Chris's POV
Apenas um telefonema de Rick bastou para eu compreender a situação em que estava. Eu tinha que pagar tudo em menos de três meses, e eu só tinha esse tempo porque a ideia de Camila deu certo e as crianças conseguiram um bom dinheiro, convencendo Rick a me dar mais tempo.
Por falar em Camila, eu ainda não tive tempo para organizar meus pensamentos. A ideia de Camila, tão pura e ingênua se envolvendo com a minha irmã parece tão grotesca que me convenço a acreditar que é mentira.
Quando soube fiquei desolado, busquei consolo nas drogas e nas crianças, minha Camila tinha se apaixonado pela minha irmã, a vadia da Lauren sempre consegue a garota. Mas com o passar dos dias, tudo fez sentido, o medo de Camila de ficar perto de mim, as mensagens de Lauren que sempre tomavam sua atenção, o convite recusado para o baile, as faltas na faculdade, tudo estava ligado e eu fui um grande idiota por não desconfiar.
Tudo que eu queria agora era dar um tiro em Lauren, mas eu não podia, porque se tinha alguém que estava impedindo Rick de tentar algo contra minha pequena, era ela. Ele sabia que Camila era importante pra ela, tão quanto como pra mim, por isso não tinha feito nada. Ainda.
Eu tenho que tirar essa história a limpo, e manter Camila em casa, segura e em companhia de alguém, ela não pode ficar sozinha em hipótese alguma, eu não iria deixar nada acontecer com ela, nem que eu tivesse que morrer por ela.
Estacionei minha moto em frente ao hotel e coloquei o capuz sobre a cabeça na tentativa de não chamar atenção de nenhum funcionário que me conheça. Passei a mão pelo rosto ao passar pela porta giratória e de cabeça baixa me dirigi até o elevador
-Com licença senhor, o que deseja? -uma mão em meu ombro impediu que eu entrasse no elevador e eu me xinguei mil vezes por ser tão burro ao ponto de achar que ninguém iria desconfiar de um garoto de capuz no saguão de um hotel cinco estrelas.
-Sou eu, Chris -tirei o capuz e Jack me fitou surpreso
-Desculpe senhor Jauregui, mas o senhor também não tem autorização para entrar aqui -fitei-o curioso, ótimo, meu pai me proibiu de entrar em seu próprio hotel, isso que é família unida
-Eu só preciso de meia hora com a Camila, por favor, pode me monitorar pelas câmeras, eu vou pro oitavo e desço em no máximo meia hora
-Eu não sei, eu não sou autorizado -ele disse receoso passando a mão pelo rosto
-Por favor, sou eu, Chris, não vou fazer nada demais eu juro, só preciso falar com ela
-Eu..
-Meia hora -eu o interrompi- se você marcar meia hora e eu não tiver descido, você pode avisar pro meu pai que eu subi sem sua autorização
-Tudo bem -ele finalmente cedeu e eu sorri grato- meia hora, contando de a partir de agora -ele soltou meu ombro e eu entrei no elevador que rapidamente me levou para o oitavo andar
Sacudi a cabeça antes de bater na porta do quarto e ajeitei o casaco, tentando parecer mais apresentável. Em menos de dois minutos a porta foi aberta e Camila arregalou os olhos numa cara surpresa
-O que você está fazendo aqui? -perguntou um tanto quanto assustada
-Tenho que conversar com você -entrei no quarto sem ao menos pedir permissão e ela se sentou na bancada me olhando receosa- Porque não me contou que está com a minha irmã? -ela soltou um longo suspiro antes de responder
-Como você ficou sabendo disso? -ela perguntou como se estivesse cansada do assunto
-Eu só fiquei sabendo, mas isso não importa, porque não me contou? -perguntei impaciente dando voltas pela sala do quarto de hotel
-Decidimos não contar pra ninguém e isso não importa mais porque não estamos mais juntas
-Como assim não estão mais juntas?
-Eu contei pra ela sobre a ong, sobre as vezes que passei a tarde lá, contigo, e ela não gostou, eu menti pra ela e isso quebrou a confiança que ela tinha em mim -percebi que ela falava tudo com muita relutância como se a cada palavra ela engolisse um quilo de terra- ela terminou comigo já faz duas semanas
-Eu não sabia de nada
-Sinal que estávamos fazendo direito -ela disse seca e eu sorri fraco
-Eu não queria isso pra você -disse me aproximando acariciando seu rosto, ela fechou os olhos e respirou fundo mas logo se afastou
-Mas eu quis, e faria tudo novamente, menos decepcioná-la
-Tá dizendo que se arrepende de ter ido comigo pra ong? de ter feito tudo o que fez?
