A criatura olhava calmamente para a figura menor, que estava encolhida e tremendo um pouco.
Moleque, sabia que tamanha irresponsabilidade com seu corpo iria deixá-lo assim. Pensou.
Não que a maldição estivesse preocupada com o garoto em si, mas ele tinha muito a perder caso aquele corpo morresse. Sabe-se lá quando alguém com as habilidades de Itadori nasceria novamente.
Sukuna o havia arrastado para o seu domínio e agora esperava ele acordar para terem uma conversinha sobre essas atitudes um tanto destrutivas que o outro estava tendo.
O santuário malevolente era frio e escuro, o que trazia muitos calafrios de arquear as costas, e para Itadori, era ainda mais desesperador e doloroso, pois seu corpo estava febril e dolorido.
— Espera! Eu morri?!!?!
O garoto levantou de uma vez não ligando para a crescente náusea e tontura que sentia com tal feito.
— Você não morreu… ainda...
A voz mais grave que a sua ecoou a uma distância definitivamente perigosa, quase em seu ouvido. No impulso, o garoto olhou para trás e viu Sukuna, em sua bem arrumada Yukata, sentado pouco atrás de onde o seu corpo estava deitado.
Espera eu estava deitado no colo dele? Pensou.
O sorriso da maldição alargou-se com o brilho de desespero nos olhos do garoto. Ele havia entendido onde estava. Perfeito.
— O que eu estou fazendo aqui? — O garoto olhou ao redor para se certificar que estava mesmo no domínio de Sukuna.
— Você foi um maldito moleque malcriado, só isso.
A voz arrastada de Sukuna e a forma como ele falou aquilo, fez mais um calafrio subir suas costas, mas dessa vez ele veio acompanhado de uma coisa diferente, que Itadori não conseguia explicar. Era perigosamente...bom.
— Não sei do que está falando — disse de uma vez, afastando aquela estranha sensação.
— Dessa falta de cuidado com o meu futuro corpo.
— Seu o quê? Ah, vá se foder, seu bastar...
Sentiu aqueles dedos longos apertarem a carne das bochechas, calando sua boca.
— Eu pretendo dizer só uma vez, Itadori Yuji, você pode lutar o quanto for, mas esse seu corpo… será meu…
Por mais que a frase facilmente pudesse ser entendida de outra forma, Sukuna pareceu não se importar. Era estranho aos próprios ouvidos, mas não era de todo mentira. Há algum tempo se via pensando em coisas para fazer consigo mesmo, ou melhor, com Itadori. Essas coisas o afetavam, então ele gostava de se enganar achando que era para um mútuo benefício.
Itadori, por sua vez, olhava para ele assustado e um tanto surpreso.
O que ele pensa que vai conseguir dizendo essas coisas? Pensou o garoto se soltando imediatamente do agarre do outro.
— Veremos… — Yuji disse.
— Garoto insolente, eu ainda te ensino teu lugar.
Yuji tinha esquecido da moleza e agora estava mais alerta, afinal tudo naquele lugar o fazia ficar assim, tudo mesmo, inclusive Sukuna.
— Eu preciso voltar, tenho tarefas a executar à tarde, me mande de volta.
— Não
— Por que não?
— Você está doente e precisa ficar cem por cento bem antes de voltar a fazer as loucuras que feiticeiros jujutsu fazem, bastardos sem noção.
— Você não pode me prender aqui.
— Assista-me — a maldição sorriu de lado de forma um tanto sexy aos olhos de Yuji.
O que está acontecendo comigo, estou delirando por conta da febre? É a única explicação. Pensou movendo para os lados a cabeça, para apagar aquele sorriso da mente.
— Sukuna, eu não vou fazer nada demais, mas preciso realmente ir.
A maldição se aproximou perigosamente de seu rosto, fazendo o garoto recuar um pouco.
— Já disse, Yuji, você fica… — o garoto não sabia se era a aura que Sukuna exalava, mas ele realmente parou de discutir sobre ficar ou não, só sentia que agora ele precisava se afastar do outro, isso era prioridade.
