpreso o rapaz se virou para encarar uma serva que tinha quase a altura de Equinox, seus cabelos eram rosados e tinha dois chifres violetas no topo de sua cabeça. 

 

— Então você é o mestre recém chegado? Eu sou Elizabeth, a Idol de Chaldea! É um prazer! 

 

Empurrou levemente Lancer para o lado abrindo espaço para ela e seu vestido sentarem, o homem de cabelos azuis pareceu um pouco incomodado, mas nada disse.

 

Huh, então Chaldea tinha até mesmo uma Idol?

 

— Estávamos todos muito animados para conhecê-lo, mas tentar se aproximar da Noxie quando ela está furiosa daquele jeito é perigo iminente!

 

— Ela estava brava? — o mais jovem dos Cú Chulainn questionou, virando levemente a cabeça, a vampira revirou os olhos.

 

— Claro que estava seu bobo, mas enfim! Conte tudo sobre você! — uma segunda Elizabeth apareceu, esta usava um chapéu de bruxa. 

 

Mais formas diferentes… Raven logo ficaria maluco se as coisas continuassem dessa maneira.

 

— Ah, você é o novo mestre? Pai comentou sobre sua chegada. — mais um servo se juntou a conversa, dessa vez foi Sir Mordred que empurrou Proto Lancer para se sentar. Gawain que estava junto dela permaneceu em pé, assistindo interessado o recém chegado.

 

Aquilo estava virando uma grande dor de cabeça para o magus, servos que não fazia ideia de quem era chegavam e se sentavam perto da mesa. Perguntas e mais perguntas eram jogadas para ele, ao ponto de mal conseguir entender a fala de ninguém. 

 

O pobre rapaz tentava responder ou conversar como podia, mas estava completamente perdido, até que um pensamento correu por sua mente. Onde estava Equinox? Ela não havia almoçado ainda e com essa bagunça de pessoas ao redor não iria conseguir vê-la. Mas antes que pudesse perguntar algo ou tomar uma atitude…

 

— Que tipo de magia usa?

 

— Qual é sua comida preferida?

 

— Oh! Ele é mesmo um mestre, tem até os Selos de Comando!

 

Mais perguntas o deixaram zonzo uma vez mais...

 

Enquanto Raven passava pela tortura que os servos curiosos faziam sem realmente desejar, Equinox estava ocupada buscando os temperos no armazém.

 

Caixas e mais caixas, já havia olhado grande maioria e quase caído da escada algumas vezes, mas sem quaisquer acidentes. Até que começou a escutar um grande tumulto vindo da cafeteria.

 

— O que será que estão aprontando? 

 

Resmungou baixinho, pegando uma caixa de sementes e colocando-a de lado, passou mais alguns minutos para encontrar o item desejado, mas pode enfim sair daquele lugar; a poeira, por mais mínima que fosse não era agradável ao seu nariz.

 

Colocou a caixa de tamanho razoável no balcão, e espalmou a poeira de suas mãos e deu um leve espirro.

 

Era provável que Tamamo Cat guardaria os mantimentos no lugar correto, então preferiu deixar esse trabalho para a Berserker. Noxie estava morrendo de fome, viu que até mesmo Emiya já tinha ido comer.

 

— Mas o que diabos é todo esse barulho afinal?

 

Ao espiar a razão da algazarra, a magus sentiu seu coração cair no estômago.

 

Todos seus servos e amigos, conversando com o novo mestre como se ela nem existisse, ela estava sendo dramática? Claro que sim, mas mesmo assim parecia que o mundo de Equinox ia quebrando lentamente, como se não fosse mais realmente necessária para Chaldea ou para os heróis que lá estavam reunidos. Se sentia tão sozinha quanto do dia da explosão…

 

Sentindo os olhos queimarem e se tornarem rapidamente úmidos, desviou o olhar da cena, e da forma mais sorrateira que pode saiu da cafeteria.

