Park Jimin- On
Eu tô começando a ter certeza de que eu fui um mandante de um chacina em outra vida...
Porque não é possível Meus Deus, que eu tenha que sofrer todo esse arrependimento e estresse nessa vida aqui!
Parece que tô pagando todos os meus pecados de uma vez só! Não tenho um minuto de paz...
Eu sinceramente, quase pensei que estivesse vendo uma miragem ou ilusão quando a garota saiu de dentro do banco falso atirando igual louca.
Meu coração quase parou quando percebi que era real.
Eu ainda não acredito que ela arrombou aquela porta... Eu já tentei, e acreditem, eu não consegui.
Então como?!
O pior, é ser humilhado com a rapidez e agilidade que essa desgraçada tem de pegar os outros “desprevenidos” e encher de porrada.
O meu olho e a minha boca, eram os cantos em que mais doíam e ardiam depois dos socos pesados que ela me deu.
Todas as vezes que ela me batia, o sangue começava a pulsar e a vontade de lutar crescia dentro de mim.
Principalmente porque sou um viciado em luta...
A vontade de devolver na mesma intensidade era altíssima. Mas o Namjoon me segurou infelizmente.
Essa maldita é um perigo para a humanidade. Nunca pensei que fosse concordar com aquele desgraçado do Zycke.
A gente deveria tá caçando ela e não essas coisas para dá um fim!
Sem falar na arrogância exagerada que ela tem!
Confesso que a minha raiva passou um pouco após ouvir os xingamentos e reclamações do médico...
Eu sabia de que quando ele fazia isso após olhar uma ferida, era porque não estava nada bem.
Só em lembrar daquela ferida com os pontos arrebentados e outros inteiros, me dava uma coisa por dentro.
Não era porque eu estava com nojo, era porque a ferida não tava só feia, ela estava horrível.
Como eu já disse, o estrago foi feio no dia em que aconteceu a perfuração da pata daquela coisa. Foi um milagre ela ter conseguido sobreviver, exatamente como o Seokjin falou.
Mas parece que para ela pouco importa se ela vive ou não. Parece uma criança metendo um foda-se para tudo e fazendo o quê dá na telha.
Eu sinceramente, não sei o que faço mais com essa praga! Mas deixar ela sair por aí sozinha com outra pessoa que não seja eu, nem pensar!
É capaz dela arruinar a missão e afundar o resto dessa cidade.
Eu não duvido de mais nada!
Nos despedimos dos outros, marcando o local de encontro.
Ajudei a garota a colocar e pegar os equipamentos e saímos.
Andávamos pelas as ruas discutindo como sempre. Porque parece que não existe mais conversa civilizada com essa louca. É grito por cima de grito.
E não vou nem falar dos xingamentos...
- Não tinha outra farda para vestir não? Vão acabar te reconhecendo pelas câmeras se alguma pegar. – Reclamei ao ver o nome da menina bem grande escrito nas costas.
S/n- Se algum idiota não tivesse me trancado na porra do quarto dele, talvez eu teria vestido um uniforme melhor e irreconhecível! – Gritou.
- Ninguém tá gritando aqui, então baixe esse tom! – Falei baixo mas com ênfase.
Ela fez uma voz fina me imitando igual uma criança. O que eu achei ridículo.
- Não esqueça que você me obedece agora, garota. Então tenha modos.
S/n- Ah, vai se foder seu arrombado!
- Eu vou te colocar na detenção de novo quando voltarmos! – Ameacei.
S/n- Faça o que quiser, mas cale a porra da boca antes que eu te mate! Ainda não te perdoei por ter me deixado lá trancada seu imbecil...
- A sua raiva toda é por causa disso então?
S/n- Também. – Confessou.
Também? Então tinha mais?!
- E tem mais alguma outra coisa que a “madame” tem para reclamar?
S/n- Quem mandou você voltar na detenção e acabar com o Zycke?! Eu quem deveria fazer isso, seu ordinário!
