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História Feline - Catorze - História escrita por SatanJoker - Spirit Fanfics e Histórias
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História Feline - Catorze


Escrita por: SatanJoker

Notas do Autor


-OLAAAAAA meus amores 💜 desculpe a demora desse capítulo, a ideia inicial era ter postado quinta mas acabei me atrasando por causa das aulas (fisiologia tá me matando)


Boa leitura.

Capítulo 14 - Catorze


Fanfic / Fanfiction Feline - Catorze

- Ah... Er... Claro que não, de onde você tirou isso? _ Izuku tentou ainda sem sucesso falar algo,mas era difícil se tratando do quão fulminante estava o olhar de Shouto, sua garganta não o respondia direito, simplesmente parecia até lhe faltar voz.

O bicolor não estava muito longe deles, ainda assim seus passos largos pareceram ser uma distância muito ínfima conforme foi se aproximando dos dois, uma proximidade perigosa.

Aquilo não iria prestar, estava ciente, muito ciente.

Bakugou agora limpava o pequeno sangue que escorria de seu nariz com o dorso da mão, Izuku poderia ser fraco aos olhos, mas aqueles socos que haviam levado tinham sido bastante fortes. Ainda tendo certeza que deveria se preparar para o que estava vindo.

Percebendo a aproximação insistente do bicolor, Izuku se pôs um pouco a frente tentando alcança-lo antes que ele chegasse em seu objetivo que era Bakugou. Não podia deixar que isso acontecesse, já estavam resolvidos e já eram amigos, não gostava de qualquer tipo de violência. Ainda que tenha socado Katsuki, só tinha o feito para que finalmente a culpa pudesse ser tirada dos ombros do loiro, não era porque realmente estava bravo com ele.

Estava irritado com o quão ridículo tudo aquilo parecia? Sim estava, mas jamais chegaria a agredir alguém por conta disso.

Todoroki que estava a sua frente não pensava da mesma forma, se é que pensava em algo agora, já que a raiva podia ser sentida a quilômetros, desde que olhassem os olhos densos e frios heterocromados.

- Shouto por favor, vamos conversar. _ pediu tentando abraça-lo, mas os passos dele não pararam, arrastando um pouco o esverdeado, ele tinha um objetivo.

- Depois eu e você conversamos, agora eu preciso falar com outra pessoa. _ o timbre de voz de Todoroki fez o esverdeado solta-lo imediatamente, era assustador, qualquer pessoa com um mínimo de instintos poderia saber o que ia acontecer a seguir. 

Instintos? Bem Katsuki que tinha-os como pedido do seu Deus interior, já sentia as voltas que as células de sua pele iam indicando para que corresse, mas ele era Bakugou Katsuki, não iria fugir como um cachorro com o rabo entre as pernas. Ainda que o que estava a sua frente não era apenas um gato arisco e sim um leão prestes a lutar por seu território e sabia um mínimo de leões para conhecer que felinos em geral tendiam a ser territorialistas e por isso muito agressivos quando se tratava de defender o que era seu.

E Midoriya era seu.

A saliva demorou a escorrer pela garganta, engolindo seco. 

Os eventos a seguir puderam ser esclarecidos em tópicos muito convenientes:

• Shouto agrediu com toda a força que tinha o resto de nariz de Bakugou.

• Midoriya tentou para-lo sendo afastado com um empurrão.

• Bakugou orgulhoso como era tentou revidar, mas teve suas costelas acertadas em cheio com um chute, mais precisamente com o joelho, o asfixiando. 

• O bicolor ainda não se dado por satisfeito, mas tolerante o suficiente quanto a sua conduta , parou por ali. 

Ele ainda tinha princípios éticos no final, mesmo que quisesse realmente matar aquele loiro.

E como queria. 

- Espero que tenha gostado da sensação de ter te acertado nas costelas _  sorriu irônico, recebendo um olhar bastante assustado e reprovador de Izuku. _ E eu não vou "conversar" com você agora ou acabaria fazendo a mesma coisa. 

Shouto após vociferar claramente magoado saiu a passos pesados. 

Midoriya não sabia o que fazer, Shouto não queria falar com ele agora, deixou isso bem claro, queria explicar a situação toda e agora atrasado já sentia as lágrimas brotarem em seus olhos, não era como se fosse dar continuidade ao que quase aconteceu somente tinha ficado perdido. 

- Kacchan_ ainda um tanto atônito conseguiu acudir o amigo que respirava fundo semi caído de joelhos tossindo apoiando as mãos em suas costas para apoia-lo. _ Precisamos te levar para algum lugar, você pode ter quebrado as costelas. 