— Eu fico, mas como você acha que eu vou melhorar num canto desses, aqui tá frio pra caramba — ele falou cruzando os braços para reter calor.
Sukuna abaixou a cabeça e sorriu o olhando calmamente.
— Quanto a isso, acho que posso ajudar…
O rosto de Itadori ficou mais pálido do que já estava e seus olhos arregalaram levemente.
O sorriso no rosto da maldição alargou.
— O que você está querendo dizer? — O garoto precisava perguntar, afinal, ele se sentia perdido naqueles comentários de duplo sentido.
— Posso fazer você se sentir bem.
— Como? — As perguntas saiam de sua boca sem seu comando, era como se não só ele, mas seu corpo quisesse uma resposta.
— Tem certeza que quer saber?
— Sim
— Quem te faz sentir bem quando você usa as mãos para se aliviar?
— Eu…
— Não, sou eu…
— Agora pronto, vai me dizer que sabe melhor que eu? Eu que estou lá, sabe? É a minha mão se movendo…
— Nem sempre, muitas vezes eu te ajudo e você nem percebe.
— Não, nunca, eu iria saber.
— Vai me dizer que nunca viu as minhas marcas aparecendo em seu braço, ou sentiu o quão úmida sua mão ficava ao fazer isso, minha boca muitas vezes cuidou de você, sabe?
Yuji parecia um tanto desesperado a essa altura. Lembrava vagamente de ver marcas em si algumas vezes, mas achou que era apenas sua visão um tanto turva pelo presente prazer que sentia.
O choque de realidade que o acometeu naquele momento era impagável para Sukuna, que assistia o garoto ir se desesperando aos poucos. Ele insistia em fazer tais coisas com Itadori apenas por achar, em seu íntimo, que na verdade estava fazendo em si mesmo, ou no máximo, que poderia um dia fazer exatamente o que estava fazendo agora. Torturar o garoto com essas revelações.
— Então, vai me deixar fazer isso de novo?
— O que? — Yuji perguntou ainda confuso, fazendo Sukuna revirar os olhos, quase desistindo de continuar, perante a lentidão do garoto para entender.
— Cuidar de você — disse simples.
— Não preciso, obrigado!
A maldição gargalhou do estado em que o garoto estava. Levemente corado e encolhido, afastando-se ao máximo dele. No entanto, ele não desistiria assim tão fácil.
— Ora vamos, eu sei de algumas coisas que fazem a febre abaixar.
Itadori o olhava desconfiado.
— O que?
— Banhos frios, pelo que eu me lembre era uma das coisas.
— Ah, muito bem, como eu tomaria banho aqui? Não tem nada para isso…
— Não, não tem. Mas é frio suficiente. Agora só precisamos te molhar com algo limpinho.
Dizendo isso, Sukuna foi se aproximando do corpo do garoto.
— Suor ou saliva?
— OII?
— Escolha, nas duas possibilidades eu posso te ajudar.
Sukuna sabia que era um caminho sem volta, mas provocar o garoto assim era impagável, ele uma vez havia dito que infernizaria a vida dele, isso parecia um bom inferno.
Yuji não sabia mais o que aquele homem a sua frente queria. Seria só tornar sua vida confusa e infernal?
— Prefiro nenhuma delas.
— Tem sempre um outro método, que envolve só o suor mesmo.
Eu podia sugerir algo, daí tiraria ele desse loop infinito de provocações. Pensou Itadori.
— E se fizermos exercícios ou algo do tipo?
Você realmente está lento hoje, garoto. Sukuna pensava olhando o rosto confuso do outro.
— Ok, vamos nos exercitar — falou com um sorriso safado.
Ao fazer isso, levantou-se do chão e tocou o obi da Yukata, afrouxando e soltando, tirando a parte de cima e deixando-a caída ao longo do corpo. Yuji o olhava surpreso, tinha nos olhos uma sombra que Sukuna queria muito entender.