-Pra quem sabe ler, um pingo é uma letra
-O que você tá fazendo aqui? -Wesley entrou de braços cruzados e o cenho franzido
-Eu só vim conversar, relaxa
-Relaxa é o caralho, vai embora -ele esbravejou ficando completamente vermelho e eu abaixei a cabeça vendo Camila sorrir grata pela presença dele
Então é assim? Tudo bem, eu vou embora.
-Wesley, sei que não quer me ouvir, mas não deixa ela sozinha, não deixa ela sair sozinha
-E você acha que eu tô aqui pra que? agora vaza -ele disse escancarando a porta para que eu passasse
Bufei e segui pelo corredor até a porta do elevador, em menos de cinco minutos eu estava no saguão sob o olhar acolhedor de Jack que deve ter visto Wesley chegando por uma das câmeras
-Sinto muito pela sua garota -franzi o cenho confuso, do que ele estava falando?- faz um tempo que esse Stromberg fica por aí, eles estão passando a maior parte do tempo juntos -ele fez gestos com a mão e eu sorri fraco, ele achava que eu havia perdido Camila pro Wesley
-É, eu também sinto, deixa pra lá -ele me lançou um olhar cúmplice e eu fui andando até a portaria do hotel
Respirei fundo o ar pesado da maresia e me senti aliviado por saber que sozinha ela não estava e que tinha companhia o tempo todo.
Segui andando até minha moto quando vejo um vulto rápido e sinto a gola de minha camisa ser apertada e o forte impacto de minhas costas com a parede, mas o sol me impedia de ver o rosto da pessoa. Grunhi de dor.
-Porque estão seguindo a Camila? -a voz rouca de minha irmã me atingiu em cheio
-Quem está seguindo a Camila? Do que você está falando? -ela puxou mais a gola da minha camisa forçando-me a encarar a praia
-Aqueles caras ali -ela disse baixo se referindo a alguns garotos sentados em bancos de areia, eles estavam de tocaia, olhando o hotel toda hora- quando ela sai, eles também saem, e quando ela fica, eles não arredam o pé dali
-Eu não sei do que você está falando, para de ser paranoica -disse nervoso e ela riu sarcástica
-Eu não sei quem você está devendo mas ela não tem nada a ver com isso, você dá seu jeito de tirar esses otários da cola dela, porque se alguma coisa acontecer com ela, eu não respondo por mim -ela me apertou mais contra a parede fazendo com que minhas costas se chocassem com força fora do normal no muro de concreto.
Desde quando ela era forte assim? Será que ficar com garotas deixou ela com força de homem?
-Porque está tão preocupada se você terminou com ela? -disse com dificuldade e ela me largou bruscamente
-Do que você está falando? -ela falou entre dentes e estreitou os olhos
-Eu sei de tudo, e sei que você terminou com ela e agora ela está lá em cima chorando as pitangas desde que você fez isso
-Você não tem direito de opinar sobre isso -ela me encarou fria e disse secamente
-Você a magoou e agora quer opinar na segurança dela? -disse num só fôlego e ela me empurrou contra a parede novamente fazendo-me soltar um grunhido de dor, o que a fez sorrir fraco
-Eu sou Lauren Jauregui e eu opino no que eu quiser, quando eu quiser e vou falar só mais uma vez, some com esses caras de perto dela antes que eu mande sumir com você -ela disse franzindo o cenho e saiu andando sem olhar pra trás
Camila's POV
Entrei em minha sala e todos os olhares se voltaram para mim e o Sr. Pats meu velho professor de estatísticas arregalou os grandes olhos castanhos ao me ver. Merda.
-Senhorita Cabello, cheguei a pensar que tinha saído da faculdade
-Eu precisei me ausentar por alguns problemas pessoais -ele olhou para a classe e acenou com a cabeça para que eu me retirasse da sala, vindo atrás de mim logo em seguida e eu não estava entendendo porra nenhuma
-Camila, você perdeu alguns exames essa semana e ficou em pendência em uma matéria, na minha matéria, e eu sinto muito mas não poderá voltar para a turma enquanto não recuperar os pontos
-O quê? -eu o fitei incrédula- Como assim?
-Você precisa de sete pontos em uma semana
-E como eu faço isso? Professor, eu não posso perder essa matrícula, eu teria que voltar para o México -ele coçou a barba grisalha e me olhou com certa relutância
-Isso não é certo, mas como você é uma aluna esforçada, tudo bem -disse passando as mãos pelo jaleco e tirando um envelope- aqui está uma lista de exercícios e no final uma proposta de relatório, tudo junto vale exatamente sete pontos, você tem dois dias para me entregar os exercícios e uma semana para fazer o relatório
-E como eu vou fazer isso se eu não entendo a matéria? -ele olhou para os lados receoso verificando se alguém passava pelo corredor
-O pessoal que está no sexto período em relações internacionais tem aulas de estatísticas também, as estatísticas deles são muito mais profundas do que a de psicologia, então isso aqui pra eles é fichinha, eu vou te dar autorização para mudar de prédio por uma semana e arrumar um tutor em uma turma de sexto período, daqui a uma semana quero isso na minha mão, se você não tiver gabaritado, sinto muito -ele me entregou o envelope e eu assenti entendendo a mensagem, ele estava me deixando trapacear, não era permitido mudar de prédio sem mudar de curso, mas ele queria me ajudar. Abri um sorriso grato e ele assentiu antes de entrar na sala.