- Vai embora Deku. _ bateu na mão do esverdeado o empurrando. _ Vai logo atrás daquele pavê! 

- Hã? Do que você esta falando? Você está ferido e eu quero te ajudar. _ com o turbilhão de emoções que estava sentindo ficava difícil não estar confuso com a atitude de Katsuki. _ Além disso e se você tiver quebrado as..

- MAS QUE CARALHO! _ Bakugou o interrompeu se sufocando novamente após gritar, ele não podia gritar e entendeu isso somente agora. _ Vai logo atrás dele, eu não quebrei merda nenhuma, não sou um fraco que nem você! Anda logo se ainda quiser que ele seja seu namorado! 

Foi estranha a forma como o loiro estava ajudando, mas se sentiu grato pelo puxão de orelha, afinal o corpo de Katsuki era bem mais forte que o do Midoryia, então era normal ele estar muito melhor do que o esverdeado após levar um chute nas costelas. 

Sem pensar duas vezes seguiu o conselho do amigo e se levantou indo pelo mesmo caminho por onde Shouto tinha ido, olhando para trás ainda preocupado com Katsuki que apenas o olhou de volta irritado. 

Midoriya sumiu de sua vista, não era como se não quisesse ajuda sobre sua falta de ar mas achava que ficar sozinho era a melhor opção, tendo em vista que praguejou contra si mesmo pela quase atitude impensada.

Aonde estava com a cabeça para se deixar levar por atitudes impulsivas? Sabia apesar de tudo isso que não nutria sentimentos por Izuku, talvez já tivesse nutrido quando eram pequenos, crianças mas agora não nutria, ele era um homem, se por acaso tivesse de sentir algo por outro homem esse alguém seria Kirishima e não Midoriya. 

Bateu com a própria mão na testa, que diabos de pensamento era esse? Kirishima era seu amigo e nada além disso, se lembrando logo em seguida do mais importante "eu não sou gay". 

Maldita confusão de sentimentos que se sucedeu, maldita hora que deixou aquele maldito nerd o fazer voltar em seus traumas do passado, poderia soca-lo agora mesmo, por sorte tinha certeza que agora qualquer possível resquício de sentimento que tinha guardado de Midoriya havia ido embora junto com a culpa. 

Ainda assim suspirou, não se sentia pesado, de nenhuma forma, era como se os socos de Midoriya somado ao chute nas costelas tivessem sido o seu perdão e era de se imaginar que no fim Shouto também seria um que o ajudaria a tirar aquele peso da culpa de seus ombros, masnão gostava de Todoroki, tinha sentido um certo ciúme? Sim tinha, mas não era isso, aquele bicolor que se transformava em gato por alguma razão que não fazia diferença para Katsuki, tinha alguma coisa ruim, guardava algum peso tão grande em seu coração quanto o loiro e exatamente por isso seus instintos gritavam quando ele se aproximava, o que dificultava qualquer reação.

- Bakugou! _ pelos deuses interiores era Kirishima, olhou de rabo de olho para o lado de onde o ruivo veio, estava só ele ali. _ Você consegue levantar? Quer que eu chame ajuda? Não posso acreditar que Todoroki fez isso, logo ele que é tao certinho, foi surreal.

A merda estava completa, Kirishima tinha visto a cena.

- O que você viu? _ questionou irritado, a última pessoa que ele queria que tivesse visto qualquer coisa. E ficou com um medo repentino, mas não era sobre a possibilidade de Eijirou ter o visto "apanhar" - jamais admitiria isso - e sim por ter presenciado o detalhe antes da surra. 

- Como assim?

- O que você viu dessa merda toda? 

- Ah, bem nós tínhamos nos divido pra procurar você e Midoriya, eu estava junto com Todoroki só que ele acabou indo na frente, o cara tem umas pernas cumpridas que juro que pensei que teria que correr pra alcançar ele, então acabei ficando pra trás... Hnnn.... O que mais? Ah sim o que vi... _ sorriu ingênuo percebendo que tinha perdido o foco. _  ele foi na minha frente e quando consegui alcançar vi ele brigando com você, foi estranho, nada faz sentido e também porque Midoriya te deixou aqui nesse estado sozinho? 

Bakugou suspirou um pouco aliviado por Kirishima não ter visto a sua cena lamentável do quase beijo, brigando consigo mesmo do por quê aquilo seria importante, Kirishima era seu amigo e pronto. 

- Eu mandei ele ir atrás daquele imbecil e não existe " nesse estado " eu estou ótimo! _ repreendeu o ruivo tentando se levantar sendo amparado pelo mesmo. 