 

Mas é claro que a forma esguia da mestre saindo de fininho não passou despercebida por todos… Um par de olhos vermelhos assistiu enquanto ela corria para fora. Levando-se logo em seguida. 

 

— Cara, onde você vai?

 

— Hm, não tenho razão para continuar aqui…

 

Proto não segurou Cú Chulainn alter, sabia que era quase impossível fazê-lo ficar quando já estava decidido.

 

Apenas assistiu brevemente a outra versão de si sair e voltou alegremente a conversar com o novo integrante da organização.

 

(...)

 

Mesmo com o tamanho que tinha a versão Berserker do famoso Cão de Ulster ainda tinha passos leves. Não queria chamar atenção indesejado dos funcionários intrometidos da organização.

 

Ao chegar na área dos dormitórios, tinha apenas um alvo, uma presa; mas não se sentia com um verdadeiro caçador, ele estava na realidade desconfortável com a situação.

 

Entrou num quarto conhecido por quase todos os heróis de Chaldea, Noxie estava sentada ao pé da cama, com o lençol em seus ombros, olhava para o teto e nem se deu ao trabalho de fitar o visitante.

 

— O quê você quer?

 

— Vim ver como você estava…

 

— Que bonitinho, está mostrando seu lado fofo pra mim? 

 

Berserker cerrou os dentes, realmente… Aquele trabalho não era para alguém como ele, mas… Tempos desesperados exigem medidas desesperadas.

 

Com a cauda, pegou a mestre e a colocou na cama, sentando-se ao lado da jovem que sem demora se enrolou em uma pequena bola. O móvel rangeu sobre seu peso, mas não expressou sinais de ceder tão cedo.

 

— Sabe que pode falar comigo não é? Eu sou sua lança. E somente sua.

 

Pela primeira vez Equinox olhou para Cú Alter, fungando enquanto os olhos estavam levemente marejados.

 

— Não é justo…

 

— Hm? Elabore.

 

O pedido feito pelo Berserker traía sua classe, mas todos que o conheciam já sabiam que suas capacidades mentais não foram completamente deterioradas.

 

— Eu estive aqui desde o começo, escutei todos os conselhos da diretora, trabalhei duro e ainda tive que sobreviver ao incidente. — aquele era um assunto delicado, poucos comentavam algo sobre o ocorrido que levou os outros mestres de Chaldea à morte; era uma espécie de taboo especialmente após a derrota de Lev.

 

— Me esforcei tanto pra conseguir a confiança de todos… Só pra um cara novo chegar e tomar o meu lugar? — Noxie realmente nunca comentava nenhum de seus temores para alguém, não havia tempo, entre salvar o mundo e reestabelecer a história assuntos sentimentais eram geralmente colocados em escanteio.

 

Mas ela sempre teve aquele receio, aquele medo de ficar sozinha novamente. Fuyuki foi um evento traumatizante, por mais que tivesse sido superado ela ainda tinha pesadelos sobre.

 

E ver um novo mestre se enturmando com seus Servos trazia um gosto amargo em sua boca. Era infantil? Possivelmente. Mas ela não conseguia evitar.

 

— Está sendo ridícula.

 

— Eu não preciso de um ser-

 

— Não estou falando disso! — o Berserker esbravejou sem muito fervor, dando um peteleco na testa de sua mestre; algo que mesmo sendo contido deixou uma marca vermelha na testa da garota, esta que soltou um gritinho de alarde. — Um aliado é um aliado.

 

Ela sabia disso. Mas não era justificativa o suficiente aquela cutucada, isso doeu!

 

— Querendo ou não as pessoas sempre vão ficar alegres com mais um par de mãos para ajudar, é apenas natural. — ele não estava defendendo ninguém, aquele garoto ainda tinha um longo caminho para garantir seu respeito e de muitos outros; mas de um ponto de vista de combate e guerra, um novo combatente amigo era sempre bem vindo.

 

Noxie esfregou um olho com o lençol. Ela nunca pensou que levaria uma lição de moral de algum de seus Servos, principalmente um Berserker.