Para Itadori aquela não era a primeira coisa que se fazia para praticar exercícios. Não negava que ver o torso nu do corpo de Sukuna fazia algo borbulhar um pouco em si. Não era mais o seu próprio corpo, ele era mais forte e tinham aquelas marcas que o intrigavam de uma forma constante.
Sem perceber, Yuji ergueu a mão e aproximou-se do corpo da maldição. Ele queria saber como seria tocar aquele corpo com a ponta dos dedos.
Sukuna, por sua vez, só observava o dilema do garoto. Facilitando o processo, ele deu um passo à frente e fez seu corpo encostar nos dedos que o buscavam.
— Toque o quanto quiser, aproveite que eu estou bonzinho hoje.
O jovem só o encarou confuso, ainda estava sentindo uma crescente excitação causada pelo choque inesperado dos dedos naquele corpo. Era um corpo firme e definido, mas ainda era suave e gostoso ao toque.
Moveu levemente os dedos pelo peito do outro, sentiu um leve estremecer e ao levantar os olhos viu os rubis vorazes queimarem nos seus. Ele estava respirando pesadamente.
Ele está assim por um simples toque? Pensou. O que aconteceria se eu fizesse isso?
Passou as unhas curtas descendo para as marcas no abdômen. Ouviu um suspiro e um leve gemido.
— Para um virgem, garoto, você até sabe seguir o ritmo…
— O que?
— Já tocou alguém assim antes?
Yuji tinha de ser sincero, nunca havia tocado ninguém daquela forma, mesmo depois que atingiu a maioridade, ele não tinha tempo, mas ele não deixaria a maldição brincar com isso. Tentou afastar as mãos do corpo do outro rapidamente, mas foi impedido pela mão dele, mantendo a sua firme no local.
— Não se preocupe, faz tempo para mim, nem me lembro a ultima vez que fiz algo parecido, mas isso é uma sensação que não se esquece. Continue.
Quem ele pensa que é para me dar ordens? Pensou.
— Agora, Itadori! — Ele pareceu ouvir os pensamentos do outro.
O garoto voltou a tocar e para descontar aquela frustração de ordens sendo dadas, ele arranhou com mais força o local, fazendo a maldição gemer mais alto.
— Use as duas mãos…
Ele o fez, espalmou as duas mãos no peito do outro e arranhou até chegar a faixa da Yukata. Sukuna parecia adorar a sensação, ele mantinha os olhos fechados e um sorriso de prazer no rosto.
— De novo!
Yuji repetiu o movimento ainda mais forte, dessa vez arrancando algumas pequenas gotículas de sangue e marcas bem avermelhadas no local.
— Ahhh... — o gemido foi completamente audível dessa vez.
Agora o jovem sabia que precisava ser o mais bruto possível para que pudesse “machucar” Sukuna. Não era sobre lutar com ele, era sobre fazê-lo ficar assim, indefeso.
Não queria pensar muito, ele também estava se sentindo estranho, ficava quase feliz ao tê-lo daquela forma. Além disso, era muito prazeroso causar aquelas reações em alguém que não se abalava facilmente. Com essa emoção nova em seu corpo, ele decidiu continuar.
Aproximou sem que Sukuna percebesse e lhe mordeu forte a carne, marcando com seus dentes o local. Sukuna abriu os olhos no susto e olhou para onde o garoto o havia mordido, sorriu e enfiou as mãos nos cabelos de Itadori, apertando com força.
— Faça isso de novo!
Ele ordenou e conduziu o rosto do garoto ao local que gostaria de ser mordido. Era pouco acima da faixa da Yukata, uma região mais sensível, mas extremamente prazerosa. Yuji não perdeu tempo, mordeu mais forte ainda aquela carne macia.
— Ahhhh, seu moleque, está querendo me provocar?
Foi a vez de Itadori rir vitorioso.
— Mais forte… morda mais forte, garoto.