Praticamente voei em direção ao prédio ao lado, em passos largos eu atravessei a distância em no máximo três minutos. Parei na portaria com uma grande cara de songa monga fitando o prédio. Eu ia bater de sala em sala perguntando em que período aquela turma estava? Soltei um alto grunhido de frustração e mordi os lábios com força tentando pensar em alguma coisa.
Foi então que uma luz brilhou na minha cabeça, obrigada meu Jesus maravilhoso.
Lembrei de uma vez na ong, onde Chris me mostrou suas apostilas da faculdade, sexto período, e se ele era da mesma classe que Lauren, ela também era.
Isso está me saindo melhor do que eu pensava.
Lauren's POV
Sempre fui a pessoa menos estudiosa da face da terra mas desde que terminei com Camila eu precisava de algo para encher minha mente e como eu não quis saber de festas ou outras garotas, só me sobrou os livros.
A Srta Mendes saiu de sala deixando-nos com uma grande lista de exercícios que eu terminei em menos de dez minutos, era incrível como toda a matéria passou a fazer sentido pra mim.
Abaixei a cabeça e escondi o rosto em meus braços, era um saco sentar sozinha. Agora normani sentava com o Arin CDF, acho que ele tinha mais paciência pra explicar do que eu.
Rapidamente fiquei imersa em pensamentos, principalmente no estranho ocorrido de hoje de manhã, recebi uma estranha mensagem do meu querido irmão que dizia precisamente para eu ficar o mais próximo de Camila que eu conseguisse, para o bem dela. Óbvio que isso me fez rir até meus olhos lacrimejarem, mas depois de um tempo eu fiquei com isso preso na mente, porque ele mandou isso pra mim se ele já sabia de tudo?
Ouvi um barulho e senti um leve empurrão como se alguém tivesse se sentado na cadeira vazia ao meu lado. Ótimo, algum infeliz veio me pedir as respostas do trabalho. Levantei meu rosto com relutância, e quem me dera que fosse alguém me pedindo resposta, era Camila
-Que diabos você está fazendo aqui, garota? -perguntei seca e ela abriu um pequeno sorriso tímido. Que saudades daquele sorriso.
-Mudança de prédio por uma semana -ela arrastou um envelope até a minha mesa onde havia um recado de seu professor de estatísticas no verso, e com um prendedor de papel, um pequeno papel que autorizava a mudança de prédio temporária
-Tecnicamente você não respondeu a minha pergunta
-Repeti em estatísticas mas meu professor me deu uma chance e disse que eu tenho uma semana para devolver isso aqui completamente feito -ela retirou uma grossa apostila do envelope e eu a folheei, mais de cinquenta exercícios discursivos- no total, tudo vale sete pontos que são a quantidade exata de pontos que eu fiquei em pendência, ele me mandou conseguir um tutor -ela falava devagar pois prestava atenção na minha folha de exercícios sobre a mesa
-Boa sorte para conseguir um -debrucei sobre a mesa com intuito de levantar mas ela prendeu meu braço fazendo-me sentar novamente
-Já encontrei -ela abriu outro largo sorriso e eu estava me perguntando porque ela estava sendo tão doce e educada se eu estava sendo um poço de ignorância, não só com ela, mas com todo mundo
-Tá me pedindo ajuda na matéria? -ela assentiu com um olhar manhoso, eu conhecia bem aquela cara- desculpa cara, mas eu não consigo nem ajudar a Mani que estuda essa matéria comigo, imagina você que tem estatísticas diferentes
-Lauren -ela me lançou um olhar pidão e eu fechei os olhos xingando mentalmente, estava prestes a dizer não e sair da minha mesa mas lembrei da porra da mensagem de Chris, aquilo não fazia sentido mas eu não ia abusar da sorte.