- Bakugou! O seu nariz 'tá sangrando muito e você quer me falar que você 'tá bem? _ continuou o amparando pela costas. 

- Cabelo de merda, você não viu nada entendeu?

- Que? Não vi o que?

- O que aconteceu aqui foi uma briga casual das quais eu me meto, não foi ninguém em específico, entendeu? _ tentou deixar o mais claro possível para o ruivo que continuava mantendo uma expressão confusa, não queria e nem admitiria jamais a surra que tinha levado do bicolor, sabendo ainda que seu estado só não estava pior por uma espécie de piedade do mesmo.

- Mas você brigou com o Todoroki e não com alguém casual. 

- É exatamente isso que eu não quero que você repita! _ era difícil explicar para Ejirou que sempre era tão tranquilo e ingênuo sobre essas coisas de "orgulho".

Conseguiu finalmente se levantar ainda sentindo uma dor terrível no estômago, uma dor até simplória se avaliasse a gravidade dos fatos, contudo tinha uma leve certeza que aquele bicolor havia pegado leve consigo, por mais irritado que estivesse. Tinha sorte de não ter quebrado as costelas como Izuku e isso provavelmente se deveu ao fato de que tinha um corpo mais preparado para receber pancadas devido ao basquete. 

No entanto, sabia que ficaria com um hematoma horrível no rosto e certamente também na barriga.

- Ah, não tem nada de masculino falar da surra que levou mesmo. _ e o garoto de sorriso largo riu alto ao ver o olhar agressivo que o loiro lhe lançou, gostava de vê-lo irritado.


(**)



O esverdeado se estremeceu, pois teria uma "conversa" com Shouto, enquanto o procurava, não queria acreditar que aquele tipo de coisa estava mesmo acontecendo em seu relacionamento, eles estavam tão bem, tão felizes. 

As lágrimas quentes já rolavam pelo rosto, estava com medo, medo de perde-lo e pela primeira vez estava com medo de Shouto. 

Ele era sempre tão calmo, recatado e agora havia um lado do qual Izuku nunca tivera presenciado, uma frieza mista de crueldade e irônia que o sufocava somente de estar perto, um Shouto que demonstrava mesmo de longe que sua vida não era fácil. 

O que acendia novamente as perguntas em sua mente do que realmente havia acontecido com seu amado e as palavras de Momo voltaram para o assolar.

O procurou e correu como nunca tinha feito antes, não admitiria perde-lo de vista tão fácil mesmo sabendo que Todoroki era bastante rápido quando queria, só pensava em acha-lo, só pensava em como o acalmaria.

Tentou respirar fundo para se acalmar, não queria pensar no pior, tinha que ser positivo, mesmo que isso não fizesse parte de sua personalidade deformada pelo azar. 

Avistou as madeixas de cores tão antagônicas e tentou correr mais rápido do que já estava para alcança-lo, temia agora não poder compartilhar mais dos sorrisos de Shouto, temia não poder abraça-lo, temia não poder estar presente quando descobria coisas novas e temia acima de tudo que os olhos já tristes do bicolor ganhassem um tom totalmente opaco.

Sim esse era seu maior temor, que Todoroki extinguisse o pouco de confiança que mantinha nas pessoas e jamais se permitisse sorrir de forma sincera novamente. Sua maior preocupação não era consigo e com a possibilidade de perde-lo e sim com a ideia de que seu amado jamais pudesse ser feliz de verdade e que mesmo não se considerando importante a esse ponto, imaginária que a culpa também seria sua.

- Shouto! _ gritou o suficiente o fazendo parar, estavam no meio da rua movimentada agora, mesmo a noite quase começando.

- Eu disse que falaria com você depois._ vociferou mas seu tom não parecia de todo irritado, estava mais para uma mágoa visível, ainda que estivesse feliz que o esverdeado tinha ido atrás dele.

- Nós precisamos conversar agora! _ Shouto suspirou forte tinha notado que a voz de Izuku sequer havia tremido ao dizer aquilo.

E  sua intenção inicial não era ir atrás de Shouto no primeiro momento, pois respeitaria o espaço que ele tinha pedido, mas Katsuki havia enfatizado que se não fosse atrás dele agora não poderia fazer nada depois. 

E agradeceu por tal sermão, pois sabia que esse era o certo a se fazer.

- Então vamos conversar. _ capturou o pulso de Izuku e tratou de levá-lo para longe, qualquer primeiro local que estivesse mais vazio, já que aquelas ruas cheias estavam o tirando ainda mais do sério.