Sukuna não guiou o seu rosto dessa vez, ele deixou o garoto escolher o local da mordida, porém ficou imensamente excitado quando Yuji abaixou mais o rosto e pelo vão da Yukata, tocou sua coxa nua. Puxando sua perna e afastando o tecido ele expôs a região a ser mordida e foi tortuosamente lento até o local. Para surpresa de Sukuna, que esperava a dor da mordida, o jovem beijou o local.
A maldição, que ainda tinha as mãos em seus cabelos, o puxou para olhar em seus olhos.
— O que pensa que está fazendo?
— Não gosta de coisas mais calmas, não é mesmo?
A maldição sorriu e soltou levemente os cabelos do outro. Uma de suas mãos traçou uma linha até a boca de Itadori passando o polegar por ela.
— Sua boca é gostosa de sentir, não importa o que faça com ela.
Aquela declaração fez Itadori corar e sentir algo formigar em seu âmago. Era estranho sentir isso em relação ao ser à sua frente, mas ele parecia estranhamente normal. Ele tinha medo de admitir, mas queria continuar.
Abriu a boca e tocou com a língua o polegar que vagueava por ali. Os olhos de Sukuna brilhavam intensamente com aquela visão. Ele queria mais.
Segurando o garoto e sem perder o contato da boca em seu dígito, o trouxe para mais perto.
— Sinto que se continuarmos, eu não posso me responsabilizar pelo que pode acontecer, garoto. Você está disposto?
Yuji tirou o dígito de Sukuna da boca e o olhou intensamente.
— Eu sinceramente não sei. Você é um bastardo sem noção, assassino e cruel, mas por alguma razão meu corpo tende a necessitar e desejar o seu…. ou melhor o meu… — ele pareceu confusamente decidido.
— Eu sou mais interessante do que você, acredite.
— Até parece.
— Quer que eu prove?
Antes de Itadori responder, a maldição o puxou pelos cabelos e selou seus lábios. Nem esperando o garoto acostumar-se com a ideia do beijo, aumentou o aperto em seus fios, lhe causando certa dor. Com isso Yuji abriu a boca o suficiente para que Sukuna adentrasse aquele vão com a língua ávida. Itadori gemeu ao encontro de seus lábios, o que aumentou ainda mais a vontade de continuar com aquele contato.
A outra mão de Sukuna foi direto para a camisa do rapaz e a levantou, ele ainda estava muito quente, a febre ainda estava presente. Isso não preocupava Sukuna, ele ainda achava que iria ajudar mais que atrapalhar, aquela brincadeirinha que faziam.
Deslizou os dedos pela barriga e pelo peito do outro, detendo-se em um dos mamilos. Apertou levemente sentindo Itadori encostar o corpo mais ao dele. Sukuna parou o beijo e o olhou nos olhos.
— Última chance, moleque. Me dê um soco e terminamos isso agora mesmo.
Como uma resposta gritada, Itadori, com uma confiança que fazia inveja a muitas pessoas experientes, agarrou a fita da Yukata e a tirou. Revelando o corpo definido da maldição. Era quase como olhar-se no espelho, mas deliciosamente mais gostoso, pensou Yuji. Ele não sabia muito bem como fazer nada, mas sabia exatamente os pontos que lhe davam prazer, afinal, conhecia seu corpo muito bem.
Investiu mais uma vez o corpo para frente e passou a tocar as coxas grossas e definidas.
Sukuna ainda estava extasiadamente estático com a ousadia do garoto, mas ele gostava disso. Sentir o desejo dele e vê-lo em seus olhos era a certeza que essa batalha havia sido travada e ganha por si.
Deixou o garoto explorar-lhe o corpo, sentiu ele lhe tocar as coxas e subir a mão para suas nádegas.
Apressadinho. Pensou.
Resolveu entrar na brincadeira.
— Cima ou baixo?
— Oi?
— Escolha.
Se Yuji estava certo, a pergunta dele era decisiva para o momento. Tinha uma noção de como as coisas aconteciam entre dois homens, mas ainda era estranho pensar que a maldição estava lhe dando essa escolha. Ele ainda se sentia um pouco tonto e sabia que ficar por “cima” o deixaria mais debilitado e por “baixo” o deixaria bem dolorido. Ele só sabia que seu corpo pulsava naquele momento. Ele precisava continuar.