Bufei e passei as mãos pelo rosto por um longo tempo antes de soltar um alto suspiro
-Tá -disse simplesmente e ela soltou um grunhido de empolgação
Abri a grossa apostila enquanto mordia um lápis lendo atentamente a primeira questão
-Camila, você tentou fazer isso antes de me pedir ajuda? -ela negou com a cabeça e eu revirei os olhos, claro que ela não tinha tentado- leia a primeira pergunta -ela assentiu e leu- Agora me diga onze aplicações das estatísticas, lembrando que existem milhares, ele só quer onze
-Experimentação zootécnica, medicina, eleições, indústrias, pesquisas, experimentação agrícola -ela mordeu os lábios indicando que não lembrava as outras e eu ri fraco
-Mercado de valores, crédito, telecomunicações, meteorologia e IBGE -disse rápido e ela assentiu
-Eu ia dizer todas essas também
-Claro que ia -ela passou a resposta a limpo e voltamos para a segunda questão
O sinal bateu indicando o intervalo e já estávamos na quarta página de exercícios. Camila não compreendia uma linha sequer da matéria, então eu tinha que explicá-la para depois auxiliá-la com uma resposta coerente
-Se importa de passar o intervalo aqui? -ela perguntou com medo da minha resposta
-Acho melhor irmos lá pra casa, você não vai pra aula mesmo e eu não tenho nada demais, lá é mais tranquilo pra te explicar -disse e ela abriu um largo sorriso assentindo
Camila's POV
Foi o momento mais tenso de toda a minha vida. O elevador do prédio de Lauren não se move, se arrasta feito uma lesma e ela mora no vigésimo terceiro andar, ficamos todo esse tempo olhando pro chão ou uma para a cara da outra sem dizer uma única palavra. Isso estava me irritando profundamente.
-Uh -ela pigarreou antes de abrir a porta- não repara a bagunça, eu ando estudando demais, meio sem tempo -ela disse abrindo a porta e minha boca se abriu em um perfeito "o" quando reparei no estado do apartamento.
Lauren era uma das pessoas mais organizadas da face da Terra, arrumava suas roupas por cor e seu apartamento era um declínio da perfeição, tudo na mais perfeita ordem mas agora ele estava de pernas para o ar. Dinossauro rolava no sofá no meio do edredom de Lauren, o que indica que ela está dormindo por ali, vários filmes infantis jogados no chão como Monstros S.A, Toy Story, Valente, Wall-E, alguns cadernos pelo chão e dezenas de livros na bancada da cozinha.
-O que aconteceu aqui? -perguntei incrédula e ela soltou uma risada fraca
-Estudos e mais estudos -entrei passo por passo no apartamento e caminhei até o sofá fazendo carinho na barriga de Dinossauro
-Eu não sabia que você estudava Monstros S.A. -disse debochada enquanto ela carregava alguns livros para a estante no fundo do apartamento
-Ando estudando a Teoria Pixar, pra passar o tempo, é muito interessante
Lauren ficou algum tempo ajeitando o apartamento enquanto eu fiquei escorada na parede de vidro, olhando a cidade e tentando afastar as lembranças que vinham quando eu olhava para qualquer canto do apartamento, todos os nossos melhores momentos foram ali.
-Acho que já da pra estudarmos -ela sentou na banquinho da bancada agora livre e me chamou
Pela parede de vidro eu via a cidade escurecer e eu ainda estava ali com ela, que pacientemente me explicava toda a matéria. Pra falar a verdade eu já estava de saco cheio e não conseguia prestar atenção em uma só palavra. Estávamos as duas debruçadas sobre a mesa, ela estava quase com a cara enfiada na apostila palestrando sobre a questão. Meus olhos estavam presos nos seus lábios rosados e carnudos que se moviam pacientemente falando sobre a questão, mas eu não escutava uma palavra. Eu encarava cada traço de seu rosto e sentia meu peito apertar sem nenhum motivo, desci meus olhos para seu pescoço e notei que o cordão que eu lhe dera ainda estava ali, o cordão da concha. Abri um sorriso involuntário ao saber que ela não tirou, então corri os olhos pelo apartamento voltando a reparar nas fotos, as nossas fotos ainda estavam ali.
Agora eu sorria feito uma idiota.
-Entendeu? -ela perguntou atenciosa levantando os olhos do livro e me encarando, um sorriso tímido se abriu em seu rosto automaticamente quando seus olhos se encontraram com os meus- do que você está rindo?
-Eu..
-Você não entendeu né? -ela me interrompeu e eu assenti e ela continuou me encarando- você não estava prestando atenção, certo?
-Certo -disse com uma cara triste e ela passou levemente a mão na minha bochecha, me fazendo fechar os olhos e deitar a cabeça em sua mão
Como eu sentia falta do seu toque
-O que foi, meu amor? -ela disse mas logo se repreendeu com um olhar severo para o chão- desculpe
-não precisa se desculpar, eu gosto assim, de estar perto, não houve nada, é só que.. -não completei a frase e ela assentiu com um olhar triste
-Eu sei como é
-Eu sinto sua falta -sussurrei e ela suspirou
-Vamos voltar pros livros, tá bom? Já está tarde, daqui a pouco você tem que ir embora -ela disse e eu assenti engolindo o enorme nó que se formou em minha garganta
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