Ordinário?! Que vocabulário novo era aquela ali?
- Você queria que eu o deixasse lá e ele fosse atrás de você?!
S/n- Como se ele fosse capaz de fazer algo contra mim, né? Não viu o jeito que eu o deixei?
- Vi, mas eu o deixei pior.
S/n- Era para ter deixado eu mesma resolver os meus problemas, intrometido...
- Ah garota, deixa de drama. Eu sou o comandante, faço o que quiser. Agora pegue a sua arma e vamos por ali.
Apontei para a esquina de uma rua que estava praticamente virada de cabeça para baixo.
S/n- Eu só vou colaborar com você porque estamos na desgraça da missão. Mas quando a gente voltar, eu com certeza vou te esfolar, seu cachorro!
- Cachorro?! Vai me xingar de quê mais? Gato, papagaio?!
S/n- Para que quer saber?
- Só para eu ter vocabulário o suficiente para retribuir de volta. Antes que você use o do planeta todo. – Revirei os olhos.
S/n- O que vier na porra da minha cabeça, estarei te xingando! Agora vamos. – Revirou os olhos passando na frente.
Ela sempre tem que dar a última palavra, é uma coisa, viu?!
Só Deus para me fazer passar por essa aprovação!
O que eu fiz pra merecer isso? É capaz de eu infartar antes mesmo de salvar alguém!
Sou eu quem precisa ser salvo dessa desgraça!
Oh coisa ruim!
Segui a menina a qual estava com detector de calor.
Olhava para todos os lados, a procura de alguma ameaça. Como estava escuro, era difícil enxergar direito.
Sem falar nas ruas. Que a cada quarteirão, haviam ninhos enormes dentro das crateras.
- Conseguiu achar alguma coisa? – Perguntei.
S/n- Não. Só esses bichos que estão aparecendo na tela...
- Deixa eu ver... – Me aproximei perto da mulher e encarei a tela do aparelho.
Puta que pariu...
A rua toda estava enfestada de cima abaixo com os ninhos. Era praticamente impossível encontrar alguém aqui no meio de tantos...
Pensando bem, esse aparelho não será de grande ajuda considerando que esses bichos também emitem calor.
- Vamos ter que bater de porta em porta para ver se há alguém...
S/n- Será bem mais trabalhoso...
- Não temos escolhas. Se seguirmos só isso, é capaz de cruzarmos com esse bichos e acharmos que são sobreviventes. – Peguei o aparelho e guardei.
S/n- Realmente...
Uma alma deve ter se salvado agora. Para ela concordar comigo...
- Você vai pela direita que eu vou pela esquerda. Mas não saia desse quarteirão, ouviu?
S/n- Tá, qualquer coisa eu aviso pelo rádio.
- Está bem.
Observei a mulher ir para o lado direito da rua e entrar numa casa. Me direcionei para o lado esquerdo e comecei a procurar por sobreviventes.
[...]
Depois de procurarmos por todo o quarteirão, não encontramos ninguém. Porém, haviam corpos por toda a parte, e quando decidimos examiná-los, não gostamos de nada do que encontramos.
Eu percebia a perturbação da menina ao meu lado. Mesmo depois de um tempo do ocorrido.
Quando ela tocou em um dos corpos e virou para que pudéssemos ver a pessoa, ficamos horrorizados com a cena.
Tinham ovos daquelas coisas dentro dos corpos das pessoas que morreram.
Aquelas porras estavam fazendo ninho até no caralho dos corpos dos outros!
Eu fiquei com tanta raiva, que eu queria atirar em todos. Mas s/n disse que seria melhor colocar um explosivo em cada ponto. De preferência, dentro do ninho.
Só podíamos torcer para que o Yoongi já tivesse hackeado o sistema que controla as câmeras para apagar a nossa existência daqui.
Destruímos o quarteirão inteiro junto com aquelas coisas.
Fiquei aliviado e contente por ter acabado com dezenas em poucos minutos.
Voltamos só para ver se havia dado certo. Só para ter certeza de que já íamos acabados com aquelas coisas...