— Eu acho que não vou conseguir me mover muito, posso ficar por baixo então.
O choque no rosto de Sukuna, fez Yuji sorrir.
— Tão surpreendente assim?
— Acho engraçado o quanto você está sendo prático — Sukuna sorriu. — Pois bem, só tenho mais uma pergunta.
— Faça.
— Sei que é sua primeira vez e confesso estar bem ansioso e que provavelmente me descontrole, mas… como você prefere? Lento, tranquilo e torturante ou rápido, dolorido e gostoso pra caramba?
— Difícil competir com o “gostoso pra caramba”.
Sukuna riu e puxou ele para mais um beijo. O que estava acontecendo com ele, ele não sabia. Nunca havia se importado com a satisfação de ninguém antes, agora não era para ser diferente. Mais uma vez se forçou a pensar que era porque era seu corpo que estava fodendo e seria seu prazer também.
Com esse pensamento, começou a tirar as roupas do garoto a sua frente numa velocidade urgente e ansiosa.
Yuji riu e empurrou ele para o chão assim que estavam completamente nus. Os corpos estavam quentes e excitados, os membros se tocando, suas ereções clamando por atenção.
— Está frio... — conseguiu dizer.
— Já iremos resolver isso.
Sukuna segurou fortemente a cintura dele e o virou de uma vez, fazendo as costas do garoto colidirem no chão com uma certa força. Itadori gemeu com o contato. A leve umidade agora sendo percebida.
— Bruto.
— Você gosta.
— Porque você acha?
— Eu estou na sua cabeça quando se toca, lembra? Você tem desejos bem interessantes, Itadori…
Com isso ele desceu e passou a arranhar e morder o torso de Itadori, que gemia a cada contato.
Ao chegar perto de seu membro, Sukuna olhou em seus olhos.
— Preparado?
— Só me chupa logo.
A maldição riu. Colocou de uma vez o membro do outro na boca. Itadori saltou e levantou levemente o tronco com aquele contato repentino. Ainda olhando em seus olhos Sukuna foi tirando ele da boca, mas usava os dentes para arranhar o membro do outro. Itadori gemeu e lhe segurou os cabelos.
Sukuna levou a boca à coxa do garoto e o mordeu com força para lhe arrancar um grito rouco da garganta.
— Próxima vez me morda assim, entendeu?
Com os olhos marejados, Yuji acenou positivamente com a cabeça.
Sukuna voltou a sugar o pênis do outro com força, lhe fazendo fechar os olhos. A maldição, ainda chupando e lambendo o membro do garoto, passou a dedilhar levemente seu torço até chegar em sua boca. Afastou-se do que fazia apenas para ordenar a Yuji o que fazer a seguir.
— Chupe-os… — falou lhe colocando dois dedos na boca.
O garoto logo obedeceu, ansioso demais para discutir. Sentia a pressão que aqueles dedos faziam em sua língua e desejou sentir também como seria se fosse ele sugando o pênis de Sukuna.
Agora com os dedos bem molhados a maldição os tirou da boca do rapaz e os levou até o encontro de suas nádegas
— Levante a perna — disse simplesmente e prontamente foi obedecido pelo garoto.
Ele deixou um pouco mais de saliva escorrer de sua boca para o pênis do garoto e ir lambuzando todo caminho até o ânus rosado.
— Preparado?
— Ah, Sukuna, que saco, no próximo “preparado” eu vou te esmurr aaahhh…
A maldição enfiava calmamente seus dedos nele, primeiro um para deixá-lo sentir a pressão que seria. Ficou parado um momento, voltando a chupar com calma o membro do outro.
Ao sentir o garoto mais solto e relaxado colocou mais um e novamente sentiu ele tencionar os músculos do abdômen e coxas.
— Tente soltar o core, Yuji.