 

— Roman disse que vou ter de compartilhar alguns dos meus contratos com ele.

 

— Hm. Já digo que o meu está excluído desta cláusula. — a ponta da cauda de alter tocou o topo da cabeça da menina, como se fosse um gesto de solidariedade. — Eu disse não foi? Sou sua lança.

 

Isso e ele não pretendia emprestar seus serviços. O garoto invocaria seus próprios Servos com o tempo, até lá ele receberia ajuda de outros.

 

Cú Chulainn se levantou devagar, deixando a cama relaxar pela falta de peso. Noxie sentiu o colchão pular um pouco, mas não comentou.

 

— Se precisar, me chame. — ele não era um grande expert naquele tipo de assunto, mas não significava que deixaria sua mestre sozinha.

 

A garota assentiu em silêncio, vendo a porta se abrir automaticamente para o grandalhão.

 

O Servo deu um passo para fora do quarto e, como se estivesse olhando algo, voltou a fitar sua companheira.

 

— Creio que tem visitas. — ele não resolveu entregar toda a informação, somente o necessário.

 

Noxie suspirou um pouco, se jogando de costas sobre sua cama para fitar o teto do quarto.

 

— Pode deixar entrar. — provavelmente era algum de seus Servos.

 

Ou assim havia pensado… Assim que voltou seu olhar para a porta para ver quem estava lá, sentiu um grunhido quase involuntário escapar por sua garganta, pegou um de seus travesseiros que estavam bagunçados pela cama e jogou na direção do “convidado”

 

Raven conseguiu desviar do objeto macio com facilidade e adentrou o cômodo climatizado com certa timidez.

 

— E o que você está fazendo aqui? — Equinox questionou, porém a fúria em suas palavras não eram verdadeiras. 

 

— Acho que temos que conversar, de mestre para mestre… Sem ameaças…? — o rapaz de cabelos cinzentos se sentou ao pé da cama. 

 

— Hmph, tanto faz… E o que quer “conversar”? 

 

— Bem, temos que nos conhecer melhor já que vamos trabalhar juntos certo? E vai ter que me dar umas dicas de como agir aqui e ali… Afinal, está a mais tempo nesse assunto do que eu! Uma boa ação para um “mago de quinta” como eu?

 

Raven ao terminar a fala tentou imitar levemente o tom de voz que Noxie utilizara no corredor e a jovem não segurou um leve riso escapar de seus lábios. 

 

— Ah claro, não posso deixar você atrasar o resto dos servos e a minha maravilhosa pessoa.

 

A jovem se sentou dando um leve soco no ombro do rapaz que a encarou com um sorriso que a magus levemente retornou antes de voltar a falar.

 

— Acredito que posso dar uma trégua para você, mas não pense que serei uma professora paciente… E também queria pedir desculpas do jeito que agi, não foi muito “profissional” de minha parte, é só que Chaldea e todos aqui… — fez um gesto para o espaço. — São como a minha família e acabei ficando muito sensível. Então… Desculpe. 

 

As palavras de arrependimento eram como um golpe profundo no espírito de Noxie, mas mesmo entre os dentes a magus conseguiu terminar a frase. 

 

— Não se preocupe, coisas assim acontecem. — o novo mago de Chaldea se levantou e espalmou as calças pretas.— Já que fizemos as pazes… Romani me entregou uma caixa de pedras brilhantes… Quartzos ou algo assim? Que vocês usam para summons e disse que você poderia me ensinar.

 

Os olhos da jovem brilharam ao escutar a fala do novo parceiro e rapidamente pulou da cama.

 

— O que estamos esperando então?!

 

Equinox agarrou o braço de Raven e o arrastou para corredor a fora.

 

(...)

 

— Basicamente como fazemos o summon aqui: Usamos o escudo da Mash ou a famosa Távola Redonda como forma de entrarmos em contato com o Trono dos Heróis, além é claro do círculo de invocação comum.