Não soube definir quanto tempo foi arrastado daquela forma, mesmo que tentasse acompanhar o bicolor parecia sempre que seus passos não o alcançavam, deixando com que seu pulso agora muito apertado fosse esticado em seu máximo. 

Chegaram a uma praça, nada movimentada. 

- Shouto meu pulso_ suplicou já que estava doendo muito agora.

- Desculpe. _ soltou no mesmo instante, se virando de frente para o esverdeado, apesar de toda a raiva redigida ali, ainda se preocupava com o bem estar do mesmo.

Ambos ficaram em silêncio se encarando por um tempo, Izuku não sabia o que falar e Shouto estava esperando o mesmo lhe dizer algo. A situação era desconfortável e desagradável. _ Voce não disse para conversarmos? Estou esperando.
Intimou Shouto em seu tom mais irônico. 

- Não deveria t-ter batido nele daquela forma. 

- Claro eu deveria ter esperado vocês se beijarem antes, lamento. _ o esverdeado sentiu-se provocado com tais afirmações.

- N-nos não íamos, nós realmente não iríamos. 

- Eu gostaria muito de torcer pra que esse nós significasse que quis dizer você, porque da parte dele eu sei que iria!

- N-não, Shouto você realmente não entende, não era isso.

- É eu acho que não entendia mesmo, mas agora entendi, tudo começou a fazer sentido. Por que mesmo ele sendo um completo babaca você ainda o defendia e porque sempre continuava o olhando daquela forma. _ o bicolor passou a mão pelos cabelos, ressentido, estava se descontrolando. _ Talvez eu tenha forçado demais as coisas, talvez eu deveria ficar longe....

- Não! _ seu coração pareceu despencar na mesma hora o interrompendo, notando as orelhas presentes, uma de cada cor. _ Não ouse dizer isso, eu... Eu... Eu realmente te amo muito Shouto, eu nunca senti esse tipo de coisa por ninguém antes, o que eu sinto pelo Kacchan é só amizade, sempre foi! Desde a primeira vez que eu te vi eu senti algo diferente e depois quando começamos a c-conversar eu nunca estive tão feliz em minha vida, Eu amo você!

- Eu queria poder acreditar nisso. _ sorriu doloroso enquanto a sua pseudo forma felina aparecia.

Aquela frase fez com que Midoriya se engasgasse em meio as próprias lágrimas, Shouto não acreditava nele. 

O quão azarado conseguia ser? 

O quão infeliz iria continuar sendo? 

- Você... Não acredita? _ sibilou atônito tentando sem sucesso para recuperar sua sanidade, aquilo era doloroso demais para o coração de Izuku. Aquela sua maldita ansiedade começou a aparecer, já que um dos problemas que sentia que deveria resolver havia ganhado proporções grotescas. Segurou a mão dolorida deformada, tanto pelo soco quanto pelo aperto no pulso no peito, como se apertasse seu coração dolorido. 

- Izuku? _ Shouto o chamou reparando que tinha algo errado acontecendo. 

- Você.. não.. _ suas pernas cambalearam e tudo a sua volta começou a girar, talvez por ser muito fraco emocionalmente as consequências que vinham para seu corpo se tornavam muito expostas.  

Seu estômago revirou, estava enjoado.

O bicolor o acudiu evitando que ele fraquejarem e caísse, emoções de mais não era bom.

Talvez ser tocado por Shouto agora não ajudasse seu coração espatifado, o que o fez se soltar um tanto quanto desesperado, misturando o medo e as sensações que a crise de ansiedade normalmente lhe proporcionavam. 

Essa sua tentativa de se soltar fez com que caísse e consequentemente levasse Todoroki consigo, o fazendo cair por cima de si mas se apoiando no chão para não esmagar Midoriya.

Tão próximos, olhando um nos olhos do outro.

Fez questão de olhar Shouto indignado, ainda chorando. 

- Você se arrepende? _ aquela pergunta assolou o bicolor de surpresa, assim como a visão dolorida de Izuku. 

Todoroki que continuava tentando se manter sério e sutilmente chateado derreteu como o mais simples floco de gelo iluminado pelo sol de um verão quente. 

Não conseguiu se segurar mais nenhum segundo.

Num ato impulsivo abraçou Midoriya como se fosse a única coisa no mundo que precisasse, a única coisa que realmente tinha, terminando de editar sobre ele.

- Jamais me arrependeria. _ a voz saiu trêmula. Ele não conseguia, não conseguia imaginar uma vida sem Midoriya ao seu lado, não aquela vida, todas as situações passaram por sua mente e imaginar aquele esverdeado sempre tão indefeso e azarado sofrendo por sua causa o destruiu. _ Me desculpe, me desculpe, eu também te amo, amo muito.