— O “o” que?
— Aqui.
A maldição levou a mão livre até o abdômen do garoto e massageou calmamente.
— Relaxe.
Quando Itadori o fez, ele aproveitou para movimentar os dedos devagar e aos poucos aumentar o ritmo.
Maldito, maldito, maldito, onde já se viu eu me preocupar com a dor do outro, que nem agora? Esse maldito só podia ter colocado alguma coisa em mim. Pensava Sukuna.
Agora Yuji parecia mais solto e até ousava se movimentar para o encontro dos dedos do outro.
— Eu acho que já está bom — Sukuna disse baixo.
Ele abriu bem as pernas do garoto e viu ele olhar confuso para a situação.
— Agora é a hora que eu me enfio em você e te fodo até me perder e esquecer de tudo.
Era para ser assim, mas Sukuna sabia que na verdade, era a hora de sim, se afundar naquele local quente e delicioso de Itadori, mas que não seria como em outras eras, dessa vez ele pensava no prazer do outro. Afinal, como não cansava de dizer e usar como desculpa, aquele seria seu corpo e ele sentiria o prazer também.
Encostou a ponta da glande na entrada do mesmo e, usando a saliva que havia deixado escorrer de seus lábios, começou a se colocar dentro dele.
Yuji sentia o corpo queimar e a sensação era incômoda o suficiente para quase pedir para o outro parar, mas ele não faria isso, não perderia essa guerra, eles agora haviam entrado em uma batalha particular de quem iria controlar quem, pelo menos era isso que o garoto pensava.
Logo que estava todo dentro do garoto, Sukuna parou e olhou para aqueles olhos marejados e brilhantes, ele era uma perdição. Como poderia se controlar diante daquela visão? Pensando nisso não aguentou muito mais e começou a mover-se, um pouco mais rápido do que deveria mas bem mais lento do que queria. Ele tirava até ficar só a pontinha e voltava a enfiar com tudo, vendo aquela entrada o engolir inteiro, Itadori gemia baixinho ainda não acostumado ao tamanho do membro dentro de si.
Aos poucos Yuji começou a se mover no sentido oposto às estocadas de Sukuna, claramente querendo mais contato, o que foi prontamente atendido. A maldição nem pestanejou, passou a mover-se mais rápido e forte sentindo as pernas de Yuji, que estavam apoiadas em suas mãos, tremerem e contraírem.
— Sukuna aah, mais rápido…
Yuji conseguia dizer apenas isso, ele havia sentido dor no começo mas agora ele sentia a necessidade de algo mais, ele não sabia, ainda o que era, mas precisava.
— Te sentir assim, olhar para esses seus olhos… perdidos em prazer me faz ter certeza… eu sobrepujo você.
O garoto apenas riu e usando sua força ou o que sobrava dela, empurrou Sukuna, para lhe virar e colar suas costas no chão, sentou sobre seu membro devagar, ainda era difícil de aceitá-lo tão inteiramente dentro de si. Ele apoiou-se no peito da maldição com uma das mãos e levou a outra até a garganta do mesmo.
— Você. acha. que. só. porque. está. me. fodendo. é. melhor. do. que. eu?
A cada palavra, ele subia e descia o quadril e ia apertando a garganta de Sukuna, cada vez mais forte. A maldição revirava os olhos, em puro prazer e deleite, com aquela intensa sensação de ter o garoto o controlando como queria.
Yuji estava no comando agora e era avassalador. Ele parecia saber de todos os detalhes do que era preciso fazer para Sukuna se contorcer embaixo de si. Isso o deixava excitado e orgulhoso. Mas o jovem estava parando, sua ainda presente condição física adoentada, cada vez mais o deixava cansado.
— Itadori, seu moleque ahhhh... não ouse parar…
— Eu não tenho muitas forças sobrando, então...ahh…
Sukuna segurou o quadril do rapaz e passou a investir para cima e para baixo rápido, muito rápido.
— Fique parado então… e apenas me sinta...