 

— Os quartzos são como catalisadores, e temos que gastar 30 toda vez que usamos um summon. Essas pedrinhas maravilhosas são muito raras então gaste com cuidado. 

 

— Última coisa, existem três tipos de servos aqui em Chaldea, os que são sumonados e mantidos pela organização e outros que são sumonados pelos mestres. Isso é para facilitar as transferências de mana e não sobrecarregar ninguém. 

 

— Esse vai ser seu primeiro summon como mestre e o servo que vier será ligado a você diretamente.  — Noxie colocou a mão no queixo pensativa, os principais pontos haviam sido colocados, o que mais faltava…? — Ah sim! Se os círculos de luz brilharem dourados é um servo super raro e se brilhar arco íris é um extremamente raro. Alguma dúvida? 

 

Raven escutava atentamente e uma vez ou outra acenava em afirmação. 

 

— Creio que não…? Então só coloco os quartzos no círculo e recito o canto agora?

 

— Yep! Vá lá. 

 

O jovem magus se aproximou do círculo de invocação e colocou as gemas preciosas com cuidado em seus devidos lugares. 

 

Se posicionou e ergueu a mão onde o Selo de Comando estava marcado, tomou uma respiração profunda e começou a recitar.

 

Deixe a prata e o aço serem a essência. 

Que a pedra e o arquiduque dos contratos sejam a base. 

Permita que a escritura sagrada se torne seu sacrifício de homenagem . 

Deixe levantar uma parede contra o vento que passará. 

Deixe os quatro portões cardeais se fecharem. 

Libere os três caminhos da coroa até o reino. 

 

Uma luz ofuscante começou a emanar do círculo, se projetando em seis pequenas esferas de luminescentes. 

 

Deixe que seja declarado agora; 

a tua carne me servirá, e o meu destino será com a tua espada. 

Submeta-se ao sinal do Santo Graal. 

Responda, se você se submeter a essa vontade e a essa verdade. 

 

Logo as esferas começaram a girar ao redor da távola, criando três rastros de energia, o que significava que um servo havia sido invocado corretamente. 

 

Um juramento será feito aqui. 

Eu alcançarei todas as virtudes de todo o Céu; 

Eu terei domínio sobre todos os males de todo o Inferno.

Arrebente de suas restrições,

Guardião das balanças! 

 

Ao terminar o rito, uma carta dourada surgiu do meio da luz… Classe Archer. Um brilho intenso tomou o círculo uma vez mais, a materialização do servo estava completa. Quando a luz se dissipou Raven encarava ansioso seu novo e primeiro servo. 

 

E quase foi cegado pela quantidade de dourado que parecia queimar seus olhos… 

 

- Fufuhahahahaha! Ser capaz de me convocar significa que você gastou toda a sua sorte, mestiço! 

 

Antes que o rapaz pudesse dizer qualquer coisa, sentiu algo em suas costas e logo foi lançado para o outro lado da sala. 

 

Sim, Equinox havia dado uma voadora no pobre jovem. 

 


Notas Finais


Quem não odeia quando um amigo novato pega aquele Servo 5 estrelas que você tanto queria? Haja sal pra isso.

Enfim, acho que deu pra expressar bem a ideia por trás de (Dis)Order. Não é pra ser levado a sério... Bem, a menos quando a gente quiser que seja.

Mas eu diria que a parte legal é outra. Veja bem, como leitores vocês tem a liberdade de indicarem uma ideia.

"Como assim?"

Simples, a fic segue um formato de One-Shots. Então você mesmo pode indicar a sua ideia pra que ela possa virar um capítulo!

Tem algum par que você quer que seja explorado? Algum cenário inusitado ou etc? É só falar sobre e dar alguns detalhes (Se a gente precisar é claro).

Não esperamos que isso exploda em termos de comentários, afinal vira e mexe vão aparecer capítulos novos sobre assuntos variados. Mas toda sugestão é bem vinda.

Até mais!~


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...