E confirmamos que foi um sucesso.
Finalmente tínhamos uma estratégia para acabar com essas coisas. O bom, é que elas não se regeneram.
Informei o método que a menina havia pensando e pedir que eles se certificassem de salvar as pessoas, e após o salvamento, explodissem os ninhos.
Depois dessa informação, ouvíamos várias explosões vindas de vários lugares da cidade.
Seria questão de pouco tempo até aquelas coisas gigantes aparecerem.
Já que elas amam nos pegar desprevenidos...
S/n- Encontrei gente aqui!
Ouvir a menina do outro lado da rua. Saí para fora da casa onde eu estava e vi ela sair de um prédio com duas crianças e um casal.
Corri na direção deles.
- Oi, meu nome é Park Jimin, sou comandante do exército da quinta divisão. Você estão bem? – Me apresentei eufórico.
Mulher- Agora sim, comandante... – Disse feliz por finalmente poder sair daquele lugar
S/n- Eu vou deixá-los no avião. Volto rápido.
- Esperem, vocês sabem se há mais alguém por aqui? – Perguntei esperançoso.
Homem- Tinha um outro casal que morava aqui perto, mas eles foram mortos...
- As coisas atacaram eles?
Mulher- Sim.
S/n- Qual das duas? Eram essas ou as gigantes?
Homem- As gigantes...
- Quando?
Mulher- Acho que fazem alguns dias só...
S/n- E como vocês sobreviveram?
Homem- Ficamos escondidos no banker.
- Banker? – Franzi o cenho.
S/n- Encontrei eles saindo de lá.
- Sabe nos informar quantas delas ainda existem por aqui?
Homem- Não sei. Mas vimos entre três ou duas circulando a cidade.
- Entendi... Fez um ótimo trabalho protegendo a sua família... – Encorajei o homem.
Olhei para as duas crianças agarradas na mãe.
- Leve eles e, quando voltar, vá para o próximo quarteirão. Vou dar um jeito nesse aqui.
S/n- Está bem...
Mulher – Cuidado com essas coisas. Elas gostam de se esconder debaixo do solo, dentro e em cima de prédios...
Interessante...
- Obrigado pelas dicas, serão úteis.
Me virei para prosseguir quando uma criança gritou.
Criança – Senhor!
Olhei para o garoto que se aproximou.
- Pode dizer. – Me agachei sorrindo simpático para ele.
Garoto – Eu vi as coisas comendo o meu amigo morto...
- É o quê...?
Confesso que fiquei chocado...
Olhei para os pais para ver se aquela informação era verídica e pelas expressões, não era mentira.
Mulher- De início, eles só matavam esmagados ou pisoteados. Agora eles estão comendo os corpos deixados de lado...
- Eles estão começando a sentir fome? Achei que eles não comiam... – Pensei alto.
Não vi nada disso nos relatórios...
Homem- Ontem um cara foi devorado vivo quando tentou vir para onde estávamos...
Vi a menina colocar a mão na boca controlando sua reação ao ouvir aquilo.
Ei fiquei sem reação nenhuma ouvindo aquilo...
Se já não bastava ter ninhos nos corpos, agora viramos comida dessas coisas também?
Eu não podia acreditar que aquilo estava realmente acontecendo...
É literalmente o fim dos tempos... E pensar que os desgraçados não querem que a gente mate essas coisas...
- S/n, - Olhei para a menina que tinha o cenho estranho. – Leve eles e volte o mais rápido possível. Vá para onde eu falei, eu te alcanço já, já.
Ela balançou a cabeça concordando meio estranha.
- Ei, - Segurei seu antebraço. - Se algo acontecer, não hesite em me chamar ouviu...?
S/n- Tudo bem, eu...já venho. – Disse meio aérea tirando a minha mão.
Ela saiu com eles, me deixando preocupado com a sua reação.
Eu sei exatamente o que ela está sentindo. O choque em saber dessa informação absurda é surreal.