O garoto aceitou a condição e apoiou-se mais no peito do outro. O movimento era intenso e chegava a doer, mas Sukuna acertou quando disse que ia ser gostoso pra caramba. A fricção, uma vez incômoda, agora dava espasmos gostosos de prazer. Como se ainda não estivesse bom o suficiente, a maldição acertou um ponto específico do corpo do outro o fazendo gemer arrastado e jogando a cabeça para trás.
— Achei…
Ele passou a mover-se apenas para acertar aquele ponto que deixava Yuji um poço de gemidos. E como Sukuna gostava de ouvir o moleque gemer daquela forma!
— Quer mais Itadori?
O garoto olhou para ele com os olhos nublados e tempestuosos. Acenou levemente a cabeça. Ao fazê-lo, teve novamente as costas coladas ao chão de forma brusca. Sukuna levantou a perna do garoto e a colocou sobre o ombro, afundando-se mais uma vez nele. Yuji fechava os olhos de prazer. Sukuna viu pequenas gotas de água escorrendo por um dos cantos dos cílios escuros e, num ato completamente diferente de si, abaixou a cabeça, beijou os olhos de Yuji sugando e lambendo qualquer resquício de lágrimas. O garoto embaixo de si, abriu os olhos e sorriu.
— Me beije — ele pediu a maldição.
— Não…
— Eu não… estou pedindo. Agora, Sukuna! — Yuji olhou sério para ele.
Sentindo-se prazerosamente dominado, ele o fez. Suas bocas se moviam com precisão e os movimentos, antes controlados e ritmados, passaram a ser erráticos e desesperados. Ambos gemiam e se entregavam àquele ato, agarrando aquele momento com unhas e dentes, literalmente. Até que Yuji enfiou as mãos no cabelo do outro e o olhou nos olhos, contorcendo-se de prazer.
— Eu vou… vou…
Sukuna sabia, ele sentia dentro de si, o que era estranho, que conexão louca era essa que eles viviam?
Sentiu Yuji derramar-se sujando seu abdômen no processo. A pressão de ter seu membro apertado no interior do garoto foi mais do que suficiente para fazê-lo gozar junto, numa perfeita sincronia de corpos.
Estava selado, esse havia sido o melhor sexo da vida e morte de Sukuna. Ele precisava de Yuji, não só do seu corpo para um futuro uso, mas de seu corpo como templo, era quase como se o garoto fosse uma expansão territorial em si, seu corpo e não o ambiente. Ele trazia com ele o gosto de um mundo de possibilidades.
A criatura estava estupefata com o que acabara de perceber, não querendo acreditar que o garoto detinha tanto poder sobre si.
Yuji, por sua vez, sorria de olhos fechados. Ele estava suado e tinha uma moleza gostosa no corpo, completamente diferente de quando havia chegado ali mais cedo.
Sentiu algo incomodamente sair de dentro de si e ao olhar, viu o gozo ejaculado de Sukuna lhe descer pelas nádegas.
— Ah, Sukuna, você tá de brincadeira comigo? Gozou dentro?
Disse, acordando o outro do transe.
— Como se fosse fazer diferença, moleque.
— Faz sim, olha só, eu estou todo sujo…
— Agora você pode escolher tomar aquele banho — disse com um sorriso safado.
— Eca, sai pra lá, me manda de volta, eu estou nojento.
— Seria pedir muito se eu pudesse ir com você?
Yuji olhou para ele, que estava até um tanto triste.
— Apareça mais tarde e podemos tentar algo novo fora daqui.
Disse claramente se referindo a boca que Sukuna fazia aparecer em qualquer lugar. A maldição sorriu e, antes de perceber, estava beijando o garoto, que só correspondeu.
Isso nunca vai acabar? Esse desejo por ele? Ele precisa ir e eu preciso reorganizar meus pensamentos, preciso desligar esse lado emocional que ele desperta em mim. Maldito moleque, quem é você? Pensava Sukuna ao fazê-lo voltar e sair de seu domínio.
Agora… muito mais frio do que antes.
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