Ressentido Izuku o abraçou de volta chorando também.

- Você acredita em mim? 

- Sim.

- Por que agora e antes não? _ Shouto o voltou a apoiar seus cotovelos  e no chão  dando um jeito de segurar o rosto esverdeado com uma das mãos. 

- Por que eu não tinha pensado que você é um péssimo mentiroso e não conseguiria mentir sobre isso. _ e Izuku riu de leve ainda chorando. _ me desculpe, me desculpe mesmo eu não deveria ter tirado conclusões precipitadas. 

- Você não precisa se desculpar, eu não acho que tenha agido errado de qualquer forma. _ Todoroki encostou sua testa a dê Midoriya. _ o errado fui eu nesse tempo todo sequer ter te dito como me sentia em relação a você e como deixei as coisas fluírem mesmo que minha ideia fosse apenas voltarmos a ser amigos. Então você agiu certo Shouto, agiu bem.

Sua intenção nunca foi corresponder qualquer coisa que Katsuki fizesse, incluindo o quase beijo, o problema é que tinha ficado tão em choque com o rumo que as coisas estavam progredindo que não conseguiu se mexer e evitar aquela semi tragédia.

- Incluindo a parte de eu socar aquele filho da mãe? _ Izuku riu novamente apertando seus dedos na cintura de seu namorado. 

- Incluindo essa parte, apesar das costelas que você pode ter quebrado e que não desejo aquela dor pra ninguém, mas de um todo acho que Kacchan não vai se incomodar. _ fora a vez de Shouto rir de leve.

O bicolor se levantou o ajudando a se levantar também, segurando com firmeza a mão de Izuku.

- Quer dizer que posso fazer de novo?

- Shouto! _ riu espasmatico por causa do antigo choro _ Oh, nos o largamos lá. _ se soltou pegando o celular. _ Céus, 15 ligações perdidas da Uraraka-san.

- Precisamos mesmo no preocupar com ele?

- Ele é meu amigo agora Shouto, eu até dei dois socos nele pra retomar essa amizade. 

- Você bateu nele? _ Todoroki aumentou suas pálpebras em um sorriso misto. _ agora entendo porque o nariz dele já estava esquisito _ se permitiu rir da imagem  de um Izuku bravo e considerou que ficaria muito fofo _  é por isso que eu te amo. _ e tratou de abraça-lo da forma que deu enquanto o mesmo atendia a próxima ligação de Uraraka.


"Mas que diabos, o que deu em vocês?"


- Gomen Uraraka-san, err você esta com o Kacchan? 


"Estou né, ele se meteu em conf... Espera, se você está me perguntando isso é porque já sabia que ele tinha brigado com uns sujeitos, isso quer dizer que você ligou para o Kirishima antes de ligar pra mim? Só pode ser brincadeira mesmo"


- O que? E-eu não liguei para ninguém, sequer tenho o número do Kirishima-san.


"E você quer mesmo que eu acredite nisso?" Ela suspirou do outro lado da linha "De qualquer forma vamos no encontrar na frente do mercado, você ainda está me devendo um bolo


- H-hai! 


" Jaa ne*"


-Mata ne*_ se despediu se virando novamente para Shouto que mantinha um braço apoiado sobre si. _ Eu amo você. _ o abraçou de volta. 

- Eu sei, você já me disse isso _ riu zombeteiro.

- Não importa, agora irei dizer sempre, tanto que irá enjoar de mim. _ e por mais novidade que fosse, Izuku quem dera o primeiro passo para o beijo, com dificuldade pela altura. 

- Eu nunca vou enjoar de você. _ respondeu entre beijos suaves, Midoriya era sua jóia rara, sua pedra preciosa, seu pilar de confiança no mundo e aquele que abriria portas para sua própria felicidade. 

Tão pequeno, tão azarado conseguiu o libertar ao menos um pouco de seus medos.


Notas Finais


Jaa ne e Mata ne são formas de dizer até logo.

Então meus xuxus o capítulo ficou um pouco grandinho como sempre e por isso podem conter erros (mesmo eu tendo revisado e revisado) mas posso dizer que finalmente estamos rumando para o clímax da história, só aguardem.
Mas por quanto vamos ter mais um pouco de calmaria, como vocês acham que vai ser o Natal com a sogra?
Espero que tenham gostado.

(E dêem uma olhada na minha nova fic sim, por favor e obrigada)

https://spiritfanfics.com/historia/the-phantom-9990282


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