Eu nunca imaginei que fosse passar por isso...
Peguei o rádio falando com Seokjin.
- Atenção, todos. Temos atualizações nada boas para vocês...
Seokjin – O que houve?
Como que fala uma coisa dessa...?
- Os monstros gigantes...
Seokjin – O que tem? Eles apareceram aí?
- Ainda não. Mas...
Um barulho extremamente alto chamou a minha atenção.
Seokjin – O que foi isso Jimin?
Olhei para o final do quarteirão estreitando os olhos.
Que porra era aquilo ali...?
Algo se movia metade para dentro do solo e a outra metade para fora.
Se balançava na verdade...
Seokjin – O que foi Jimin?
- Acho que temos outro problema...
Seokjin – Quando que você vai dar outra notícia boa que não seja mais problemas?!
- Cuidado com os monstros gigantes, eles estão comendo pessoas vivas!
Seokjin – É o quê?!
- É isso mesmo que você ouviu!
Peguei minha arma e mirei na coisa para ver através da mira o que era aquilo.
Parecia com as coisas criadas em laboratório, mas estava totalmente diferente e enorme...
Arregalei os olhos quando ela começou a se mover vindo em minha direção.
- Tenha cuidado! – Guardei o rádio e mirei na coisa de novo.
Atirei um explosivo mas ele passou direto quando a coisa entrou para dentro do solo como uma minhoca gigante.
Que caralho...
Quando o explosivo explodiu, clareou todo o lugar mesmo na hora em que ela saiu para fora.
Não tinha palavras para explicar o tamanho daquela coisa feia...
Era simplesmente gigante, dava praticamente o tamanho dos monstros que vieram do mar...
Mirei mais uma vez e esperei ela sair de novo, após entrar devido a luz da explosão.
Quando ela se aproximou da rua onde eu estava e saiu para fora, atirei três vezes em lugares diferentes do seu corpo, pegando em cheio.
A coisa explodiu junto com os explosivos e as carcaças dela voou para todos os lugares.
Eu não acredito que essas coisas sejam a evolução dessas que estão nos ninhos...
Olhei para aquelas crateras enormes e abismado com o que eu acabei de ver...
O que esses idiotas criaram...?
Se em um mês evoluíram para isso, imagina no que eles pode evoluir dentro de três?!
O ódio subiu a cabeça e eu comecei a correr pelas crateras e jogar dentro delas vários explosivos.
Enchi as ruas inteiras, onde tinham ninhos eu estava colocando.
Corri em direção ao ponto de encontro que havia marcado com s/n.
Precisava correr para bem logo, porque depois de apertar o botão, a explosão detonaria tudo que visse pela frente.
Depois de correr o suficiente, apertei o botão e o barulho das explosões começaram a eclodir pela cidade.
Dessa vez, foi muito alta...
Continuei correndo ao ver o clarão alcançar a rua onde eu estava.
Corri meio desesperado achando que a explosão me alcançaria, mas felizmente, ela não alcançou.
Significa que calculei bem...
Parei numa esquina para descansar e recuperar o fôlego. Correr com tanto peso por todo esse perímetro é desgastante.
Me apoiei nos joelhos cansado.
A fumaça das explosões se espalhavam por todo lado.
Tossir por inalar um pouco dela. Minha garganta queimava deixando uma sensação ruim...
Puxei o rádio da cintura.
- Onde você está? – Perguntei para a menina ainda tossindo um pouco.
S/n- Não muito longe, chego já. – Disse séria.
Olhei ao redor tentando pegar alguma referência, e vi a igreja.
- Estou perto da igreja, venha por...
O rádio caiu da minha mão e a minha visão escureceu ao levar uma pancada forte na cabeça.
Caí feio no chão metendo a cara no asfalto...
Tentei pegar o rádio ouvindo a voz da garota, mas alguém o chutou para longe.
Quando eu ia me virar para ver quem era, apaguei com um chute bem na cara.
E não vi mais nada depois...
Continua.
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